Questões de Concurso Sobre análise sintática em português

Foram encontradas 8.427 questões

Q2205056 Português

Texto para o item.



Internet: <www.caubr.gov.br> (com adaptações).

Considerando os aspectos formais e de conteúdo do texto, julgue o item.


No trecho “Ela existe para acolher e encaminhar, em primeira instância, solicitações, reclamações, sugestões, denúncias e elogios de assuntos pertinentes ao âmbito das ações, das atribuições, dos procedimentos e dos regramentos do CAU-BR” (linhas de 5 a 9), é correto afirmar que há um objeto direto com mais de um núcleo.


Alternativas
Q2204613 Português
Texto para o item.



Internet: <www.exame.com> (com adaptações).
Acerca das ideias e dos aspectos gramaticais do texto, julgue o item.

Os termos “como as nativas digitais e aquelas fundadas por criadores de conteúdo” (linhas 11 e 12) e “grupo da população nascido a partir de 1995” (linhas 18 e 19) desempenham funções sintáticas distintas.
Alternativas
Q2204364 Português
O plano chinês para monitorar – e premiar – o comportamento de seus cidadãos

         Imagine que todas as suas atividades e comportamentos são monitorados e pontuados em uma grande base de dados nacional: desde sua informação fiscal, até o tempo que você passa jogando videogame.
        O cenário acima poderia ter saído do romance clássico de George Orwell, 1984, em que os cidadãos estão sempre sob vigilância de uma entidade chamada de "o grande irmão". Lembra também um episódio da série de TV Black Mirror, no qual cada atividade dos personagens rende "pontos" em um futuro distópico. Mas não é ficção. Esta é uma política de Estado em planejamento na China.
        O governo chinês está construindo um onipresente "sistema de crédito social", através do qual o comportamento de cada um dos seus 1,3 bilhão de cidadãos será pontuado em uma espécie de ranking de confiança.
         Por enquanto, trata-se de um projeto piloto do qual participam oito companhias chinesas. Com a autorização do estado, elas emitem suas próprias pontuações de "crédito social".
       Mas até o ano de 2020, todos os chineses estarão obrigatoriamente inclusos nesta enorme base de dados, e receberão pontuação de acordo com sua conduta.
         Por enquanto, o projeto existe em formato piloto mas a ideia do governo é tê-lo em breve como ferramenta aplicável a todos os cidadãos.
        Em um longo documento de 2014, o Conselho de Estado chinês explica que o plano do crédito social visa "forjar um ambiente na opinião pública em que a confiança será valorizada", acrescentando que "o sistema recompensará aqueles que reportarem atos de abuso de confiança".        A base de dados nacional concentrará uma ampla variedade de informações sobre cada cidadão. Será possível saber se uma pessoa paga seus impostos e multas em dia, se seus títulos acadêmicos são legítimos, etc.
       Haverá também um grande grupo de pessoas que passará por um escrutínio ainda mais pesado, dependendo da profissão que exercem. A lista inclui professores, contadores, jornalistas, médicos e guias turísticos.
       Críticos do projeto classificam o sistema de crédito social como "um pesadelo" e "orwelliano". Mas há quem acredite que um sistema como este é necessário na China.
     Os sistemas de crédito constroem confiança entre os cidadãos, defende Wen Quan, uma blogueira que escreve sobre temas de tecnologia e finanças.
        "Sem um sistema, um estelionatário pode cometer um crime em um lugar e logo depois fazer o mesmo em outra região do país. Os sistemas de crédito tornam público o histórico de uma pessoa. (O sistema) construirá uma sociedade melhor e mais justa", diz ela.
        Uma das empresas que participa do projeto piloto é a Sesame Credit, a ala financeira do site de vendas online Alibaba, o maior do mundo hoje.
       A empresa usa sua gigantesca base de dados de consumidores para criar rankings de "crédito social". A escala é alimentada pelas transações financeiras feitas com o sistema de pagamentos do Alibaba.
       A companhia não divulga exatamente como calcula a pontuação de cada cliente, dizendo que se trata de um "algoritmo complexo".
      As autoridades chinesas monitoram o andamento do projeto piloto de forma muito cuidadosa. O sistema do governo não funcionará exatamente como o das empresas privadas, mas adotará características dos algoritmos desenvolvidos pelas empresas privadas.
    Por enquanto, a participação no projeto é voluntária, mas a Sesame divulga o cadastro enfatizando os benefícios de obter um bom "crédito social". A empresa incentiva seus clientes a compartilhar a boa pontuação com os amigos e inclusive com potenciais pares românticos. Pontuar bem no programa dá acesso a uma série de benefícios, desde descontos em hotéis ou aluguel de carros até acesso a apólices de seguro ou a obtenção mais célere de vistos.
       Mas o que acontece quando a pontuação é ruim? Esta é a parte "preocupante", segundo Rachel Botsman, autora do livro "Who Can You Trust" (algo como "Em quem você pode confiar", em uma tradução livre). A obra trata do sistema de crédito social da China.
      "Se a sua pontuação de confiança cai abaixo de certo nível, toda a sua vida pode ser impactada. Desde a escola que seus filhos poderão frequentar até os empregos que você poderá escolher e o tipo de empréstimo bancário que você poderá obter", disse Botsman em um programa televisivo co-produzido pela BBC.
     "As transgressões podem ter ocorrido na sua vida, mas o seu comportamento poderia ter impacto em seus filhos ou netos durante décadas", diz Botsman.

(BBC mundo. Adaptado. https://www.bbc.com. Acesso em 16/05/2023)
Assinale a única alternativa em que se observa um substantivo como núcleo do sujeito.
Alternativas
Q2204020 Português

O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


'Odeio a palavra inclusão. Já estou aqui, não quero que me incluam em lugar nenhum'


Julia Risso fala com clareza e pausadamente. Sua voz demonstra seus anos de treinamento antes de se tornar locutora.

Ela diz que sempre se desvia do assunto durante as conversas e escolhe com cuidado cada uma de suas frases. E está convencida de que odeia a palavra 'inclusão'; ela prefere a palavra 'socializar'.

Risso tem 28 anos de idade, nasceu com uma má formação genética na coluna que a transformou em uma pessoa baixinha, como ela diz, com ternura.

Ela mora em San Miguel del Monte, a cerca de 110 km da capital argentina, Buenos Aires. Lá, trabalha como professora de teatro.

A jovem se autodefine como ativista deficiente. Ela apresenta o podcast Les otres, está prestes a publicar um livro de ficção autobiográfico e, no mês de abril, apresentou uma palestra na 47ª Feira Internacional do Livro de Buenos Aires sobre como romper as barreiras sociais que aprofundam a desigualdade.

Acho que sou uma pessoa incapacitada pela sociedade. Não sou eu que tenho deficiência. Incapacitam-me quando instalam um banheiro e eu não entro ou o vaso sanitário é alto para mim. Ou quando vou ao supermercado, a gôndola mede 1,80 metro e a erva-mate que eu gosto está em cima de tudo.

E a sociedade não incapacita somente a mim, mas também a uma pessoa mais alta que não consegue levantar seus braços ou outra que carrega uma criança e não alcança alguma coisa.

Sou uma mulher, sou branca e também sou deficiente. De qualquer forma, acredito que o mais difícil é que a sociedade entenda que o problema, na verdade, são os outros, não somos nós.

Para falar de forma mais teórica, o modelo social da deficiência entende que a deficiência é uma construção social, não é um tema individual, não é um problema que exige que se cure uma pessoa.

O entorno é que precisa se adaptar para que essa pessoa possa viver com a maior autonomia possível. Mesmo assim, acho que este conceito não encerra a discussão sobre a ideologia da normalidade.

Uma mulher de 42 anos me escreveu no Instagram para contar que tentava ter um filho ou uma filha e seu médico advertiu que, se decidisse ter um bebê, ele poderia ter risco de nascer com deficiência. Ela se assustou muito.

E eu disse: "Que forma de assustar uma pessoa que decide ter um filho, e o medo seja que ele tenha deficiência!" Depois achei que o médico talvez tivesse razão... mas, logo lembrei que minha mãe me teve com 32 anos, não tinha mais de 40.

Quem tem risco de ter deficiência? Até certo ponto, todos nós temos risco. Talvez todos nós cheguemos a ser velhos e, se isso acontecer, o corpo se deteriore. Existem pessoas que, do nada, têm uma doença incapacitante e passam a usar cadeira de rodas. A vida tem uma porção de circunstâncias que fazem você ficar deficiente em algum momento.

Quem tem medo de ser deficiente não deve nascer, pois a condição humana é frágil. Existe um medo de que discriminem esse filho ou filha. Penso no meu pai, que tinha pavor de que me tratassem mal, que me enganassem. Antes me aborrecia, mas agora entendo o que ele sentia. Minha mãe precisou educar não só a mim, mas também ao meu pai e a todos os demais para que percebessem que estavam criando uma menina autônoma.


https://www.bbc.com/portuguese/articles/cz4nved839eo. Adaptado.

Sou uma mulher, sou branca e também sou deficiente. De qualquer forma, acredito que o mais difícil é que a sociedade entenda que o problema, na verdade, são os outros, não somos nós.
O número de ORAÇÕES presentes na frase é de:
Alternativas
Q2204018 Português

O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


'Odeio a palavra inclusão. Já estou aqui, não quero que me incluam em lugar nenhum'


Julia Risso fala com clareza e pausadamente. Sua voz demonstra seus anos de treinamento antes de se tornar locutora.

Ela diz que sempre se desvia do assunto durante as conversas e escolhe com cuidado cada uma de suas frases. E está convencida de que odeia a palavra 'inclusão'; ela prefere a palavra 'socializar'.

Risso tem 28 anos de idade, nasceu com uma má formação genética na coluna que a transformou em uma pessoa baixinha, como ela diz, com ternura.

Ela mora em San Miguel del Monte, a cerca de 110 km da capital argentina, Buenos Aires. Lá, trabalha como professora de teatro.

A jovem se autodefine como ativista deficiente. Ela apresenta o podcast Les otres, está prestes a publicar um livro de ficção autobiográfico e, no mês de abril, apresentou uma palestra na 47ª Feira Internacional do Livro de Buenos Aires sobre como romper as barreiras sociais que aprofundam a desigualdade.

Acho que sou uma pessoa incapacitada pela sociedade. Não sou eu que tenho deficiência. Incapacitam-me quando instalam um banheiro e eu não entro ou o vaso sanitário é alto para mim. Ou quando vou ao supermercado, a gôndola mede 1,80 metro e a erva-mate que eu gosto está em cima de tudo.

E a sociedade não incapacita somente a mim, mas também a uma pessoa mais alta que não consegue levantar seus braços ou outra que carrega uma criança e não alcança alguma coisa.

Sou uma mulher, sou branca e também sou deficiente. De qualquer forma, acredito que o mais difícil é que a sociedade entenda que o problema, na verdade, são os outros, não somos nós.

Para falar de forma mais teórica, o modelo social da deficiência entende que a deficiência é uma construção social, não é um tema individual, não é um problema que exige que se cure uma pessoa.

O entorno é que precisa se adaptar para que essa pessoa possa viver com a maior autonomia possível. Mesmo assim, acho que este conceito não encerra a discussão sobre a ideologia da normalidade.

Uma mulher de 42 anos me escreveu no Instagram para contar que tentava ter um filho ou uma filha e seu médico advertiu que, se decidisse ter um bebê, ele poderia ter risco de nascer com deficiência. Ela se assustou muito.

E eu disse: "Que forma de assustar uma pessoa que decide ter um filho, e o medo seja que ele tenha deficiência!" Depois achei que o médico talvez tivesse razão... mas, logo lembrei que minha mãe me teve com 32 anos, não tinha mais de 40.

Quem tem risco de ter deficiência? Até certo ponto, todos nós temos risco. Talvez todos nós cheguemos a ser velhos e, se isso acontecer, o corpo se deteriore. Existem pessoas que, do nada, têm uma doença incapacitante e passam a usar cadeira de rodas. A vida tem uma porção de circunstâncias que fazem você ficar deficiente em algum momento.

Quem tem medo de ser deficiente não deve nascer, pois a condição humana é frágil. Existe um medo de que discriminem esse filho ou filha. Penso no meu pai, que tinha pavor de que me tratassem mal, que me enganassem. Antes me aborrecia, mas agora entendo o que ele sentia. Minha mãe precisou educar não só a mim, mas também ao meu pai e a todos os demais para que percebessem que estavam criando uma menina autônoma.


https://www.bbc.com/portuguese/articles/cz4nved839eo. Adaptado.

A sociedade não incapacita somente a mim, 'mas também a uma pessoa mais alta'.

A expressão destacada trata-se de uma ORAÇÃO:
Alternativas
Q2203783 Português
A taurina, 'um nutriente encontrado em carne, peixe e suplemento', melhora a saúde em uma variedade de espécies animais.
(Disponível em: https://curtlink.com/hEimFnF. Adaptado)

O termo destacado na ORAÇÃO trata-se de:
Alternativas
Q2203690 Português
Primeiro bebê com DNA de três pessoas nasce no Reino Unido


País foi o primeiro a regulamentar o tratamento de doação mitocondrial, que utiliza parte de um óvulo de uma doadora para evitar a transmissão de uma doença grave pela mãe

O primeiro bebê com DNA de três pessoas diferentes nasceu no Reino Unido. O país é pioneiro na regulamentação da técnica chamada de tratamento de doação mitocondrial (TDM), aprovada em 2015, que até então havia sido realizada apenas em procedimentos experimentais. Segundo a Autoridade de Fertilização Humana e Embriologia britânica (HFEA, da sigla em inglês), um total de 32 pacientes já receberam aval para realizar o tratamento.

O TDM é destinado a mulheres que tenham um alto risco de transmitir uma doença mitocondrial - disfunções sem cura que afetam a mitocôndria, parte da célula responsável pela produção de energia. Com ele, elas podem ter filhos biológicos sem passar o diagnóstico aos bebês. No Reino Unido, a regulamentação permite apenas que indivíduos com formas graves do quadro estejam elegíveis ao tratamento e eles devem passar antes por uma análise e aprovação da HFEA.

No procedimento, os médicos utilizam as mitocôndrias de um óvulo de uma doadora saudável para substituir a parte que carrega as mutações danosas do gameta da mãe. Existem dois métodos aprovados no Reino Unido, mas em ambos o material da doadora corresponde a menos de 1% da genética final da criança. Por isso, ela não tem qualquer direito legal sobre o bebê e deve permanecer em anonimato.

Os dois métodos são chamados de transferência do fuso materno (TFM) e transferência pronuclear (TPN). No primeiro, o material genético nuclear é removido do óvulo da mãe e transferido para o da doadora. O gameta, então, é fecundado por meio de fertilização in vitro (FIV) com o esperma do pai para se criar o embrião saudável.

Na TPN, o óvulo da mãe é fertilizado com o esperma do pai em laboratório, e o gameta doado é também fertilizado com o mesmo esperma. Depois, os médicos trocam o material genético nuclear do embrião formado com o óvulo da doadora pelo material do outro embrião, que carrega as informações de quem de fato será a mãe.

"Em ambas as técnicas, os embriões são criados usando seu material genético nuclear (os genes que fazem de você quem você é) e mitocôndrias saudáveis doadas", explica a página sobre o tratamento da HFEA. Em comunicado, a autoridade diz que, desde 2018, quando a clínica de Newcastle se tornou o primeiro centro licenciado para realizar o procedimento, mais de 30 aprovações já foram concedidas.

"Até 10 de maio de 2023, 32 pacientes receberam aprovação para tratamento de doação mitocondrial pelo Comitê Estatutário de Aprovações da HFEA. São decisões tomadas caso a caso, não havendo outras opções para as famílias envolvidas e no estrito cumprimento da lei", diz a nota.

Ao jornal britânico The Guardian , que questionou o órgão sobre quantos nascimentos já haviam sido registrados no país, já que até então nenhum havia sido divulgado, a HFEA confirmou que o primeiro bebê fruto do tratamento já havia nascido.

Além disso, disse que até abril deste ano foi registrado um total "inferior a cinco". A autoridade não forneceu números precisos por alegar que isso "poderia levar à identificação de uma pessoa a quem o HFEA deve o dever de confidencialidade". A resposta foi concedida ao jornal apenas após um pedido de liberdade de informação, uma legislação britânica semelhante à Lei de Acesso à Informação no Brasil.

O procedimento

Estimativas apontam que um a cada seis mil bebês são afetados por doenças chamadas de mitocondriais, que, por envolverem a geração de energia, podem impactar diversos órgãos do corpo, como músculos, fígado, coração e cérebro.

Embora o Reino Unido tenha sido o primeiro local a regulamentar a prática inovadora que diminui o risco desses problemas, o primeiro nascimento por meio do TDM no mundo foi registrado no México, anunciado em 27 de setembro de 2016.

O feito foi parte de um experimento conduzido pelo cientista norte-americano John Zhang, da clínica de fertilidade New Hope , que realizou a técnica de TFM na cidade de Nova York, nos Estados Unidos. A equipe criou cinco embriões, mas apenas um se desenvolveu normalmente.

Ele, então, enviou o embrião saudável para o México, onde foi inserido no útero da mãe. A mulher tinha genes para Síndrome de Leigh, uma doença mitocondrial considerada fatal. O bebê nasceu meses antes do anúncio, no dia 6 de abril, sem a doença.

O sucesso do procedimento foi celebrado pela comunidade científica, porém despertou preocupações pelo fato de Zhang ter realizado o tratamento no México para fugir das regulamentações rígidas dos EUA. Em entrevista ao portal New Scientist na época, o cientista insistiu que fez o certo. "Salvar vidas é a coisa ética a fazer", disse.

O tratamento não é, porém, a única saída para mães que carregam os genes e desejam ter filhos. Além da adoção e do uso de um óvulo completo de uma doadora, os pais que possuem uma doença genética que possa ser transmitida aos filhos podem realizar biópsias nos embriões gerados para identificar aqueles saudáveis. No entanto, nem sempre a eficácia é 100%.

Retirado e adaptado de: YONESHIGUE, Bernardo. Primeiro bebê com DNA de três pessoas nasce no Reino Unido. O Globo. Disponível em: - coom-ddna--detres-pessoas-nasceno-reenoounnido.ghtml05/primeiro-bebe-com-dna-de-tres-pessoas-nasce-no-reino-unido.ghtml Acesso em: 14 maio, 2023.
Analise a sintaxe do seguinte período, retirado de "Primeiro bebê com DNA de três pessoas nasce no Reino Unido":
Até 10 de maio de 2023, 32 pacientes receberam aprovação para tratamento de doação mitocondrial pelo Comitê Estatutário de Aprovações da HFEA.
Agora, analise as afirmações a seguir. Marque V, para verdadeiro, e F, para falso:

(__) Podemos classificar o período como simples.
(__) O período apresenta um adjunto adverbial.
(__) "para tratamento de doação mitocondrial" e "pelo Comitê Estatutário de Aprovações da HFEA" são complementos nominais.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
Alternativas
Q2203247 Português

Leia o Texto 3 para responder à questão.

Texto 3

Em cinco anos, garimpo faz a qualidade da água cair

Italo Wolff para Jornal Opção

    A qualidade da água em algumas regiões da bacia do rio Itacaiúnas, afluente do Rio Tocantins, variou de boa para muito ruim em apenas cinco anos devido ao aumento do garimpo na Província Mineral de Carajás, no Pará. A constatação é de estudo feito por pesquisadores do Instituto Tecnológico do Vale (ITV), Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal da Amazônia (UFAM) e Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) em parceria com cientistas da Universidade Central de Punjab, na Índia, e publicado na terça-feira, 25, na revista “Environmental Pollution”.

     A pesquisa analisou e comparou os componentes físico-químicos e biológicos das águas em 42 pontos de coleta na bacia do rio Itacaiúnas entre os anos de 2017 e 2022. Na comparação, foram registradas concentrações de elementos potencialmente tóxicos acima dos limites regulatórios para uso de água doce delimitados pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e para consumo humano, de acordo com diretrizes do Ministério da Saúde. Entre os elementos químicos registrados acima dos limites aceitáveis estão manganês, alumínio, bário, chumbo, ferro, cobre, cobalto, cromo, níquel, vanádio e zinco.

    De acordo com a pesquisa, a principal causa para esse impacto na qualidade da água é o crescimento do garimpo na região. Com o auxílio de imagens de satélite, os pesquisadores constataram entre 2017 e 2021 o crescimento de 1500 hectares (2883%) de cicatrizes deixadas pelo garimpo, área equivalente a 2100 campos de futebol. “Observamos um elevado crescimento de garimpos de ouro, ao longo do curso dos rios, e de manganês na Serra do Sereno”, afirma Gabriel Salomão, pesquisador adjunto no grupo de Geologia Ambiental e Recursos Hídricos do ITV e autor principal do estudo.

Disponível em: <https://www.jornalopcao.com.br/colunas-eblogs/ciencia/em-cinco-anos-garimpo-faz-a-qualidade-da-agua-ir-deboa-para-muito-ruim-em-afluente-do-rio-tocantins-485683/>. Acesso em: 10 mai. 2023.

No período “A qualidade da água em algumas regiões da bacia do rio Itacaiúnas, afluente do Rio Tocantins, variou de boa para muito ruim em apenas cinco anos devido ao aumento do garimpo na Província Mineral de Carajás, no Pará”, a expressão sublinhada classifica-se como
Alternativas
Q2202367 Português
Lixo hospitalar do século 16 é encontrado em poço na Itália

De potinhos de coleta de urina a itens pessoais de pacientes, a descoberta revela detalhes sobre os hábitos de higiene da época. Confira.

Em abril, arqueólogos anunciaram a descoberta de uma série de equipamentos médicos do Ospedale dei Fornari, um hospital fundado em 1564, em Roma.

O achado se deu no que um dia funcionou o Fórum de César, feito por Júlio César em 50 a.C. O Ospedale dei Fornari , construído nas redondezas do antigo fórum, teria usado o local como depósito de lixo potencialmente infeccioso - uma tentativa de reduzir a propagação de doenças.

As escavações aconteceram em 2021. Os arqueólogos encontraram uma câmara de 2,8 metros de profundidade, revestida de tijolos e com uma camada de argila compacta cobrindo tudo. Os pesquisadores acreditam que o buraco tenha sido usado apenas uma única vez - o lixo foi jogado e depois o poço foi selado.

O que os arqueólogos encontraram?

O interior do poço guardava pequenos vasos intactos, cacos de cerâmicas, potes de vidro e itens pessoais, como estatuetas e medalhas. Mais da metade dos vasos de vidro (inteiros ou em pedaços) recuperados do lixão são provavelmente o que os médicos antigos chamavam de matula - um potinho de coleta de urina.

Durante a Idade Média e o Renascimento, a prática da uroscopia era uma ferramenta diagnóstica central para os médicos. Era um exame 100% visual: o médico analisava alterações na cor, a presença de sedimentos, o cheiro e até o gosto do xixi. Com isso, era possível saber se o paciente tinha condições como icterícia, doença renal e diabetes.

Havia também vários grampos de chumbo comumente usados em ferragens de móveis, além de madeira queimada. Isso pode ser evidência de uma medida higiênica historicamente conhecida: a queima (e descarte) de móveis e outros itens que entraram em contato com pacientes com doenças infecciosas, como a peste bubônica.

O estudo também identificou itens de cerâmica usados para cozinhar e comer. Ao entrar no hospital, cada paciente recebia seus próprios pertences (jarra, copo, tigela e prato), como medida de higiene.

Antes da pesquisa, o descarte moderno de resíduos hospitalares e médicos para prevenir a propagação de doenças não recebia a devida atenção arqueológica. "[Essas descobertas] aumentam significativamente nossa compreensão das práticas de descarte de resíduos no Renascimento, ao mesmo tempo em que destacam a necessidade de uma visão mais completa dos regimes de higiene e controle de doenças do início da Europa moderna", escrevem os autores do artigo, publicado pela Cambridge University Press.

Retirado e adaptado de: CAPARROZ, Leo. Lixo hospitalar do século 16
 é encontrado em poço na Itália. Superinteressante. Disponível em: add
o-emmmpocoo-na-itaaa
.br/historia/lixo-hospitalar-do-seculo-16-e-encontrado-em-poco-na-italia/
Acesso em: 16 maio, 2023.
Analise o seguinte trecho, retirado do texto "Lixo hospitalar do século 16 é encontrado em poço na Itália":
Os arqueólogos encontraram uma câmara de 2,8 metros de profundidade, revestida de tijolos e com uma camada de argila compacta cobrindo tudo.
Agora, analise as afirmações a seguir:

I. O trecho se trata de um período simples.
II. A expressão "uma câmara de 2,8 metros de profundidade" funciona como objeto direto.
III. "Os arqueólogos" é o sujeito do verbo "encontraram".

É correto o que se afirma em:
Alternativas
Q2202282 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

Os sons das plantas feridas

Tomates cortados emitem sons em frequência mais alta que a dos submetidos à seca

Quando estressadas, por exemplo, pela falta de água, as plantas apresentam alterações na cor, no cheiro e na forma. Podem também liberar compostos orgânicos voláteis. Ou ainda emitir sons ultrassônicos, na frequência de 20 a 150 quilohertz (kHz).

Embora não sejam captados pelos seres humanos, esses sons poderiam alcançar outras plantas ou insetos, de acordo com experimentos com plantas de tomate e de tabaco feitos por equipes das universidades de Tel-Aviv, em Israel, e Harvard, nos Estados Unidos.

Os pesquisadores criaram quatro grupos - plantas de tomate estressadas pela seca, de tomate com o caule cortado, de tabaco estressadas pela seca e de tabaco também com o caule cortado -, comparados a um grupo-controle (isto é, de plantas saudáveis), e colocaram microfones próximo a elas.

As frequências dos sons de cada grupo se mostraram proporcionais aos níveis de lesões e diferenciaram os grupos. As plantas secas de tomate e tabaco emitiram sons com frequência média máxima de 49,6 kHz e 54,8 kHz, respectivamente. Já nas plantas cortadas, a frequência média máxima foi de 57,3 kHz e 57,8 kHz. Os pesquisadores também gravaram sons de trigo, milho, videira e cactos (Cell, 30 de março).

Retirado e adaptado de: WEBER, Jean. Os sons das plantas feridas. Revista Pesquisa FAPESP. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/os-sons-das-plantas-feridas/ Acesso em: 12 maio, 2023.
Analise a sintaxe do período a seguir:
Os pesquisadores também gravaram sons de trigo, milho, videira e cactos.
Agora, analise as afirmações a seguir. Marque V, para verdadeiro, e F, para falso:
(__)Podemos classificar a sentença como um período simples. (__)A sentença apresenta um verbo transitivo indireto. (__)O sujeito da sentença é "Os pesquisadores", sendo "pesquisadores" o núcleo do sujeito.
Assinale a alternativa com a sequência correta:
Alternativas
Q2202246 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

Alimentos orgânicos: emprego do controle biológico

Em vez do uso do agrotóxico, cultivo usa insetos, fungos e bactérias para acabar com os bichos que atacam as plantações.

Insetos, fungos e bactérias: o que esses bichinhos têm a ver com alimentos orgânicos? Eles atuam nas plantações, comendo outros seres vivos que provocam doenças nas lavouras.

Essa reprodução da cadeia alimentar é chamada de controle biológico, um sistema que é usado na agricultura orgânica no lugar dos agrotóxicos, que são produtos químicos proibidos nesse tipo de cultivo.

De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico (ABCBio), o controle biológico requer a adoção de técnicas específicas e tecnologias avançadas que priorizem o uso dos recursos naturais e socioeconômicos disponíveis, respeitando a integridade cultural das comunidades rurais. Para isso, é de extrema importância que agricultores se adequem às normas de orgânicos, mas também avaliem estratégias apropriadas às peculiaridades de cada região, entre elas, solo, clima, água e biodiversidade.

Os produtos biológicos de controle, para serem utilizados dentro da agricultura orgânica, precisam ser registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), na ANVISA e no IBAMA, seguindo as especificações de referência para a agricultura orgânica ou certificados por empresas credenciadas. "Esse processo é essencial para garantir a segurança e a qualidade dos produtos orgânicos que chegam à mesa do consumidor final", observa Amália Borsari, diretora-executiva da ABCBio.

Em função da sua natureza, os produtos biológicos de controle podem ser categorizados como macro-organismos (insetos, ácaros e nematoides), microrganismos (bactérias, fungos, vírus), bioquímicos (extratos de plantas, algas, enzimas e hormônios) e semioquímicos (metabólitos e feromônios). Em geral, são disponibilizados na forma granulada, suspensão concentrada, em cartela contendo ovos parasitados, em cápsulas contendo microvespas. No caso de macro biológicos, são comercializados ovos, pupas, larvas ou insetos vivos.

Retirado e adaptado de: SALATI, Paula.; TAVARES, Celso.; Alimentos orgânicos: produção envolve 'guerra' de insetos para combater as pragas do campo. G1. Disponível em: notcia/22023/04/199ammentosooggancos-pooduccao-e nvolvegguerra-deinsseoos-paaracoombbaee-aa-pragaa-do-ccamppo.g hmm o-envolve-guerra-de-insetos-para-combater-as-pragas-do-campo.ghtml Acesso em: 10 maio, 2023. PORTAL BDO. Agricultura orgânica: como fazer um controle biológico adequado? Portal BDO. Disponível em: oloogcoo-de--pragas-edoeenca as-addequuado/ ica-como-fazer-um-controle-biologico-de-pragas-e-doencas-adequado/ Acesso em: 10 maio, 2023.
Associe a segunda coluna de acordo com a primeira, que relaciona palavras do texto "Alimentos orgânicos: emprego do controle biológico" ao seu valor semântico:
Primeira coluna: valor semântico (1)Finalidade (2)Conformidade (3)Adição
Segunda coluna: palavras retiradas do texto (__)"De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico (ABCBio)...".
(__)"...é de extrema importância que agricultores se adequem às normas de orgânicos, mas também avaliem estratégias apropriadas...".
(__)"Os produtos biológicos de controle, para serem utilizados dentro da agricultura orgânica...".
Assinale a alternativa que apresenta a correta associação entre as colunas: 
Alternativas
Q2201740 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

Câmara aprova projeto que prevê salários iguais para homens e mulheres

A Câmara dos Deputados aprovou na sessão deliberativa de 04 de maio de 2023 proposta que institui medidas para tentar garantir a igualdade salarial e remuneratória entre mulheres e homens na realização de trabalho de igual valor ou no exercício da mesma função. O texto segue agora para análise do Senado.

Foi aprovado o substitutivo elaborado pela relatora, deputada Jack Rocha (PT-ES), ao Projeto de Lei 1085/23, do Poder Executivo. "Este será mais um passo para avançarmos no enfrentamento à desigualdade no ambiente de trabalho, que se aprofundou durante a pandemia de Covid-19", afirmou a relatora.

Foram 325 votos favoráveis e 36 contrários ao parecer final de Jack Rocha, definido após negociação entre os líderes partidários. Em razão de um acordo , não foram apresentados destaques que poderiam alterar a versão da relatora.

"Falar de igualdade salarial é falar sobre a emancipação das mulheres", disse a relatora, ao defender a proposta na sessão. "A luta das mulheres é a promoção da implementação de programas de diversidade no ambiente de trabalho, que incluam capacitação de gestores, lideranças e empregadores", concluiu.

Apesar do acordo, o texto não agradou a todos. "Esse projeto bota nas costas do empreendedor uma série de responsabilizações e multas que vão inibir a contratação das mulheres", alertou o deputado Gilson Marques (Novo-SC) durante a discussão da proposta.

O texto aprovado altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para definir que a igualdade salarial será obrigatória. Para isso, estabelece mecanismos de transparência e de remuneração a serem seguidos pelas empresas, determina o aumento da fiscalização e prevê a aplicação de sanções administrativas.

Fiscalização e multa

Ato do Poder Executivo definirá protocolo de fiscalização contra a discriminação salarial e remuneratória entre homens e mulheres. Em caso de discriminação por motivo de sexo, raça, etnia, origem ou idade, além das diferenças salariais, o empregador deverá pagar multa administrativa equivalente a dez vezes o valor do novo salário devido ao empregado discriminado - será o dobro na reincidência.

Conforme o substitutivo aprovado, a quitação da multa e das diferenças salariais não impedirá a possibilidade de indenização por danos morais à empregada, consideradas as especificidades do caso concreto.

Regras

Embora o texto aprovado inove ao criar a obrigatoriedade de equiparação salarial a ser verificada por meio documental, as demais regras que definem as situações em que a desigualdade poderá ser reclamada pelo trabalhador continuam as mesmas definidas pela reforma trabalhista do governo Temer.

A única mudança feita pela proposta prevê a não aplicação dessas regras apenas quando o empregador adotar, por meio de negociação coletiva, plano de cargos e salários. Hoje isso é possível também quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira por meio de norma interna.

Em relação aos trabalhadores sem acesso a plano de cargos e salários, a CLT define que uma igual remuneração deverá ser paga no exercício de "idêntica função" por "todo trabalho de igual valor" no mesmo estabelecimento empresarial, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade.

Por "trabalho de igual valor", a lei define aquele feito com "igual produtividade e com a mesma perfeição técnica" por pessoas cuja diferença de tempo de serviço para o mesmo empregador não seja superior a quatro anos. A diferença de tempo na função não poderá ser superior a dois anos.


Além disso, atualmente a CLT prevê que a equiparação salarial só será possível entre empregados contemporâneos no cargo ou na função, ou seja, não vale entre aqueles com diferença maior de tempo no cargo. A lei proíbe ainda, para a reivindicação de igualdade salarial, a indicação de decisões proferidas em relação a empregados com diferença de tempo muito superior a dois anos, mesmo no âmbito de ação judicial própria do empregado mais recentemente contratado.

Retirado e adaptado de: PIOVESAN, Eduardo.; MACHADO, Ralph. Agência Câmara de Notícias. Disponível em: preeve-sslroosiuaas--para -hommmens--emmuheresacommpaanhe/ rojeto-que-preve-salarios-iguais-para-homens-e-mulheres-acompanhe/ Acesso em: 08 maio, 2023.
Analise os enunciados a seguir, prestando atenção aos sentidos construídos:
I. As mulheres buscam salários igualitários ______ desempenham as mesmas funções que os homens.
II. ______ o projeto defenda a igualdade de remuneração, isso será colocado em prática apenas se as empresas fizerem seu papel.
III. As empresas com mais de cem colaboradores deverão publicar relatórios de transparência salarial ______ sejam realizadas as fiscalizações.
IV. ______ os defensores do projeto, é necessário que empregos iguais recebam a mesma remuneração.
Assinale a alternativa que correta e respectivamente preenche as lacunas das sentenças, considerando os valores semânticos coerentes sem que haja nenhuma alteração na grafia das palavras que estão na sentença:
Alternativas
Q2201739 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

Câmara aprova projeto que prevê salários iguais para homens e mulheres

A Câmara dos Deputados aprovou na sessão deliberativa de 04 de maio de 2023 proposta que institui medidas para tentar garantir a igualdade salarial e remuneratória entre mulheres e homens na realização de trabalho de igual valor ou no exercício da mesma função. O texto segue agora para análise do Senado.

Foi aprovado o substitutivo elaborado pela relatora, deputada Jack Rocha (PT-ES), ao Projeto de Lei 1085/23, do Poder Executivo. "Este será mais um passo para avançarmos no enfrentamento à desigualdade no ambiente de trabalho, que se aprofundou durante a pandemia de Covid-19", afirmou a relatora.

Foram 325 votos favoráveis e 36 contrários ao parecer final de Jack Rocha, definido após negociação entre os líderes partidários. Em razão de um acordo , não foram apresentados destaques que poderiam alterar a versão da relatora.

"Falar de igualdade salarial é falar sobre a emancipação das mulheres", disse a relatora, ao defender a proposta na sessão. "A luta das mulheres é a promoção da implementação de programas de diversidade no ambiente de trabalho, que incluam capacitação de gestores, lideranças e empregadores", concluiu.

Apesar do acordo, o texto não agradou a todos. "Esse projeto bota nas costas do empreendedor uma série de responsabilizações e multas que vão inibir a contratação das mulheres", alertou o deputado Gilson Marques (Novo-SC) durante a discussão da proposta.

O texto aprovado altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para definir que a igualdade salarial será obrigatória. Para isso, estabelece mecanismos de transparência e de remuneração a serem seguidos pelas empresas, determina o aumento da fiscalização e prevê a aplicação de sanções administrativas.

Fiscalização e multa

Ato do Poder Executivo definirá protocolo de fiscalização contra a discriminação salarial e remuneratória entre homens e mulheres. Em caso de discriminação por motivo de sexo, raça, etnia, origem ou idade, além das diferenças salariais, o empregador deverá pagar multa administrativa equivalente a dez vezes o valor do novo salário devido ao empregado discriminado - será o dobro na reincidência.

Conforme o substitutivo aprovado, a quitação da multa e das diferenças salariais não impedirá a possibilidade de indenização por danos morais à empregada, consideradas as especificidades do caso concreto.

Regras

Embora o texto aprovado inove ao criar a obrigatoriedade de equiparação salarial a ser verificada por meio documental, as demais regras que definem as situações em que a desigualdade poderá ser reclamada pelo trabalhador continuam as mesmas definidas pela reforma trabalhista do governo Temer.

A única mudança feita pela proposta prevê a não aplicação dessas regras apenas quando o empregador adotar, por meio de negociação coletiva, plano de cargos e salários. Hoje isso é possível também quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira por meio de norma interna.

Em relação aos trabalhadores sem acesso a plano de cargos e salários, a CLT define que uma igual remuneração deverá ser paga no exercício de "idêntica função" por "todo trabalho de igual valor" no mesmo estabelecimento empresarial, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade.

Por "trabalho de igual valor", a lei define aquele feito com "igual produtividade e com a mesma perfeição técnica" por pessoas cuja diferença de tempo de serviço para o mesmo empregador não seja superior a quatro anos. A diferença de tempo na função não poderá ser superior a dois anos.


Além disso, atualmente a CLT prevê que a equiparação salarial só será possível entre empregados contemporâneos no cargo ou na função, ou seja, não vale entre aqueles com diferença maior de tempo no cargo. A lei proíbe ainda, para a reivindicação de igualdade salarial, a indicação de decisões proferidas em relação a empregados com diferença de tempo muito superior a dois anos, mesmo no âmbito de ação judicial própria do empregado mais recentemente contratado.

Retirado e adaptado de: PIOVESAN, Eduardo.; MACHADO, Ralph. Agência Câmara de Notícias. Disponível em: preeve-sslroosiuaas--para -hommmens--emmuheresacommpaanhe/ rojeto-que-preve-salarios-iguais-para-homens-e-mulheres-acompanhe/ Acesso em: 08 maio, 2023.
Analise o seguinte trecho, retirado de "Câmara aprova projeto que prevê salários iguais para homens e mulheres":
Embora o texto aprovado inove ao criar a obrigatoriedade de equiparação salarial a ser verificada por meio documental, as demais regras que definem as situações em que a desigualdade poderá ser reclamada pelo trabalhador continuam as mesmas definidas pela reforma trabalhista do governo Temer.
Agora, analise as afirmações a seguir e registre V, para verdadeiro, e F, para falso:
(__)O período pode ser classificado como um período simples. (__)O período apresenta apenas duas orações, sendo que elas estão separadas por vírgula. (__)O período é iniciado por uma conjunção concessiva.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
Alternativas
Q2201354 Português
Texto VI
(Paulo Leminski)
de som a som
ensino o silêncio
a ser sibilino
de sino em sino
o silêncio ao som
ensino
As duas estrofes são introduzidas por construções em paralelismo. Assinale a alternativa que apresenta a que caráter a análise morfossintática permite concluir.
Alternativas
Q2201297 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

Texto 1:

Rover chinês em Marte encontra sinais de que o planeta pode ter tido água

Observando dados enviados pelo robô, pesquisadores identificaram traços que indicam presença de água entre 1,4 milhão e 400 mil anos atrás.

A superfície de Marte pode ter tido água mais recentemente do que se pensava. Um estudo publicado na revista Science Advances analisa as observações feitas pelo rover Zhurong, da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST).

O robô observou dunas ricas em sal na superfície marciana, que apresentavam rachaduras e crostas. Segundo os pesquisadores, isso seria um indicativo de presença recente de água; mais especificamente, em algum momento entre 1,4 milhão e 400 mil anos atrás.

Nesse período, Marte já era relativamente parecida com hoje, com rios e lagos secos. Os sinais de água detectados deveriam ser provenientes de neve ou degelo que, misturados com sal, resultaram em pequenas rachaduras, superfícies duras com crostas, partículas soltas e outras características das dunas, como depressões e cumes, segundo os cientistas chineses.

"Achamos que pode ter sido uma pequena quantidade, não mais do que uma película de água na superfície", afirma Xiaoguang Qin, um dos coautores do estudo.

O rover não detectou água, seja na forma de geada ou gelo, de forma direta. Segundo Qin, contudo, simulações de computador e observações de outras espaçonaves em Marte indicam que, mesmo hoje em dia, em certas épocas do ano, as condições podem ser adequadas para o aparecimento de água. A descoberta pode ser um passo importante para identificar ambientes possivelmente habitáveis.

Lançado em 2020, o Zhurong - batizado em homenagem a um deus do fogo na mitologia chinesa - chegou a Marte em 2021 e passou um ano vagando antes de entrar em hibernação, em maio do ano passado. O rover operou por mais tempo do que o pretendido, viajando quase dois mil metros.

Retirado de: CAPARROZ, Leo. Rover chinês em Marte encontra sinais de que o planeta pode ter tido água. SuprInteressante. Disponível em: sdde-quue-o-paanetaaapode-terrtdooaagua/ -chines-em-marte-encontra-sinais-de-que-o-planeta-pode-ter-tido-agua/ Acesso em: 09 maio, 2023.

Texto 2:

Rover chinês Zhurong já percorreu quase 2 km da superfície de Marte

A Administração Espacial Nacional da China (CNSA) divulgou uma atualização sobre a missão do rover Zhurong. Segundo a agência, ele já percorreu mais de 1,9 km da superfície de Marte, desde que pousou em Utopia Planitia em maio de 2021.

Em 1º de maio de 2022, o Zhurong completou 342 sóis (como são chamados os dias em Marte, que duram cerca de 40 minutos a mais do que os dias terrestres) de sua missão, a pelo menos 240 milhões de km de distância da Terra.

O rover chegou à órbita de Marte em fevereiro do 2021 a bordo do seu companheiro de missão, o orbitador Tianwen-1. Mas o rover só se separou do satélite três meses depois e, no dia 15 de maio de 2021, pousou na vasta planície marciana conhecida como Utopia Planitia. Sua vida útil estimada era de apenas 90 sóis. No período ativo, o rover coletou amostras da superfície e uma série de imagens. Os dados do Zhurong indicaram que a paisagem na qual ele se encontrava parecer ter sido moldada pelos ventos de Marte ao longo de milhares de anos.

Retirado e adaptado de: TORRES, Wylliam. Rover chinês Zhurong já percorreu quase 2 km da superfície de Marte. Canal Tech. Disponível em: se-2-kkmm-dassuperrii-dee-mmate22154111/ ines-zhurong-ja-percorreu-quase-2-km-da-superficie-de-marte-215411/ Acesso em: 09 maio, 2023.
Analise o trecho a seguir, retirado do "Texto 1: Rover chinês em Marte encontra sinais de que o planeta pode ter tido água":
O robô observou dunas ricas em sal na superfície marciana.
Agora, associe a segunda coluna de acordo com a primeira, que relaciona os termos da oração com a sua classificação:
Primeira coluna: classificação dos termos
(1) Verbo (2) Adjunto (3) Sujeito (4) Complemento
Segunda coluna: termos da oração
(__)dunas ricas em sal (__)O robô (__) observou (__)na superfície marciana
Assinale a alternativa que apresenta a correta associação das colunas:
Alternativas
Q2200810 Português

TEXTO


A cor da injustiça ambiental no Brasil

Carolina Azevedo e Samantha Prado


     Na semana do Carnaval, o litoral norte de São Paulo foi afetado por um desastre ambiental sem precedentes na história do Brasil. Foram mais de 680 milímetros de chuva acumulados no período de 24 horas, o maior registro do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) no país até o momento – o que resultou na devastação de diversas áreas nas cidades de Guarujá, Bertioga, São Sebastião, Caraguatatuba, Ilhabela e Ubatuba. Ao todo foram 65 mortos e mais de 2 mil pessoas entre desabrigados e desalojados.


        A situação não pode ser lida apenas como um evento extremo isolado. Desastres bastante similares têm ocorrido nos últimos anos, como as inundações em Petrópolis (RJ) e Pernambuco em 2022. O que esses episódios têm em comum? Os mais afetados são majoritariamente a população pobre e negra.


          Com o objetivo de analisar como os efeitos da crise ambiental se manifestam de forma territorialmente desigual, impactando desproporcionalmente certas populações a depender do seu grau de vulnerabilidade, o Instituto Pólis realizou o estudo “Racismo ambiental e justiça socioambiental nas cidades”. De acordo com a pesquisa, esse desequilíbrio é, em parte, a expressão da injustiça e do racismo ambientais nas cidades brasileiras. “Temos visto nos últimos anos, especialmente no verão, diversos desastres no país – e também quais foram suas vítimas. Acompanhamos um agravamento das situações e, com certeza, o negacionismo no momento de compreender as mudanças climáticas e seus impactos urbanos está dentro da lógica de como construímos as nossas cidades”, declara Maria Gabriela Feitosa dos Santos, uma das pesquisadoras que fez parte da produção do estudo.


      Existe um padrão recorrente inegável quanto à distribuição territorial da população nas cidades brasileiras. Observando o censo do IBGE de 2010, é possível ver que a renda é maior nas áreas onde a população residente é mais branca do que negra – territórios que condizem com condições de urbanização e saneamento melhores, contando com maior investimento público. Mais dados do censo mostram que os chamados aglomerados subnormais, áreas caracterizadas por um padrão urbanístico irregular, carência de serviços públicos essenciais e localização em áreas com restrição à ocupação, reiteram o padrão territorial observado. Nas três cidades estudadas pelo Instituto Pólis – São Paulo, Recife e Belém –, o percentual de pessoas negras que residem em áreas desse tipo supera as médias de cada município, evidenciando a tendência de concentração desse grupo nesses territórios.


            Em outras palavras, a distribuição demográfica e racial das cidades evidencia que a população negra vive em piores condições ambientais e com menos recursos financeiros para lidar com os impactos de eventuais emergências ou desastres – colocando-a em situação de vulnerabilidade. “Por estarmos em uma sociedade racialmente estruturada, a desigualdade social é um instrumento que opera de acordo com essa lógica. Isso pode ser visto sobretudo no funcionamento da expansão imobiliária”, diz Maria Gabriela. As áreas onde o mercado imobiliário não tem interesse acabam sendo esquecidas pelo poder público, deixadas de lado no quesito de criação de infraestrutura e, por isso, tornam-se locais mais baratos e viáveis para serem ocupados pela população mais vulnerabilizada. “Essa desigualdade gera riscos socialmente produzidos. São escolhas feitas pelas políticas urbanas que a gente tem adotado e implementado, gerando uma lógica de ocupação de risco”, completa Feitosa dos Santos.


              A localização e as características dos aglomerados subnormais nas três cidades analisadas ilustram como a ocupação de áreas de potencial risco são apropriadas pela população vulnerabilizada como alternativa para a questão habitacional não tratada pelo Estado. Em São Paulo, o IBGE aponta que 355.756 domicílios em aglomerados subnormais encontram-se em áreas de encosta e margens de rios, córregos e lagos. É importante ressaltar que a ocupação de áreas de risco não advém de uma escolha, mas sim da total falta de alternativas habitacionais. “Chamamos atenção para a questão do déficit habitacional. Pessoas e famílias residem em áreas inapropriadas como uma última alternativa, uma resposta própria à questão habitacional que historicamente não tem sido equacionada pelo Estado como deveria ser”, diz a pesquisadora.


          Todo esse quadro expõe a forma como os conceitos de justiça socioambiental e racismo ambiental são intrincados: enquanto o primeiro caracteriza a produção de impactos desiguais pelo meio ambiente, que sobrecarregam grupos minoritários e a população de baixa renda; o racismo ambiental evidencia as consequências dessas degradações, concentradas em bairros e territórios periféricos, onde vivem famílias mais pobres e há maior concentração de pessoas negras, indígenas e quilombolas.


             Para além do déficit habitacional, está a diferença de tratamento entre comunidades de baixa renda e condomínios de luxo em áreas sujeitas a desastres ambientais. Não bastando serem proibidas pela classe média e alta de construírem moradia nas faixas de terra mais seguras, populações assentadas em áreas de risco ambiental são frequentemente retiradas à força e sem qualquer garantia de direitos, enquanto moradores de condomínios e chácaras são tratados por autoridades com complacência.


           Esse é o caso de moradores das margens da Represa Billings, no extremo sul da cidade de São Paulo. Segundo mapeamento do Instituto Pólis, comunidades de baixa-renda do Jardim Noronha receberam de autoridades quatro ameaças de remoção, dada a fragilidade ambiental e o risco apresentado pela área de mananciais. O tratamento, no entanto, não se estendeu para o loteamento de chácaras Jardim Moraes Prado, bairro vizinho também colado à represa. O caso evidencia que a intervenção pública é também pautada pelo racismo ambiental, como explica Feitosa dos Santos: “Há uma tendência de criminalização de muitas dessas áreas em detrimento de ocupações de alto padrão que dividem a mesma área e ainda assim não são alvo da mesma criminalização que acontece com as ocupações. É necessário compreender esse cenário e incluir a população marginalizada dentro dessa demanda.”


           Ou seja, no contexto de desastres climáticos como as chuvas que assolaram o litoral paulista, políticas paliativas voltadas para regiões ricas das cidades não são o bastante, dado que as mudanças climáticas continuarão agravando a situação de comunidades periféricas a cada ano. “É necessário que se reverta essa lógica de políticas paliativas por políticas perenes, que antecedam esses fenômenos. Elas não necessariamente vão evitar mas vão dar capacidade de resiliência a essa população”, defende a pesquisadora.


                Para isso, é necessário entender a crise climática a partir de uma perspectiva social e racial, como propõe o Instituto Perifa Sustentável, que reivindica a democratização e a representatividade das juventudes nos locais de tomada de decisão em relação a políticas ambientais. Amanda Costa, diretora executiva do instituto, advoga: “Falar de clima é falar de um direito básico. Quando pensamos em direitos básicos pensamos em saúde, educação, transporte, mas o clima é uma questão transversal, que afeta todas as outras.” Como respostas, a ativista sustenta inverter a lógica que permeia a elaboração de políticas públicas nas cidades: partindo mais frequentemente de regiões ricas e majoritariamente brancas, políticas ambientais e sanitárias precisam colocar a periferia no centro.


           No entanto, em uma sociedade estruturalmente racista, quem mais sofre menos é ouvido. Os espaços de debate ambiental e de elaboração de políticas públicas ainda são dominados por homens brancos, como conta Mahryan Sampaio, do Instituto Perifa Sustentável: “O fato de eu dialogar com pessoas que não têm a mesma cor que eu mas estão ocupando os espaços de poder é um caso de racismo ambiental. Recentemente, Marina Silva nos convidou para conversar com os patriarcas e as matriarcas do ambientalismo brasileiro. Nós éramos as únicas pessoas pretas e jovens. Isso é racismo ambiental”.


                Para que populações periféricas possam viver com dignidade nas cidades brasileiras, é necessário pensar na questão climática de maneira interseccional, pois a injustiça ambiental no Brasil tem cor. Será apenas colocando pessoas pretas, indígenas e periféricas nos locais de tomada de decisão que discussões levantadas em fóruns como a COP 26 – da qual as ativistas do Perifa Sustentável participaram – podem se reverter em políticas efetivas de combate a desastres climáticos e tantas outras questões do dia a dia na periferia, das ruas tomadas por lixo ao problema do saneamento básico. “Colocar essas pessoas no poder é olhar para a base, par quem está no território e entende sua complexidade. O olhar que está lá tem cor e é limitado, pouco diverso, ele não inclui. Esse é um momento histórico para a questão ambiental, que viu um grande desmonte nos últimos quatro anos”, completa Costa.


Disponível em: <https://diplomatique.org.br/a-cor-da-injustica-ambiental-no-brasil/ >. Acesso em: 3 de mar. 2023. [Adaptado]

Avalie, considerando as relações coesivas do português escrito padrão, o parágrafo abaixo.
       Todo esse quadro expõe a forma como os conceitos de justiça socioambiental e racismo ambiental são intrincados: enquanto o primeiro caracteriza a produção de impactos desiguais pelo meio ambiente, que sobrecarregam grupos minoritários e a população de baixa renda; o racismo ambiental evidencia as consequências dessas degradações, concentradas em bairros e territórios periféricos, onde vivem famílias mais pobres e há maior concentração de pessoas negras, indígenas e quilombolas.
Nesse parágrafo, a quebra do paralelismo pode ser evitada pela
Alternativas
Q2200808 Português

TEXTO


A cor da injustiça ambiental no Brasil

Carolina Azevedo e Samantha Prado


     Na semana do Carnaval, o litoral norte de São Paulo foi afetado por um desastre ambiental sem precedentes na história do Brasil. Foram mais de 680 milímetros de chuva acumulados no período de 24 horas, o maior registro do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) no país até o momento – o que resultou na devastação de diversas áreas nas cidades de Guarujá, Bertioga, São Sebastião, Caraguatatuba, Ilhabela e Ubatuba. Ao todo foram 65 mortos e mais de 2 mil pessoas entre desabrigados e desalojados.


        A situação não pode ser lida apenas como um evento extremo isolado. Desastres bastante similares têm ocorrido nos últimos anos, como as inundações em Petrópolis (RJ) e Pernambuco em 2022. O que esses episódios têm em comum? Os mais afetados são majoritariamente a população pobre e negra.


          Com o objetivo de analisar como os efeitos da crise ambiental se manifestam de forma territorialmente desigual, impactando desproporcionalmente certas populações a depender do seu grau de vulnerabilidade, o Instituto Pólis realizou o estudo “Racismo ambiental e justiça socioambiental nas cidades”. De acordo com a pesquisa, esse desequilíbrio é, em parte, a expressão da injustiça e do racismo ambientais nas cidades brasileiras. “Temos visto nos últimos anos, especialmente no verão, diversos desastres no país – e também quais foram suas vítimas. Acompanhamos um agravamento das situações e, com certeza, o negacionismo no momento de compreender as mudanças climáticas e seus impactos urbanos está dentro da lógica de como construímos as nossas cidades”, declara Maria Gabriela Feitosa dos Santos, uma das pesquisadoras que fez parte da produção do estudo.


      Existe um padrão recorrente inegável quanto à distribuição territorial da população nas cidades brasileiras. Observando o censo do IBGE de 2010, é possível ver que a renda é maior nas áreas onde a população residente é mais branca do que negra – territórios que condizem com condições de urbanização e saneamento melhores, contando com maior investimento público. Mais dados do censo mostram que os chamados aglomerados subnormais, áreas caracterizadas por um padrão urbanístico irregular, carência de serviços públicos essenciais e localização em áreas com restrição à ocupação, reiteram o padrão territorial observado. Nas três cidades estudadas pelo Instituto Pólis – São Paulo, Recife e Belém –, o percentual de pessoas negras que residem em áreas desse tipo supera as médias de cada município, evidenciando a tendência de concentração desse grupo nesses territórios.


            Em outras palavras, a distribuição demográfica e racial das cidades evidencia que a população negra vive em piores condições ambientais e com menos recursos financeiros para lidar com os impactos de eventuais emergências ou desastres – colocando-a em situação de vulnerabilidade. “Por estarmos em uma sociedade racialmente estruturada, a desigualdade social é um instrumento que opera de acordo com essa lógica. Isso pode ser visto sobretudo no funcionamento da expansão imobiliária”, diz Maria Gabriela. As áreas onde o mercado imobiliário não tem interesse acabam sendo esquecidas pelo poder público, deixadas de lado no quesito de criação de infraestrutura e, por isso, tornam-se locais mais baratos e viáveis para serem ocupados pela população mais vulnerabilizada. “Essa desigualdade gera riscos socialmente produzidos. São escolhas feitas pelas políticas urbanas que a gente tem adotado e implementado, gerando uma lógica de ocupação de risco”, completa Feitosa dos Santos.


              A localização e as características dos aglomerados subnormais nas três cidades analisadas ilustram como a ocupação de áreas de potencial risco são apropriadas pela população vulnerabilizada como alternativa para a questão habitacional não tratada pelo Estado. Em São Paulo, o IBGE aponta que 355.756 domicílios em aglomerados subnormais encontram-se em áreas de encosta e margens de rios, córregos e lagos. É importante ressaltar que a ocupação de áreas de risco não advém de uma escolha, mas sim da total falta de alternativas habitacionais. “Chamamos atenção para a questão do déficit habitacional. Pessoas e famílias residem em áreas inapropriadas como uma última alternativa, uma resposta própria à questão habitacional que historicamente não tem sido equacionada pelo Estado como deveria ser”, diz a pesquisadora.


          Todo esse quadro expõe a forma como os conceitos de justiça socioambiental e racismo ambiental são intrincados: enquanto o primeiro caracteriza a produção de impactos desiguais pelo meio ambiente, que sobrecarregam grupos minoritários e a população de baixa renda; o racismo ambiental evidencia as consequências dessas degradações, concentradas em bairros e territórios periféricos, onde vivem famílias mais pobres e há maior concentração de pessoas negras, indígenas e quilombolas.


             Para além do déficit habitacional, está a diferença de tratamento entre comunidades de baixa renda e condomínios de luxo em áreas sujeitas a desastres ambientais. Não bastando serem proibidas pela classe média e alta de construírem moradia nas faixas de terra mais seguras, populações assentadas em áreas de risco ambiental são frequentemente retiradas à força e sem qualquer garantia de direitos, enquanto moradores de condomínios e chácaras são tratados por autoridades com complacência.


           Esse é o caso de moradores das margens da Represa Billings, no extremo sul da cidade de São Paulo. Segundo mapeamento do Instituto Pólis, comunidades de baixa-renda do Jardim Noronha receberam de autoridades quatro ameaças de remoção, dada a fragilidade ambiental e o risco apresentado pela área de mananciais. O tratamento, no entanto, não se estendeu para o loteamento de chácaras Jardim Moraes Prado, bairro vizinho também colado à represa. O caso evidencia que a intervenção pública é também pautada pelo racismo ambiental, como explica Feitosa dos Santos: “Há uma tendência de criminalização de muitas dessas áreas em detrimento de ocupações de alto padrão que dividem a mesma área e ainda assim não são alvo da mesma criminalização que acontece com as ocupações. É necessário compreender esse cenário e incluir a população marginalizada dentro dessa demanda.”


           Ou seja, no contexto de desastres climáticos como as chuvas que assolaram o litoral paulista, políticas paliativas voltadas para regiões ricas das cidades não são o bastante, dado que as mudanças climáticas continuarão agravando a situação de comunidades periféricas a cada ano. “É necessário que se reverta essa lógica de políticas paliativas por políticas perenes, que antecedam esses fenômenos. Elas não necessariamente vão evitar mas vão dar capacidade de resiliência a essa população”, defende a pesquisadora.


                Para isso, é necessário entender a crise climática a partir de uma perspectiva social e racial, como propõe o Instituto Perifa Sustentável, que reivindica a democratização e a representatividade das juventudes nos locais de tomada de decisão em relação a políticas ambientais. Amanda Costa, diretora executiva do instituto, advoga: “Falar de clima é falar de um direito básico. Quando pensamos em direitos básicos pensamos em saúde, educação, transporte, mas o clima é uma questão transversal, que afeta todas as outras.” Como respostas, a ativista sustenta inverter a lógica que permeia a elaboração de políticas públicas nas cidades: partindo mais frequentemente de regiões ricas e majoritariamente brancas, políticas ambientais e sanitárias precisam colocar a periferia no centro.


           No entanto, em uma sociedade estruturalmente racista, quem mais sofre menos é ouvido. Os espaços de debate ambiental e de elaboração de políticas públicas ainda são dominados por homens brancos, como conta Mahryan Sampaio, do Instituto Perifa Sustentável: “O fato de eu dialogar com pessoas que não têm a mesma cor que eu mas estão ocupando os espaços de poder é um caso de racismo ambiental. Recentemente, Marina Silva nos convidou para conversar com os patriarcas e as matriarcas do ambientalismo brasileiro. Nós éramos as únicas pessoas pretas e jovens. Isso é racismo ambiental”.


                Para que populações periféricas possam viver com dignidade nas cidades brasileiras, é necessário pensar na questão climática de maneira interseccional, pois a injustiça ambiental no Brasil tem cor. Será apenas colocando pessoas pretas, indígenas e periféricas nos locais de tomada de decisão que discussões levantadas em fóruns como a COP 26 – da qual as ativistas do Perifa Sustentável participaram – podem se reverter em políticas efetivas de combate a desastres climáticos e tantas outras questões do dia a dia na periferia, das ruas tomadas por lixo ao problema do saneamento básico. “Colocar essas pessoas no poder é olhar para a base, par quem está no território e entende sua complexidade. O olhar que está lá tem cor e é limitado, pouco diverso, ele não inclui. Esse é um momento histórico para a questão ambiental, que viu um grande desmonte nos últimos quatro anos”, completa Costa.


Disponível em: <https://diplomatique.org.br/a-cor-da-injustica-ambiental-no-brasil/ >. Acesso em: 3 de mar. 2023. [Adaptado]

Analise o período abaixo.
    Para que populações periféricas possam viver com dignidade nas cidades brasileiras [1], é necessário [2] pensar na questão climática de maneira interseccional [3], pois a injustiça ambiental no Brasil tem cor [4].
No período,
Alternativas
Q2198627 Português

A questão refere-se ao texto abaixo: 



Maurício de Souza. Produções Ltda. Todos os direitos reservados. Fonte: Disponível em:br.pinterest.com. Acesso em: 09 abr. 2023.

Releia o seguinte trecho da Tirinha: “Chico… ocê tá muito cabeludo”

O vocábulo “Chico” é um termo da oração classificado, sintaticamente, como

Alternativas
Q2198080 Português
Pelé vira verbete em dicionário para significar
'aquele que é fora do comum'

"Que ou aquele que é fora do comum". Nesta quarta-feira (26), Pelé foi eternizado também na língua portuguesa e virou um verbete no dicionário Michaelis. O Rei do Futebol já foi inserido na versão digital e será incluído nas próximas versões impressas.

pe.lé® adj m+f sm+f Que ou aquele que é fora do comum, que ou quem em virtude de sua qualidade, valor ou superioridade não pode ser igualado a nada ou a ninguém, assim como Pelé®, apelido de Edson Arantes do Nascimento (1940-2022), considerado o maior atleta de todos os tempos; excepcional, incomparável, único. Exemplos: Ele é o Pelé do basquete, ela é a Pelé do tênis, ela é a Pelé da dramaturgia brasileira, ele é o Pelé da medicina.

A campanha para eternizar o Rei do Futebol no dicionário recebeu mais de 125 mil assinaturas. O objetivo é eternizar Pelé como um adjetivo sinônimo de excepcional, incomparável, único.

https://g1.globo.com/educacao/noticia/2023/04/26

“Nesta quarta-feira (26), Pelé foi eternizado também na língua portuguesa e virou um verbete no dicionário Michaelis”. Nesse trecho tem-se:
Alternativas
Q2196690 Português
Os morfemas nas línguas exercem várias funções na palavra, pois podem constituir sua base essencial, ampliar e modificar seu sentido ou sua classe gramatical, flexioná-la e colocá-la em um contexto sintático, ou mesmo ligar termos em uma sentença. Os usuários devem saber utilizar habilmente o conhecimento, mas, para isso, é necessário dominar algumas particularidades da morfologia e das habilidades (meta)linguísticas relativas à morfologia. Assim, para relacionar a articulação entre os saberes da morfologia e da sintaxe, é primordial 
Alternativas
Respostas
2181: C
2182: E
2183: A
2184: B
2185: C
2186: E
2187: E
2188: A
2189: D
2190: B
2191: D
2192: A
2193: B
2194: C
2195: A
2196: A
2197: D
2198: C
2199: B
2200: B