Questões de Português - Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro) para Concurso

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Q885265 Português

Música: (Armário da Criação).


      Enquanto uma música toca, o ouvinte é surpreendido por crianças batendo na janela do carro e pedindo ajuda!

      _ Tio, dá um dinheiro aí? Por favor, eu tô com fome. Vai, tio... Por favor!

      _ Tio, tem uma moedinha aí? É pra comprar comida, tio. Por favor...

      _ Tio, dá um dinheiro aí? É pra leite da minha irmãzinha...

      No final da música, ouvimos a locução:

      _ Não é porque você houve música com a janela do carro fechada que as crianças de rua deixam de existir.

      Faça a sua parte. Ligue [...] e ajude a Casa do Zezinho a mudar esta situação. 

A maioria dos verbos do texto está conjugado no momento em que a pessoa fala, o fato expresso pelo verbo ainda ocorre normalmente. Esse tempo é o:
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Q884731 Português

A questão abaixo refere-se ao texto seguinte.


    Levante a mão quem nunca teve o azar de ser amado pelas razões erradas. Eis uma experiência capaz de produzir a angústia de quem se depara com um duplo de si mesmo: o espelho do olhar do outro te devolve uma imagem que parece sua, mas na qual você não se reconhece. Claro que ninguém ama com objetividade. O que o amante vê no ser amado é sempre contaminado pela fantasia. Não me refiro, então, à impossibilidade fundamental de complementaridade entre os casais, mas aos encontros que se dão na base do puro mal-entendido. Sentir-se amado por qualidades que o outro imagina, mas não têm nada a ver com você, pode ser muito angustiante. E sedutor. Vale lembrar que a palavra “sedução” indica o ato de desviar alguém de seu caminho: “eis que chega a roda-viva e carrega o destino pra lá”.

  Pensava essas coisas de meu lugar na plateia lotada do Credicard Hall (que nome para um teatro, caramba!), onde fui ver o show de uma de minhas cantoras favoritas no momento: Maria Gadú. Com jeito de moleque, encarapitada no banquinho, de onde não desceu para rebolar nenhuma vez, composições muito pessoais que escapam ao clichê romântico e uma rara sofisticação musical, Maria Gadú parecia não se reconhecer diante do público que – vibrava? Não, vibrar seria compreensível. Delirava? Sim; mas o entusiasmo foi muito além disso. O público ululava desde os primeiros acordes de cada canção, que todos sabiam de cor, mas não conseguiam escutar. A energia com que aplaudiam mais parecia uma fúria, que a timidez da artista só fazia excitar mais e mais. Pareciam todos sedentos por uma experiência musical autêntica, promovida por alguém que não vendesse sensualidade barata, e ao mesmo tempo não se conformavam de não conseguir puxar a cantora para o terreno familiar da vulgaridade e do sex appeal.

   Mas estava espantada com a dimensão do sucesso. Como responderá ao apelo de um público que talvez esteja apaixonado por ela pelas razões erradas? Como não se espelhar na imagem banal de pop star que lhe oferecem? O que é mais difícil de enfrentar, na vida artística: a resistência do público para quem sua obra se dirige ou a fama vertiginosa que alavanca (ops) a carreira de alguns artistas iniciantes para o topo do mercado em algumas semanas?

   Ela diz ter com a música uma aliança impossível de desfazer. Sua intuição musical parece capaz de levá-la muito além da próxima esquina, e a sutil entonação dolorida na voz talvez não permita que ela vire uma espécie de Ivete Sangalo paulistana. O CD de estreia é dedicado à avó Cila. A terceira faixa é uma homenagem fúnebre tocante, uma toada em feitio de oração. Como outro grande compositor negro, Gilberto Gil, Gadú se mostra capaz de reverenciar a força de seus ancestrais. “Se queres partir, ir embora / me olhe de onde estiver”, pede para a avó, contando com a ajuda dos orixás. Quem sabe a forte conexão com sua origem a proteja de se transformar em fast food para a voracidade dos consumidores.

(Adaptado de: KEHL, Maria Rita. 18 crônicas e mais algumas. São Paulo: Boitempo, 2011)

Sua intuição musical parece capaz de levá-la muito além da próxima esquina, e a sutil entonação dolorida na voz talvez não permita que ela vire uma espécie de Ivete Sangalo paulistana. (último parágrafo)
Alterando-se tão somente o tempo, e não o modo, dos verbos da frase acima, está correta a redação que se encontra em:
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Q884423 Português
Leia o texto abaixo e responda à questão proposta.

A liberdade chega aos morros

    Ao fincar a bandeira do Brasil e a do Batalhão de Operações Especiais (Bope) numa laje que servia como QG de traficantes, um grupo de policiais da tropa de elite do Rio de Janeiro marcava, na semana passada, a retomada do poder em um conjunto de sete violentas favelas da Zona Norte - a maior operação dessa natureza já feita em morros cariocas. Ela é parte de um programa para estabelecer bases permanentes da polícia em áreas sob o jugo do tráfico, as chamadas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), que já devolveram ao estado o controle de territórios em catorze favelas. Nas mãos de criminosos por três décadas e palco de sangrentos confrontos entre policiais e traficantes, o Borel, o maior entre os morros ocupados na última quarta-feira, chamou atenção: enquanto os 280 PMs tomavam as vielas, não se ouviu ali um único tiro. Cena rara, ela é o retrato de uma ação planejada nos últimos seis meses, que envolveu o setor de inteligência da polícia e foi precedida de quatro operações menores, nas quais já haviam sido capturados traficantes como Bill do Borel, o chefão local. Além disso, o Secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, decidiu tornar pública a operação, com o propósito declarado de provocar a debandada dos bandidos - o que de fato ocorreu. Dai só ter havido uma prisão. Justifica Beltrame: “Se estivessem lá, jamais conseguiríamos retomar o poder sobre territórios sem um banho de sangue”.
    Isso faz refletir sobre a real capacidade de o estado reaver o comando nos morros mais lucrativos para o tráfico que o Borel, de onde os bandidos evidentemente não querem sair. Diz Pedro Strozenberg, especialista em segurança pública: “A ocupação dessas favelas pelo poder público vai requerer muito mais homens e uma verdadeira estratégia de guerra, algo que não se viu até aqui". É o caso do Complexo do Alemão, também na Zona Norte, o maior conjunto de favelas do Rio, com 130 000 habitantes (justamente onde estão refugiados agora os traficantes do Borel, segundo a polícia). Estima-se que circulem por ali 300 bandidos armados com mais de uma centena de fuzis de guerra. Outra dificuldade em tomar o complexo das mãos dos traficantes diz respeito à sua intrincada geografia: entrecortado de morros acidentados que atingem quase 200 metros de altura e pontuado por centenas de vielas labirínticas, o Alemão impõe um grau de dificuldade à polícia que não se compara ao do Borel - mas é preciso que ela o ocupe.
    A decisão do estado de retomar o controle das favelas cariocas rompe com a lógica da complacência e da frouxidão com a bandidagem, que contaminou as políticas de segurança pública do Rio nas últimas décadas. A atual experiência das UPPs reforça a ideia de que com planejamento e uma gestão a salvo de ingerências políticas, é possível, sim, combater a criminalidade. A ocupação das favelas pela polícia também ajuda a desconstruir o mito de que os bandidos ali encastelados compõem um grupo de criminosos tão organizados quanto invencíveis. Eles não o são. Quando o estado se impõe, os resultados se fazem notar - e a cidade como um todo se beneficia disso. Para se ter uma ideia, no entorno das áreas em que as UPPs foram implantadas, os imóveis se valorizaram até 300% em um ano e a frequência escolar subiu 30%. Avanços como esses em lugares tão pobres e violentos não deixam dúvida quanto à necessidade de que essa política seja permanente - e irreversível.
(FRANÇA, Ronaldo. Revista Veja, 05/05/2010.)
Assinale a opção em que a forma verbal está coerente com a nova redação do trecho abaixo.
“'A ocupação dessas favelas pelo poder público VAI REQUERER muito mais homens e uma verdadeira estratégia de guerra, algo que não se viu até aqui'.”
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Q884092 Português

                                                            [Sobre a amizade]

Entre parentes, a natureza dispôs com efeito uma espécie de amizade; mas ela não é de uma resistência a toda prova. Assim, a amizade vale mais que o parentesco, em razão de o parentesco poder se esvaziar de toda afeição, ao passo que a amizade não: retire-se a afeição, e não haverá mais amizade digna desse nome, mas o parentesco sempre subsiste.

(Adaptado de: CÍCERO. Saber envelhecer. Trad. de Paulo Neves. Porto Alegre: L&PM, 1997, p. 85) 

(...) retire-se a afeição, e não haverá mais amizade digna desse nome, mas o parentesco sempre subsiste

Alterando-se as formas verbais sublinhadas na frase acima, manter-se-á uma correta articulação temporal entre elas caso sejam substituídas, respectivamente, por:
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Q883476 Português

Assinale V (verdadeiro) ou F (falso) nas afirmações a seguir.


( ) A forma verbal fui (l. 04) está conjugada na primeira pessoa do singular, no pretérito perfeito do modo indicativo.

( ) A forma verbal seria (l. 12) está conjugada na terceira pessoa do singular, no pretérito imperfeito do modo subjuntivo.

( ) A forma verbal tinha (l. 24) está conjugada na terceira pessoa do singular, no pretérito imperfeito do modo indicativo.


A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

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Q882615 Português
Há correspondência plena entre as formas verbais na frase:
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Q882494 Português

     Na cerimônia de entrega do Prêmio Melhores do Agronegócio 2017, o presidente da Embrapa, Maurício Lopes, disse que a chegada e a difusão de novas tecnologias vão revolucionar o futuro do campo brasileiro.

      Ele anunciou que a Embrapa Gado de Corte está lançando um cabresto com sensores para ser colocado no boi. A ferramenta é capaz de transmitir para o computador alguns sinais, como a temperatura do corpo, por exemplo, possibilitando ao pecuarista atuar com antecedência sobre problemas da boiada. “É uma das últimas palavras em tecnologia.”

      O presidente da Embrapa disse, ainda, que a agricultura de precisão será determinante para o futuro do agronegócio.

      Em resposta a uma provocação do jornalista Bruno Blecher, Maurício Lopes disse acreditar que a carne do futuro poderá mesmo ser produzida em laboratório. Há dez anos, um simples bifinho custava US$ 120 mil. Hoje, ele sai por US$ 5 mil, afirma. “Resta saber se alguém vai querer comer.”

(Adaptado de: NASCIMENTO, Sebastião. Novas tecnologias vão definir o futuro do agro, diz presidente da Embrapa. Disponível em: http://revistagloborural.globo.com

Há correspondência correta entre tempos e modos verbais na seguinte frase:
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Ano: 2018 Banca: FUNDATEC Órgão: AL-RS Prova: FUNDATEC - 2018 - AL-RS - Agente Legislativo |
Q882434 Português

Relativamente ao uso do verbo haver na lacuna da linha 41, pode-se afirmar que, tendo em vista o contexto, ele deve ser flexionado na ______________ do ______________, assumindo a forma ______.


Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima.

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Q882060 Português
No texto 1A1AAA, com o emprego da forma verbal “assumira” (ℓ.9), exprime-se
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Q880904 Português

Considere o trecho abaixo:


É como se Janus não tivesse apenas duas, mas sim infindáveis faces e expressões, assim como a humanidade tem, ou seja, não foi a internet que começou e provocou o terrorismo, mas sim o contrário: terrorismo, intolerância e desumanidade no mundo, nas culturas, nas mentes e corações humanos, por isso também se refletem nesse grande espelho que a internet de fato é. (2° parágrafo)


Assinale a alternativa correta em relação ao trecho

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Q880179 Português

                

Se a frase do 2° quadrinho for reescrita na perspectiva de tempo futuro, em conformidade com a norma-padrão, ela assumirá a seguinte redação:
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Q879583 Português

Texto 1 - O egoísmo por detrás do eu lírico

                                                     Natália Cola de Paula


    É sabido que a arte da escrita tem a virtude de criar, eternizar, denunciar e embelezar a vida. Ademais, é clichê dizer o quanto ela transmite conhecimento, histórias, momentos e sentimentos, fazendo-nos viajar sem sair do aconchego de nossas casas. Enfim, a escrita tem todas essas funções e características, mas é sob outro prisma que será abordada neste artigo. “A priori”, vamos analisar a escrita como instrumento de comunicação, com a existência de dois polos: o do emissor da mensagem, que é o escritor, e o do receptor, nosso caro leitor. Muito fala-se dos desdobramentos e reflexos dessa mensagem no leitor, aquele que a recebe, interpreta e extrai dela o que lhe aprouver. Porém, pouco se menciona a respeito dos reflexos que essa mensagem exerce sobre o autor, sobre o próprio escritor. É olhando através desse prisma que analisaremos a escrita.

    Primeiramente, o poeta ou o escritor tem seu lado altruísta, quer sim ser lido, deseja alcançar um elevado número de leitores, sonha que seu texto inspire e mude a vida de alguém, ou apenas que lhe abra um leve sorriso e aquiete o coração. Mas o que poucos sabem é que o poeta é também egoísta, ele escreve, em primeiro lugar, para si, para sanar suas necessidades. Como assim? Quais necessidades são essas? Muito simples, necessidade de expressar-se, de desabafo, de descargo emocional, de fuga do mundo externo, de abrigo na arte. Antes de mais nada, os autores são seres humanos, não estão isentos dos problemas cotidianos, das dores, das tristezas e nem do amor. Logo, eles buscam na escrita alento, ou usam-na como crítica social, denunciadora do que veem e sentem. De todo modo, os autores, como seres humanos, pais, filhos, alunos, cidadãos, apaixonados e profissionais que são, precisam da escrita mais, talvez, do que ela precisa deles para existir. É esse o ponto essencial de tal artigo, fazê-los compreender que a escrita é a vida pulsando no escritor, sem ela, ele simplesmente não vive, pois não se expressa.

(...)

    Há uma bela reflexão feita por Clarisse Lispector que exprime exatamente o caráter egoístico, mas nem por isso desnobrecedor, do eu lírico dos autores. “Eu escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém, provavelmente a minha própria vida” (Clarisse Lispector - Um sopro de vida). Certamente, os autores escrevem para salvarem-se de si mesmos e das pressões do mundo, escrevem para se entenderem; organizam pensamentos, opiniões, críticas e amores que estão lhe atormentando o juízo, cuja transposição para o papel parece ser seu álibi. Dessa forma, o autor é tão dependente da escrita quanto ela desse. O eu lírico do poeta, por exemplo, necessita da poesia para sobreviver, não apenas a faz por hobby ou prazer, a faz porque ela o mantém vivo, e sem ela, o poeta, nada mais é do que um mero mortal sem identidade. Fazendo uma analogia, a poesia está para o poeta como a lágrima está para aquele que sofre. Ambas têm o poder de afagar o coração, propiciar aquela sensação de alívio e descarregar um peso que cansava a alma. O choro não é sinônimo de tristeza, mas sim de liberdade, assim como a poesia, que liberta o poeta de suas próprias amarras, trazendo-o à luz de fora da caverna. Portanto, a poesia é para o poeta e o texto é para o escritor, pura liberdade, pura identidade, pura vida transposta em palavras.


Fonte: adaptado de <http://obviousmag.org/realidades_sonhos/2017/o-egoismo-por-detras-do-eu-lirico.html>. Acesso em: 10 jan. 2018. 


Em relação à função dos vocábulos no texto, assinale a alternativa correta.
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Q878559 Português

TEXTO


                                     NATAL NA BARCA


Não quero nem devo lembrar aqui por que me encontrava naquela barca. Só sei que em redor tudo era silêncio e treva. E que me sentia bem naquela solidão. Na embarcação desconfortável, tosca, apenas quatro passageiros. Uma lanterna nos iluminava com sua luz vacilante: um velho, uma mulher com uma criança e eu.

O velho, um bêbedo esfarrapado, deitara-se de comprido no banco, dirigira palavras amenas a um vizinho invisível e agora dormia. A mulher estava sentada entre nós, apertando nos braços a criança enrolada em panos. Era uma mulher jovem e pálida. O longo manto escuro que lhe cobria a cabeça dava-lhe o aspecto de uma figura antiga.

“O velho, um bêbedo esfarrapado, deitara-se de comprido no banco, dirigira palavras amenas a um vizinho invisível”; a forma verbal “dirigira” pode ser adequadamente substituída por:
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Q878410 Português
TEXTO – Sem tolerância com o preconceito
Átila Alexandre Nunes, O Globo, 23/01/2018 (adaptado)
Diante do número de casos de preconceito explícito e agressões, somos levados ao questionamento se nossa sociedade corre o risco de estar tornando-se irracionalmente intolerante. Ou, quem sabe, intolerantemente irracional. Intolerância é a palavra do momento. Da religião à orientação sexual, da cor da pele às convicções políticas.
O tamanho desse problema rompeu fronteiras e torna-se uma praga mundial. Líderes políticos, em conluio com líderes religiosos, ignoram os conceitos de moral, ética, direitos, deveres e justiça. As redes sociais assumiram um papel cruel nesse sistema. Se deveriam servir para mostrar indignação, mostram, muitas vezes, um preconceito medieval.
No campo da religiosidade, o fanatismo se mostra cada dia mais presente no Rio de Janeiro. No último ano, foram registradas dezenas de casos de intolerância religiosa por meio da Secretaria de Estado de Direitos Humanos. Um número ainda subnotificado, pois, muitas ocorrências que deveriam ser registradas como “intolerância religiosa” são consideradas brigas de vizinhos.
A subnotificação desses casos é um dos maiores entraves na luta contra a intolerância religiosa. O registro incorreto e a descrença de grande parte da população na punição a esse tipo de crime colaboram para maquiar o retrato dos ataques promovidos pelo fanatismo religioso em nossa sociedade. A perseguição às minorias religiosas está cada vez mais organizada com braços políticos e até de milícias armadas como o tráfico de drogas.
No último ano recebemos denúncias de ataques contra religiões de matriz africana praticados pelo tráfico de drogas, que não só destruíam terreiros, como também proibiam a realização de cultos em determinada região, segundo o desejo do chefe da facção local.
Não podemos regredir a um estado confessional. A luta de agora pela liberdade religiosa é um dever de todos para garantir o cumprimento da Constituição Federal. Quando uma pessoa de fé é humilhada, agredida ou discriminada devido à sua crença, ela tem seus direitos humanos e constitucionais violados. Hoje, falase muito sobre intolerância religiosa, mas, muito mais do que sermos tolerantes, precisamos aprender a respeitar a individualidade e as crenças de cada um.
Até porque, nessa toada, a intolerância irracional ganha terreno, e nós vamos ficando cada vez mais irracionalmente intolerantes com aquilo que não deveríamos ser. Numa sociedade onde o preconceito se mostra cada dia mais presente, a única saída é a incorporação da cultura do respeito. Preconceito não se tolera, se combate.
“O tamanho desse problema rompeu fronteiras e torna-se uma praga mundial”. Nesse segmento do texto, as duas formas verbais pertencem a tempos diferentes; isso ocorre por:
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Q878253 Português

TEXTO - Ressentimento e Covardia


Tenho comentado aqui na Folha em diversas crônicas, os usos da internet, que se ressente ainda da falta de uma legislação específica que coíba não somente os usos mas os abusos deste importante e eficaz veículo de comunicação. A maioria dos abusos, se praticados em outros meios, seriam crimes já especificados em lei, como a da imprensa, que pune injúrias, difamações e calúnias, bem como a violação dos direitos autorais, os plágios e outros recursos de apropriação indébita.

No fundo, é um problema técnico que os avanços da informática mais cedo ou mais tarde colocarão à disposição dos usuários e das autoridades. Como digo repetidas vezes, me valendo do óbvio, a comunicação virtual está em sua pré-história.

Atualmente, apesar dos abusos e crimes cometidos na internet, no que diz respeito aos cronistas, articulistas e escritores em geral, os mais comuns são os textos atribuídos ou deformados que circulam por aí e que não podem ser desmentidos ou esclarecidos caso por caso. Um jornal ou revista é processado se publicar sem autorização do autor um texto qualquer, ainda que em citação longa e sem aspas. Em caso de injúria, calúnia ou difamação, também. E em caso de falsear a verdade propositadamente, é obrigado pela justiça a desmentir e dar espaço ao contraditório.

Nada disso, por ora, acontece na internet. Prevalece a lei do cão em nome da liberdade de expressão, que é mais expressão de ressentidos e covardes do que de liberdade, da verdadeira liberdade. (Carlos Heitor Cony, Folha de São Paulo, 16/05/2006 – adaptado) 

Tenho comentado aqui na Folha”; o tempo verbal destacado nesse segmento inicial do texto indica uma ação que:
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Ano: 2014 Banca: FAURGS Órgão: TJ-RS Prova: FAURGS - 2014 - TJ-RS - Analista de Sistema |
Q876899 Português
Quanto à forma verbal voltar-se-á (l. 30), é correto afirmar que está conjugada
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Ano: 2014 Banca: FAURGS Órgão: TJ-RS Prova: FAURGS - 2014 - TJ-RS - Analista de Sistema |
Q876894 Português
Assinale a alternativa que contém a afirmação correta acerca do uso de verbos no texto.
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Q876760 Português

A questão refere-se ao texto abaixo. 


Adaptado de: BENSIMON, Carol. Saber o que Comprar.

Zero Hora, 19 de abril de 2015.

Assinale a alternativa que apresenta a classificação correta quanto ao tempo e modo dos verbos seria (l. 21), fosse (l. 22) e Será (l. 30), respectivamente.
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Q876533 Português
Instrução: A questão abaixo refere-se ao texto abaixo.
Índios, os estrangeiros nativos.


Adaptado de: BRUM, Eliane. Índios, os estrangeiros nativos.
Revista Época. Disponível em: http://revistaepoca.globo.com/-
Sociedade/eliane-brum/noticia/2013/06/indios-os-estrangeiros-
nativos.html. Acessado em 02/05/2014.
Assinale a alternativa que apresenta a classificação correta para o tempo e o modo das formas verbais seriam (l. 47), aceitassem (l. 48) e seja (l. 51), respectivamente.
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Q875972 Português

                                        Percursos


      Não há dúvida de que uma linha reta é o caminho mais curto entre dois pontos. Mas ninguém pode afirmar que seja também o melhor, o mais indicado, o mais proveitoso, por ser mais alegre, mais bonito ou mais surpreendente. Quem caminha pelas cidades sabe que há trajetos e trajetos: uns para a pressa, outros para animar o espírito. Numa época em que a velocidade se tornou uma espécie de paradigma geral, vale a pena experimentar alternativas para o nosso modo de atravessar os espaços e o tempo.

      Imagino quantos motoristas presos num congestionamento não sonharão em abandonar o carro, ou quantos passageiros em deixar o ônibus, e sair à toa e a pé em busca de novos caminhos, desistindo de se submeter à ditadura do relógio e dos compromissos. Se ninguém faz isso, o desejo de libertação existe para todos. As grandes cidades, em vez de oferecerem espaços de circulação ou acolhimento, impõem-nos caminhos intransitáveis, paralisantes. Nosso estilo de vida levou-nos aos impasses urbanos que impositivamente configuram nossa rotina.

      Dizia o poeta espanhol António Machado que o caminho se faz caminhando, que os caminhantes é que traçam e qualificam seu destino. Essa convicção deveria inspirar não apenas os responsáveis diretos pelo uso mais desfrutável do espaço urbano, mas todos aqueles que sentem seu compromisso com os rumos e o andamento da civilização.

                                                                                 (Hermínio Toledo, inédito

A flexão das formas verbais e a articulação entre seus tempos e modos estão plenamente adequadas na frase:
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Respostas
2621: A
2622: E
2623: E
2624: D
2625: E
2626: E
2627: C
2628: B
2629: E
2630: B
2631: D
2632: A
2633: D
2634: B
2635: B
2636: E
2637: A
2638: A
2639: A
2640: B