Questões de Concurso
Sobre fundamentos da história : tempo, memória e cultura em história
Foram encontradas 911 questões
“O risco maior de utilizar um conceito do senso comum ou proveniente de outros campos de estudos é perder o seu sentido histórico e empregá-lo de forma atemporal. A utilização de conceitos em sentido atemporal conduz a um dos grandes pecados abominados por todos que se dedicam à História [...]. Advertem os historiadores que, ao fazer uso de noções ‘emprestadas’ de outros domínios científicos ou do senso comum, é necessário desconfiar das imprecisões dos termos e ser cauteloso com a leitura das fontes em que eles se encontram; ou seja, deve-se ter um domínio metodológico para o emprego correto do conceito”.
BITTENCOURT, Circe. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo:
Cortez, 2004.
Todo o conhecimento histórico é determinado pelas noções de
tempo e pelo espaço. Nesse sentido, o professor, ao ensinar
História, deve evitar a todo custo o(a):
Nesse sentido, cabe
Seu livro O Retorno de Martin Guerre, de 1983, gerou muitos debates e, ao lado de Montaillou, de Le Roy Ladurie, e O Queijo e os Vermes, de Ginzburg, tem sido elogiado como pertencente à tradição pós-modernista em historiografia. Concorda com essa visão? (Maria Lúcia Garcia Pallares-Burke. As muitas faces da história – Nove entrevistas)
Essas três obras têm em comum a tendência historiográfica
A “proposta atual de História Política”, segundo Janotti,
Na opinião de Robert Darnton, autor dessas reflexões, o trabalho do historiador precisa ser:
“O presente passou a explicar-se a partir de si mesmo. O perigo de ignorar o passado público pode também acarretar a perda da visão dialética da História e da vontade política que leva à crítica e à construção de projetos futuros.”
Segundo a autora,
De acordo com a posição do autor Peter Burke, o historiador deve
Considere o texto abaixo.
Se concluímos que não existe um fato histórico eterno, mas existe um fato que consideramos hoje um fato histórico, é fácil deduzir que o conceito de documento siga a mesma lógica. Fato e documento histórico demonstram nossa visão atual sobre o passado, num diálogo entre a visão contemporânea e as fontes pretéritas.
(KARNAL, Leandro e TATSCH, Flávia G. “Documento e história: a memória evanescente”. In: PINSKY, Carla e LUCA, Tania de (orgs).O historiador e suas fontes. São Paulo, Contexto, 2009, p. 13)
Segundo o texto,
O objetivo primeiro do conhecimento histórico é a compreensão dos processos e dos sujeitos históricos, o desvendamento das relações que se estabelecem entre os grupos humanos em diferentes tempos e espaços. Os historiadores estão atentos às diferentes e múltiplas possibilidades e alternativas apresentadas nas sociedades, tanto nas de hoje quanto nas do passado, que emergiram da ação consciente ou inconsciente dos homens; procuram apontar para os desdobramentos que se impuseram com o desenrolar das ações desses sujeitos. (BEZERRA, Holien Gonçalves. Ensino de História: conteúdos e conceitos básicos. In. KARNAL, Leandro (Org). História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. São Paulo, 2007. p. 42)
Com relação à definição de conhecimento histórico de Bezerra (2007), o papel o historiador está corretamente sintetizado em:
Quanto ao uso da memória nos estudos históricos, analise as afirmações seguintes.
I - A memória é a lembrança pessoal de um tempo no qual se comemoram eventos.
II - A memória coletiva é o maior interesse na história porque traz uma leitura sobre o tempo vivido.
III - A técnica da história oral faz parte dos estudos da história do tempo presente.
IV - A oralidade foi incorporada pela história na corrente positivista.
V – A oralidade é um recurso pedagógico das aulas de história somente do ensino médio.
VI – História e memória são pensadas principalmente em relação ao patrimônio histórico-cultural.
Estão corretas:
I- No início do século XX, o conceito de história foi pautado na corrente metodológica positivista. II- É a ciência que estuda somente os fatos políticos de uma sociedade. III- A nova história utiliza, como método, ação e reação para analisar os fatos históricos. IV- Na história social, história é a ciência que estuda a ação do homem no tempo. V- No final do século XX, a nova história chegou ao Brasil, modificando as aulas de história. VI -História é a ciência que estuda o passado para compreender o presente e modificar o futuro.
Estão corretas:
(ANDERSON, Perry. “As Origens da Pós-modernidade”. Tradução: Marcus Penchel. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1999)
Acerca do fenômeno pós-modernidade em Perry Anderson, identifique o item incorreto:
(MICELI, Paulo. Uma pedagogia da História? In: PINSKY, Jaime. O Ensino de História e a criação do fato. 14º. Edição, São Paulo: Contexto, 2011, p.41).
Ao propor uma pedagogia da História, Paulo Miceli defende algumas posições abaixo. Identifique o item incorreto:
(DUBY, Georges. “A história continua”. Tradução: Clóvis Marques. Rio de Janeiro: Jorge Zahar ed.: Ed. UFRJ, 1993).
Acerca de George Duby, sua ego-história e produção historiográfica, identifique a afirmação incorreta:
Trecho I
Para Jenkins, “(...) nenhum historiador consegue abarcar e assim recuperar a totalidade dos acontecimentos passados, porque o conteúdo desses acontecimentos é praticamente ilimitado”. “(...) nenhum relato consegue recuperar o passado tal qual era.” A História, para o autor, “está sempre fadada a ser um constructo pessoal, uma manifestação da perspectiva do historiador como narrador... O passado que conhecemos é sempre condicionado por nossas próprias visões, nosso próprio presente”
Logo, Trecho II
(...) a história ensinada é sempre fruto de uma seleção, ou como atualmente se diz, de um “recorte” temporal, histórico. As histórias são frutos de múltiplas leituras, interpretações de sujeitos históricos situados socialmente.
E assim posto temos Trecho III
Segundo Sacristán, o currículo é uma construção social, “um projeto seletivo de cultura, cultural, social, política e administrativamente condicionado” (1998, p.34); portanto, uma opção cultural. Para Goodson, inspirado em Hobsbawn, o currículo “(...) é sempre parte de uma tradição seletiva, um perfeito exemplo de invenção da tradição” (1995, p 27).
Assinale a alternativa correta: