Questões de Português - Adjetivos para Concurso

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Q2159053 Português

A INACREDITÁVEL HISTÓRIA DO PRIMEIRO CARRO DE SÍLVIO SANTOS



Pela descrição de Carlos Alberto, primeiro carro de Sílvio Santos era como esse modelo Fotos: Richard Spiegelman - Flickr

  Esta história foi contada pelo humorista Carlos Alberto da Nóbrega, no Flow Podcast, como o primeiro carro comprado por Silvio Santos. À época, no ano de 1957 ou 1958, o apresentador do humorístico A Praça é Nossa cursava Direito em Santos, cidade onde o Dodge 1939, almejado pelo jovem Senhor Abravanel, estava à venda.

  Ao que a história dá a entender, Sílvio Santos não dirigia naquela época, ou não tinha habilitação, já que Carlos Alberto foi solicitado para levar o Dodge 1939 até a cidade de São Paulo. O primeiro fato surreal é que o hoje milionário,dono do SBT, chegou a Santos a bordo de um ônibus da Viação Cometa por volta das 11 horas.

  O Dodge 1939 pertencia ao jogador de futebol Del Vechio, do Santos Futebol Clube, que antecedeu Pelé. Carlos Alberto e Sílvio Santos foram até São Vicente, na Baixada Santista, para comprar o carro. “Quando cheguei na casa dele (Del Vechio), vi o carro e falei “Sílvio, você não vai levar esse carro!, porque ele estava um bagaço”, contou o humorista.

  Carlos Alberto disse que o Dodge 1939 era um conversível, mas sequer tinha cor definida: “Não era marrom, era ferrugem. Não tinha cor, mas o Sílvio comprou.” O apresentador da “Praça” não se lembra qual era a moeda vigente na época, muito menos quanto Sílvio Santos pagou pelo “possante”, mas garante que foi muito barato, tipo uns 5 mil.

  O carro podia estar em um estado deplorável, mas, no auge dos seus 20 anos, Carlos Alberto tratou de abrir a capota do conversível (manualmente!). Se a ideia era “ficar bonito”, o estado do carro não permitiu tal façanha. “O motor estava ruim e eu falei “Sílvio, esse carro não vai subir a serra'”, temeu.

  As portas do Dodge 1939 estavam tão bambas, que Sílvio Santos precisava segurá-las com os braços abertos. Para isso, o jovem Abravanel precisava ficar pertinho de Carlos Alberto no banco inteiriço do veículo. O humorista se lembra que estava na Praia do Gonzaga quando, na frente de um bar, um frequentador viu a cena e soltou um palavrão, contou às gargalhadas.

  Mas tudo pode piorar. Eis que começou a chover, com a capota do conversível aberta. “Eu falei pro Silvio que, se a gente parasse o carro, não íamos mais sair. Ele foi para o banco de trás, eu diminuí a marcha, e ele conseguiu fechar”. Ao imaginar essa cena envolvendo Sílvio Santos, os apresentadores do podcast, Igor Coelho e Cris Paiva, deram boas risadas.

  O melhor é como essa epopeia acabou. Por incrível que pareça, o carro conseguiu chegar em São Paulo. Carlos Alberto explica que, no fim do Largo do Arouche, onde ficava a Rádio Nacional, destino da dupla, existia uma “cena” de compra e venda de carros. Ao passar ali, Sílvio Santos recebeu uma proposta pelo Dodge 1939.

  O jovem Abravanel pediu para Carlos Alberto parar o carro. O comprador perguntou quanto ele queria e Sílvio Santos disse algo como R$ 7 mil. “O cara pagou, nós fomos a pé para a Rádio Nacional e ele ganhou R$ 2 mil em duas horas”, concluiu Carlos Alberto.

Disponível em: https://www.vrum.com.br/aceleradas/silvio-santos-primeiro-carro/ Acesso em: 02 mar. 2023 (Adaptado)

Todos os termos destacados têm natureza adjetiva, EXCETO:
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Q2157027 Português
Aprendizado em família


     A terapeuta Adriana Czelusniak levava o filho, Gabriel Czelusniak Cabrera, à psicóloga na tarde de sexta-feira (13). Mãe e filho estavam apreensivos: o resultado do vestibular da Universidade Federal do Paraná (UFPR) estava para ser divulgado a qualquer momento – e ambos tinham prestado os exames para Pedagogia. No banco do passageiro, Cabrera atualizava continuamente em seu celular o portal da instituição, tentando acessar a relação de aprovados. “Mãe, eu passei”, anunciou o rapaz, quando a lista, enfim, foi publicada. Ainda ao volante do carro, Czelusniak pegou o celular e, surpresa, constatou que também tinha sido admitida. Ela e o filho são diagnosticados com transtorno do espectro autista e, a partir do fim de março, vão começar a frequentar juntos o curso universitário. Depois da sessão de terapia de Cabrera com a psicóloga, mãe e filho foram direto ao campus de Ciências Agrárias da UFPR, em Curitiba, onde os aprovados celebram o êxito no vestibular passando por um “banho de lama”, rito de passagem já tradicional na universidade. Antes, no entanto, Czelusniak fez questão de conferir as listas impressas, afixadas em uma das paredes do complexo. Só após confirmar que tinham, mesmo, sido admitidos é que ela e Cabrera foram celebrar com futuros colegas de curso – e tiraram uma série de fotos, já após o banho de lama, em que aparecem sujos e com o rosto pintado. “Eu tive que olhar a lista várias vezes para acreditar. A sensação era de que eu estava vendo a lista errada. Até agora, ainda é difícil acreditar. Foi, realmente, uma surpresa enorme”, disse Czelusniak, de 41 anos. “Por um lado, eu fico com pena de pessoas que passam anos tentando e não conseguem passar. Mas fiquei feliz, porque fizemos [as provas] com nosso conhecimento e passamos. Foi merecido”, comemorou Cabrera.
       Ao fazer as inscrições para o vestibular, Czelusniak não tinha foco na aprovação. Ela queria ver como o filho se comportaria ao longo das provas, em um ambiente cheio de restrições e com pessoas que não são do convívio comum. Cabrera estava cursando o 3º ano do Ensino Médio no Sesi, em uma turma regular, com alunos neurotípicos. A pedido de Czelusniak, mãe e filho prestaram os exames na mesma sala, que não estava tão cheia – com menos de dez pessoas, todas com algum tipo de necessidade especial. Ambos teriam direito a se inscrever para disputar uma vaga suplementar – ofertada além das reservadas ao sistema de cotas e que se destina a pessoas com deficiência. Para isso, no entanto, precisavam de laudo educacional, que Czelusniak não conseguiu providenciar a tempo. Ou seja, mãe e filho se candidataram pela ampla concorrência. “O vestibular não é uma prova amigável à pessoa do espectro autista. Também por essas dificuldades, ficamos muito felizes com o resultado”, completou a recém-aprovada.
[…]

(ANÍBAL, Felippe. Aprendizado em família. Site da
Revista Piauí, 26 janeiro de 2023. Disponível em:
https://piaui.folha.uol.com.br/de-mae-para-filho/. Acesso em
06 de fevereiro de 2023)
No texto, “amigável” é determinante de “prova”. Considerando a classe de palavras, amigável classifica-se como:
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Q2156936 Português
Mensagens pelo WhatsApp não bastam para conter solidão de idosos, diz especialista em ciência da felicidade

Denize Savi, especialista em ciência da felicidade e coordenadora da organização Doe Sentimentos Positivos, disse que os idosos sofreram ainda mais na pandemia porque eles não adquiriram o hábito de lidar com as novas tecnologias de comunicação como os mais jovens.

"Eles acabaram ficando isolados. Isso agravou a tristeza, aumentou muito o número de depressão e ansiedade. É preciso que a gente olhe para esse cenário com empatia, com cuidado, porque eles carecem de atenção, principalmente agora nesse pós-pandemia", afirmou a especialista.

Ela diz que estudos recentes apontam que esse isolamento da população em geral pode refletir numa futura epidemia de saúde mental após o período pandêmico. E para evitar que doenças psicológicas atinjam a sociedade de maneira massificada, ela afirma ser necessário criar uma rede de apoio em torno das pessoas, principalmente as vulneráveis, como os idosos. "A família precisa se reaproximar dessas pessoas, pois o contato físico é extremamente importante, fundamental", complementa.

Outra orientação da psicóloga é evitar notícias ruins para os mais velhos.

"Às vezes, por exemplo, você soube que uma pessoa do seu convívio, mais de idade, faleceu. É necessário minimizar essas questões. Realmente, levar notícias boas e trazer para a conversa algo que seja frutífero, que vai deixar essa pessoa feliz, ajuda muito mais".

Mas ela dá um puxão de orelha nos idosos que não procuram a família.

"Da mesma forma que os filhos e os netos precisam procurar os idosos para que haja esse convívio, os idosos também precisam retribuir. Eles têm que mandar um recadinho: Vamos fazer um almoço neste fim de semana?'", afirma a especialista.

Quando nenhuma dessas técnicas resolver, os idosos, segundo ela, devem procurar alguma ocupação por conta própria. Algo, de preferência, que tenha um impacto social por meio da solidariedade. "Às vezes, a idosa tem um talento para tricô. Ela pode fazer blusinhas e casaquinhos para crianças de creches. O maior segredo de tudo é ter disciplina. Ter disciplina é o mais difícil. Isso vale para todas as idades, mas em especial para os idosos", diz Denize.

https://www.bbc.com/portuguese/brasil-62958723. Adaptado.

Ela diz que estudos recentes apontam que esse isolamento da população em geral pode refletir numa futura epidemia de saúde mental após o período pandêmico.
Assinale a expressão que contenha um adjetivo e um substantivo respectivamente.
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Q2156861 Português
Chinês de dezenove anos pode ser pessoa mais jovem com Alzheimer e causa é mistério para cientistas


Após realizar uma bateria de exames, pesquisadores da Capital Medical University, em Pequim, diagnosticaram um jovem com provável Alzheimer. Se o diagnóstico estiver correto, ele será a pessoa mais nova com a doença que se tem registro.

O principal fator de risco para a doença é o envelhecimento, o que torna este caso recente tão incomum.

As causas exatas do Alzheimer ainda são amplamente desconhecidas, mas uma característica clássica da doença é o acúmulo de duas proteínas no cérebro: beta-amiloide e tau.

Em pacientes com Alzheimer, a beta-amiloide geralmente é encontrada em grandes quantidades fora dos neurônios, as células cerebrais, e os emaranhados de tau - grupos de filamentos torcidos da proteína - são observados dentro dos axônios, a projeção alongada e delgada dos neurônios.

Aos dezessete anos, o paciente começou a apresentar problemas de concentração para estudar. Isso foi seguido, um ano depois, pela perda da memória de curto prazo. Ele não conseguia se lembrar se havia comido ou feito o dever de casa. A perda de memória se tornou tão grave que ele teve que abandonar o ensino médio, mesmo estando no último ano.

Um diagnóstico provável de Alzheimer foi confirmado por testes cognitivos padrão usados para detectar perda de memória. Os resultados sugeriram que sua memória estava gravemente comprometida.

Os exames de imagens cerebrais também mostraram que seu hipocampo - uma parte do cérebro envolvida na memória - havia encolhido. Este é um sinal precoce típico de demência. Uma biópsia cerebral foi cogitada, mas seria muito arriscada, por isso entender os mecanismos biológicos de sua demência é difícil e seu caso permanece um mistério para a medicina por enquanto.

Os casos de Alzheimer de início precoce aumentam entre pacientes mais jovens. Infelizmente, é improvável que este seja o último caso raro de que iremos ouvir.

https://www.bbc.com/portuguese/articles/cled6z3w771o. Adaptado.

As causas exatas do Alzheimer ainda são amplamente desconhecidas, mas uma característica clássica da doença é o acúmulo de duas proteínas no cérebro: beta-amiloide e tau.
Assinale a expressão que contenha um adjetivo e um substantivo, nesta ordem. 
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Q2155195 Português
    A riqueza e o primoroso esmero do trajar, o porte altivo e senhoril, certo balanceio afetado e langoroso dos movimentos davam-lhe esse ar pretensioso, que acompanha toda moça bonita e rica, ainda mesmo quando está sozinha. Mas com todo esse luxo e donaire de grande senhora nem por isso sua grande beleza deixava de ficar algum tanto eclipsada em presença das formas puras e corretas, da nobre singeleza, e dos tão naturais e modestos ademanes da cantora. Todavia Malvina era linda, encantadora mesmo, e posto que vaidosa da sua formosura e alta posição, transluzia-lhe nos grandes e meigos olhos azuis toda a nativa bondade do seu coração.
    Malvina aproximou-se de manso e sem ser pressentida para junto da cantora, colocando-se por detrás dela esperou que terminasse a última copla.     
    — Isaura!... disse ela pousando de leve a delicada mãozinha sobre o ombro da cantora.
  — Ah! é a senhora?! — respondeu Isaura voltando-se sobressaltada.
      — Não sabia que estava aí me escutando.
   — Pois que tem isso?... continua a cantar... tens a voz tão bonita!... mas eu antes quisera que cantasses outra coisa; porque é que você gosta tanto dessa cantiga tão triste, que você aprendeu não sei onde?...
    — Gosto dela, porque acho-a bonita e porque... ah! não devo falar...
    — Fala, Isaura. Já não te disse que nada me deves esconder, e nada recear de mim?...
     — Porque me faz lembrar da minha mãe, que eu não conheci, coitada!... Mas se a senhora não gosta dessa cantiga, não a cantarei mais.
     — Não gosto que a cantes, não, Isaura. Hão de pensar que és maltratada, que és uma escrava infeliz, vítima de senhores bárbaros e cruéis. Entretanto passas aqui uma vida que faria inveja a muita gente livre. Gozas da estima dos teus senhores. Deram-te uma educação, como não tiveram muitas ricas e ilustres damas que eu conheço.

(A Escrava Isaura, de Bernardo Guimarães. Fragmento.) 
No trecho [...] “ah! não devo falar [...]” (7º§), a classificação morfológica dos termos destacados corresponde, respectivamente, a 
Alternativas
Respostas
701: C
702: A
703: D
704: B
705: B