Questões de Português - Acentuação Gráfica: acento diferencial para Concurso

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Q1159651 Português
Para responder à questão, leia com atenção partes do artigo escrito por Luciana Alvarez sobre a educação a distância.

A discussão sobre ensino a distância na educação básica
(adaptado)

         As formas como a tecnologia deve ser usada na educação básica atiçam polêmicas que parecem longe de terminar. Recentemente, o Conselho Nacional de Educação estudou uma proposta para estabelecer um limite da carga horária da etapa do ensino médio que poderia ser oferecida a distância (EAD). [...]
       Betina von Staa, responsável pelo CensoEad.Br da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed), é uma das vozes a criticar com veemência esse tipo de regulamentação. “No ensino médio, os alunos têm de estar juntos, na escola, aprendendo a dialogar. Iniciativas para estudar de casa só devem ser cogitadas em casos de necessidade absoluta e para alunos mais velhos, do EJA (educação de jovens e adultos)”, afirma. Ela, contudo, é uma entusiasta do uso da tecnologia na escola. “O modelo que precisamos adotar é o híbrido, usando o suporte que faça sentido para cada ação, sem tentar separar o que é presencial e o que é a distância.”
         Segundo Betina, o limite legal para cursos presenciais, que podem oferecer no máximo 20% da carga horária em EAD, foi extremamente prejudicial para o ensino presencial, que acabou estagnado. Ela teme que o ensino médio siga pelo mesmo caminho. [...]
        “Tecnologia educacional a gente usa de acordo com a situação, caso a caso. Não se pode colocar todo mundo na frente de uma tela, porque não funciona. Mas tampouco existe um número mágico do quanto de estudo pode ser feito em casa”, diz Betina. [...] Mas, se o objetivo é apenas decorar conceitos e regras, basta um aplicativo e o estudante pode ficar em casa mesmo, ironiza. “Mas não é isso que a gente quer”, diz em seguida. [...] Em compensação, um projeto colaborativo de geografa pode ganhar mais diversidade se, por meio da tecnologia, envolver estudantes de várias partes do país.


Fonte: Revista Educação, por Luciana Alvarez
De acordo com a leitura atenta do artigo anterior e com a Gramática Normativa da Língua Portuguesa, analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta.

I. No trecho “No ensino médio, os alunos têm de estar juntos, na escola, aprendendo a dialogar.”, a acentuação do verbo destacado tem a função de indicar que ele está no plural, concordando com o sujeito composto pelos núcleos “ensino médio” e “escola”.
II. No trecho “o limite legal para cursos presenciais, que podem oferecer no máximo 20% da carga horária em EAD,” a expressão destacada é classificada como Oração Subordinada Adjetiva Explicativa.
III. No trecho “foi extremamente prejudicial para o ensino presencial”, a expressão destacada é classificada sintaticamente como Objeto Indireto.
IV. No trecho “se, por meio da tecnologia, envolver estudantes de várias partes do país.”, o termo destacado é uma Conjunção Subordinativa Condicional.
Alternativas
Q1158214 Português
Texto 1

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Rubel

Se for preciso, eu pego um barco, eu remo
Por seis meses, como peixe pra te ver
Tão pra inventar um mar grande o bastante
Que me assuste e que eu desista de você

Se for preciso, eu crio alguma máquina
Mais rápida que a dúvida, mais súbita que a lágrima
Viajo a toda força, e num instante de saudade e dor
Eu chego pra dizer que eu vim te ver

Eu quero partilhar
Eu quero partilhar
A vida boa com você
Eu quero partilhar
Eu quero partilhar

A vida boa com você
Que amor tão grande tem que ser vivido a todo instante
E a cada hora que eu tô longe, é um desperdício
Eu só tenho 80 anos pela frente
Por favor, me dá uma chance de viver

Que amor tão grande tem que ser vivido a todo instante
E a cada hora que eu tô longe, é um desperdício
Eu só tenho 80 anos pela frente
Por favor, me dá uma chance de viver

Eu quero partilhar
Eu quero partilhar
A vida boa com você
Eu quero partilhar
Eu quero partilhar
A vida boa com você

Se for preciso, eu pego um barco, eu remo
Por seis meses, como peixe pra te ver
Tão pra inventar um mar grande o bastante
Que me assuste, e que eu desista de você
Se for preciso, eu crio alguma máquina
Mais rápida que a dúvida, mais súbita que a lágrima
Viajo a toda força, e num instante de saudade e dor

Eu chego pra dizer que eu vim te ver
Eu quero partilhar
Eu quero partilhar
A vida boa com você
Eu quero partilhar
Eu quero partilhar
A vida boa com você
Eu quero partilhar
Eu quero partilhar

A vida boa com você
Eu quero partilhar
Eu quero partilhar

A vida boa com você
Não tem, pra trás, nada
Tudo que ficou tá aqui

Se for preciso, eu giro a Terra inteira
Até que o tempo se esqueça de ir pra frente e volte atrás
Milhões de anos, quando todos continentes se
encontravam
Pra que eu possa caminhar até você

Eu sei, mulher, não se vive só de peixe, nem se volta no
passado
As minhas palavras valem pouco e as juras não te dizem
nada
Mas se existe alguém que pode resgatar sua fé no mundo,
existe nós

Também perdi o meu rumo, até meu canto ficou mudo
E eu desconfio que esse mundo já não seja tudo aquilo
Mas não importa, a gente inventa a nossa vida
E a vida é boa, mas é muito melhor com você

Eu quero partilhar
Eu quero partilhar
A vida boa com você (até o final)


Texto 2





Os Textos 1 e 2 têm formatos distintos, apesar de serem complementos, assinale a alternativa que justifica a acentuação do verbo em destaque:
Alternativas
Q1156891 Português
Pressionar crianças para que sejam bons alunos
resulta em desânimo


Rosely Sayão


       Pesquisas apontam aumento na taxa de suicídio entre os jovens brasileiros, e o fenômeno é mundial. Por esse motivo, alguns países têm se preocupado com a depressão em crianças e jovens. A Academia Americana de Pediatria, por exemplo, recomendou que os médicos devem sempre procurar sinais dessa doença nos mais novos. Sinal amarelo piscando.
      Precisamos pensar com atenção na saúde mental de nossas crianças e de nossos jovens. Mas parece que nem as famílias e nem as escolas têm essa questão como importante: ambas são criadoras de muitas causas que podem afetar negativamente a qualidade de vida emocional de quem elas deveriam cuidar. Vamos levantar alguns pontos que podem provocar pressão em demasia, ansiedade e medos de fracasso nas crianças e nos jovens.       
        Primeiramente, a pressão sobre a vida escolar. Nunca, nunca antes tivemos famílias e escolas tão empenhadas em fazer com que filhos e alunos tenham alta performance escolar, o que significa, é claro, boas notas, aprovação com destaque em exames e provas etc. Mas por quê?
        Porque, de repente, decidimos que o bom rendimento escolar da criança é pré-requisito fundamental para um futuro profissional promissor. Posso assegurar-lhe que não é, por dois motivos bem simples. Primeiro: bom rendimento escolar não significa, necessariamente, bom aprendizado. Segundo: estamos um pouco atrasados nessa premissa, já que, hoje, ter estudos não garante nada, absolutamente nada em termos profissionais, e não apenas em nosso país. Agora, imagine crianças – inclusive as mais novas – e jovens pressionados até o limite para que sejam bons alunos. Só pode resultar em ansiedade, desânimo, receios etc. Junte a isso as acirradas competições às quais eles são submetidos, o bullying – que eu reputo à ausência de adultos na tutela dos mais novos –, as agendas lotadas de compromissos, as intermináveis lições de casa (muitas vezes motivos para brigas entre pais e filhos), a erotização precoce que promove busca infantil por um determinado tipo de beleza etc.
        Uau! Se para um adulto essa mistura já pode ser explosiva para a sanidade mental, imagine, caro leitor, para crianças e adolescentes! E o que podemos fazer? Muita coisa! Deixar de confundir cobrança com pressão já pode ser um grande passo. Nossos filhos e alunos precisam ser cobrados a levar sempre adiante sua vida escolar. Mas precisamos ser mais compreensivos quando eles não conseguem, e ajudá-los no esforço que precisam investir para aprender, em vez de pressioná-los mais ainda.
     As famílias podem e devem também ensinar os filhos a lidar com suas emoções. Sabe quando uma criança pequena pega algum objeto de vidro e os pais o ensinam a tomar cuidado porque é frágil e ela pode quebrar, mesmo sem querer? Podemos fazer a mesma coisa com os sentimentos que ela experimenta. Posso ilustrar isso que acabei de dizer com o seguinte exemplo: quando uma criança manifesta raiva, devemos ensiná-la que essa emoção e suas manifestações podem machucá-la e também os outros.
        E a escola precisa se dar conta de que o ambiente escolar pode ser – e em geral é – neurotizante para muitas crianças! E não é por falta de conhecimento que não mudamos esse panorama.
       Vamos cuidar da saúde mental de nossas crianças e jovens tanto quanto cuidamos de sua saúde física!


Adaptado de: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/roselysayao/2016/03/1747467-pressionar-criancas-ate-o-limite-para-que-sejam-bons-alunos-so-pode-resultar-em-ansiedade-edesanimo.shtml
Acesso em 10 de março de 2016.
Em “[...] alguns países têm se preocupado com a depressão em crianças e jovens [...]”, é correto afirmar que o acento circunflexo no verbo destacado
Alternativas
Q1153399 Português

Segundo dia registra maior índice de participação da história: 72,9%

Na semana passada, presença também havia sido a mais significativa

Guilherme Pera, do Portal MEC


      Este domingo, 10 de novembro de 2019, foi o segundo dia de Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) com o maior percentual de presentes na história: 72,9%, superando a edição de 2015 — 72,67%. Compareceram hoje 3,7 milhões dos 5,1 milhões de inscritos.

      O resultado segue o observado em 3 de novembro, primeiro dia de Enem 2019. Na semana passada, o índice de presentes ficou em 76,9%. Até então, o melhor resultado havia sido em 2018: 75,24%. A contagem é realizada desde 2009, quando o Enem adquiriu o formato atual. De 1998 a 2008, havia só um dia de exame.

      Os dados foram apresentados em coletiva de imprensa na sede do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em Brasília. O Inep é vinculado ao Ministério da Educação (MEC) e responsável pela aplicação do exame.

      O ministro da Educação, Abraham Weintraub, destacou o sucesso e a neutralidade ideológica do exame. “O objetivo, que era selecionar as pessoas em melhores condições para ocupar as vagas no ensino superior e se tornar os melhores profissionais, foi cumprido”, destacou.

      Conteúdo da prova – Os candidatos tiveram dois dias com 90 questões de múltipla escolha em cada. No primeiro, foram 45 sobre linguagens, códigos e suas tecnologias e 45 sobre ciências humanas e suas tecnologias, além da redação sobre democratização do acesso ao cinema no Brasil. No segundo dia, foram 45 sobre ciências da natureza e 45 sobre matemática.

      O presidente do Inep, Alexandre Lopes, explicou como foi escolhido o conteúdo. “São questões retiradas de um banco de questões alimentado ao longo dos anos, inclusive 2019”, sintetizou.

      O Inep vai disponibilizar o gabarito do Enem na quarta-feira, 13 de novembro.

      Eliminados – Trezentos e setenta e um candidatos foram eliminados. O Enem de 2019 foi realizado com novas regras para garantir a segurança. A principal mudança foi em relação à proibição de emissão de sons por aparelhos eletrônicos, mesmo dentro do envelope portaobjetos fornecido pelos fiscais de prova. Dentro desse cômputo também estão pessoas que se negaram a ser identificadas por biometria, por exemplo.

      Na semana passada, outros 376 participantes já haviam sido desclassificados. Contando os dois dias, portanto, são 747 candidatos eliminados.

      Reaplicação – O segundo dia contou com 76 ocorrências de problemas de logística. A lista inclui emergências médicas, queda de energia elétrica, interrupção no abastecimento de água, desastres naturais, entre outros. Quem se sentir prejudicado pode solicitar a reaplicação. O pedido deve ser feito de 11 a 18 de novembro, por meio da Página do Participante, no site do Enem. 

      A resposta do Inep às solicitações para a reaplicação sai em 27 de novembro. A reaplicação da prova do Enem está marcada para 10 e 11 de dezembro. O pedido pode ser realizado por inscritos que não tenham conseguido fazer as provas em decorrência dos problemas citados.

Disponível em http://portal.mec.gov.br/component/content/article?id=82521

Assinale a alternativa que apresenta um vocábulo com acento diferencial.
Alternativas
Q1140031 Português

    Texto 1

               Refugiados climáticos: uma realidade brasileira


      Compreender os processos migratórios no Brasil tem sido objeto de pesquisadores da área ambiental, especialmente de mudanças climáticas, nos últimos anos. O que antes era praticamente creditado a questões estritamente socioeconômicas, hoje já tem uma análise mais aprofundada. Os deslocamentos humanos ou processos migratórios ambientais têm ganhado uma atenção especial. Um contingente da população já é definido como migrantes, deslocados ou refugiados climáticos ou ambientais, um conjunto de terminologias que está sendo construído internacionalmente, pois ainda não há uma definição oficial no direito ambiental. Porém, o que é certo por aqui é que uma significativa parte deles provém da região Nordeste do país. A proposta é que deixem de ser invisibilizados, neste contexto, nas estruturas burocráticas.

      Com este enfoque, o estudo Mudanças no padrão espaço-temporal de secas no nordeste brasileiro, publicado na Atmopsheric Science Letters, no ano passado, revelou que a seca, entre 2012 e 2017, foi a pior em 30 anos e prejudicou a população de 24 milhões de pessoas que vive na região, promovendo milhares de deslocamentos, em especial para a região Sudeste, algo que já ocorria em determinados períodos, desde a década de 1990. As secas anteriores também analisadas aconteceram entre 1982- 1983, 1992-1993 e 1997-1998. O trabalho foi realizado por pesquisadores do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e de outras instituições, sob coordenação da pesquisadora Ana Paula Cunha.

      Segundo os cientistas, alguns dos aspectos a serem considerados no processo da seca severa é a interferência do El Niño (em grande parte das ocorrências), que contribuiu para o aquecimento do oceano Pacífico Equatorial e fez com que as nuvens de chuva se dirigissem para longe do Nordeste e do continente. Mais uma causa associada é atribuída ao aquecimento do Oceano Atlântico no Hemisfério Norte do planeta, o mesmo fenômeno que tem motivado o aumento de registro de furacões, entre outras.

      O levantamento alerta que a combinação de alta variabilidade espacial e temporal das chuvas, falta de irrigação, degradação da terra devido ao manejo inadequado do solo e a pobreza em larga escala nas áreas rurais tornam a região uma das áreas mais vulneráveis do mundo aos impactos das mudanças climáticas. 

      Segundo a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), desde o ano de 2009, estima-se que a cada segundo uma pessoa é deslocada em razão de um desastre ambiental. Em 2018, foram 17 milhões de novos deslocamentos relativos a desastres naturais e às mudanças climáticas, no planeta, de acordo com o Centro de Monitoramento de Deslocados Internos, que fica em Genebra. Nas próximas três décadas, o alerta é ainda maior. Segundo o Banco Mundial, a mudança climática deverá expulsar 140 milhões pessoas de suas casas. Todos estes dados reforçam que não é mais possível desconsiderar esta questão nas agendas das políticas públicas dos países e do próprio direito internacional.


(Texto adaptado de :

https://envolverde.cartacapital.com.br/refugiados-climaticos-uma-realidade-brasileira/)







                  

Observe o verbo destacado no fragmento: “Os deslocamentos humanos ou processos migratórios ambientais têm ganhado uma atenção especial.” Assinale a alternativa que indica o mesmo parâmetro utilizado para acentuação.
Alternativas
Respostas
456: C
457: E
458: C
459: B
460: B