Questões de Português - Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro) para Concurso
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Crescer em Rede
Por Luciana Allan
(Disponível em: https://exame.com/blog/crescer-em-rede/– texto adaptado especialmente para esta
prova.)
I. A flexibilidade e a versatilidade das línguas humanas ( ) de várias propriedades. (resultar)
II. Boa parte das pesquisas desenvolvidas recentemente ( ) que bebês com quatro dias podem distinguir sua língua materna de uma língua estrangeira. (mostrar)
III. Nas últimas décadas, ( ) diferentes hipóteses sobre como as crianças adquirem a linguagem. (aparecer)
IV. A convivência de duas ou mais línguas no mesmo território ( ) sempre objeto de muitas controvérsias na história da humanidade. (ser)
V. ( ) de nota os diferentes registros de provérbios populares feitos na Inglaterra do século 18. (ser digno)
A sequência correta dos verbos flexionados de I a V é:
Atenção: Leia os Textos 01 e 02 para responder à questão.
Texto 01
(Disponível em: https://site.sabesp.com.br/site/interna/)
Texto 02
No trecho acima, a narradora-personagem relata fatos ocorridos no passado. Um fato anterior a esse tempo passado está indicado pela seguinte forma verbal:
Aquilo por que vivi
Três paixões, simples, mas irresistivelmente fortes, governaram-me a vida: o anseio de amor, a busca do conhecimento e a dolorosa piedade pelo sofrimento da humanidade. Tais paixões, como grandes vendavais, impeliram-me para aqui e acolá, em curso instável, por sobre profundo oceano de angústia, chegando às raias do desespero.
Busquei, primeiro, o amor, porque ele produz êxtase – um êxtase tão grande que, não raro, eu sacrificava todo o resto da minha vida por umas poucas horas dessa alegria. Ambicionava-o, ainda, porque o amor nos liberta da solidão – essa solidão terrível através da qual a nossa trêmula percepção observa, além dos limites do mundo, esse abismo frio e exânime.
Com paixão igual, busquei o conhecimento. Eu queria compreender o coração dos homens. Gostaria de saber por que cintilam as estrelas. E procurei apreender a força pitagórica pela qual o número permanece acima do fluxo dos acontecimentos. Um pouco disto, mas não muito, eu o consegui.
Amor e conhecimento, até ao ponto em que são possíveis, conduzem para o alto, rumo ao céu. Mas a piedade sempre me trazia de volta a terra. Ecos de gritos de dor ecoavam em meu coração. Crianças famintas, vítimas torturadas por opressores, velhos desvalidos a constituir um fardo para seus filhos, e todo o mundo de solidão, pobreza e sofrimentos, convertem numa irrisão o que deveria de ser a vida humana. Anseio por aliviar o mal, mas não posso, e também sofro.
Eis o que tem sido a minha vida. Tenho-a considerado digna de ser vivida e, de bom grado, tornaria a vivê-la, se me fosse dada tal oportunidade.
(Bertrand Russel. Autobiografia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1967. Adaptado.)
Acerca do texto IV, utilizado na sequência de textos motivadores apresentados na proposta de redação da questão anterior, pode-se afirmar que:
Viajando
Viajar é a melhor coisa do mundo. Não importa para que lugar. Sair de onde você está e passar um tempo em outro, pra mim, já é suficiente. Claro que há lugares e lugares. Os brasileiros estão viajando, cada vez mais. Você, com certeza, já ouviu alguém dar o chilique que: em Nova York, agora, só tem brasileiro! Paris é um bairro nosso! Miami já faz parte da grande Salvador! Buenos Aires é de verdade a capital do Brasil.
Mas tem um lugar que o brasileiro não costuma ir muito, que é o melhor de todos: o Brasil. Existe algum preconceito bobo na cabeça do brasileiro de que chique mesmo é ir pra Europa. Acho que chique mesmo é você conhecer o seu país de cabo a rabo! Um dos argumentos é que viajar para fora é o mesmo preço de uma viagem para o Nordeste. Ué, e daí? Você pode se divertir muito mais no Nordeste, tenha certeza.
Se você já visitou os Lençóis Maranhenses, sabe do que estou falando. Um dos lugares mais lindos e diferentes do mundo. As pessoas, com razão, dizem que aqui nós não temos estrutura, os lugares são de difícil acesso, mas vou te dizer, faz um pouco parte da graça do passeio.
Claro que queremos um mínimo e que isso não pode ser justificativa para a precariedade dos nossos cartões‐postais, mas ter que pegar um bugre e desbravar as ruas de terra/pedra de Fernando de Noronha, para chegar a uma praia deslumbrante como a do Sancho sem nenhum quiosque vendendo nem uma água é muito legal.
Sou do ponto de vista de que a praia se fosse azulejada, com água doce e ar condicionado não seria o paraíso, seria a cozinha do seu apartamento. O Rio está caríssimo, é verdade, mas Grumari é de graça, a Lapa é de graça, o Aterro é de graça, Copacabana, Ipanema, a pedra da Gávea, a Floresta da Tijuca, é tudo “de grátis”! Foz do Iguaçu deixa Niagara Falls no chinelo. Mas lá é que é legal, é nos States, né? As dunas móveis de Natal, o Pantanal, Bonito, a Chapada, a Amazônia...
O sonho de todo gringo é vir passar uma semana na floresta Amazônica. A maioria dos brasileiros acha floresta um programa de índio (mas adora passar 8 horas no trânsito pra ir ao Guarujá. Vai entender.). Temos dois dos melhores museus do mundo aqui no Brasil, um no Recife e outro em Minas. Inhotim é o maior museu a céu aberto de todos e das coisas mais impressionantes que eu já vi de artes plásticas, sonoras e visuais. Quando comento sobre ele, 95% das pessoas não têm ideia do que estou falando. Não vou nem entrar no quesito gastronomia para não humilhar qualquer país do planeta. Não estou falando tudo isso querendo dizer que ir ao Egito é bobagem, e que não vale a pena visitar Tóquio ou o Camboja. O que eu quero dizer é que, entre Barcelona e Roma, vale a pena descobrir o que é o Jalapão. Reserve dez dias do seu ano para viajar pelo Brasil. Você não vai se arrepender. Até porque, se é pra esbarrar com brasileiro nos Estados Unidos, esbarra com brasileiro por aqui mesmo, que tá tudo em casa!
(Fábio Porchat. Estadão Cultura. Em: 11/2014. Adaptado.)
Texto 19 de maio. Belém. Durante a noite o Pedro I portou em Salinas pra emprestar um tapejara que nos guiasse através da foz traiçoeira do Amazonas e quando nos levantamos no dia de hoje bem cedinho já estávamos nela. Que posso falar dessa foz tão literária e que comove tanto quando assuntada no mapa?... A imensidão das águas é tão vasta, as ilhas imensas por demais ficam tão no longe fraco que a gente não encontra nada que encante. A foz do Amazonas é uma dessas grandezas tão grandiosas que ultrapassam as percepções fisiológicas do homem. Nós só podemos monumentalizá-las na inteligência. O que a retina bota na consciência é apenas um mundo de águas sujas e um matinho sempre igual no longe mal percebido das ilhas. O Amazonas prova decisivamente que a monotonia é um dos elementos mais grandiosos do sublime. É incontestável que Dante e o Amazonas são igualmente monótonos. Pra gente gozar um bocado e perceber a variedade que tem nessas monotonias do sublime carece limitar em molduras mirins a sensação. Então acha uma lindeza os barcos veleiros coloridos e acha cotuba a morte dos pretendentes, se prende ao horizonte plantado de árvores que a refração apara do firme das ilhas e ao livro de Jó. A foz do Amazonas é tão ingente que blefa a grandeza. Wordsworth, o quarteirão dos cinemas no Rio, “I Juca-Pirama ” são muito mais grandiosos.
Mas quando Belém principia diminuindo a vista larga a boniteza surge outra vez. Chegamos lá antes da chuva e o calor era tanto que vinha dos mercados um cheiro de carne-seca. Os barcos veleiros sentados no cais do Ver-o-peso sacudiam as velas roseadas azuis negras se abanando com lerdeza. Nos esperavam oficialmente no cais dois automóveis da Presidência prontinhos pra batalha de flores. Pra cada uma das companheiras do poeta um buquê famoso, fomos. Então passamos revista a todos os desperdícios da chegada. Só de noite nos reunimos pra janta excelente. Belém andara indagando dos nossos gostos e mantinha na esquina de boreste do hotel, um cinema. Fomos ver William Fairbanks em Não percas tempo, filme horrível. A noite dormiu feliz.
ANDRADE, Mário de. O turista aprendiz / Mário de Andrade ; edição de texto apurado, anotada e acrescida de documentos por Telê Ancona Lopez, Tatiana Longo Figueiredo ; Leandro Raniero Fernandes, colaborador. – Brasília, DF: Iphan, 2015. P. 68 – 70
O Pavão, Rubem Braga
Eu considerei a glória de um pavão ostentando
o esplendor de suas cores; é um luxo imperial.
Mas andei lendo livros; e descobri que aquelas
cores todas não existem na pena do pavão. Não
há pigmentos. O que há são minúsculas bolhas
d'água em que a luz se fragmenta, como em um
prisma. O pavão é um arco-íris de plumas. Eu
considerei que este é o luxo do grande artista,
atingir o máximo de matizes com o mínimo de
elementos. De água e luz ele faz seu esplendor;
seu grande mistério é a simplicidade.
Considerei, por fim, que assim é o amor, oh!
minha amada; de tudo que ele suscita e
esplende e estremece e delira em mim existem
apenas meus olhos recebendo a luz de teu
olhar. Ele me cobre de glórias e me faz
magnífico.
Futuro: pacientes serão 'médicos deles mesmos', aponta neurologista
Entenda como a medicina está evoluindo em tecnologia e tratamentos
Com avanços das tecnologias voltadas à medicina,
expectativa de vida pode chegar a mais de 150 anos
Fonte: Jornal Zero Hora, Informe Comercial,
edição de 07/04/18, p.7. (Adaptado)
Considere que a legenda para a fotografia fosse reescrita como:
Por meio dos avanços das tecnologias voltadas à
medicina, expectativa de vida chegará a mais de
150 anos.
Na reescrita, aumentou-se o teor assertivo da frase, isto é, reforçou-se a certeza no aumento da expectativa de vida. Esse efeito de sentido foi obtido com
I → a substituição do adjunto adverbial.
II → a retirada do verbo principal da locução.
III → o emprego do futuro do presente.
Está(ão) correta(s)