Questões de Concurso
Sobre fundamentos da história : tempo, memória e cultura em história
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Para o autor José Carlos Reis, o passado é o local da experiência: sido, acontecido, vivido. Pode-se vê-lo de três modos, pelo menos. Assinale a alternativa incorreta.
Todo ser humano tem consciência do passado (definido como o período imediatamente anterior aos eventos registrados na memória de um indivíduo) em virtude de viver com pessoas mais velhas. Provavelmente todas as sociedades que interessam ao historiador tenham um passado, pois mesmo as colônias mais inovadoras são povoadas por pessoas oriundas de alguma sociedade que já conta com uma longa história (HOBSBAWM, 1998).
Assinale a alternativa correta, que corresponde à concepção de Eric Hobsbawm sobre o passado.
Na Antiguidade Clássica, muito ao contrário, a história recente era o foco central da preocupação dos historiadores. Para Heródoto e Tucídides, a história era um repositório de exemplos que deveriam ser preservados, e o trabalho do historiador era expor os fatos recentes atestados por testemunhos diretos. Não havia, portanto, nenhuma interdição ao estudo dos fatos recentes, e as testemunhas oculares eram fontes privilegiadas para a pesquisa. O que alterou esse quadro? Por que, no século XIX, a história recente, então chamada de contemporânea, tornou-se um objeto problemático? (FERREIRA, 2000).
O trecho acima foi escrito pela autora Marieta Ferreira, no artigo “História do tempo presente: desafios”. A respeito dos problemas enfrentados pela História Contemporânea, analise as afirmativas abaixo.
I. Os historiadores profissionais republicanos diziam que a história contemporânea tratava de eventos muito próximos e não era possível separá-la da política, sendo isso, uma das dificuldades.
II. Assim, entendia que só o recuo no tempo poderia garantir uma distância crítica. Acreditava-se que a competência do historiador devia-se ao fato de que somente ele podia interpretar os traços materiais do passado, seu trabalho não podia começar verdadeiramente senão quando não mais existissem testemunhos vivos dos mundos estudados.
III. A história na contemporaneidade não é estudada com caráter cientifico, ela é estudada de forma narrativa para posteriormente a interpretação histórica se sustentar nesse passado.
Assinale a alternativa correta.
Uma memória, involuntária, dependendo de acasos pessoais, não responde às necessidades objetivas da historiografia (Willi Bolle, s.d).
De acordo com a autora Lucilia Delgado, no livro “História oral: Memória, tempo e identidade” um dos maiores desafios para a comunidade de historiadores, antropólogos e sociólogos que reconstroem testemunhos e histórias de vida utilizando a história oral, consiste na definição do que seja a história oral. A respeito da história oral, assinale a alternativa correta.
Observe a figura.
O tempo é uma dimensão imanente da existência: dos homens, da natureza, das coisas, do universo. Nada existe, a não ser no tempo e, por isso mesmo, ele nos é inapreensível, impensável, como algo em si. O tempo não existe fora das coisas, externo ao mundo, mas é a sua condição (REIS, 2008).
A charge faz menção ao tempo e à forma de utilização das descobertas materiais. Já o texto, caracteriza a noção de tempo histórico. A respeito do tempo histórico, assinale a alternativa correta.
A valorização do passado, ou do que sobrou dele na paisagem ou nas “instituições de memória” (museus, arquivos, bibliotecas etc.), dá-se hoje de forma generalizada no mundo, refletindo a emergência de uma nova relação indenitária entre os homens e as mulheres do final do século XX e os conjuntos espaciais que lhes dão ancoragem no planeta, sejam eles os Estados-nações, as regiões ou os lugares (ABREU, 1998).
Jacques Le Goff foi um importante historiador francês que trouxe muitas contribuições para o estudo da História. A respeito da valorização atual do passado na visão deste autor, assinale a alternativa incorreta.
Cada indivíduo participa, simultaneamente, em vários campos mnésicos, conforme a perspectiva em que coloca a sua retrospecção. Porém, esta é passível de ser reduzida a duas atitudes nucleares: a autobiografia e a histórica. [...] Na experiência vivida, a memória individual é formada pela coexistência, tensional e nem sempre pacífica, de várias memórias pessoais, familiares, grupais, regionais, nacionais etc, em permanente construção, devido à incessante mudança do presente em passado (CATROGA, 2015).
O autor Pierre Nora, no texto “Entre memória e História” faz relações sobre a memória e a história. Sendo assim, analise as afirmativas abaixo.
I. A história é a reconstrução sempre problemática e incompleta do que não existe mais. A memória é um fenômeno sempre atual, um elo vivido no eterno presente; a história, uma representação do passado.
II. A memória não se acomoda a detalhes que a confortam; ela se alimenta de lembranças vagas, telescopias, globais ou flutuantes, particulares ou simbólicas, sensível a todas as transferências, cenas, censura ou projeções. A história ao contrário, pertence a todos e a ninguém.
III. A memória se enraíza no concreto, no espaço, no gesto, na imagem, no objeto. A história só se liga às continuidades temporais, às evoluções e às relações das coisas.
Assinale a alternativa correta.
“Todo conceito, parece, é portador de muitas camadas temporais. Hoje, por exemplo, pode-se usar a expressão sociedade civil com alguns traços de seu significado aristotélico ainda presentes e ainda compreensíveis. Outros muitos significados do termo tal como usado na Antiguidade, na Idade Média, e no início do mundo moderno, no entanto, terão desaparecido. O conceito, em outras palavras, tem várias camadas temporais, e os seus significados têm diferentes durées” Tendo como base o texto acima e outros autores históricos, podemos afirmar que um conceito histórico é
O conhecimento das datas supõe a compreensão de sucessões, sincronismos, convergências, intervalos, sequências. A data é sinal e não toma o lugar do fato que ela representa. Todo corte em história é uma representação, uma atribuição de sentido. Nada começa e termina absolutamente, porque não se corta o tempo (REIS, 2012).
A respeito do “Tempo e Espaço” assinale a alternativa correta.
“Em sentido antropológico, não falamos em Cultura, no singular, mas em culturas, no plural, pois a lei, os valores, as crenças, as práticas, as instituições variam de formação social para formação social. Além disso, uma mesma sociedade, por ser temporal e histórica, passa por transformações culturais amplas” (CHAUÍ, 1995).
Quanto ao princípio norteador crítico ao qual se refere o texto e a imagem acima, assinale a alternativa correta.
Considere as seguintes representações iconográficas:
As duas imagens podem ser utilizadas nas aulas de História para evidenciar que:
Considere a tira abaixo:
Os quadrinhos acima poderiam ser utilizados por um(a) professor(a) de História para exemplificar aos/às alunos(as) a noção de:
Em relação a esse processo de globalização da memória, considere as seguintes afirmativas:
1. Constitui um movimento de reativação do passado.
2. Prioriza situações excepcionais e recentes.
3. Parte de ações da sociedade civil para que haja uma tomada de consciência em relação a crimes do passado.
4. Diz respeito à escrita do passado nacional em inúmeros países.
Assinale a alternativa correta.
Entre os significados comumente atribuídos ao conceito de revolução como novidade, começo e violência, e a noção de irresistibilidade conforme apresentado por Hannah Arendt, podemos entender como correta:
Marshal Berman refere-se neste extrato ao conceito: