Questões de Literatura para Concurso

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Q2446892 Literatura

Julgue o item que se segue. 


O gênero narrativo consiste na apresentação de traços ou características de uma pessoa, objeto, ambiente, cena etc. Os textos mais comuns desse gênero são os perfis jornalísticos de alguma celebridade ou instituição.

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Q2438320 Literatura
Qual das seguintes obras de Jorge Amado é percebida por Alfredo Bosi, em “História concisa da Literatura Brasileira”, como um grupo de escritos de pregação partidária?
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Q2437676 Literatura

Sobre os períodos literários, marcar C para as afirmativas Certas, E para as Erradas e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:


( ) Correspondem a fases histórico-culturais em que determinados valores estéticos e ideológicos resultam na criação de obras mais ou menos próximas no estilo e na visão de mundo.

( ) O Naturalismo caracteriza-se pela objetividade, assim como pelo cientificismo.

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Q2435903 Literatura

Sobre a estrofe seguinte, analise as assertivas:


"Vozes veladas, veludosas vozes, / Volúpias dos violões, vozes veladas, / Vagam nos velhos vórtices velozes / Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas".


(Cruz e Souza. Violões que choram.. (armazemdetexto.blogspot.com)).


I.Os versos estão estruturados no estilo do simbolismo brasileiro.

II.A mensagem dos versos é transmitida no âmbito da sugestão.

III.O efeito sonoro produzido pelos versos acentua o efeito mórbido da estrofe.

IV.A repetição do fonema [ V ] comprova a construção feita com aliteração e contribui para o efeito sonoro dos versos, evidenciando o uso da função poética da linguagem.


Marque a alternativa com a sequência CORRETA:

Alternativas
Q2435902 Literatura

Analise as características dos versos transcritos a seguir:


"Mas essa dor da vida que devora / A ânsia de glória, o dolorido afã. / A dor no peito emudecera ao menos. / Se eu morresse amanhã!"


Marque a alternativa que identifica o período da Literatura Brasileira identificado pelas características dos versos analisados:

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Q2434298 Literatura

O Cântico da Terra

.

Eu sou a terra, eu sou a vida.

Do meu barro primeiro veio o homem.

De mim veio a mulher e veio o amor.

Veio a árvore, veio a fonte.

Vem o fruto e vem a flor.

Eu sou a fonte original de toda vida.

Sou o chão que se prende à tua casa.

Sou a telha da coberta de teu lar.

A mina constante de teu poço.

Sou a espiga generosa de teu gado

e certeza tranquila ao teu esforço

Sou a razão de tua vida.

De mim vieste pela mão do Criador,

e a mim tu voltarás no fim da lida.

Só em mim acharás descanso e Paz.

Eu sou a grande Mãe Universal.

Tua filha, tua noiva e desposada.

A mulher e o ventre que fecundas.

Sou a gleba, a gestação, eu sou o amor.

A ti, ó lavrador, tudo quanto é meu.

Teu arado, tua foice, teu machado.

O berço pequenino de teu filho.

O algodão de tua veste

e o pão de tua casa.

E um dia bem distante

a mim tu voltarás.

E no canteiro materno de meu seio

tranquilo dormirás.

Plantemos a roça.

Lavremos a gleba.

Cuidemos do ninho,

do gado e da tulha.

Fartura teremos

e donos de sítio

felizes seremos.


Cora Coralina

O eu-lírico do texto O Cântico da Terra, de Cora Coralina, é:

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Q2431240 Literatura

Na fortuna literária de Jorge Amado, escritor pertencente ao Romance de 30 da Literatura Brasileira, pode-se distinguir “depoimentos líricos, isto é, sentimentais, espraiados em torno de rixas e amores marinheiros”. Qual das seguintes obras justifica tal caracterização formulada por Alfredo Bosi, em História concisa da Literatura Brasileira?

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Q2430743 Literatura

Assinale a alternativa na qual a estrofe do poema abaixo apresente versos brancos.

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Q2430741 Literatura

Instrução: A questão de número 28 refere-se ao poema abaixo.


Quando Ismália enlouqueceu,

Pôs-se na torre a sonhar…

Viu uma lua no céu,

Viu outra lua no mar.


No sonho em que se perdeu,

Banhou-se toda em luar…

Queria subir ao céu,

Queria descer ao mar…


E, no desvario seu,

Na torre pôs-se a cantar…

Estava perto do céu,

Estava longe do mar…


E como um anjo pendeu

As asas para voar…

Queria a lua do céu,

Queria a lua do mar…


As asas que Deus lhe deu

Ruflaram de par em par…

Sua alma subiu ao céu,

Seu corpo desceu ao mar…

Sobre o poema apresentado anteriormente, do poeta simbolista Alphonsus de Guimaraens, assinale a alternativa que NÃO indica uma característica simbolista presente no texto.

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Q2430740 Literatura

Instrução: A questão de número 27 refere-se ao texto abaixo.


O Vergalho


Tais eram as reflexões que eu vinha fazendo, por aquele Valongo fora, logo depois de ver e ajustar a casa. Interrompeu-mas um ajuntamento; era um preto que vergalhava outro na praça. O outro não se atrevia a fugir; gemia somente estas únicas palavras:

— «Não, perdão, meu senhor; meu senhor, perdão! » Mas o primeiro não fazia caso, e, a cada suplica, respondia com uma vergalhada nova.

— Toma, diabo! dizia ele; toma mais perdão, bêbado!

— Meu senhor! gemia o outro.

— Cala a boca, besta! replicava o vergalho.

Parei, olhei... Justos céus! Quem havia de ser o do vergalho? Nada menos que o meu moleque Prudêncio, — o que meu pai libertara alguns anos antes. Cheguei-me; ele deteve-se logo e pediume a benção; perguntei-lhe se aquele preto era escravo dele.

— E, sim, nhonhô.

— Fez-te alguma cousa?

— É um vadio e um bêbado muito grande. Ainda hoje deixei ele na quitanda, em quanto eu ia lá embaixo na cidade, e ele deixou a quitanda para ir na venda beber.

— Está bom, perdoa-lhe, disse eu.

— Pois não, nhonhô. Nhonhô manda, não pede. Entra para casa, bêbado!

Saí do grupo, que me olhava espantado e cochichava as suas conjecturas. Segui caminho, a cavar cá dentro uma infinidade de reflexões, que sinto haver inteiramente perdido; aliás, seria matéria para um bom capitulo, e talvez alegre. Eu gosto dos capítulos alegres; é o meu fraco. Exteriormente, era torvo o episodio do Valongo; mas só exteriormente. Logo que meti mais dentro a faca do raciocínio achei-lhe um miolo gaiato, fino, e até profundo. Era um modo que o Prudêncio tinha de se desfazer das pancadas recebidas, — transmitindo-as a outro. Eu, em criança, montava-o, punha-lhe um freio na boca, e desancava-o sem compaixão; elle gemia e sofria. Agora, porém, que era livre, dispunha de si mesmo, dos braços, das pernas, podia, trabalhar, folgar, dormir, desagrilhoado da antiga condição, agora é que ele se desbancava: comprou um escravo, e ia-lhe pagando, com alto juro, as quantias que de mim recebera. Vejam as subtilezas do maroto!

Considerando-se a temática e os aspectos formais da escrita, assinale a alternativa que indica à qual movimento literário seu autor é considerado como pertencente.

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Q2426531 Literatura

Qual das seguintes afirmações é verdadeira em relação à diferença entre textos literários e não-literários?

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Q2425314 Literatura

Leia a seguir a afirmação de Gilberto Freyre em um fragmento do Manifesto Regionalista (1926).


Essa desorganização constante parece resultar principalmente do fato de que as regiões vêm sendo esquecidas pelos estadistas e legisladores brasileiros, uns preocupados com “os direitos dos Estados”, outros com “as necessidades de união nacional”, quando a preocupação máxima de todos deveria ser a de articulação inter-regional.”


(FREYRE, Gilberto. In: COSTA, Liduina F. A. da. O sertão não virou mar.

São Paulo: Annablume, 2005.)


O fragmento do Manifesto relaciona-se a uma das principais temáticas do(a):

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Q2425312 Literatura

Maxixe


O chocalho dos sapos coaxa

como um caracaxá rachado. Tudo mexe.

Um vento frouxo enlaga uma nuvem baixa

fofa. E desce com ela, desce.

E não a deixa e puxa-a como uma faixa

e espicha-se e enrolam-se. E o feixe rola

e rebola como uma bola

na luz roxa

da tarde oca


boba


chocha.



(ALMEIDA, Guilherme de. Maxixe. Disponível em:

http://www.jornaldepoesia.jor.br/gu1.html.)


O sistema literário da primeira fase modernista no Brasil apresentava uma estética que rompia com os padrões clássicos, tradicionais da Literatura. O poema anterior demonstra algumas características que refletem tal ruptura. Sobre o poema, pode-se afirmar que:

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Q2423438 Literatura

Leia O “Soneto de Separação”, de Vinicius de Moraes, e responda as questões:


“De repente do riso fez-se o pranto

Silencioso e branco como a bruma

E das bocas unidas fez-se a espuma

E das mãos espalmadas fez-se o espanto.


De repente da calma fez-se o vento

Que dos olhos desfez a última chama

E da paixão fez-se o pressentimento

E do momento imóvel fez-se o drama.


De repente, não mais que de repente

Fez-se de triste o que se fez amante

E de sozinho o que se fez contente.


Fez-se do amigo próximo o distante

Fez-se da vida uma aventura errante

De repente, não mais que de repente.”


(https://www.pensador.com/sonetos_de_vinicius_de_moraes/)

O “Soneto de Separação” é formado por:

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Q2422252 Literatura

Leia o poema a seguir para responder às próximas três questões.


A um passarinho: (Vinícius de Moraes).


Para que vieste

Na minha janela

Meter o nariz?

Se foi por um verso

Não sou mais poeta

Ando tão feliz!

Se é para uma prosa

Não sou Anchieta

Nem venho de Assis.

Deixa-te de histórias

Some-te daqui!

O dualismo, o bifrontismo: arte do conflito, do contraste, do dilema, da contradição, da dúvida; emprego intensivo das antíteses, dos paradoxos e dos oxímoros. O fusionismo: tentativa de conciliação dos contrários: Claro x Escuro, Deus x Homem, Fé x Razão, Céu x Terra, Teocentrismo x Antropocentrismo, Alma x Corpo, Virtude x Pecado, Espírito x Carne, Ascetismo x Mundanismo, Cristianismo x Paganismo, Dor x Prazer, Mocidade x Velhice, Vida x Morte, Humanização do sobrenatural.


Referimo-nos ao:

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Q2421807 Literatura

Regina Zilberman sintetiza as ideias de Hans Robert Jauss, que, a partir dos anos 1960, orientam a teoria da literatura na direção da estética da recepção, conferindo à atuação do leitor papel distintivo no processo de conhecimento e descrição da obra de arte literária. Para o crítico alemão, na síntese de Zilberman, a natureza eminentemente libertadora da arte se explicita pela experiência estética, composta por três atividades simultâneas e complementares – a poiesis, a aisthesis e a katharsis – cuja concretização depende da principal reação de que é capaz o leitor: a identificação. Enquanto culminância do exercício de leitura, a identificação, suscitada pelo herói, é categorizada em cinco modalidades, sobre as quais afirma-se que a


I. catártica é aquela tem um fundo liberador, própria à tragédia, conforme esperava Aristóteles.

II. associativa é desencadeada pelas personagens que se aproximam ao “homem comum”.

III. admirativa é produzida pela figura que corporifica um ideal e converte-se num exemplo a ser seguido.

IV. simpatética é aquela em que a representação se torna uma espécie de jogo, fazendo com que o espectador se integre à ficção.

V. irônica é aquela que leva o destinatário ao distanciamento e à reflexão, estando presente, com frequência, na ficção contemporânea.


Estão corretas apenas as afirmativas

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Q2421797 Literatura

Leila Perrone-Moisés sintetiza alguns argumentos sobre o porquê de se estudar literatura: ensinar literatura é ensinar a ler e, nas sociedades letradas, sem leitura não há cultura; os textos literários podem incluir todos os outros tipos de texto que o aluno deve conhecer; a significação, no texto literário, não se reduz ao significado, operando a interação de vários níveis semânticos e produzindo interpretações teoricamente infinitas; a literatura de ficção, ao mesmo tempo em que ilumina a realidade, mostra que outras realidades são possíveis, desenvolvendo a capacidade imaginativa e inspirando transformações históricas; e, por último, a poesia capta níveis de percepção e de fruição da realidade que outros tipos de texto não alcançam.


Considerando as virtudes arroladas pela autora, o ensino de literatura deve pressupor que o professor

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Q2421795 Literatura

A Semana de Arte Moderna, em 1922, representou um ponto de encontro de várias tendências artísticas que vinham se formando desde os anos da I Guerra Mundial. Seus desdobramentos resultaram, em boa medida, na publicação de obras literárias fundamentais desse primeiro modernismo, bem como de um extenso aparato crítico, por meio de revistas e manifestos, que iam delimitando subgrupos e consolidando matizes estéticos e ideológicos.


De uma destas revistas, extraiu-se o seguinte excerto da “Carta aberta a Alberto de Oliveira”, de Mario de Andrade, datada de 20 de abril de 1925:


“Estamos fazendo isso: Tentando. Tentando dar caráter nacional prás nossas artes. Nacional e não regional. Uns pregando. Outros agindo. Agindo e se sacrificando conscientemente pelo que vier depois. Estamos reagindo contra o preconceito da fórma. Estamos matando a literatice. Estamos acabando com o dominio espiritual da França sobre nós. Estamos acabando com o dominio gramatical de Portugal. Estamos esquecendo a pátria-amada-salve-salve em favor duma terra de verdade que vá enriquecer com o seu contingente característico a imagem multiface da humanidade. O nosso primitivismo está sobretudo nisso: Arte de intenções práticas [...]”


(Manteve-se a escrita original do texto)


Pela análise do excerto acima, conjugada às reflexões de Alfredo Bosi acerca dos desdobramentos da Semana de Arte Moderna, é correto afirmar que o trecho, extraído da carta publicada originalmente na Revista

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Q2421792 Literatura

A aproximação entre literatura e artes visuais, cujas origens remontam à filosofia clássica, foi amplamente abordada pelos estudos comparatistas ao longo do século XX. Além disso, tem demostrado fôlego em perspectiva analítica ao adentrar o recente século XXI, sobretudo pela potência de seus criadores, cujas obras, tanto artísticas quanto críticas, renovam não apenas a secular interseccionalidade entre os códigos na construção dos objetos em si, mas também (re)ativam leituras desses e de outros objetos do passado, num esforço de compreensão do contemporâneo.


Adriana Varejão, ao se apropriar da arte da azulejaria portuguesa com suas figuras ornamentais, bem como de representações pictóricas dos sujeitos do Novo Mundo elaboradas a partir do imaginário colonial/patriarcal dos expedicionários europeus, produz uma espécie de narrativa não discursiva, verificada em trabalhos como “Figura de convite II”, “Figura de convite III” e “Filho bastardo”, estabelecendo, de acordo com Silviano Santiago, um “jogo da encenação”, no qual a artista é a “dobradiça cosmopolita” dessa “porta de vaivém” dos sentidos.


Para o ensaísta, em termos de uma teoria da literatura transponível à leitura da obra de Varejão,

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Q2421788 Literatura

Marcos Bagno chama de “dramática da língua portuguesa” a oposição, instaurada no ensino, entre a norma-padrão e as variedades cultas da língua. Ela escancara o conflito entre os usos reais da língua e a obrigação, sentida pelos professores, de fazer cumprir um conjunto de regras que praticamente nenhum falante respeita em sua integralidade – nem mesmo os que tentam impô-las.


Diante desta constatação, o linguista propõe que a escola deva ensinar a

Alternativas
Respostas
141: E
142: A
143: A
144: C
145: B
146: D
147: A
148: B
149: A
150: D
151: D
152: C
153: A
154: B
155: C
156: B
157: C
158: C
159: B
160: C