Questões de Português - Colocação Pronominal para Concurso

Foram encontradas 2.650 questões

Q2041991 Português

As utilíssimas coisas inúteis

Marina Colasanti, quinta-feira, 16 de janeiro de 2020


Fui a uma liquidação de fim de ano porque precisava trocar uma roupa que havia ganho. E fiquei pasma com a quantidade de peças que cada um levava. Na demora da fila, as pessoas esticavam o braço para colher de arara ou prateleira uma bolsa, um cinto ou uma camiseta não vistos antes e acabavam ficando com ela. Tudo, mais que propriamente despertar desejo, era visto como um bom negócio. Afinal, os preços estavam em conta.

E ali mesmo me perguntei se aquela gente toda tiraria do armário o correspondente ao que estava levando, ou se apenas apertaria os cabides.

Compro muito pouco, mas tenho grande dificuldade para jogar fora. Acumulo. E embora tendo isenção profissional para acumular livros e papéis, não a tenho para o resto.

Calcula-se que um europeu ou americano possua em média 10 mil objetos. Para discutir consumismo e gênero no “The Pink and Blue Project”, a sul-coreana Jeongmee Yoon fotografou durante 10 anos crianças e adolescentes no seu quarto, com todos os seus objetos expostos. As fotos são surpreendentes, cada quarto parecendo um mercado.

Até hoje não consegui jogar fora a cama da minha cachorrinha que há três anos morreu, me parece ingratidão, depois de tanto amor que ela me deu. Nem consegui me desfazer dos tecidos para quimono que comprei no Japão e nunca fiz, ou da camisa de seda que comprei na Índia e já não uso. Se uma calça fica larga, penso que posso voltar a engordar, se uma saia fica larga, aperto. Nunca nada ficou apertado, o que me faz crer que dificilmente engordarei. Às vezes consigo jogar fora suéteres que ficaram com “bolinhas”.

Dizem os neurocientistas que acumular é comando do nosso cérebro, possivelmente vindo de tempos remotíssimos em que a abundância era rara ou inexistente, e qualquer pedaço de carne, qualquer pele de bicho, qualquer lasca de pedra era posse valiosa.

Hoje, os objetos de que nos rodeamos adquiriram outro sentido. Um deles é fazer parte da nossa identidade. Segundo o psicólogo Daniel Kahneman sofremos mais ao perder um objeto querido do que o prazer que tivemos ao adquiri-los – podemos imaginar o que sofreu Eike Batista ao perder a Lamborghini que, como um sofá, ficava estacionada na sala. Outro é dizer às multidões quem somos, qual o nosso patamar social.

É o que fazem alto e bom som as marcas. É a função do luxo.

Não compramos só em atendimento ao nosso desejo. Compramos também olhando pelos olhos dos outros, projetando nos olhos dos outros a imagem que teremos com nossas novas aquisições. Desse ponto de vista, quem compra muitas peças de roupa numa liquidação não está fazendo um bom negócio. Apesar do bom preço, está adquirindo o que já saiu de moda, o que se usou no ano anterior ou até mesmo no mês anterior. E tudo o que não é de hoje, é out.

Objetos podem ser inúteis, mas se dados com afeto temos dificuldade em nos desfazer deles. Xuxa tinha uma casa só para guardar memorabilia, presentes dados pelos fãs. Ninguém joga fora o bordado feito pela afilhada, o primeiro desenho do filho, a folha seca na página do livro dada pelo noivo. Os objetos tornamse então não apenas objetos, mas testemunhos do passado que cantam aos nossos olhos. E por isso os guardamos.

Marie Kondo, a japonesa famosa pelo método MarieKondo de arrumação, não se orienta pela ligação psicológica entre os humanos e seus objetos. O interesse dela é na ordem e na estética. Mas ao limpar nossos armários e gavetas corre o risco de nos deixar despidos.


Disponível em:<https://www.marinacolasanti.com/2020/02/expatriaram-o-gato.htmL>  . Acesso em: 17 fev. 2020.
“Até hoje não consegui jogar fora a cama da minha cachorrinha que há três anos morreu, me(1) parece ingratidão, depois de tanto amor que ela me(2) deu. Nem consegui me(3) desfazer dos tecidos para quimono que comprei no Japão e nunca fiz, ou da camisa de seda que comprei na Índia e já não uso. Se uma calça fica larga, penso que posso voltar a engordar, se uma saia fica larga, aperto. Nunca nada ficou apertado, o que me(4) faz crer que dificilmente engordarei. Às vezes consigo jogar fora suéteres que ficaram com ‘bolinhas’.”

Nesse fragmento, dentre as ocorrências do pronome “me” destacadas e numeradas estão de acordo com a norma-padrão as de número
Alternativas
Q2041007 Português

Texto para o item.




Luis Fernando Veríssimo. Aprenda a chamar a polícia.

Internet: <www.refletirpararefletir.com.bb> (com adaptações).

Julgue o item, que consiste em propostas de reescrita para períodos destacados do texto, quanto à correção gramatical e à coerência textual.
“Perguntaram-me se o ladrão estava armado ou se já estava no interior da casa” (linhas 12 e 13): Me perguntaram se o ladrão armado esteve na casa
Alternativas
Q2040989 Português
Está gramaticalmente correta a frase: 
Alternativas
Q2040645 Português
Para responder à questão, leia o texto abaixo. 

Os poemas são pássaros que chegam 
não se sabe de onde e pousam 
no livro que lês. 
Quando fechas o livro, eles alçam voo 
como de um alçapão. 
Eles não têm pouso 
nem porto 
alimentam-se um instante em cada par de mãos 
e partem. 
E olhas, então, essas tuas mãos vazias, 
no maravilhado espanto de saberes 
que o alimento deles já estava em ti…

(Mario Quintana. “Os poemas”. In: Esconderijos do
tempo, 1980.)

Com relação à colocação dos pronomes, em não se sabe e em alimentam-se ocorre, respectivamente: 

Alternativas
Q2040349 Português
De acordo com as regras de colocação pronominal, analisar a sentença abaixo:
Na frase “Não me faça desistir.”, há ocorrência de próclise, pois há advérbio de negação (1ª parte). Na frase “Eu agradar-lhe-ei, pois é gentil comigo.”, há ocorrência de ênclise, pois o verbo está no futuro do presente (2ª parte). Em “Deus te guie”, a colocação pronominal está correta (3ª parte).
A sentença está:
Alternativas
Q2039473 Português

Texto 1

"No meio do caminho tinha uma pedra

tinha uma pedra no meio do caminho

tinha uma pedra

no meio do caminho tinha uma pedra.


Nunca me esquecerei desse acontecimento

na vida de minhas retinas tão fatigadas.

Nunca me esquecerei que no meio do caminho

tinha uma pedra

tinha uma pedra no meio do caminho

no meio do caminho tinha uma pedra."


Carlos Drummond de Andrade



Imagem associada para resolução da questão



Observe: "Nunca me esquecerei desse acontecimento". Assinale a alternativa que apresenta a correta regra de colocação pronominal utilizada no enunciado.

Alternativas
Q2039310 Português
AFINIDADE

Afinidade é um dos poucos sentimentos que resistem a todo e qualquer tempo. A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais sutil, delicado e penetrante dos sentimentos.
É o mais independente. Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos, as distâncias, as impossibilidades.
Quando realmente há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação no exato ponto em que foi interrompido.
Retoma também o diálogo, a conversa, o afeto.
Afinidade é não haver tempo mediando a vida.
É uma vitória do adivinhado sobre o real. Do subjetivo para o objetivo. Do permanente sobre o passageiro. Do básico sobre o superficial.
É muito raro ter afinidade.
Mas quando existe não se precisa de códigos verbais para se expressar.
Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois que as pessoas deixaram de estar juntas.
O que você tem dificuldade de expressar a um afim, sai simples e claro diante de alguém com quem você tem afinidade.
Afinidade é ficar longe pensando parecido a respeito dos mesmos fatos que impressionam, comovem ou mobilizam.
É ficar conversando sem trocar palavras.
Afinidade é jamais "sentir por".
Quem "sente por", confunde afinidade com masoquismo,
mas quem "sente com", avalia sem se contaminar.
(...)
Compreende sem ocupar o lugar do outro.
Aceita para poder questionar.
Quem não tem afinidade, questiona por não aceitar.
Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças.
É conversar no silêncio, tanto nas possibilidades exercidas quanto das impossibilidades vividas.
Afinidade é retornar à relação no ponto em que parou sem lamentar o tempo de separação.
Porque tempo e separação nunca existiram.
Foram apenas oportunidades dadas ou tiradas pela vida, para que a maturação comum pudesse se dar.
E para que cada pessoa pudesse e possa ser, cada vez mais a expressão do outro sob a forma ampliada do eu individual aprimorado.

Do livro: "Alguém que já não fui" Artur da Távola, pseudônimo de Paulo Alberto Moretzsohn Monteiro de Barros - Adaptado

Fonte: https://www.contandohistorias.com.br/cgi-bin/ch.cgi
Quanto à colocação pronominal em: “Mas quando existe não se precisa de códigos verbais para se expressar” podese afirmar que:
Alternativas
Q2039116 Português
Texto CB1A1

      A governabilidade refere-se à capacidade política de governar, que deriva da relação de legitimidade do Estado e do seu governo com a sociedade. Está presente quando a população legitima o exercício do poder pelo Estado. A legitimidade, nesse contexto, deve ser entendida como a aceitação do poder do governo ou do Estado pela sociedade.

        Nesse sentido, os cidadãos e a cidadania organizada são a fonte ou a origem principal da governabilidade, ou seja, é a partir deles (e de sua capacidade de articulação em partidos, associações e demais instituições representativas) que surgem e se desenvolvem as condições para a governabilidade plena.

      Vinculada à dimensão estatal, governabilidade diz respeito às condições sistêmicas e institucionais sob as quais se dá o exercício do poder, tais como as características do sistema político, a forma de governo, as relações entre os poderes, o sistema de intermediação de interesses. Representa, assim, um conjunto de atributos essenciais ao exercício do governo, sem os quais nenhum poder pode ser exercido.

     Há três dimensões inerentes ao conceito de governabilidade: capacidade do governo de identificar problemas críticos e de formular políticas adequadas ao enfrentamento desses problemas, capacidade de mobilizar meios e recursos necessários à execução e à implantação das políticas públicas e capacidade de liderança do Estado, sem a qual as decisões se tornam ineficientes. A governabilidade, então, significa que o governo deve tomar decisões amparadas em um processo que inclua a participação dos diversos setores da sociedade, dos poderes constituídos, das instituições públicas e privadas e dos segmentos representativos da sociedade, para garantir que as escolhas atendam aos anseios da sociedade e contem com seu apoio na implementação de programas e projetos e na fiscalização dos serviços públicos.

       Sob esse enfoque, significa a participação dos diversos setores da sociedade nos processos decisórios que dizem respeito às ações do poder público, uma vez que incorpora a articulação do aparelho estatal ao sistema político de uma sociedade, ampliando o leque possível e indispensável à legitimidade e ao suporte das ações governamentais em busca de sua eficácia.

         Em resumo, governabilidade refere-se às condições do ambiente político em que se efetivam ou se devem efetivar as ações da administração, à base de legitimidade dos governos, à credibilidade e à imagem públicas da burocracia. Desse modo, o desafio da governabilidade consiste em conciliar os muitos interesses desses atores (na maioria, divergentes) e reuni-los em um objetivo comum (ou em vários objetivos comuns) a ser perseguido por todos. Assim, a capacidade de articular-se em alianças políticas e pactos sociais constitui-se em fator crítico para a viabilização dos objetivos do Estado. Essa tentativa de articulação que a governabilidade procura é uma forma de intermediação de interesses.

Thiago Antunes da Silva.
Conceitos e evolução da administração pública: o desenvolvimento do papel administrativo, 2017.
Internet:<www.online.unisc.br> Texto  (com adaptações). 

No que concerne aos aspectos linguísticos do texto CB1A1, julgue o próximo item. 


No primeiro período do último parágrafo, estariam prejudicadas a correção gramatical e a coerência textual caso a expressão “se devem efetivar” fosse reescrita como deve-se efetivarem.

Alternativas
Q2038937 Português

Uma das coisas mais inteligentes que um homem e uma mulher podem saber é saber que não sabem. Aliás, só é possível caminhar em direção à excelência se você souber que não sabe algumas coisas. Pior do que não saber é fingir que sabe. Quando você finge que sabe, impede um planejamento adequado, uma ação coletiva eficaz. Por isso, a expressão “não sei” é um sinal de inteligência. Gente que não tem dúvida não é capaz de inovar, de reinventar, não é capaz de fazer de outro modo; só é capaz de repetir. Claro, você não pode ser alguém que só tem dúvidas, mas não tê-las é sinal de tolice. “Será que estou fazendo do melhor modo? Da maneira mais correta? Será que estou fazendo aquilo que deve e pode ser feito?” 

    Só seres que arriscam erram. Não confunda erro com negligência, desatenção e descuido. Ser capaz de arriscar é uma das coisas mais inteligentes para mudar. Quem inventou a lâmpada elétrica de corrente contínua foi Thomas Edison, sabemos. O que nem sempre se tem ideia é que ele fez 1.430 experiências antes de chegar à lâmpada que deram errado. Ele inclusive registrou: inventei 1.430 modos de não fazer a lâmpada. Porque é muito importante também saber o que não fazer. Ele aprendeu que o fracasso não acontece quando se erra, mas quando se desiste face ao erro.

       Num mundo competitivo, para caminhar para a excelência é preciso fazer o melhor, no lugar de, vez ou outra, contentar-se com o possível. E isso exige humildade e exige que coloquemos em dúvida as práticas que já tínhamos. Só quem acha que já sabe acaba caindo na armadilha perigosa que é não dar passos adiante.

       Qual o contrário de humildade? Arrogância. Gente arrogante é gente que acha que já sabe, que não precisa aprender, que costuma dizer: “Há dois modos de fazer as coisas, o meu ou o errado. Escolha você”. Arrogância é um perigo porque ela altera inclusive a nossa capacidade de aprender com o outro, de entrar em sintonia. Bons músicos não fazem uma boa orquestra a menos que eles tenham sintonia. E essa sintonia vem quando as pessoas respeitam a atividade que o outro faz e querem atuar de forma integrada. Se há uma coisa que liquida uma orquestra é arrogância.

        Por que com empresa seria diferente?


CORTELLA, M. S. Qual é a tua obra? Inquietações propositivas sobre

gestão, liderança e ética. 11. ed. p. 28-31. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010. Adaptado.


Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ), com base no texto.
( ) Na primeira frase do texto, a forma verbal “é” pode ser substituída por “são”, em concordância verbal com o sujeito composto, de acordo com a norma culta da língua. ( ) As palavras “excelência”, “possível” e “contínua” seguem a mesma regra de acentuação gráfica: são paroxítonas terminadas em ditongo crescente. ( ) As palavras “dúvida”, “lâmpada”, “elétrica” e “tínhamos” seguem a mesma regra de acentuação gráfica: são proparoxítonas. ( ) A construção “mas não tê-las é sinal de tolice” (1º  parágrafo) pode ser reescrita, em conformidade com a norma culta da língua, como “mas não as ter é sinal de tolice”. ( ) Em “Será que estou fazendo aquilo que deve e pode ser feito?” (1º  parágrafo), as formas verbais “deve” e “pode” significam, respectivamente, possibilidade e obrigatoriedade.

Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
Alternativas
Q2038763 Português
Com base nas regras de colocação pronominal, assinale a alternativa incorreta:
Alternativas
Q2037973 Português

Leia o texto, para responder à questão.


 Ensino distanciado


    Especialistas em educação superior recomendam não superestimar o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) como ferramenta de avaliação qualitativa. Em que pesem suas limitações, a prova traz indicações preocupantes, contudo, sobre a disseminação do ensino a distância (EAD).

    Meros 2,3% dos cursos de graduação do gênero chegam à nota máxima, 5, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Na modalidade presencial, são 6,2%. A diferença também se apresenta no contingente enorme de cursos que nem mesmo alcançam a nota 3, mínimo exigido pelo MEC. Enquanto 30,9% dos presenciais ficam nos escores 1 e 2, no universo EAD praticamente a metade (47,8%) está no limbo.

    Não seria o caso, só por esses números, de estigmatizar o aprendizado em ambiente virtual. A pandemia de Covid-19 evidenciou ainda mais sua utilidade e forçou instituições a desenvolver técnicas pedagógicas adequadas para o meio, umas com mais sucesso que outras.

    O ensino remoto pode e deve ser usado para baratear e dar acesso à educação superior a quem de outro modo não a teria, por falta de recursos ou impossibilidade de deslocamento.

    Há indicações, porém, de que o desempenho mais baixo do estudo a distância resulte de fatores que nada têm a ver com a tecnologia. Os matriculados nesses cursos tendem a ser mais velhos (só 16% têm menos de 24 anos, ante 49% nos presenciais) e a trabalhar. São, portanto, pessoas menos familiarizadas com informática que ficaram defasadas nos estudos e dispõem de menos tempo para aulas, textos e exercícios.

    Por fim, parece evidente que muitos estabelecimentos de ensino superior recorrem ao EAD para cortar custos, sem se preocupar com extrair do meio todo seu potencial. De 2019 para 2020, a modalidade deu um salto de 26%, para 2 milhões de matrículas novas.

    É certo que isso se deveu à pandemia, mas agora é hora de cuidar para que o EAD não contribua para reduzir a já insatisfatória qualidade do ensino superior brasileiro.

    (Folha de S. Paulo. Editorial. https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2022/09/ ensino-distanciado.shtml 13.09.2022. Adaptado)

Considere o seguinte trecho redigido a partir do texto:
    Tendo ________ evidente o aumento expressivo da oferta de ensino superior a distância, surgiu, nesse contexto, certa preocupação com a formação dos alunos desses cursos, mais precisamente preocupação com a qualidade do ensino que ________. Apesar dos números relacionados a essa modalidade de ensino, é mais coerente ________ ao perfil do público que ________  do que a uma deficiência atribuível exclusivamente à forma como os cursos são ministrados.
    As lacunas presentes no trecho devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com:
Alternativas
Q2037858 Português
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo.

Cuidar dos pais

1_.png (754×375)
2.png (753×480)

Texto adaptado especialmente para esta prova. Disponível em https://www.contioutra.com/conheca-otexto-que-o-escritor-valter-hugo-mae-escreveu-inspirado-nos-cuidados-que-dedica-a-sua-mae/. Acesso
em 31 Jan 2019.

Na frase “Encontro pessoas que sentem uma alegria bonita em me ajudar”, retirada do texto, ocorre a próclise com o pronome oblíquo “me” por haver uma palavra capaz de atraí-lo para antes do verbo “ajudar”. Tal palavra corresponde a: 
Alternativas
Q2037756 Português
A vaca dá leite só quando está amamentando?

    Não. As vacas leiteiras são capazes de dar leite por mais de dois anos após o nascimento da cria. O tempo exato vai depender da característica genética de cada animal. Nas vacas de corte, a produção de leite vai diminuindo a partir do terceiro mês do nascimento da cria, no sétimo mês, elas produzem muito pouco do líquido.
    Mas por que, então, a resposta é “não”? _______ o período de produção de leite pode ser prolongado graças ao estímulo físico que a vaca recebe ao ser ordenhada.
    Então vamos lá, passo a passo. Quando o bezerro nasce, a vaca mãe começa a produzir leite. Depois de 60 dias, em média, ocorre o desmame do filhote. Aí entra a função da ordenha frequente: quando a mama é pressionada, uma mensagem é enviada ao cérebro da vaca, estimulando a glândula hipófise, que libera um hormônio chamado oxitocina. Essa substância chega à mama pela corrente sanguínea, contraindo as fibras musculares e levando ___ liberação de mais leite. Ou seja, nesse período, ela não precisa estar grávida, só bem alimentada, saudável e criada em boas condições de ambiente. Para desacelerar e interromper a produção de leite, basta parar de ordenhar o animal.
    Um lembrete final: vacas que produzem leite passam bastante tempo de suas vidas grávidas, sim. Em fazendas de produção de leite, os animais são inseminados de novo, em média, 60 dias após cada parto, e elas tendem a dar à luz, em média, uma vez por ano. Nesse esquema, dos 12 meses do ano, uma vaca produz leite por dez (durante a amamentação e, depois, estimulada pela ordenha), fica 2 meses parada e engravida de um novo bezerrinho. Aí o ciclo recomeça.
https://super.abril.com.br/... - adaptado.
Em conformidade com as regras de colocação pronominal, marcar C para as sentenças Certas, E para as Erradas e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
(---) Se pode pressionar a mama da vaca para estimular a produção de leite. (---) As vacas não mantêm-se grávidas durante muitas vezes ao ano.
Alternativas
Q2037190 Português
MEU VALOR

    Como todo homem tem seu preço e a corrupção é o que mais dá dinheiro no Brasil, hoje, decidi calcular o meu valor para o caso de quererem me comprar. É bom ter o nosso preço na ponta da língua e sempre atualizado, pois – para usar a fraselema do Brasil dos nossos dias – nunca se sabe. 
    Nossa autoavaliação deve ser objetiva. Costumamos nos dar mais valor do que realmente temos e há o perigo de, por uma questão de amor próprio, nos colocarmos fora do mercado. Também tendemos a valorizar coisas que, no mundo eminentemente prático da corrupção, não valem muito, como bons hábitos de higiene e a capacidade de mexer as orelhas. O que vale é o que podemos oferecer para o lucro imediato de quem nos comprar. 
    As pessoas se queixam da falta de ética no Brasil e não se dão conta de que isso se deve à pouca oportunidade que o brasileiro comum tem de escolher ser ético ou não. Eu tenho tanto direito a ser corrupto quanto qualquer outro cidadão, mas não tenho oportunidade de sequer ouvir uma proposta para decidir se aceito. A corrupção continua ao alcance apenas de uns poucos privilegiados. Por que só uma pequena casta pode decidir se vai ter um comportamento ético enquanto a maioria permanece condenada à ética compulsória, por falta de alternativas? Quando me perguntam se sou ético, a única resposta que posso dar é a mesma que dou quando me perguntam se gosto do vinho Chateau Petrus: não sei. Nunca provei.
    Quem me comprar pode não lucrar com minhas conexões no governo ou com o conteúdo, inclusive, dos meus bolsos. Mas e o casco? Quanto me dão pelo vasilhame? Pagando agora eu garanto a entrega do corpo na hora da minha morte, com os sapatos de brinde. Tenho muitos anos de uso mas todos os sistemas em razoável estado de conservação, precisando apenas de alguns ajustes das partes que se deterioraram com o tempo. Meus cabelos são poucos mas os que ficaram são da melhor qualidade, do contrário não teriam ficado. Não dão para uma peruca inteira, mas ainda dão para um bom bigode.
   Meu cérebro, vendido à ciência, daria para alimentar vários ratos de laboratório durante semanas. Prejudicaria um pouco seu desempenho no labirinto, mas em compensação eles saberiam toda a letra do bolero No Sé Tú. Minhas entranhas dariam um bom preço em qualquer feira de órgãos usados, dependendo, claro, do poder de persuasão do leiloeiro (“Leve um sistema cardiovascular e eu incluo uma caixa de Isordil!”). Meu apêndice, por exemplo, nunca foi usado.
    Tudo calculado, descontada a depreciação, devo estar valendo aí uns, deixa ver… Mas é melhor não me anunciar. Vai que aparece um corruptor em potencial e eu descubra que não só não valho nada como estou lhe devendo.

Luis Fernando Veríssimo
Disponível em: http://contobrasileiro.com.br/meu-valor-cronica-de-luis-fernando-verissimo
Sobre a utilização de uma próclise na frase “As pessoas se queixam da falta de ética no Brasil”, pode-se afirmar que: 
Alternativas
Q2036541 Português
Leia o texto

AFINIDADE

  Afinidade é um dos poucos sentimentos que resistem a todo e qualquer tempo. A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais sutil, delicado e penetrante dos sentimentos.

  É o mais independente. Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos, as distâncias, as impossibilidades.

  Quando realmente há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação no exato ponto em que foi interrompido. Retoma também o diálogo, a conversa, o afeto.

  Afinidade é não haver tempo mediando a vida.

  É uma vitória do adivinhado sobre o real. Do subjetivo para o objetivo. Do permanente sobre o passageiro. Do básico sobre o superficial.

  É muito raro ter afinidade.

  Mas quando existe não se precisa de códigos verbais para se expressar.

  Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois que as pessoas deixaram de estar juntas.

  O que você tem dificuldade de expressar a um afim, sai simples e claro diante de alguém com quem você tem afinidade.

  Afinidade é ficar longe pensando parecido a respeito dos mesmos fatos que impressionam, comovem ou mobilizam. É ficar conversando sem trocar palavras.

  Afinidade é jamais "sentir por".

  Quem "sente por", confunde afinidade com masoquismo, mas quem "sente com", avalia sem se contaminar.

(...)

  Compreende sem ocupar o lugar do outro.

  Aceita para poder questionar.

  Quem não tem afinidade, questiona por não aceitar.

  Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças.

  É conversar no silêncio, tanto nas possibilidades exercidas quanto das impossibilidades vividas.

  Afinidade é retornar à relação no ponto em que parou sem lamentar o tempo de separação.

  Porque tempo e separação nunca existiram.

  Foram apenas oportunidades dadas ou tiradas pela vida, para que a maturação comum pudesse se dar.

  E para que cada pessoa pudesse e possa ser, cada vez mais a expressão do outro sob a forma ampliada do eu individual aprimorado.

Do livro: "Alguém que já não fui" Artur da Távola, pseudônimo de Paulo Alberto Moretzsohn Monteiro de Barros – Adaptado

Fonte: https://www.contandohistorias.com.br/cgi-bin/ch.cgi 
Quanto à colocação pronominal em: “Mas quando existe não se precisa de códigos verbais para se expressar” pode-se afirmar que:
Alternativas
Q2035919 Português

Uma onda de criatividade


Antes da web, pessoas comuns só podiam publicar ideias e criações se convencessem guardiões dos portais da mídia a lhes dar destaque. Mas a web deu a elas uma plataforma global para publicar seus escritos, fotos, áudios e vídeos, e as pessoas agarraram a oportunidade.

(Folha de S. Paulo. 09.03.2014. Adaptado)


Assinale a alternativa correta quanto à colocação do pronome pessoal.
Alternativas
Q2035845 Português
Alguém __________ que o paciente estava grave. __________ e segui para a emergência para comunicar aos familiares. __________ que seria necessário conseguir doadores de sangue.
De acordo com a norma culta, a alternativa que preenche, correta e sequencialmente, as lacunas do trecho acima é 
Alternativas
Q2035525 Português
As ciências e as humanidades

    Os grandes pensadores do Iluminismo eram tanto cientistas, muitos com grandes contribuições à matemática, às ciências da natureza e à física, como filósofos que refletiam sobre nossa condição humana compartilhada. Posteriormente, dentro de uma lógica instrumental, por razões didáticas e para possibilitar maior profundidade nas abordagens, optamos por especializar os domínios de saber e pesquisa.
     Isso nos trouxe inúmeras vantagens e permitiu que avanços importantes ocorressem em áreas mais diversas. Mas foram igualmente relevantes as perdas: o mundo real não é separado em disciplinas, ele apresenta problemas a desafiar nossa inventividade e senso de justiça.
     Precisamos ter mecanismos para religar os saberes, tanto na prática profissional e de pesquisa como na educação das novas gerações que terão que enfrentar um mundo muito distinto do nosso. Mas, mesmo dentro do que é específico de cada domínio de saber, parece que há distâncias intransponíveis para que se faça uso de ferramentas próprias de qualquer ciência, como o raciocínio matemático.
    Steven Pinker, psicólogo cognitivista e linguista, ressalta em seu livro recente, “Enlightenment Now” (Iluminismo já), a importância de análises quantitativas e do uso de evidências científicas nas humanidades.
    Isso me fez lembrar das nossas dificuldades para formar analistas de políticas sociais que não tiveram, no ensino superior, um aprendizado sólido de estatística e um raciocínio matemático bem desenvolvido. Afinal, políticas públicas devem ser avaliadas em seus resultados e em seu impacto. Dizer que determinado programa educacional é instigante, apaixonante não quer dizer necessariamente que funciona para assegurar aprendizado em alto nível para todos.
    Um dos grandes erros em educação é nos basearmos só em impressões ou adotarmos abordagens em escala sem testarmos projetos num número menor de escolas para verificar se causam bons resultados de aprendizagem.
    Isso não quer dizer que as aulas devam ser monótonas ou não engajadoras. Hoje sabemos, graças a boas pesquisas educacionais que contam com dados qualitativos e quantitativos, que aulas em que alunos participam mais, aplicando conhecimentos adquiridos em problemas concretos, com bons professores orientando, tendem a dar mais certo.
(Claudia Costin. Folha de S.Paulo, 03.08.2018. Adaptado)
Considere a seguinte passagem do texto:
•  … analistas de políticas sociais que não tiveram, no ensino superior, um aprendizado sólido de estatística e um raciocínio matemático bem desenvolvido.
Com a substituição do trecho destacado por um pronome, a redação atende à norma-padrão de uso e de colocação dos pronomes em:
Alternativas
Q2035485 Português
Alguém __________ que o paciente estava grave. __________ e segui para a emergência para comunicar aos familiares. __________ que seria necessário conseguir doadores de sangue.
De acordo com a norma culta, a alternativa que preenche, correta e sequencialmente, as lacunas do trecho acima é 
Alternativas
Q2034640 Português
Texto III
O ACESSO AO ENSINO PÚBLICO E A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO POLÍTICA

     A educação se constitui como direito fundamental e essencial ao ser humano e diversos são os documentos que corroboram com tal afirmação. A Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional, afirma que “é direito de todo ser humano o acesso à educação básica”, assim como a Declaração Universal dos Direitos Humanos que estabelece que “toda pessoa tem direito à educação”.
     Apesar de estarmos em pleno século XXI, deparando-nos com inúmeras inovações tecnológicas, em que diversos ramos são modernizados, seja economicamente ou culturalmente, ainda convivemos com um grande problema que impede o pleno desenvolvimento do nosso país: a falta de investimento na área educacional, gerando a má qualidade desse serviço tão essencial para a plena cidadania.
   De acordo com pesquisas realizadas pela Unesco, constatou-se que milhões de pessoas ainda não têm acesso à educação, dentre as quais “ (..) mais de 100 milhões de crianças, entre elas 60 milhões são meninas, não têm acesso ao ensino primário e (..) o analfabetismo funcional é um problema significativo em todos os países industrializados ou em desenvolvimento”. (UNESCO, 1998). É importante sabermos que uma nação que investe na educação contribui ativamente para o crescimento econômico e o desenvolvimento social e cultural da sociedade e do país.
     Ainda tomando por base pesquisas da Unesco, verifica-se que a educação é um fator diferencial, uma vez que através dela os indivíduos têm maiores chances de conseguir trabalhos qualificados, além de participação ativa na vida democrática podendo, desta forma, ter pleno conhecimento dos seus direitos e deveres e usufruir dos mesmos.
   Infelizmente vivemos numa profunda crise no âmbito educacional, em que ainda grande parte da população não tem acesso ao ensino público de qualidade e os que o têm não adquirem conhecimentos considerados essenciais, por este apresentar insuficiências com relação a investimentos, má remuneração aos docentes que nele atuam e inexistência de comprometimento dos governantes com relação a esta causa.

Por Flávia Sales
Colunista Brasil Escola
Disponível em https://educador.brasilescola.uol.com.br/politica-educacional/oacesso-ao-ensino-publico-importancia-educacao.htm. Acesso em 18/05/2019
Apesar de estarmos em pleno século XXI, deparando-nos com inúmeras inovações tecnológicas...”. De acordo com as regras de colocação pronominal, o pronome oblíquo “nos” está ocupando a posição denominada
Alternativas
Respostas
661: E
662: E
663: D
664: B
665: C
666: A
667: D
668: C
669: D
670: B
671: B
672: A
673: B
674: E
675: D
676: E
677: B
678: A
679: B
680: A