Questões de Concurso Sobre análise sintática em português

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Q3164620 Português
O tempo passa mais devagar para crianças?
Teresa McCormack pesquisa há muito tempo se existe algo essencialmente distinto no processamento do tempo das crianças, como um relógio interno que funciona em uma velocidade em relação à dos adultos. "É estranho que não saibamos realmente as respostas para perguntas como quando as crianças passam a fazer uma distinção adequada entre o passado e o futuro, já que isso estrutura toda a maneira como pensamos sobre nossas vidas como adultos".
Ela explica que, embora não tenhamos uma compreensão clara de quando as crianças entendem o sentido de tempo linear, sabemos que, desde cedo no desenvolvimento, as crianças são sensíveis a eventos rotineiros, como a hora das refeições e de dormir. Ela enfatiza que isso não é o mesmo que ter um senso adulto de tempo linear.
Diferente das crianças, os adultos têm a capacidade de pensar em pontos no tempo, independentemente de quando um evento acontece, devido ao seu conhecimento do sistema convencional de horário e calendário. A semântica também desempenha um papel importante nesse sistema. "Leva tempo para que as crianças se tornem usuárias competentes da linguagem temporal, usando termos como antes, depois, amanhã e ontem".
Ela acrescenta que nossa compreensão das passagens de tempo também se baseia no momento em que as pessoas são solicitadas a fazer essas avaliações em relação ao tempo. "Você faz a pergunta enquanto o evento acontece ou após ele ter acontecido?", ela questiona, dando um exemplo com o qual muita gente se identificará.
"O tempo entre o nascimento do meu filho e quando ele saiu de casa, agora parece ter passado em um piscar de olhos. Mas, durante o período em que você está realmente envolvido na tarefa de criar filhos, um único dia dura uma eternidade."
https://www.bbc.com/portuguese/articles/ckg1jld22gzo.adaptado.
Ela explica que, embora não tenhamos uma compreensão clara de quando as crianças entendem o sentido de tempo linear, sabemos que, desde cedo no desenvolvimento, as crianças são sensíveis a eventos rotineiros.
O número de orações presentes na frase em questão é de:
Alternativas
Q3164309 Português
As lições das escolas do Reino Unido que baniram celulares: 'Crianças deixaram de ser zumbis'

As crianças ficam grudadas em seus telefones celulares e nem sequer percebem nada ao seu redor. Elas mais parecem zumbis.

Quem diz isso é o diretor de uma escola em Sheffield, cidade no norte da Inglaterra, que recentemente proibiu o uso de smartphones, smartwatches (relógios com acesso à internet) ou fones de ouvido em suas dependências.

Qualquer aluno pego usando algum desses itens precisa entregá-los à direção da escola. Os aparelhos ficam na escola e só são devolvidos no dia seguinte.

Os alunos da escola, a Forge Valley School, disseram que demoraram um pouco para se acostumar com a ideia — mas que passaram a interagir muito mais com os demais colegas na ausência dos telefones.

Um novo ano escolar começou no mês passado no Reino Unido e diversos alunos e pais estão sendo surpreendidos com escolas que passaram a banir telefones celulares. A proibição não é uma política nacional — ela tem partido das próprias escolas, que reclamam do impacto negativo que diversos aparelhos têm no desenvolvimento acadêmico e no convívio social dos alunos.

No início deste ano, o Departamento de Educação emitiu orientações sobre como limitar o uso de celulares durante o turno escolar e para "minimizar a interrupção e melhorar o comportamento nas salas de aula".

No Brasil, alguns municípios e estados criaram leis proibindo o uso de celulares e outros aparelhos. Recentemente, na terça-feira (12/11), a Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou um projeto que proíbe celulares em escolas públicas e privadas. A proposta aguarda sanção do governador.

Tramita na Câmara um projeto semelhante, apoiado pelo governo federal.

Enquanto isso, no Reino Unido, cada vez mais escolas estão criando políticas próprias desse tipo.

No norte de Londres, 60 escolas estão revisando suas políticas sobre uso de telefones na escola após uma campanha da Smartphone Free Childhood (SFC), uma entidade que faz campanha para reduzir o uso de celulares entre crianças.

A entidade está pedindo aos pais que adiem a compra de smartphones até que seus filhos tenham pelo menos 14 anos. E também pede que acesso a mídias sociais só seja dado após os 16 anos.

A SFC também estimula que os pais comprem outros tipos de telefones que não são smartphones, e que só permitem chamadas e mensagens de texto. Alguns modelos têm jogos básicos (como Tetris) e têm acesso a podcasts e músicas, mas não à internet e redes sociais.

Segundo a SFC, em todo o Reino Unido, centenas de milhares de pais estão aderindo ao movimento. Só no norte de Londres, mais de 2,5 mil pais de quase 200 escolas apoiam a causa.

Ainda não' em vez de 'nunca'

A líder regional da SFC para o norte de Londres, Nova Eden, disse que o objetivo da campanha é fazer as crianças aprenderem a priorizar melhor sua curta infância, por exemplo passando tempo com a família ou aprendendo novas habilidades.

"O que estamos defendendo não é 'nunca', mas simplesmente 'ainda não'", ela disse.

"Enquanto os cérebros das crianças ainda estão se desenvolvendo, é muito mais saudável para elas aproveitarem a infância brincando, em vez de ficarem grudadas em smartphones e mídias sociais", diz a ativista.

"Nossa campanha não está sugerindo que as crianças não tenham telefone algum. Em vez disso, estamos sugerindo um telefone antigo que permite chamadas e mensagens, mas sem os perigos de ter a internet no bolso de uma criança por 12 horas por dia, onde estranhos podem entrar em contato com elas."

"As crianças não precisam de smartphones, as crianças precisam de uma infância."

Na escola Boston Grammar School, que proibiu smartphones, o vice-diretor disse que "onde antes você via alunos olhando para seus celulares, agora você vê interações".

"Nós queríamos remover essa toxicidade do nosso turno escolar. O que descobrimos foi uma redução significativa na quantidade de incidentes normais que teriam sido piorados por celulares."

A diretora de uma escola em Devon (sudoeste da Inglaterra) que proibiu o uso de celulares há cinco anos diz que os professores notaram melhorias no desempenho escolar e na vida social.

A UTC Plymouth permite que os alunos levem seus celulares para a escola, mas eles têm que entregá-los à direção no início do dia. A diretora Jo Ware disse que a política ajudou a elevar os padrões da escola.

Phoebe, uma aluna da Sacred Heart Catholic Academy em Liverpool, disse que a política de sua escola para smartphones ajuda os alunos a se concentrarem no trabalho.

"Se a regra não existisse, acho que as crianças usariam muito mais seus celulares", disse ela. "Isso ensina disciplina para as crianças não usarem seus celulares e realmente se concentrarem nas aulas."

(https://www.bbc.com/portuguese/articles/cly245xq03xo)
"Quem diz isso é o diretor de uma escola em Sheffield, cidade no norte da Inglaterra , que recentemente proibiu o uso de smartphones , smartwatches (relógios com acesso à internet) ou fones de ouvido em suas dependências."
Em relação à classificação dos termos destacados no período, tem-se respectivamente: 
Alternativas
Q3164306 Português
As lições das escolas do Reino Unido que baniram celulares: 'Crianças deixaram de ser zumbis'

As crianças ficam grudadas em seus telefones celulares e nem sequer percebem nada ao seu redor. Elas mais parecem zumbis.

Quem diz isso é o diretor de uma escola em Sheffield, cidade no norte da Inglaterra, que recentemente proibiu o uso de smartphones, smartwatches (relógios com acesso à internet) ou fones de ouvido em suas dependências.

Qualquer aluno pego usando algum desses itens precisa entregá-los à direção da escola. Os aparelhos ficam na escola e só são devolvidos no dia seguinte.

Os alunos da escola, a Forge Valley School, disseram que demoraram um pouco para se acostumar com a ideia — mas que passaram a interagir muito mais com os demais colegas na ausência dos telefones.

Um novo ano escolar começou no mês passado no Reino Unido e diversos alunos e pais estão sendo surpreendidos com escolas que passaram a banir telefones celulares. A proibição não é uma política nacional — ela tem partido das próprias escolas, que reclamam do impacto negativo que diversos aparelhos têm no desenvolvimento acadêmico e no convívio social dos alunos.

No início deste ano, o Departamento de Educação emitiu orientações sobre como limitar o uso de celulares durante o turno escolar e para "minimizar a interrupção e melhorar o comportamento nas salas de aula".

No Brasil, alguns municípios e estados criaram leis proibindo o uso de celulares e outros aparelhos. Recentemente, na terça-feira (12/11), a Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou um projeto que proíbe celulares em escolas públicas e privadas. A proposta aguarda sanção do governador.

Tramita na Câmara um projeto semelhante, apoiado pelo governo federal.

Enquanto isso, no Reino Unido, cada vez mais escolas estão criando políticas próprias desse tipo.

No norte de Londres, 60 escolas estão revisando suas políticas sobre uso de telefones na escola após uma campanha da Smartphone Free Childhood (SFC), uma entidade que faz campanha para reduzir o uso de celulares entre crianças.

A entidade está pedindo aos pais que adiem a compra de smartphones até que seus filhos tenham pelo menos 14 anos. E também pede que acesso a mídias sociais só seja dado após os 16 anos.

A SFC também estimula que os pais comprem outros tipos de telefones que não são smartphones, e que só permitem chamadas e mensagens de texto. Alguns modelos têm jogos básicos (como Tetris) e têm acesso a podcasts e músicas, mas não à internet e redes sociais.

Segundo a SFC, em todo o Reino Unido, centenas de milhares de pais estão aderindo ao movimento. Só no norte de Londres, mais de 2,5 mil pais de quase 200 escolas apoiam a causa.

Ainda não' em vez de 'nunca'

A líder regional da SFC para o norte de Londres, Nova Eden, disse que o objetivo da campanha é fazer as crianças aprenderem a priorizar melhor sua curta infância, por exemplo passando tempo com a família ou aprendendo novas habilidades.

"O que estamos defendendo não é 'nunca', mas simplesmente 'ainda não'", ela disse.

"Enquanto os cérebros das crianças ainda estão se desenvolvendo, é muito mais saudável para elas aproveitarem a infância brincando, em vez de ficarem grudadas em smartphones e mídias sociais", diz a ativista.

"Nossa campanha não está sugerindo que as crianças não tenham telefone algum. Em vez disso, estamos sugerindo um telefone antigo que permite chamadas e mensagens, mas sem os perigos de ter a internet no bolso de uma criança por 12 horas por dia, onde estranhos podem entrar em contato com elas."

"As crianças não precisam de smartphones, as crianças precisam de uma infância."

Na escola Boston Grammar School, que proibiu smartphones, o vice-diretor disse que "onde antes você via alunos olhando para seus celulares, agora você vê interações".

"Nós queríamos remover essa toxicidade do nosso turno escolar. O que descobrimos foi uma redução significativa na quantidade de incidentes normais que teriam sido piorados por celulares."

A diretora de uma escola em Devon (sudoeste da Inglaterra) que proibiu o uso de celulares há cinco anos diz que os professores notaram melhorias no desempenho escolar e na vida social.

A UTC Plymouth permite que os alunos levem seus celulares para a escola, mas eles têm que entregá-los à direção no início do dia. A diretora Jo Ware disse que a política ajudou a elevar os padrões da escola.

Phoebe, uma aluna da Sacred Heart Catholic Academy em Liverpool, disse que a política de sua escola para smartphones ajuda os alunos a se concentrarem no trabalho.

"Se a regra não existisse, acho que as crianças usariam muito mais seus celulares", disse ela. "Isso ensina disciplina para as crianças não usarem seus celulares e realmente se concentrarem nas aulas."

(https://www.bbc.com/portuguese/articles/cly245xq03xo)
"A UTC Plymouth permite que os alunos levem seus celulares para a escola, mas eles têm que entregá-los à direção no início do dia."
 A oração destacada é: 
Alternativas
Q3164214 Português
Amuleto encontrado na Alemanha pode reescrever história do cristianismo; entenda


Descoberta arqueológica pode transformar entendimento sobre a expansão do cristianismo durante o Império Romano

Um pequeno amuleto de prata descoberto por arqueólogos na Alemanha pode transformar nossa compreensão sobre como o cristianismo se espalhou durante o Império Romano, segundo especialistas.

O minúsculo artefato, que mede pouco mais de três centímetros de comprimento, foi descoberto em 2018, em uma sepultura romana do século 3, nas proximidades de Frankfurt. Os arqueólogos o encontraram no esqueleto de um homem enterrado em um cemitério na cidade romana de Nida, um dos maiores e mais importantes sítios no estado central alemão de Hesse.

No entanto, só agora os pesquisadores conseguiram examinar uma fina folha de prata encontrada em seu interior. Junto com outros artefatos na sepultura, como um queimador de incenso e um jarro de barro, o amuleto foi encontrado sob o queixo do esqueleto. Também conhecido como filactério, provavelmente era usado em uma fita ao redor do pescoço do homem para fornecer proteção espiritual.

A folha "fina como um fio de cabelo" dentro do amuleto era tão frágil que teria simplesmente se desintegrado se os pesquisadores tivessem tentado desenrolá-la. No entanto, exames microscópicos e raios-x realizados em 2019 mostraram que havia palavras gravadas nela.

Foram necessários mais cinco anos antes que a equipe do Museu Arqueológico de Frankfurt descobrisse uma maneira de decifrar o que diziam. O avanço ocorreu em maio deste ano, quando pesquisadores do Centro Leibniz de Arqueologia em Mainz (Leiza) usaram scanners de tomografia computadorizada para analisar a folha.

Ivan Calandra, chefe do laboratório de imagem do Leiza, explicou o processo em um comunicado à imprensa: "O desafio na análise era que a folha de prata estava enrolada, mas após cerca de 1.800 anos, estava naturalmente também amassada e pressionada. Usando tomografia computadorizada, conseguimos escaneá-la em uma resolução muito alta e criar um modelo 3D."

Foi apenas através deste processo de desenrolar digitalmente a folha que o texto completo se tornou visível e pôde então ser decifrado. O que os pesquisadores descobriram os surpreendeu.

Evidência mais antiga do cristianismo

Na folha havia 18 linhas de texto em latim que faziam referências repetidas a Jesus Cristo, bem como a São Tito, um discípulo e confidente de São Paulo Apóstolo.

Como a sepultura onde o amuleto foi encontrado data de algum momento entre 230 e 270 d.C., o amuleto surge como a evidência mais antiga do cristianismo na Europa ao norte dos Alpes. Todas as descobertas anteriores são de pelo menos 50 anos depois disso, segundo o comunicado.

Na época do sepultamento, o cristianismo estava se tornando uma seita cada vez mais popular, mas identificar-se como cristão ainda era arriscado. Claramente, o homem enterrado, que se acredita ter entre 35 e 45 anos, sentia sua fé tão fortemente que a levou consigo para o túmulo.

Markus Scholz, arqueólogo e especialista em inscrições latinas e professor da Universidade Goethe de Frankfurt, decifrou meticulosamente o texto da "Inscrição Prateada de Frankfurt", como ficou conhecida. Descrevendo o processo complicado no comunicado, ele disse: "Às vezes levava semanas, até meses, para eu ter a próxima ideia. Consultei especialistas da história da teologia, entre outros, e pouco a pouco trabalhamos juntos para abordar o texto e finalmente decifrá-lo."

"Isso é incomum para este período. Normalmente, tais inscrições em amuletos eram escritas em grego ou hebraico", falou.


(https://www.cnnbrasil.com.br/tecnologia/amuleto-encontrado-na-alema nha-pode-reescrever-historia-do-cristianismo-entenda/)
"Ivan Calandra, chefe do laboratório de imagem do Leiza, explicou o processo em um comunicado à imprensa: O desafio na análise era que a folha de prata estava enrolada, mas após cerca de 1.800 anos, estava naturalmente também amassada e pressionada."
Em relação à análise sintática dos termos do trecho acima, analise a afirmativa INCORRETA:
Alternativas
Q3163180 Português

TEXTO PARA A QUESTÃO.


Quais frutas secas são as melhores para a saúde? A ciência já sabe que elas fazem bem ao organismo 


    Nesta época de festas de fim de ano, com almoço e ceia de Natal, ceia de Ano Novo, as frutas secas se tornam destaque nas mesas de muitas famílias. E elas são uma ótima opção de alimento, mas não só nesse período, como para fazerem parte sempre da dieta alimentar do dia a dia.

    Embora a maioria das pessoas saiba que as frutas secas (como castanhas e nozes) contenham vitaminas e minerais, talvez você não saiba quantos benefícios à saúde estão associados a essas frutas secas saborosas.

    Algumas das vantagens que podem vir do consumo de frutas secas incluem a redução do risco de câncer, ossos mais fortes e, como elas mantêm os níveis de açúcar no sangue sob controle, um risco menor de contrair diabetes. Um estudo mostra que a ingestão de apenas 30 gramas de frutas secas por dia resulta em uma redução surpreendente de 21% no risco de doenças cardiovasculares.

    Talvez o mais surpreendente de tudo seja que, considerando seu alto teor calórico, as frutas secas consumidas com moderação não promovem ganho de peso – uma contradição das diretrizes dietéticas comuns da década de 1990.

    Na verdade, “as dietas que incluem a ingestão regular de frutas secas estão relacionadas à perda de peso”, afirma Deirdre Tobias, epidemiologista de obesidade e nutrição da Harvard Medical School, nos Estados Unidos.

    Isso se deve ao fato de que a gordura, a fibra e a proteína das frutas secas ajudam na sensação de saciedade, reduzem a fome e ajudam na saúde intestinal. Além disso, descobriu-se que há pelo menos 20% menos calorias do que o esperado nas castanhas, como amêndoas e nozes, porque algumas dessas calorias são excretadas nas fezes.

    A lista de benefícios do consumo das frutas secas se estende ainda mais à redução da pressão arterial, à melhora da função cognitiva, à redução dos níveis de colesterol e até mesmo à longevidade. “Se você deseja melhorar a qualidade da sua dieta, recomendo fortemente o consumo de mais frutas secas”, diz Katherine Zeratsky, nutricionista registrada na Mayo Clinic.

    Ao mesmo tempo, nem todas as frutas secas proporcionam os mesmos benefícios – e nenhuma noz deve ser consumida em excesso. “Mesmo que as calorias sejam menores do que a quantidade indicada na embalagem, um pequeno punhado de frutas secas ainda está carregado de calorias”, diz Jill Weisenberger, nutricionista registrada na Virgínia e autora de ”Prediabetes: A Complete Guide”.

    Algumas das melhores frutas para incluir em sua dieta compreendem: amêndoas, pistache, castanha-do-pará, amendoim e nozes.


Fonte: https://www.nationalgeographicbrasil.com/ciencia/2025/01/qual-e-omelhor-momento-para-comecar-um-novo-habito-e-realmente-mante-lo (adaptado).

No trecho “As frutas secas se tornam destaque nas mesas de muitas famílias”, o sujeito da oração é:
Alternativas
Ano: 2025 Banca: FCPC Órgão: UFC Prova: FCPC - 2025 - UFC - Assistente em Administração |
Q3162684 Português

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SERGIO LEO. A linguagem performática dos possuídos realizadores. Revista do Correio. 20/10/2024. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/revista-do-correio/2024/10/6964579-cronica-cidade-nossa-a-linguagemperformatica-dos-possuidos-realizadores.html

No trecho “Ninguém sabe, exatamente, quando uma legião de brasileiros descobriu que já não era mais possível ter alguma coisa” (linhas 01-02), a oração em destaque exerce a mesma função que o termo destacado em:
Alternativas
Q3160103 Português

“UMA VELA PARA DARIO”


Dalton Trevisan



    Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Por ela escorregando, sentou-se na calçada, ainda úmida de chuva, e descansou na pedra o cachimbo. Dois ou três passantes rodearamno e indagaram se não se sentia bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque. Ele reclinou-se mais um pouco, estendido agora na calçada, e o cachimbo tinha apagado. O rapaz de bigode pediu aos outros que se afastassem e o deixassem respirar. Abriu-lhe o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta. Quando lhe retiraram os sapatos, Dario roncou feio e bolhas de espuma surgiram no canto da boca. Cada pessoa que chegava erguia-se na ponta dos pés, embora não o pudesse ver. Os moradores da rua conversavam de uma porta à outra, as crianças foram despertadas e de pijama acudiram à janela. O senhor gordo repetia que Dario sentara-se na calçada, soprando ainda a fumaça do cachimbo e encostando o guarda-chuva na parede. Mas não se via guarda-chuva ou cachimbo ao seu lado. A velhinha de cabeça grisalha gritou que ele estava morrendo. Um grupo o arrastou para o táxi da esquina. Já no carro a metade do corpo, protestou o motorista: quem pagaria a corrida? Concordaram em chamar a ambulância. Dario conduzido de volta e recostado à parede não tinha os sapatos nem o alfinete de pérola na gravata. Alguém informou da farmácia na outra rua. Não carregaram Dario além da esquina; a farmácia no fim do quarteirão e, além do mais, muito pesado. Foi largado na porta de uma peixaria. Um enxame de moscas lhe cobriu o rosto, sem que fizesse um gesto para espantá-las. Ocupado o café próximo pelas pessoas que vieram apreciar o incidente e, agora, comendo e bebendo, gozavam as delícias da noite. Dario ficou torto como o deixaram, no degrau da peixaria, sem o relógio de pulso. Um terceiro sugeriu que lhe examinassem os papéis, retirados - com vários objetos - de seus bolsos e alinhados sobre a camisa branca. Ficaram sabendo do nome, idade e sinal de nascença. O endereço na carteira era de outra cidade. Registrou-se correria de mais de duzentos curiosos que, a essa hora, ocupavam toda a rua e as calçadas: era a polícia. O carro negro investiu a multidão. Várias pessoas tropeçaram no corpo de Dario, que foi pisoteado dezessete vezes. O guarda aproximou-se do cadáver e não pôde identificá-lo — os bolsos vazios. Restava a aliança de ouro na mão esquerda, que ele próprio quando vivo - só podia destacar umedecida com sabonete. Ficou decidido que o caso era com o rabecão. A última boca repetiu:


    - Ele morreu, ele morreu. A gente começou a se dispersar. Dario levara duas horas para morrer, ninguém acreditou que estivesse no fim. Agora, aos que podiam vê-lo, tinha todo o ar de um defunto. Um senhor piedoso despiu o paletó de Dario para lhe sustentar a cabeça. Cruzou as suas mãos no peito. Não pôde fechar os olhos nem a boca, onde a espuma tinha desaparecido. Apenas um homem morto e a multidão se espalhou, as mesas do café ficaram vazias. Na janela alguns moradores com almofadas para descansar os cotovelos. Um menino de cor e descalço veio com uma vela, que acendeu ao lado do cadáver. Parecia morto há muitos anos, quase o retrato de um morto desbotado pela chuva. Fecharam-se uma a uma as janelas e, três horas depois, lá estava Dario à espera do rabecão. A cabeça agora na pedra, sem o paletó, e o dedo sem a aliança. A vela tinha queimado até a metade e apagou-se às primeiras gotas da chuva, que voltava a cair.


    Texto extraído do livro "Vinte Contos Menores", Editora Record – Rio de Janeiro, 1979, pág. 20. Este texto faz parte dos 100 melhores contos brasileiros do século, seleção de Ítalo Moriconi para a Editora Objetiva.

Das alternativas abaixo, qual se caracteriza por um período composto?
Alternativas
Q3159669 Português
Texto CB1A1

        Embora as instituições nacionais ligadas à soberania venham atuando nas últimas décadas em suporte às políticas ambientais brasileiras, a relação entre as duas esferas nem sempre se deu em bases cooperativas. Partindo-se de uma compreensão estreita da segurança, a preservação do meio ambiente foi vista, durante certo tempo, não como uma precondição para se garantir a segurança nacional e humana, mas como uma ameaça à integridade territorial e aos interesses nacionais brasileiros. Temia-se, nesse sentido, que as inestimáveis riquezas naturais do Brasil despertassem a cobiça internacional, de forma a representar riscos às fronteiras nacionais e ao direito soberano do país de gerenciar seus recursos naturais de maneira autônoma, em busca do desenvolvimento.

        Vigorava, portanto, a compreensão de que assumir compromissos de cooperação na arena ambiental implicaria o decréscimo da soberania nacional. O posicionamento defendido pela delegação brasileira durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente Humano (CNUMAH), realizada em Estocolmo em 1972, seria sintomático desse entendimento: “Na área do aproveitamento de recursos naturais, os interesses nacionais, em termos econômicos e de segurança, são de tal monta, que qualquer fórmula que, sob o pretexto ecológico, impusesse uma sistemática de consulta para projetos de desenvolvimento seria simplesmente inaceitável para o Brasil.”

        Nas décadas posteriores, as interpretações relativas às preocupações ambientais foram gradualmente transformadas, tanto no âmbito da sociedade quanto em meio às instituições de defesa. O processo de redemocratização, o fortalecimento de organizações da sociedade civil, o avanço dos estudos científicos e a consolidação de uma estrutura federal de governança ambiental favoreceram essas novas percepções e, sobretudo, a aproximação desses dois setores.

Internet:<soberaniaeclima.org.br>  (com adaptações).

Julgue o item seguinte, relativo a aspectos linguísticos do texto CB1A1.


No primeiro período do segundo parágrafo, o trecho “a compreensão (...) nacional” funciona como complemento direto da forma verbal “Vigorava”.

Alternativas
Q3159605 Português

Internet:<www.soarespereira.com.br>  (com adaptações).

Na linha 27, o trecho “O apoio financeiro e o espírito empreendedor da burguesia” contém a conjunção “e”, que
Alternativas
Q3159162 Português
"A revolução silenciosa no campo brasileiro colocou alimentos mais nutritivos, acessíveis e variados no prato de milhões, transformando a realidade de uma nação que, um dia, dependia da importação para sobreviver."

I.O termo "alimentos mais nutritivos, acessíveis e variados' é objeto direto do verbo 'colocar'.
II.O termo 'no prato' tem função de adjunto adverbial.
III.O núcleo do sujeito do verbo 'colocar' é 'campo'.
IV.O verbo 'depender' está com transitivo indireto.

Estão corretas:
Alternativas
Q3159145 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


Ruth Rocha, de 'Marcelo, Marmelo, Martelo', fecha contrato até 108 anos: 'Não aguento fazer muita coisa, mas gosto muito de escrever'

Obra atravessada pela ditadura e pela covid-19


Em dezembro de 2023, Ruth lançou O Grande Livro dos Macacos, com curiosidades sobre esses animais e sobre a Teoria da Evolução de Charles Darwin.


Foi, diz a filha Mariana, uma forma de se contrapor ao negacionismo da ciência que angustiava a escritora durante a pandemia de covid-19 — ela dedicou o livro aos cientistas.


Duas das páginas trazem desenhos de Miguel, neto de Ruth, que é designer. "Ele não faz esse tipo de desenho, fez porque eu pedi", diz a avó, orgulhosa.


A indignação com questões políticas e sociais foi ponto de partida para as histórias de Ruth em outros momentos de sua carreira.


Livros como O Reizinho Mandão, por exemplo, criticavam o autoritarismo em plena ditadura militar, mas não chamavam a atenção dos órgãos de censura.


"Ninguém levava muito a sério literatura infantil, achavam que era bobagem", diz Ruth.


Ela lembra de quando, ainda na ditadura, recebeu um prêmio diretamente das mãos de um ministro da Educação por outra obra que tocava em assuntos como poder e democracia: O rei que não sabia de nada.


Se os livros sobre governantes autoritários enganaram os censores, não passaram batido pelas crianças.


Ruth conta que em uma ocasião, após contar a história de O Reizinho Mandão, um pequeno leitor disse a ela: "Mas esse é o presidente da República!".


Ela tentou disfarçar. "Eu falei: 'Não, imagina, é um irmão mandão, um pai mandão'. Aí ele perguntou: 'Você não tem medo da polícia?' Respondi que sim, tinha muito medo."


Formada em Ciências Políticas e Sociais pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo, Ruth começou a escrever histórias infantis a pedido de uma amiga, Sonia Robatto, diretora da Recreio — revista da editora Abril que a própria Ruth dirigiu posteriormente.


A sugestão de Sonia foi bastante veemente.


"Ela queria que eu fizesse uma história. Eu falava: eu conto histórias para a Mariana, mas eu não sei contar outras histórias. Ela ficava: conta, conta, conta, conta. Até que um dia, ela me trancou na casa dela. E eu sentei e escrevi", lembra Ruth.


Essa primeira história que Ruth publicou, até hoje muito conhecida dos leitores, é sua versão do clássico Romeu e Julieta com duas borboletas como personagens: uma azul e uma amarela, que não podiam brincar juntas por terem cores diferentes.


Era, segundo ela, uma forma de abordar o preconceito sem perder a fantasia e a ludicidade de uma boa história infantil, característica que acompanhou a escrita da autora ao longo de sua carreira.


"Os livros dela agradam demais aos professores, são adotados em massa pelas escolas e às vezes as pessoas querem colocar como educativo", diz Mariana.


"É um trabalho que inspira conhecimento e transformação, mas ela sempre fala: minha obra não é didática."


Ruth afirma que sua intenção é despertar nas crianças o mesmo prazer pela literatura que ela tem desde sua infância, quando ouvia histórias contadas por seus pais e avós e pegava livros emprestados toda semana em uma biblioteca.


"A vida inteira eu tinha muitas ideias. Eu estava escrevendo uma história e já saía com três ideias para escrever, ficava com aquilo na cabeça", conta.


De suas 218 obras, ela diz que não tem uma favorita, mas admite que algumas são especiais, citando Marcelo, Marmelo, Martelo, Quando eu comecei a crescer e Um cantinho só pra mim.


Esses dois últimos têm um forte teor autobiográfico, segundo Mariana.


"Minha mãe é muito faladeira e sociável, mas ela curte muito também ficar sozinha, ter momentos de quietude, no mundo dela, pensando na vida", aponta a filha de Ruth.


"Acho que isso também propiciou a criação, a imersão no mundo da Imaginação."


Mariana conta que recebe muitas manifestações de carinho de leitores de diferentes gerações.


"Minha mãe fez parte da infância e do crescimento de muita gente. Pessoas falam que a literatura dela transformou suas vidas, porque mostrou uma amplitude de possibilidades para o ser humano se desenvolver", diz Mariana.


"Tem gente que chora e eu choro junto. É muito bonito."


Apesar das mudanças trazidas pela velhice, Ruth continua escrevendo — à mão, em pranchetas.


Ela acabou de terminar uma obra que chamou de Histórias pequeninas de gente pequenina e está trabalhando em um texto com uma nova versão do conto de Cinderela.


"Não aguento fazer muita coisa, mas eu gosto muito [de escrever]. É a minha vida."


(https://www.bbc.com/portuguese/articles/cd6ve1zv5n1o)
"A sugestão de Sonia foi bastante veemente."

O vocábulo 'bastante' no trecho possui a mesma função sintática do destacado em:
Alternativas
Q3159144 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


Ruth Rocha, de 'Marcelo, Marmelo, Martelo', fecha contrato até 108 anos: 'Não aguento fazer muita coisa, mas gosto muito de escrever'

Obra atravessada pela ditadura e pela covid-19


Em dezembro de 2023, Ruth lançou O Grande Livro dos Macacos, com curiosidades sobre esses animais e sobre a Teoria da Evolução de Charles Darwin.


Foi, diz a filha Mariana, uma forma de se contrapor ao negacionismo da ciência que angustiava a escritora durante a pandemia de covid-19 — ela dedicou o livro aos cientistas.


Duas das páginas trazem desenhos de Miguel, neto de Ruth, que é designer. "Ele não faz esse tipo de desenho, fez porque eu pedi", diz a avó, orgulhosa.


A indignação com questões políticas e sociais foi ponto de partida para as histórias de Ruth em outros momentos de sua carreira.


Livros como O Reizinho Mandão, por exemplo, criticavam o autoritarismo em plena ditadura militar, mas não chamavam a atenção dos órgãos de censura.


"Ninguém levava muito a sério literatura infantil, achavam que era bobagem", diz Ruth.


Ela lembra de quando, ainda na ditadura, recebeu um prêmio diretamente das mãos de um ministro da Educação por outra obra que tocava em assuntos como poder e democracia: O rei que não sabia de nada.


Se os livros sobre governantes autoritários enganaram os censores, não passaram batido pelas crianças.


Ruth conta que em uma ocasião, após contar a história de O Reizinho Mandão, um pequeno leitor disse a ela: "Mas esse é o presidente da República!".


Ela tentou disfarçar. "Eu falei: 'Não, imagina, é um irmão mandão, um pai mandão'. Aí ele perguntou: 'Você não tem medo da polícia?' Respondi que sim, tinha muito medo."


Formada em Ciências Políticas e Sociais pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo, Ruth começou a escrever histórias infantis a pedido de uma amiga, Sonia Robatto, diretora da Recreio — revista da editora Abril que a própria Ruth dirigiu posteriormente.


A sugestão de Sonia foi bastante veemente.


"Ela queria que eu fizesse uma história. Eu falava: eu conto histórias para a Mariana, mas eu não sei contar outras histórias. Ela ficava: conta, conta, conta, conta. Até que um dia, ela me trancou na casa dela. E eu sentei e escrevi", lembra Ruth.


Essa primeira história que Ruth publicou, até hoje muito conhecida dos leitores, é sua versão do clássico Romeu e Julieta com duas borboletas como personagens: uma azul e uma amarela, que não podiam brincar juntas por terem cores diferentes.


Era, segundo ela, uma forma de abordar o preconceito sem perder a fantasia e a ludicidade de uma boa história infantil, característica que acompanhou a escrita da autora ao longo de sua carreira.


"Os livros dela agradam demais aos professores, são adotados em massa pelas escolas e às vezes as pessoas querem colocar como educativo", diz Mariana.


"É um trabalho que inspira conhecimento e transformação, mas ela sempre fala: minha obra não é didática."


Ruth afirma que sua intenção é despertar nas crianças o mesmo prazer pela literatura que ela tem desde sua infância, quando ouvia histórias contadas por seus pais e avós e pegava livros emprestados toda semana em uma biblioteca.


"A vida inteira eu tinha muitas ideias. Eu estava escrevendo uma história e já saía com três ideias para escrever, ficava com aquilo na cabeça", conta.


De suas 218 obras, ela diz que não tem uma favorita, mas admite que algumas são especiais, citando Marcelo, Marmelo, Martelo, Quando eu comecei a crescer e Um cantinho só pra mim.


Esses dois últimos têm um forte teor autobiográfico, segundo Mariana.


"Minha mãe é muito faladeira e sociável, mas ela curte muito também ficar sozinha, ter momentos de quietude, no mundo dela, pensando na vida", aponta a filha de Ruth.


"Acho que isso também propiciou a criação, a imersão no mundo da Imaginação."


Mariana conta que recebe muitas manifestações de carinho de leitores de diferentes gerações.


"Minha mãe fez parte da infância e do crescimento de muita gente. Pessoas falam que a literatura dela transformou suas vidas, porque mostrou uma amplitude de possibilidades para o ser humano se desenvolver", diz Mariana.


"Tem gente que chora e eu choro junto. É muito bonito."


Apesar das mudanças trazidas pela velhice, Ruth continua escrevendo — à mão, em pranchetas.


Ela acabou de terminar uma obra que chamou de Histórias pequeninas de gente pequenina e está trabalhando em um texto com uma nova versão do conto de Cinderela.


"Não aguento fazer muita coisa, mas eu gosto muito [de escrever]. É a minha vida."


(https://www.bbc.com/portuguese/articles/cd6ve1zv5n1o)
"Livros como O Reizinho Mandão, por exemplo, criticavam o autoritarismo em plena ditadura militar, mas não chamavam a atenção dos órgãos de censura."

Em relação ao período acima, é INCORRETO afirmar que:
Alternativas
Q3159134 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


Ruth Rocha, de 'Marcelo, Marmelo, Martelo', fecha contrato até 108 anos: 'Não aguento fazer muita coisa, mas gosto muito de escrever'

Obra atravessada pela ditadura e pela covid-19


Em dezembro de 2023, Ruth lançou O Grande Livro dos Macacos, com curiosidades sobre esses animais e sobre a Teoria da Evolução de Charles Darwin.


Foi, diz a filha Mariana, uma forma de se contrapor ao negacionismo da ciência que angustiava a escritora durante a pandemia de covid-19 — ela dedicou o livro aos cientistas.


Duas das páginas trazem desenhos de Miguel, neto de Ruth, que é designer. "Ele não faz esse tipo de desenho, fez porque eu pedi", diz a avó, orgulhosa.


A indignação com questões políticas e sociais foi ponto de partida para as histórias de Ruth em outros momentos de sua carreira.


Livros como O Reizinho Mandão, por exemplo, criticavam o autoritarismo em plena ditadura militar, mas não chamavam a atenção dos órgãos de censura.


"Ninguém levava muito a sério literatura infantil, achavam que era bobagem", diz Ruth.


Ela lembra de quando, ainda na ditadura, recebeu um prêmio diretamente das mãos de um ministro da Educação por outra obra que tocava em assuntos como poder e democracia: O rei que não sabia de nada.


Se os livros sobre governantes autoritários enganaram os censores, não passaram batido pelas crianças.


Ruth conta que em uma ocasião, após contar a história de O Reizinho Mandão, um pequeno leitor disse a ela: "Mas esse é o presidente da República!".


Ela tentou disfarçar. "Eu falei: 'Não, imagina, é um irmão mandão, um pai mandão'. Aí ele perguntou: 'Você não tem medo da polícia?' Respondi que sim, tinha muito medo."


Formada em Ciências Políticas e Sociais pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo, Ruth começou a escrever histórias infantis a pedido de uma amiga, Sonia Robatto, diretora da Recreio — revista da editora Abril que a própria Ruth dirigiu posteriormente.


A sugestão de Sonia foi bastante veemente.


"Ela queria que eu fizesse uma história. Eu falava: eu conto histórias para a Mariana, mas eu não sei contar outras histórias. Ela ficava: conta, conta, conta, conta. Até que um dia, ela me trancou na casa dela. E eu sentei e escrevi", lembra Ruth.


Essa primeira história que Ruth publicou, até hoje muito conhecida dos leitores, é sua versão do clássico Romeu e Julieta com duas borboletas como personagens: uma azul e uma amarela, que não podiam brincar juntas por terem cores diferentes.


Era, segundo ela, uma forma de abordar o preconceito sem perder a fantasia e a ludicidade de uma boa história infantil, característica que acompanhou a escrita da autora ao longo de sua carreira.


"Os livros dela agradam demais aos professores, são adotados em massa pelas escolas e às vezes as pessoas querem colocar como educativo", diz Mariana.


"É um trabalho que inspira conhecimento e transformação, mas ela sempre fala: minha obra não é didática."


Ruth afirma que sua intenção é despertar nas crianças o mesmo prazer pela literatura que ela tem desde sua infância, quando ouvia histórias contadas por seus pais e avós e pegava livros emprestados toda semana em uma biblioteca.


"A vida inteira eu tinha muitas ideias. Eu estava escrevendo uma história e já saía com três ideias para escrever, ficava com aquilo na cabeça", conta.


De suas 218 obras, ela diz que não tem uma favorita, mas admite que algumas são especiais, citando Marcelo, Marmelo, Martelo, Quando eu comecei a crescer e Um cantinho só pra mim.


Esses dois últimos têm um forte teor autobiográfico, segundo Mariana.


"Minha mãe é muito faladeira e sociável, mas ela curte muito também ficar sozinha, ter momentos de quietude, no mundo dela, pensando na vida", aponta a filha de Ruth.


"Acho que isso também propiciou a criação, a imersão no mundo da Imaginação."


Mariana conta que recebe muitas manifestações de carinho de leitores de diferentes gerações.


"Minha mãe fez parte da infância e do crescimento de muita gente. Pessoas falam que a literatura dela transformou suas vidas, porque mostrou uma amplitude de possibilidades para o ser humano se desenvolver", diz Mariana.


"Tem gente que chora e eu choro junto. É muito bonito."


Apesar das mudanças trazidas pela velhice, Ruth continua escrevendo — à mão, em pranchetas.


Ela acabou de terminar uma obra que chamou de Histórias pequeninas de gente pequenina e está trabalhando em um texto com uma nova versão do conto de Cinderela.


"Não aguento fazer muita coisa, mas eu gosto muito [de escrever]. É a minha vida."


(https://www.bbc.com/portuguese/articles/cd6ve1zv5n1o)
"Os livros dela agradam demais aos professores, são adotados em massa pelas escolas e às vezes as pessoas querem colocar como educativo, diz Mariana."

O período acima é formado por:
Alternativas
Q3158606 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


Agronegócio e Expectativa de Vida: A Revolução Silenciosa


Entenda como o agro tem contribuído para que possamos viver mais, mas é raramente reconhecido por isso


O agro não promete vida eterna, mas tem um papel essencial para que possamos viver mais e com mais saúde. Afinal, o agro, tão presente no nosso dia a dia, raramente é reconhecido como protagonista no aumento da expectativa de vida. Contudo, ao observarmos os números e as transformações do último século no Brasil, uma verdade inspiradora se revela: a produção de alimentos é tão vital quanto qualquer avanço científico ou sanitário.


Vamos voltar no tempo. Imagine viver em um país onde chegar aos 40 anos já era quase um milagre. Essa era a realidade dos nossos avós e bisavós em 1920, quando a expectativa de vida do brasileiro era de apenas 35,2 anos. Isso mesmo, boa parte de nós já teria encerrado sua jornada. Mas algo mudou drasticamente. Hoje, vivemos, em média, 76,4 anos — mais do que o dobro, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)


É claro que houve avanços em saúde pública, saneamento e tecnologia, mas seria injusto ignorar o papel do agronegócio. A revolução silenciosa no campo brasileiro colocou alimentos mais nutritivos, acessíveis e variados no prato de milhões, transformando a realidade de uma nação que, um dia, dependia da importação para sobreviver.


A criação da EMBRAPA e os investimentos em pesquisa e tecnologia não só aumentaram a produtividade, mas também permitiram que regiões antes improdutivas florescessem. O resultado? Um salto monumental na produção de grãos: de 50 milhões de toneladas nos anos 1970 para mais de 300 milhões de toneladas em 2023.


Mas o impacto vai além dos números: alimentos mais acessíveis significam mesas mais fartas e saudáveis, algo essencial para a qualidade de vida. Por que isso é tão importante? Em 2050, segundo o IBGE, 29% da população brasileira será composta por idosos — 66 milhões de pessoas. E viver mais não basta; é preciso viver melhor.


Para isso, a nutrição é fundamental. Felizmente, o Brasil tem tudo para cumprir essa missão, com uma agricultura diversificada e sustentável que, mais do que quantidade, foca na qualidade. A diversidade de culturas permitem uma alimentação balanceada, essencial para todas as idades, especialmente para os idosos, em quem deficiências nutricionais são comuns.


Quer um exemplo de impacto direto? O agrião, um humilde vegetal, foi coroado pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC), uma agência do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, como o alimento mais nutritivo do planeta. Rico em vitaminas e minerais, ele simboliza a potência de uma agricultura focada não apenas em alimentar, mas em nutrir.


No entanto, celebrar o agro brasileiro não se resume a destacar suas conquistas; é também reconhecer os desafios que ainda enfrentamos — e lembrar que não podemos baixar a guarda. Mudanças climáticas, desmatamento ilegal, desperdício de alimentos, insegurança jurídica e barreiras logísticas são algumas das pedras no caminho.


Apesar disso, o setor continua inovando e se adaptando, guiado por um propósito maior: garantir que o Brasil permaneça não só um celeiro de alimentos, mas também uma fonte de saúde e longevidade para todos. E você, já parou para pensar? A cada refeição, a cada prato colorido que você saboreia, há uma imensa cadeia de trabalho e dedicação silenciosa por trás.


O agro não promete vida eterna, mas, sem dúvida, tem contribuído para que possamos viver mais e melhor. Por isso, saúde e vida longa — a você, ao agro e ao futuro que estamos semeando juntos.


(https://forbes.com.br/colunas/2024/12/forbesmulher-agro-agronegocio)
"O agro não promete vida eterna, mas, sem dúvida, tem contribuído para que possamos viver mais e melhor."

Em relação à oração destacada é correto o que se afirma em:
Alternativas
Q3158598 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


Por que crianças pequenas gostam de ver os mesmos desenhos e ler os mesmos livros


É um sentimento familiar para muitos pais. Não importa o que você sugira, seu filho em idade pré-escolar só quer assistir aquele episódio de Bluey de novo, e não importa que ele tenha acabado de assistir. E, na hora de dormir, tem que ser um livro que você tenha lido com frequência suficiente para ter desenvolvido um repertório de vozes específicas para cada personagem.


Estes interesses profundos e repetitivos em um determinado episódio de desenho animado, jogo ou tema podem ser frustrantes para os pais que querem apenas assistir a algo diferente. Mas esta repetição, na verdade, oferece grandes benefícios para o aprendizado e o bem-estar das crianças.


Uma razão para isso é o que podemos chamar de "efeito input", que não é um conceito novo na ciência cognitiva.


Em busca de padrões


Pense no cérebro como um órgão que faz seu melhor para descobrir o que é normal em nossas vidas — o que faz parte de um padrão regular, e o que não faz. Os pesquisadores descobriram um fenômeno conhecido como "aprendizagem estatística". De acordo com esta ideia, as crianças são muito sensíveis à ocorrência de regularidades e padrões em suas vidas.


É interessante notar que os bebês são particularmente hábeis em compreender certos tipos de informação, como a probabilidade de certos sons na fala que dirigimos a eles. Mas eles precisam ser expostos a muitos exemplos disso para detectar regularidades.


Por exemplo, em todas as línguas, e o inglês não é exceção, os sons incluídos nas palavras tendem a seguir determinados padrões. Por exemplo, algumas das combinações mais comuns de três letras em inglês são "the", "and" e "ing". Faz sentido que o cérebro das crianças busque a repetição — neste exemplo, isso vai ajudá-las a aprender o idioma.


Portanto, quando as crianças pequenas voltam a assistir ao mesmo programa, o que elas estão fazendo, quer saibam ou não, é motivado pelo desejo de detectar e consolidar os padrões do que estão assistindo, ouvindo ou lendo.


Conforto familiar


Além de apoiar o aprendizado, a repetição também oferece benefícios para as emoções das crianças, no que estamos chamando aqui de "efeito de bem-estar".


A principal tarefa da infância é o aprendizado, e isso significa buscar ativamente novas experiências e estímulos. No entanto, ter que processar e se adaptar a coisas novas pode ser exaustivo, mesmo para uma criança pequena com energia inesgotável.


O mundo também pode ser um lugar mais estranho e estressante para as crianças do que para os adultos. Como adulto, você terá aprendido o que esperar e como se comportar em determinados contextos, mas as crianças estão constantemente se deparando com situações novas pela primeira vez.


Estímulos bem conhecidos, como aquele episódio de desenho animado que elas já assistiram inúmeras vezes, podem proporcionar uma fonte de conforto e segurança que protege contra esse estresse e incerteza.


Interesses profundos em uma atividade específica também podem proporcionar benefícios de bem-estar por meio de uma sensação de controle e domínio.


As crianças estão constantemente sendo desafiadas em relação ao que sabem e entendem na creche, na escola e em outros lugares. Isso é fundamental para o aprendizado, mas também representa uma ameaça aos seus sentimentos de competência.


A capacidade de relaxar durante uma atividade na qual se sentem bem, como um jogo favorito, atende a essas necessidades de competência.


Além disso, o fato de poderem optar por uma atividade de que gostam permite que tenham um senso de autonomia e controle sobre suas vidas, que, de outra forma, podem se resumir a serem levadas para lá e para cá pelos pais.


É claro que nem todas as crianças têm a mesma probabilidade de desenvolver estes tipos de interesses repetitivos. Por exemplo, crianças com autismo geralmente apresentam interesses particularmente específicos.


A repetição tem um valor enorme em termos de aprendizado e bem-estar. Portanto, embora você não deva forçá-las a assistir novamente aos programas, também não precisa se preocupar se isso for algo que elas próprias estão buscando.


No entanto, pode se tornar problemático se afetar a capacidade da criança de se envolver em outros aspectos importantes da sua vida, como sair de casa na hora certa, interagir com outras pessoas ou praticar exercícios físicos.


É claro que não existe uma regra de ouro que possa ser aplicada a todas as crianças em todos os contextos.


Como pais, só podemos ficar atentos à situação e tomar uma decisão. Mas, ao colocar Frozen mais uma vez, pense nos efeitos de input e bem-estar, e tente deixar de lado a preocupação de que seu filho deveria estar fazendo algo — qualquer outra coisa! — diferente.


https://www.bbc.com/portuguese/articles/c0lg061w184o
"As crianças estão constantemente sendo desafiadas em relação ao que sabem e entendem na creche, na escola e em outros lugares."

Em relação à formação do período acima, identifique a alternativa que apresenta uma informação INCORRETA:
Alternativas
Q3158338 Português
Quando as crianças pequenas assistem ao mesmo programa, o que elas fazem motiva o desejo de detectar e consolidar os padrões do que assistem, ouvem ou leem.
(Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/articles/c0lg061w184o.adaptado)

O número de orações presentes na frase em questão é de:
Alternativas
Q3158335 Português
A principal tarefa da infância é o aprendizado, e isso significa buscar ativamente novas experiências e estímulos.
(Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/articles/c0lg061w184o.adaptado)

A frase apresentada é constituída por período:
Alternativas
Q3157439 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

Disponível em Acesso em 25 nov 2024.
Assinale a alternativa que apresenta uma afirmação CORRETA:
Alternativas
Q3157294 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.
Disponível em: https://tinyurl.com/2udne7mm. Acesso em 25 nov 2024.
Considere a tirinha apresentada e analise as afirmativas abaixo com base nas regras gramaticais da Língua Portuguesa. A partir da análise do texto da tirinha, assinale a alternativa correta:
Alternativas
Q3157160 Português
Nas afirmativas a seguir, indique a alternativa incorreta:
Alternativas
Respostas
121: B
122: C
123: B
124: B
125: A
126: D
127: A
128: E
129: C
130: D
131: C
132: A
133: A
134: C
135: C
136: C
137: C
138: B
139: D
140: D