Questões de Português - Flexão verbal de número (singular, plural) para Concurso

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Q2143639 Português
Analise as afirmativas a seguir, tendo em vista a organização morfossintática das falas do texto 03.
I. O verbo “têm” foi acentuado porque foi usado na terceira pessoa do plural do presente do indicativo, concordando com o seu sujeito “as pessoas”. II. O termo “porque”, usado na fala do terceiro quadro, poderia ser substituído por “portanto”, sem alteração de sentido da fala. III. O verbo “teriam”, tendo em vista o emprego do verbo “pensassem” poderia ser substituído, de acordo com a norma, por “tinham”. IV. O contexto permite afirmar que, na fala do terceiro quadro, o verbo “teriam” foi usado no plural porque se refere ao seu sujeito, já explicitado no primeiro quadro. V. Se o período que compõe a fala do terceiro quadro for escrito linearmente, a oração “se pensassem”, de acordo com a norma, deverá estar entre vírgulas.
Estão CORRETAS as afirmativas
Alternativas
Q2134876 Português
Considerando a palavra "continua", empregada duas vezes no período "...mesmo que morra em conseqüência da brutal operação, continua a ser um elefante; continua, pois um elefante morto é, em principio, tão elefante como qualquer outro." (l. 7- 8),é correto afirmar que:
Alternativas
Q2134700 Português

Texto para o item. 


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Internet: <www.super.abril.com.br> (com adaptações).

Em relação ao texto e a seus aspectos linguísticos, julgue o item. 


Na linha 39, a forma verbal “têm” está flexionada no plural porque estabelece concordância com o termo “Todas”.

Alternativas
Q2130812 Português
Assinalar a alternativa em que o verbo está conjugado CORRETAMENTE: 
Alternativas
Q2128980 Português

INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto 02 a seguir para responder à questão que a ele se refere.


Texto 02

Disponível em: https://brainly.com.br. Acesso em: 7 jan. 2023.

Sobre a estrutura do texto 02, é CORRETO afirmar que
I. A conjugação do verbo, no segundo quadro, permite afirmar que o personagem é um viking.
II. As expressões “de ouro”, “de prata” e “de cem anos” são acessórias e, por isso não interferem no sentido do que se quis dizer.
III. Os tipos de linguagem que compõem o texto são, exclusivamente: formal, verbal e objetiva.
IV. A pessoa verbal usada na primeira fala inclui o personagem entre aqueles os quais consideram que para ser feliz é necessário ter uma casa grande ou um navio imenso.
V. A linguagem não verbal do texto traz informações que estão relacionadas ao termo “vikings”, usado na primeira fala do texto.
Estão CORRETAS as afirmativas
Alternativas
Q2127204 Português

O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


Por que terremotos na Turquia são tão devastadores


A maior parte do território turco está situada sobre a placa tectônica da Anatólia, que fica entre duas placas principais - a Euroasiática e a Africana - e outra menor, a Arábica. No caso da Turquia, segundo especialistas ouvidos pela BBC, à medida que as duas placas principais onde o país está situado se deslocam, ele é basicamente espremido, gerando os abalos.


O terremoto do dia seis de janeiro ocorreu em torno de uma região de grande instabilidade conhecida como Falha Oriental da Anatólia, que abrange uma área que vai de sudoeste a noroeste. O tremor foi sentido também na Síria, onde mais de trezentos e vinte pessoas morreram e, pelo menos, mil ficaram feridas.


A cidade turca de Istambul também está em uma zona delicada, onde as placas Anatólia e Euroasiática se encontram. Por isso mesmo, especialistas afirmam que a questão não é se um grande terremoto atingirá a cidade, mas quando.


A crosta terrestre é composta por enormes placas de rocha, chamadas de placas tectônicas, que se alinham lado a lado.


Essas placas, geralmente, tentam se mover, mas são impedidas pelo atrito gerado com as placas adjacentes. Às vezes, a pressão aumenta até que uma placa se mova repentinamente, fazendo com que a superfície também se mova. Neste caso, foi a placa Arábica que se moveu em direção ao norte e se chocou com a placa da Anatólia. A fricção dessas placas foi responsável por outros terremotos muito destrutivos no passado.


Em 13 de agosto de 1822, um terremoto de magnitude 7,4 resultou em imensos danos às cidades da região, com sete mil mortes registradas apenas na cidade síria de Aleppo. Os tremores secundários ainda continuaram por quase um ano. O terremoto ocorrido recentemente já registrou tremores secundários e especialistas acreditam que deve seguir um padrão semelhante ao do século XIX.


https://www.bbc.com/portuguese/articles/cye89ywwkg4o. Adaptado

O terremoto ocorreu em torno de uma região de grande instabilidade.
Reescrevendo a frase no plural e mantendo o tempo verbal, tem-se: 
Alternativas
Q2126751 Português

O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


Por que alguns vegetais correm risco de extinção 


Muitos dos alimentos são objeto da invenção, imaginação e sabedoria de centenas de gerações de agricultores e cozinheiros.


Isto é: nossos ancestrais melhoraram, adaptaram e tornaram comestíveis alguns frutos da terra ao longo de milhares de anos. Mas, em nossos tempos, essa rica diversidade está se perdendo rapidamente.

Saladino viajou para vários cantos do planeta para conhecer comunidades que cultivam e preparam alimentos tão únicos e ameaçados quanto seus estilos de vida. O jornalista alerta para "a imensidão do que estamos perdendo" e afirma que o nosso atual sistema de produção alimentar altamente intensivo "contribui para a destruição do planeta". 

Dan Saladino conversou com a BBC News Mundo. Na entrevista, ele defendeu que os alimentos ameaçados compõem um verdadeiro tesouro, alertou para os riscos de um mundo cada vez mais uniforme e deu sugestões do que fazer para combater a perda da diversidade.

O primeiro programa que fiz me levou para a Sicília. Fui lá esperando contar a colheita de cítricos em tom de festa. Minha família vem da Sicília e eu sabia que as frutas cítricas impactavam a cultura, a paisagem e a identidade da ilha por milhares de anos.

Mas, ao conversar com produtores das típicas laranjas da Sicília, eles me disseram que colhiam sua última safra, porque com a demanda por variedades importadas, os pequenos agricultores não podiam mais continuar.


Uma imagem comovente é aquela contada por Cary Fowler, o cientista que teve a ideia de criar o banco de sementes diversificado de Svalbard, no Ártico da Noruega. Ele disse que muitos visitantes do banco de sementes saem chorando e dizendo que "as sementes são resultado do trabalho de meus ancestrais e também de seus ancestrais".


Quaisquer que sejam os ingredientes que você use, gostaria de convidá-lo a parar por um momento e pensar que há uma história por trás desse ingrediente, uma história de milhares e milhares de anos de agricultores que adaptaram o cultivo para que ele chegasse ao seu prato. Conhecer essa história é importante.


Também os convidaria a comprar outra variedade deste ingrediente, com visual e sabor diferentes, em uma próxima oportunidade. E convido todos também a estabelecer contato com quem produz seus alimentos.


Um agricultor chinês de setenta anos cultiva uma variedade ameaçada de arroz vermelho. Quando perguntei como ele conseguia vender o produto, ele pegou o celular e me mostrou como se comunicava com os consumidores em Pequim por meio do Wechat, que é como o WhatsApp na China. Com a tecnologia moderna, é possível conectar-se com as pessoas que cultivam nossos alimentos e incentivá-las a fornecer mais diversidade no futuro.


https://www.bbc.com/portuguese/articles/cd1065ryqn9o. Adaptado. 

Minha família vem da Sicília e eu sabia que as frutas cítricas impactavam a cultura.
Conjugando os verbos da frase no pretérito mais que perfeito do indicativo, tem-se: 
Alternativas
Q2125751 Português
“‘Pensei’ que ‘viesse’ vestida esportivamente e agora me ‘aparece’ nessa elegância … Quando você ‘andava’ comigo, usava uns sapatões de sete-léguas, lembra?” Sobre os verbos destacados no trecho de Lygia Fagundes Telles, analise as proposições abaixo.
I. Os verbos “viesse” e “andava” estão conjugados no pretérito imperfeito do subjuntivo. II. O verbo “pensei” está conjugado no pretérito perfeito do indicativo. III. O verbo “aparece” está conjugado no presente do indicativo.
É correto o que se afirma em 
Alternativas
Q2118727 Português
Leia o texto para responder a questão.

        Privados do Bolsa Família, milhões de pobres buscam ajuda de prefeituras, em todo o País, para conseguir o mínimo indispensável à sobrevivência. Muitas dessas prefeituras também são pobres e incapazes, portanto, de suportar essa sobrecarga. O problema se acumula – para as famílias e para os municípios – porque o governo federal deixou, desde o primeiro semestre do ano passado, de dar cobertura a milhões de pessoas no principal programa de transferência de renda. O crescimento da pobreza era previsível. O desemprego tem recuado muito devagar e permanece muito mais alto que nas demais economias emergentes e no mundo avançado. Mas os programas econômicos e sociais foram conduzidos como se a população de renda mais baixa estivesse em condições muito mais confortáveis, ou talvez nem passasse de uma ficção estatística. Na fila dos pobres sem assistência já se acumulam uns 3,5 milhões de pessoas, correspondentes a cerca de 1,5 milhão de famílias, segundo informe do Estado.

(Editorial, “Milhões na fila dos sem-bolsa”. https://opiniao.estadao.com.br, 26.02.2020. Adaptado)
Assinale a alternativa em que a forma verbal destacada expressa sentido de hipótese.
Alternativas
Q2118012 Português
O que é Biodiversidade?


Biodiversidade é a variedade de vida na Terra. É composta por todos os seres vivos e engloba desde vírus microscópicos até os maiores animais do planeta. Humanos são parte integrante da biodiversidade.


A biodiversidade é composta por todos os genes, espécies, ecossistemas e paisagens que interagem constantemente em todos os níveis. Cada ser vivo tem uma única composição genética. Os seres humanos têm usado essa variação genética para produzir milhares de variedades de culturas de alimentos e de animais domesticados.


A biodiversidade envolve comunidades e relacionamentos. Todos os seres vivos compõem ecossistemas dinâmicos (por exemplo, florestas, lavouras, lagos) que integram uma paisagem. Nesse ambiente, suas vidas se entrelaçam numa teia de relações caracterizadas por cooperação, competição, predação, simbiose ou parasitismo.

UNESCO. Planeta, abr. 2011. Fragmento.
Assinale a alternativa correta sobre a frase “Os seres humanos têm usado essa variação genética para produzir milhares de variedades de culturas de alimentos e de animais domesticados.”
Alternativas
Q2117446 Português

Considere o trecho a seguir:


Talvez ele já tenha dito tudo o que há para dizer sobre o assunto.


A alternativa que apresenta o mesmo tipo de flexão verbal em destaque é:

Alternativas
Q2111666 Português
Texto 2A2-I

      O justo se desvela no decorrer das lutas de libertação na história. O justo é um saber que se vai constituindo à medida que nossa consciência da história se aguça. Mas não basta a consciência da história, pois procurar a justiça é uma atitude ética — é uma escolha. Não podemos cair em uma visão automática da história, na qual nossa simples posição em dado estrato social nos leva necessariamente a pensar de certa forma, a valorizar em certa medida. Se aceitássemos essa visão, bastaria ficarmos quietos esperando que a história se fizesse de acordo com seus mecanismos. Mas o real é outro. A justiça está se fazendo pela organização popular, pelo aguçamento dos conflitos. E cada um de nós vislumbra o norte da justiça, por via da busca de uma visão coerente da história, aliada a uma prática e a uma análise rigorosa das circunstâncias presentemente vividas.
       A busca da justiça como virtude não é equidistante, não é neutra, não é equilibrada. Ela nos força, a cada momento, a tomar partido, a ser parcial, tendo a parcela maior dos seres humanos como fundamento. Ser justo é viver a virtude de tomar partido em busca do melhor, fundado na visão mais lúcida possível da história e na análise das circunstâncias maiores e menores que isso envolve. A justiça é uma virtude agente que se explicita na prática social comprometida. 


Roberto Aguiar. O que é justiça: uma abordagem dialética. Brasília:
Senado Federal. Conselho Editorial, 2020, p. 319-20 (com adaptações). 
Em relação a aspectos linguísticos do texto 2A2-I, julgue o item a seguir. 
No trecho “cada um de nós vislumbra o norte da justiça” (primeiro parágrafo), a flexão da forma verbal na primeira pessoa do plural — vislumbramos — prejudicaria a correção gramatical do texto. 

Alternativas
Q2111654 Português
Texto 2A1-I

     O ordenamento jurídico vem sendo confrontado com as inovações tecnológicas decorrentes da aplicação da inteligência artificial (IA) nos sistemas computacionais. Não apenas se vivencia uma ampliação do uso de sistemas lastreados em IA no cotidiano, como também se observa a existência de robôs com sistemas computacionais cada vez mais potentes, nos quais os algoritmos passam a decidir autonomamente, superando a programação original. Nesse contexto, um dos grandes desafios ético-jurídicos do uso massivo de sistemas de inteligência artificial é a questão da responsabilidade civil advinda de danos decorrentes de robôs inteligentes, uma vez que os sistemas delituais tradicionais são baseados na culpa e essa centralidade da culpa na responsabilidade civil se encontra desafiada pela realidade de sistemas de inteligência artificial.

       Perante a autonomia algorítmica na qual os sistemas de IA passam a decidir de forma diversa da programada, há uma dificuldade de diferenciar quais danos decorreram de erro humano e aqueles que derivaram de uma escolha equivocada realizada pelo próprio sistema ao agir de forma autônoma. O comportamento emergente da máquina, em função do processo de aprendizado profundo, sem receber qualquer controle da parte de um agente humano, torna difícil indicar quem seria o responsável pelo dano, uma vez que o processo decisório decorreu de um aprendizado automático que culminou com escolhas equivocadas realizadas pelo próprio sistema. Há evidentes situações em que se pode vislumbrar a existência de culpa do operador do sistema, como naquelas em que não foram realizadas atualizações de software ou, até mesmo, de quebra de deveres objetivos de cuidado, como falhas que permitem que hackers interfiram no sistema. Entretanto, excluídas essas situações, estará ausente o juízo de censura necessário para a responsabilização com base na culpa. 


B. L. da Anunciação Melo e H. Ribeiro Cardoso. Sistemas de inteligência
artificial e responsabilidade civil: uma análise da proposta europeia acerca
da atribuição de personalidade civil. In: Revista Brasileira de Direitos
Fundamentais & Justiça, 16(1), 2020, p. 93-4 (com adaptações). 

Com relação a formas verbais empregadas no texto 2A1-I, julgue o item subsequente. 


A oração “ao agir de forma autônoma” (primeiro período do segundo parágrafo) poderia ser substituída por quando agiu de forma autônoma, sem prejuízo da correção gramatical e do paralelismo temporal dos eventos tratados no período.


Alternativas
Q2110901 Português
O cronista relata uma série de eventos ocorridos no passado. Um evento anterior a esse tempo passado está indicado pela forma verbal sublinhada em:
Alternativas
Q2109488 Português
Assinale a alternativa em que o enunciado está em conformidade com a norma-padrão, considerando a concordância e o emprego de formas verbais.
Alternativas
Q2108471 Português
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão.

O preço da vida

Por Marcelo Rech 




(Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/marcelo-rech/noticia/2023/01/o-preco-da-vidacldex5lid002p014s2xig7wst.html – texto adaptado especialmente para esta prova).
O verbo “falhamos” (l. 12) está flexionado na:
Alternativas
Q2107802 Português
Atenção: Para responder a questão, baseie-se no texto abaixo.

Lembrança de Orides

     A conhecida quadrinha abaixo, de uma cantiga de roda que alguns de nós já teremos cantado nas ruas da infância, é tomada como epígrafe do livro Helianto (1973), de Orides Fontela:

“Menina, minha menina
        Faz favor de entrar na roda
         Cante um verso bem bonito
          Diga adeus e vá-se embora”

     Contextualizada no livro e na densa poesia de Orides, a quadrinha se redimensiona: fala de nosso efêmera ocupação do centro da vida, da necessidade de ali entoarmos nosso canto antes de partirmos para sempre. A quadrinha, cantada por Orides, ganha um halo trágico e duramente belo, soma a voz pessoal e o destino de todos.
     Trata-se, enfim, de pontuar nossa passagem pela vida com algum verso bem bonito antes da despedida derradeira. Trata-se, em outras palavras, de justificar o tempo que temos para viver construindo alguma coisa que sirva a alguém.
     A menina Orides soube fazer cantar sua entrada na roda da vida em tom ao mesmo tempo alto e meditativo, e o deixou vibrando para nós. Será essa, talvez, a contribuição maior dos poetas: elevar nossa vida à altura que nos fazem chegar suas palavras – mesmo que seja a altura singela de uma cantiga de roda, que Orides registrou, aliás, no modo de seu fatalismo íntimo.
(Deolindo Setúbal, a publicar)
Considera-se a mesma pessoa verbal nas flexões dos verbos fazer, cantar e dizer em:
Alternativas
Q2107794 Português
Atenção: Para responder a questão, baseie-se no texto abaixo.

Vinte livros na ilha

     Aqui e ali, continua a formular-se a velha pergunta: se fosse obrigado a passar seis meses numa ilha deserta, com direito a levar vinte livros, que obras escolheria?
     A indagação é capciosa e convida à cisma, quando a resposta exige cálculo e meditação. Entre o sonho da aventura e o exame das preferências que podem ou devem ser confessadas, há espaço, não para vinte livros, mas para toda uma cultura de homem, com as suas inclinações, as suas idiossincrasias e principalmente as suas deficiências. Como o problema da cultura é também um problema de ordem pessoal, que não se resolve senão no sentido da nossa formação humana, fazer tal pergunta a uma pessoa é quase indagar da qualidade de sua inteligência e da profundidade de sua alma. Os seus vinte livros preferidos serão outros tantos retratos ou feições do seu espírito.
     No fundo da pergunta, porém, é fácil descobrir logo outra preocupação, além dessa declarada sobre os tais vinte livros. E vem a ser o gosto romântico que todos nós guardamos pela viagem, cada vez menos possível, às terras misteriosas que a civilização não desencantou. No mundo moderno, esse nomadismo elementar do homem encontra satisfação nas inúmeras possibilidades que lhe oferecem trens, aviões e navios em contínuo movimento a serviço do comércio e do tédio capitalista. Resta, portanto, um recurso: viajar só, para uma ilha deserta. Ou naufragar, como Robinson Crusoé, e ir anotar sensações novas de viagem numa ilha distante, onde houvesse coqueiros, macacos, passos na areia...

(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. Confissões de Minas. São Paulo: Cosac Naify, 2011, p. 203-204)
O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do plural para integrar adequadamente a frase: 
Alternativas
Q2107020 Português
Um aluno do ensino fundamental decidiu dar voz aos animais que estavam presentes em sua redação. Assinale a opção em que o verbo utilizado está adequado ao nome do animal.
Alternativas
Ano: 2023 Banca: Avança SP Órgão: Prefeitura de São Miguel Arcanjo - SP Provas: Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Miguel Arcanjo - SP - Psicólogo | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Miguel Arcanjo - SP - Psicopedagogo | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Miguel Arcanjo - SP - Cirurgião Dentista | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Miguel Arcanjo - SP - Engenheiro Civil | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Miguel Arcanjo - SP - Fonoaudiólogo | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Miguel Arcanjo - SP - Engenheiro Agrônomo | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Miguel Arcanjo - SP - Contador | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Miguel Arcanjo - SP - Fisioterapeuta | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Miguel Arcanjo - SP - Farmacêutico | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Miguel Arcanjo - SP - Enfermeiro Padrão | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Miguel Arcanjo - SP - Nutricionista | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Miguel Arcanjo - SP - Procurador Jurídico | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Miguel Arcanjo - SP - Tesoureiro | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Miguel Arcanjo - SP - Terapeuta Ocupacional | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Miguel Arcanjo - SP - Coordenador do CRAS | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Miguel Arcanjo - SP - Médico do Trabalho | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Miguel Arcanjo - SP - Médico Ginecologista | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Miguel Arcanjo - SP - Médico Pediatra | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Miguel Arcanjo - SP - Médico Psiquiatra | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Miguel Arcanjo - SP - Médico Veterinário | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Miguel Arcanjo - SP - Professor Ensino Fundamental (1º ao 5º ano) | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Miguel Arcanjo - SP - Professor Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) Geografia | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Miguel Arcanjo - SP - Professor Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) História | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Miguel Arcanjo - SP - Professor Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) Ciências da Natureza | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Miguel Arcanjo - SP - Professor Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) Matemática | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Miguel Arcanjo - SP - Professor Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) Língua Portuguesa e Inglesa |
Q2105404 Português

Felicidade Clandestina

Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme, enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não bastasse, enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria. Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato, ela nos entregava em mãos um cartão-postal da loja do pai. Ainda por cima era de paisagem do Recife mesmo, onde morávamos, com suas pontes mais do que vistas. Atrás escrevia com letra bordadíssima palavras como “data natalícia” e “saudade”. Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia. Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía As reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato. Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria. Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança da alegria: eu não vivia, eu nadava devagar num mar suave, as ondas me levavam e me traziam. No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez. Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono de livraria era tranqüilo e diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte. Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do “dia seguinte” com ela ia se repetir com meu coração batendo. E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo indefinido, enquanto o fel não escorresse todo de seu corpo grosso. Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra. Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. Às vezes ela dizia: pois o livro esteve comigo ontem de tarde, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a outra menina. E eu, que não era dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando sob os meus olhos espantados. Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina à porta de sua casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa, entrecortada de palavras pouco elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo. Até que essa mãe boa entendeu. Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler! E o pior para essa mulher não era a descoberta do que acontecia. Devia ser a descoberta horrorizada da filha que tinha. Ela nos espiava em silêncio: a potência de perversidade de sua filha desconhecida e a menina loura em pé à porta, exausta, ao vento das ruas de Recife. Foi então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai emprestar o livro agora mesmo. E para mim: “E você fica com o livro por quanto tempo quiser.” Entendem? Valia mais do que me dar o livro: “pelo tempo que eu quisesse” é tudo o que uma pessoa, grande ou pequena, pode ter a ousadia de querer. Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu não disse nada. Peguei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí andando bem devagar. Sei que segurava o livro grosso com as duas mãos, comprimindo-o contra o peito. Quanto tempo levei até chegar em casa, também pouco importa. Meu peito estava quente, meu coração pensativo. Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar… havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada. Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo. Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante.   

Clarice Lispector

Considere as seguintes palavras: funil, arroz, cidadão, fóssil, cútis, peixe-boi, bem-te-vi. Assinale a alternativa que apresenta corretamente cada uma dessas palavras em sua forma pluralizada:
Alternativas
Respostas
241: D
242: D
243: C
244: D
245: A
246: B
247: A
248: C
249: E
250: A
251: A
252: C
253: C
254: D
255: A
256: D
257: E
258: A
259: C
260: D