Questões de Concurso Sobre fundamentos da história : tempo, memória e cultura em história

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Q1165735 História

“Método histórico, método filosófico, método crítico: belos utensílios de precisão. Honram os seus inventores e as gerações que os usaram, que os receberam dos seus antecessores e os aperfeiçoaram, utilizando-os. Mas saber manejá-los, gostar de os manejar — isso não chega para fazer o historiador. Só é digno desse belo nome aquele que se lança totalmente na vida, com o sentimento de que ao mergulhar nela, ao penetrar-se de humanidade presente, decuplica as suas forças de investigação, os seus poderes de ressurreição do passado. De um passado; que detém e que, em troca, lhe restitui o sentido secreto dos destinos humanos”.

(FEBVRE, L. Combates pela história. Lisboa: Editorial Presença, 1989, pp. 49-50).


Peter Burke define a “Escola dos Annales” como uma revolução francesa da historiografia. Constituem elementos dessa revolução:

Alternativas
Q1150033 História

“O historiador está sendo cada vez mais valorizado, as pesquisas dão conta de objetos cada vez mais amplos, a informática e a internet facilitaram imensamente a parte mecânica do trabalho de investigação, profissionais são chamados para explicar o mundo na mídia. Já há historiadores trabalhando com planejamento urbano, com projetos turísticos, como consultores editoriais e empresariais. Ao mesmo tempo em que isto ocorre, e de maneira contraditória, há um movimento em escolas, principalmente no ensino médio, que, no limite, tende a substituir o ensino de História por uma outra disciplina que eu chamaria de ‘realidade mundial’: muitos professores têm abandonado tudo que aconteceu antes do século XIX, alegando não ser possível ‘dar tudo’, daí terem que se concentrar no passado mais próximo, em detrimento do remoto. Claro que uma parte da responsabilidade disso cabe aos diretores (e, talvez, à própria sociedade), que a partir de um altamente discutível pragmatismo neoliberal diminuíram drasticamente o número de aulas de História. Eu não pouparia, contudo, muitos colegas que, em nome de um ‘ensino crítico’, acabam alienando seus próprios alunos ao não lhes dar oportunidade de adquirir uma visão mais abrangente de História.”


 (Disponível em: http://www.jaimepinsky.com.br/site/main.php?page=artigo&artigo_id=10)



A alternativa que mais condiz com a visão preconizada no texto e com a prática salutar e ética do ensino‐aprendizagem da história é:

Alternativas
Q1142192 História
Poucos historiadores hoje vivos são tão originais e poucos escrevem tão bem quanto ele e ainda menos compartilham de sua notável amplitude de interesses. Seu primeiro livro, Os andarilhos do bem: feitiçaria e cultos agrários nos séculos XVI e XVII (1966), publicado quando tinha 27 anos de idade, já foi um trabalho extremamente polêmico e inovador. Foi, no entanto, O queijo e os vermes: o cotidiano e as ideias de um moleiro perseguido pela Inquisição (1976), o estudo da cosmologia de um moleiro do século XVI (também interrogado pela inquisição sob a acusação de heresia), que tornou esse historiador internacionalmente famoso.
Foi a partir dessa obra que, a despeito de seu horror por etiquetas, ele ficou conhecido como um dos líderes da chamada “micro-história”.

(Maria Lúcia Garcia Pallares-Burke. As muitas faces da história. Nove entrevistas. Adaptado)

O excerto faz referência ao historiador
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Q1142189 História
Assim, alicerçaram-se nesse ambiente duas formulações assaz arraigadas no imaginário brasileiro contemporâneo sobre o passado do país. Primeiramente, o mito de que o português é um povo “burro”, de onde derivam as milhares de piadas e anedotas, nas quais sempre aparece um luso estúpido, de raciocínio pífio e ilógico, que tem comportamento desviante e que chega sempre a conclusões estapafúrdias e burlescas. A segunda formulação sintetiza-se no tradicional bordão repetido pelo senso comum: “se o Brasil tivesse sido colonizado pelos ingleses...”, com variações que substituem os ingleses por holandeses e por franceses.

[Eduardo França Paiva. De português a mestiço: o imaginário brasileiro sobre a colonização e sobre o Brasil. Em Lana Mara de Castro Siman e Thais Nívia de Lima e Fonseca (org). Inaugurando a História e construindo a nação. Discursos e imagens no ensino de História]

De acordo com o excerto, é correto afirmar que


Alternativas
Q1142186 História
As mudanças têm sido importantes para fazer com que os alunos passem da análise, observação e descrição do documento para uma fase em que este sirva para introduzi-lo no método histórico. Outro aspecto a destacar é que tais mudanças podem levar à superação da compreensão do documento como prova do real, para entendê-lo como documento figurado, como ponto de partida do fazer histórico na sala de aula. Isso pode ajudar o aluno a desenvolver o espirito crítico, reduzir a intervenção do professor, e diminuir a distância entre a história que se ensina e a história que se escreve.

[Maria Auxiliadora Schmidt. A formação do professor de História e o cotidiano da sala de aula. Em Circe Bittencourt (org). O saber histórico na sala de aula]

De acordo com o excerto em destaque, é correto afirmar que
Alternativas
Q1142184 História
Podemos dizer que todos esses documentos são obras humanas, não sendo possível, segundo Bakhtin, lê-los ou compreendê-los como simples objetos ou coisas que exemplificam contextos. Nos documentos existem sujeitos que falam e que constroem sentidos específicos para a realidade retratada, através de estilos comuns às suas épocas, de formas, de contornos e de materialidades que são, simultaneamente, originais.

[Antonia Terra. História e dialogismo. Em Circe Bittencourt (org). O saber histórico na sala de aula]

A partir do excerto e do artigo, é correto afirmar que
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Q1142180 História
A historiografia brasileira tradicional, pautada na concepção positivista, que privilegiou a ação dos “heróis nacionais”, em detrimento de outros sujeitos históricos, teve respaldo na política de preservação patrimonial em nosso país. Elegemos, no decorrer da História, os bens culturais representativos dos segmentos dominantes, sobretudo os ligados ao elemento de origem europeia, e relegamos ao esquecimento a contribuição de outros segmentos étnicos na formação da cultura brasileira.
[Ricardo Oriá. Memória e ensino de história. Em Circe Bittencourt (org). O saber histórico na sala de aula]

Segundo o fragmento citado, é correto afirmar que

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Q1136431 História
Em março de 1808, D. João e sua Corte desembarcavam no Rio de Janeiro e com sua transferência o Império Português passou a ser sediado na cidade maravilhosa. O governo de D. João foi responsável por importantes realizações, EXCETO a(o):
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Q1129506 História
“Segundo historiadores seu surgimento foi na China há mais de 1700 anos. No período das Grandes Navegações, por conta de sua beleza, foi levado(a) para a Europa e, posteriormente, difundido(a) por todo mundo. Muito utilizado(a) para decoração, a maior parte de suas peças é feita artesanalmente. Atualmente, relíquias dessas peças podem ser vistas em museus espalhados pelo mundo todo.” A citação trata-se de:
Alternativas
Q1117419 História
“Monumento localizado na cidade de Sydney na Austrália, tombado como patrimônio cultural da humanidade pela Unesco em 2007 é considerado um dos principais símbolos arquitetônicos do país.” Trata-se de:
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Q1117005 História
“O século XIX foi marcado pela forte cientificação da história. Para esses historiadores a verdade estava implícita nos fatos empíricos, ou seja, naquilo que podia ser visto e era real.O historicismo se preocupava principalmente com a história dos eventos políticos e das guerras. A história dos ‘heróis’ e de grandes personalidades foi uma marca desse período. A metodologia foi uma grande contribuição desse período, pois ela permitiu aos historiadores a capacidade de refletir sobre a veracidade dos documentos.”
(JUZWIAK, Victor; LEITE, Marcos Flávio. Relação entre Ensino de História e Historiografia: algumas reflexões. Revista Virtual P@rtes.)

Para os historiadores desse período (século XIX), o documento histórico
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Q1117004 História
“Que relações tem a história com o tempo, com a duração, tanto com o tempo ‘natural’ e cíclico do clima e das estações quanto com o tempo vivido e naturalmente registrado dos indivíduos e das sociedades? Por um lado, para domesticar o tempo natural, as diversas sociedades e culturas inventaram um instrumento fundamental, que é também um dado essencial da história: o calendário[...]”
(Le Goff, 1924
Tradução Bernardo Leitão... [et al.] Campinas, SP Editora da UNICAMP, 1990.)

Sobre o calendário, de uma maneira geral, analise as afirmativas a seguir.

I.
É considerado um dos grandes emblemas e instrumentos do poder; pois,normalmente,os detentores carismáticos do poder são senhores do calendário.
II.
Júlio César fez reformar o calendário romano e, numa prova de seu poder, criou o novo calendário, denominado “Calendário Cristão”, vigente até hoje.
III.
O lugar que o calendário ocupa nos primeiros séculos do cristianismo demonstra a sua importância para a igreja cristã.

Estão corretas as afirmativas

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Q1115924 História
Patrimônio cultural é um conjunto de bens que inclui, entre outros, ambientes, lugares, objetos, idiomas, práticas, conhecimentos, formas de expressão, de criação e de fazer. São aspectos da cultura material e imaterial que identificam uma sociedade e sua história.
Das alternativas a seguir, qual delas é considerada uma cultura imaterial?
Alternativas
Q1115332 História

“Em vez de uma essência eterna, de uma ideia platônica, a disciplina chamada história é uma realidade, em si mesma, histórica, ou seja, situada no tempo e no espaço, assumida por homens que se dizem historiadores e que são reconhecidos como tais, além de ser aceita como história por diversos públicos. Em vez de uma história sub specie aeternitatis (sob a forma de eternidade), cujas características tivessem atravessado, sem qualquer alteração, as vicissitudes do tempo, existem diferentes produções que os contemporâneos de determinada época estão de acordo em considerar como história: ou seja, antes de ser uma disciplina científica – segundo sua pretensão e, até certo ponto, conforme ela o é efetivamente –, a história é uma prática social.”

(Prost, 2008, p. 13.)


Em relação ao conceito de história como memória e prática social, é correto afirmar que:

Alternativas
Q1110523 História
Leia o fragmento a seguir: “Contudo, desde a Antiguidade, a ciência histórica, reunindo documentos escritos e fazendo deles testemunhos, superou o limite do meio século ou do século abrangido pelos historiadores que dele foram testemunhas oculares e auriculares. Ela ultrapassou também as limitações impostas pela transmissão oral do passado. A constituição de bibliotecas e de arquivos forneceu assim os materiais da história.” (Le Gof, Jaques – História e Memória.) Tendo o trecho acima como referência, assinale a alternativa correta no que se refere ao o quê o documento histórico é:
Alternativas
Q1108123 História
[...] O anacronismo consiste em atribuir a determinadas sociedades do passado nossos próprios sentimentos ou razões, e assim interpretar suas ações; ou aplicar critérios e conceitos que foram elaborados para uma determinada época, em circunstâncias específicas, para outras épocas com características diferentes. BEZERRA, Holien Gonçalves. Ensino de História: conteúdos e conceitos básicos. In: KARNAL, Leandro. História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. São Paulo: Contexto, 2007. p. 45.
Para evitar a construção de anacronismos, o professor deve
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Q1102443 História
O ensino da história está presente nas escolas brasileiras desde o século XIX. Naquela época, tinha entre seus principais objetivos, estudar a formação da nação e desenvolver uma identidade nacional. Isto se dava, dentre outras formas, através da valorização dos heróis e acontecimentos considerados marcos da história do país. À medida que o tempo foi passando, outros objetivos foram preconizados pelo estudo da história. Após a década de 1930, por exemplo, 
Alternativas
Q1094199 História
Tanto quanto a vida humana, a ciência histórica é dinâmica   e  se  renova continuamente. Nessa  perspectiva,  diferentemente  da  antiga  concepção  segundo  a  qual  a  história tem  no  passado  sua  exclusiva  razão  de  ser,  hoje  o  modo mais adequado para defini‐la seria o(a) 
Alternativas
Q1094198 História
A denominada Nova história, particularmente desenvolvida a partir de meados do século XX, incorporou novos objetivos, novos problemas e novas perspectivas ao “ofício do historiador”, para usar a conhecida expressão de Marc Bloch. Entre os aspectos mais definidores dessa Nova história, está o permanente diálogo entre a história e as demais ciências sociais. Nesse sentido, é correto afirmar que ela estimula
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Q1094197 História
A história surgiu como ciência ao longo do século XIX. Contudo, foi no transcurso do século XX que ela se aprimorou e incorporou avanços teóricos e metodológicos. Um marco desse processo de transformação dos estudos históricos foi a criação, em 1929, de uma revista francesa cuja influência se estendeu nas décadas seguintes, atingindo várias partes do mundo. Nascia ali um movimento de renovação historiográfica conhecido como Escola
Alternativas
Respostas
741: B
742: B
743: B
744: D
745: A
746: E
747: B
748: D
749: D
750: A
751: C
752: C
753: A
754: D
755: B
756: B
757: B
758: D
759: E
760: A