Questões de Português - Acentuação Gráfica: acento diferencial para Concurso
Foram encontradas 657 questões
I. No trecho “No ensino médio, os alunos têm de estar juntos, na escola, aprendendo a dialogar.”, a acentuação do verbo destacado tem a função de indicar que ele está no plural, concordando com o sujeito composto pelos núcleos “ensino médio” e “escola”.
II. No trecho “o limite legal para cursos presenciais, que podem oferecer no máximo 20% da carga horária em EAD,” a expressão destacada é classificada como Oração Subordinada Adjetiva Explicativa.
III. No trecho “foi extremamente prejudicial para o ensino presencial”, a expressão destacada é classificada sintaticamente como Objeto Indireto.
IV. No trecho “se, por meio da tecnologia, envolver estudantes de várias partes do país.”, o termo destacado é uma Conjunção Subordinativa Condicional.
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Segundo dia registra maior índice de participação da história: 72,9%
Na semana passada, presença também havia sido a mais significativa
Guilherme Pera, do Portal MEC
Este domingo, 10 de novembro de 2019, foi o segundo dia de Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) com o maior percentual de presentes na história: 72,9%, superando a edição de 2015 — 72,67%. Compareceram hoje 3,7 milhões dos 5,1 milhões de inscritos.
O resultado segue o observado em 3 de novembro, primeiro dia de Enem 2019. Na semana passada, o índice de presentes ficou em 76,9%. Até então, o melhor resultado havia sido em 2018: 75,24%. A contagem é realizada desde 2009, quando o Enem adquiriu o formato atual. De 1998 a 2008, havia só um dia de exame.
Os dados foram apresentados em coletiva de imprensa na sede do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em Brasília. O Inep é vinculado ao Ministério da Educação (MEC) e responsável pela aplicação do exame.
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, destacou o sucesso e a neutralidade ideológica do exame. “O objetivo, que era selecionar as pessoas em melhores condições para ocupar as vagas no ensino superior e se tornar os melhores profissionais, foi cumprido”, destacou.
Conteúdo da prova – Os candidatos tiveram dois dias com 90 questões de múltipla escolha em cada. No primeiro, foram 45 sobre linguagens, códigos e suas tecnologias e 45 sobre ciências humanas e suas tecnologias, além da redação sobre democratização do acesso ao cinema no Brasil. No segundo dia, foram 45 sobre ciências da natureza e 45 sobre matemática.
O presidente do Inep, Alexandre Lopes, explicou como foi escolhido o conteúdo. “São questões retiradas de um banco de questões alimentado ao longo dos anos, inclusive 2019”, sintetizou.
O Inep vai disponibilizar o gabarito do Enem na quarta-feira, 13 de novembro.
Eliminados – Trezentos e setenta e um candidatos foram eliminados. O Enem de 2019 foi realizado com novas regras para garantir a segurança. A principal mudança foi em relação à proibição de emissão de sons por aparelhos eletrônicos, mesmo dentro do envelope portaobjetos fornecido pelos fiscais de prova. Dentro desse cômputo também estão pessoas que se negaram a ser identificadas por biometria, por exemplo.
Na semana passada, outros 376 participantes já haviam sido desclassificados. Contando os dois dias, portanto, são 747 candidatos eliminados.
Reaplicação – O segundo dia contou com 76 ocorrências de problemas de logística. A lista inclui emergências médicas, queda de energia elétrica, interrupção no abastecimento de água, desastres naturais, entre outros. Quem se sentir prejudicado pode solicitar a reaplicação. O pedido deve ser feito de 11 a 18 de novembro, por meio da Página do Participante, no site do Enem.
A resposta do Inep às solicitações para a reaplicação sai em 27 de novembro. A reaplicação da prova do Enem está marcada para 10 e 11 de dezembro. O pedido pode ser realizado por inscritos que não tenham conseguido fazer as provas em decorrência dos problemas citados.
Disponível em http://portal.mec.gov.br/component/content/article?id=82521
Texto 1
Refugiados climáticos: uma realidade brasileira
Compreender os processos migratórios no Brasil tem sido objeto de pesquisadores da área ambiental, especialmente de mudanças climáticas, nos últimos anos. O que antes era praticamente creditado a questões estritamente socioeconômicas, hoje já tem uma análise mais aprofundada. Os deslocamentos humanos ou processos migratórios ambientais têm ganhado uma atenção especial. Um contingente da população já é definido como migrantes, deslocados ou refugiados climáticos ou ambientais, um conjunto de terminologias que está sendo construído internacionalmente, pois ainda não há uma definição oficial no direito ambiental. Porém, o que é certo por aqui é que uma significativa parte deles provém da região Nordeste do país. A proposta é que deixem de ser invisibilizados, neste contexto, nas estruturas burocráticas.
Com este enfoque, o estudo Mudanças no padrão espaço-temporal de secas no nordeste brasileiro, publicado na Atmopsheric Science Letters, no ano passado, revelou que a seca, entre 2012 e 2017, foi a pior em 30 anos e prejudicou a população de 24 milhões de pessoas que vive na região, promovendo milhares de deslocamentos, em especial para a região Sudeste, algo que já ocorria em determinados períodos, desde a década de 1990. As secas anteriores também analisadas aconteceram entre 1982- 1983, 1992-1993 e 1997-1998. O trabalho foi realizado por pesquisadores do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e de outras instituições, sob coordenação da pesquisadora Ana Paula Cunha.
Segundo os cientistas, alguns dos aspectos a serem considerados no processo da seca severa é a interferência do El Niño (em grande parte das ocorrências), que contribuiu para o aquecimento do oceano Pacífico Equatorial e fez com que as nuvens de chuva se dirigissem para longe do Nordeste e do continente. Mais uma causa associada é atribuída ao aquecimento do Oceano Atlântico no Hemisfério Norte do planeta, o mesmo fenômeno que tem motivado o aumento de registro de furacões, entre outras.
O levantamento alerta que a combinação de alta variabilidade espacial e temporal das chuvas, falta de irrigação, degradação da terra devido ao manejo inadequado do solo e a pobreza em larga escala nas áreas rurais tornam a região uma das áreas mais vulneráveis do mundo aos impactos das mudanças climáticas.
Segundo a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), desde o ano de 2009, estima-se que a cada segundo uma pessoa é deslocada em razão de um desastre ambiental. Em 2018, foram 17 milhões de novos deslocamentos relativos a desastres naturais e às mudanças climáticas, no planeta, de acordo com o Centro de Monitoramento de Deslocados Internos, que fica em Genebra. Nas próximas três décadas, o alerta é ainda maior. Segundo o Banco Mundial, a mudança climática deverá expulsar 140 milhões pessoas de suas casas. Todos estes dados reforçam que não é mais possível desconsiderar esta questão nas agendas das políticas públicas dos países e do próprio direito internacional.
(Texto adaptado de :
https://envolverde.cartacapital.com.br/refugiados-climaticos-uma-realidade-brasileira/)