Questões de Português - Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro) para Concurso
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Por que alguns vegetais correm risco de extinção
Muitos dos alimentos são objeto da invenção, imaginação e sabedoria de centenas de gerações de agricultores e cozinheiros.
Isto é: nossos ancestrais melhoraram, adaptaram e tornaram comestíveis alguns frutos da terra ao longo de milhares de anos. Mas, em nossos tempos, essa rica diversidade está se perdendo rapidamente.
Saladino viajou para vários cantos do planeta para conhecer comunidades que cultivam e preparam alimentos tão únicos e ameaçados quanto seus estilos de vida. O jornalista alerta para "a imensidão do que estamos perdendo" e afirma que o nosso atual sistema de produção alimentar altamente intensivo "contribui para a destruição do planeta".
Dan Saladino conversou com a BBC News Mundo. Na entrevista, ele defendeu que os alimentos ameaçados compõem um verdadeiro tesouro, alertou para os riscos de um mundo cada vez mais uniforme e deu sugestões do que fazer para combater a perda da diversidade.
O primeiro programa que fiz me levou para a Sicília. Fui lá esperando contar a colheita de cítricos em tom de festa. Minha família vem da Sicília e eu sabia que as frutas cítricas impactavam a cultura, a paisagem e a identidade da ilha por milhares de anos.
Mas, ao conversar com produtores das típicas laranjas da Sicília, eles me disseram que colhiam sua última safra, porque com a demanda por variedades importadas, os pequenos agricultores não podiam mais continuar.
Uma imagem comovente é aquela contada por Cary Fowler, o cientista que teve a ideia de criar o banco de sementes diversificado de Svalbard, no Ártico da Noruega. Ele disse que muitos visitantes do banco de sementes saem chorando e dizendo que "as sementes são resultado do trabalho de meus ancestrais e também de seus ancestrais".
Quaisquer que sejam os ingredientes que você use, gostaria de convidá-lo a parar por um momento e pensar que há uma história por trás desse ingrediente, uma história de milhares e milhares de anos de agricultores que adaptaram o cultivo para que ele chegasse ao seu prato. Conhecer essa história é importante.
Também os convidaria a comprar outra variedade deste ingrediente, com visual e sabor diferentes, em uma próxima oportunidade. E convido todos também a estabelecer contato com quem produz seus alimentos.
Um agricultor chinês de setenta anos cultiva uma variedade ameaçada de arroz vermelho. Quando perguntei como ele conseguia vender o produto, ele pegou o celular e me mostrou como se comunicava com os consumidores em Pequim por meio do Wechat, que é como o WhatsApp na China. Com a tecnologia moderna, é possível conectar-se com as pessoas que cultivam nossos alimentos e incentivá-las a fornecer mais diversidade no futuro.
https://www.bbc.com/portuguese/articles/cd1065ryqn9o. Adaptado
Minha família vem da Sicília e eu sabia que as frutas cítricas impactavam a cultura.
Conjugando os verbos da frase no pretérito mais que perfeito do indicativo, tem-se:
O motorista relatou que ouviu a explosão.
Conjugando os verbos no pretérito mais que perfeito do indicativo, tem-se:
I. Os verbos “viesse” e “andava” estão conjugados no pretérito imperfeito do subjuntivo. II. O verbo “pensei” está conjugado no pretérito perfeito do indicativo. III. O verbo “aparece” está conjugado no presente do indicativo.
É correto o que se afirma em
“‘Sorriem’ olhando para seus celulares”.
É correto afirmar que o verbo “sorriem” está no
( ) Na sentença “E se às vezes, distraído, murmurava sozinho alguma coisa, [...]” (3º§), o sinal indicativo de crase em “às vezes” se justifica porque se trata de uma expressão temporal. ( ) Em “Nua, obedecia ao esforço de seu jardineiro [...]” (13º§) há erro de regência verbal. ( ) Ao se reescrever, no plural, a frase “Já se fazia grande e frondosa a primeira árvore que havia plantado naquele jardim,[...]” (4º§), o verbo auxiliar de “havia plantado” deve permanecer no singular, respeitando as normas de concordância verbal. ( ) Na frase “E ardendo de amor e febre na cama, inutilmente chamou por sua amada.” (14º§), a preposição “por” pode ser suprimida, sem que haja prejuízo de sentido. ( ) Em “Nunca Rosamulher fora tão rosa.” (16º§), o pretérito mais-que-perfeito foi usado para fazer referência a uma ação que aconteceu em um passado distante.
A sequência está correta em
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.
O que a Geração Z quer do trabalho? E por que saber isso é decisivo para o Brasil
Há uma equação a ser respondida urgentemente no Brasil. O que a Geração Z, nascidos entre 1997 e 2012, quer do trabalho? Apesar de o recorte geracional trazer de uma criança de 10 anos a um jovem adulto de 25, o tema será melhor afinado se ficarmos entre 16 e 25 anos. Inclui aqueles que saem do Ensino Médio até os que concluíram a universidade e entraram no mercado de trabalho. Em resumo: o que costumamos chamar de força produtiva, a próxima geração a ocupar os espaços profissionais e a construir os índices de riqueza e crescimento do país. No Brasil, representam 15% da população, cerca de 31 milhões de pessoas.
Conhecer profundamente esse contingente será decisivo num momento em que as transformações tecnológicas aceleram, em especial com avanços massivos em três grandes áreas: o 5G, a computação em nuvem e as soluções de Inteligência Artificial. Empregos e carreiras desaparecerão ou estarão sob soluções computacionais e robóticas. Por outro lado, novas habilidades comportamentais serão exigidas nas vagas ocupadas pelas pessoas.
Por isso, será decisivo estudar, conhecer e enxergar as expectativas dessa geração. Só com esse tipo de informação, poderemos debater políticas educacionais e profissionais que prevejam gargalos e escassez no médio prazo. Nos Estados Unidos, a National Society of High School Scholars realiza, sistematicamente, uma pesquisa para compreender jovens nessa faixa etária. No levantamento deste ano, 11,4 mil estudantes opinaram - 72% concluem o Ensino Médio entre este ano e os próximos dois. Os resultados levam a um perfil que, em termos produtivos, traz ingredientes que não eram decisivos para gerações anteriores. São respostas que valem ouro a empresas de ponta, porque são cruciais na atração e, especialmente, na manutenção de talentos.
De acordo com os autores da pesquisa, pode-se dizer que a Geração Z traz quatro pilares que aparecem o tempo inteiro nas respostas: desejo de equidade para todos, interesse crescente pelas áreas de saúde e carreiras de Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática, afeição pela aprendizagem e a ansiedade para viver um mundo pós-Covid. A questão da equidade, um clássico problema brasileiro, alastrou-se também pelos Estados Unidos, em especial após a crise imobiliária de 2008. Mais de um quinto (22%) disseram que as próprias experiências com desigualdade influenciaram na escolha da carreira, afirma o documento.
Para enfrentar o problema, eles acreditam que o papel de responsabilidade social e forma de impactar o
mundo positivamente está nas áreas de direitos humanos, justiça social, saúde e inovação tecnológica.
Curiosamente, a tecnologia será essencial nos campos do direito e da saúde. E, aqui, está a maior pista para
empresas e recrutadores: trata-se de uma geração que chega ao mercado esperando mais que sucesso,
oportunidades e desafios. Eles querem, também, flexibilidade de jornada, ambientes acolhedores e,
especialmente, uma causa e um propósito.
(Disponível em: O que a Geração Z quer do trabalho? E por que saber isso é decisivo para o Brasil (msn.com). Adaptado.)
O tema 'será' melhor afinado se 'ficarmos' entre 16 e 25 anos.
Os verbos destacados estão conjugados, respectivamente, no:
Considere o trecho a seguir:
Talvez ele já tenha dito tudo o que há para dizer sobre o assunto.
A alternativa que apresenta o mesmo tipo de flexão verbal em destaque é:
“Mais que todos deserdamos deste nosso oblíquo modo um menino inda não nado (e melhor não fora nado) que de nada lhe daremos sua parte de nonada e que nada, porém nada o há de ter desenganado.”
(Carlos Drummond de Andrade, “Os bens e o sangue”, em CLARO ENIGMA, Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1992, p. 230)
Sobre o emprego do vocábulo “nado” na estrofe acima é correto afirmar que
Gestão para aprendizagem
Um guia para políticas educacionais
e práticas pedagógicas eficientes.
Como articular tempo e qualidade para agilizar processos de ensino e recuperar defasagens de aprendizagem? Conheça estratégias para os anos iniciais do ensino fundamental, principalmente em momentos de crise.
A pandemia pelo novo coronavírus provocou um cenário inédito de isolamento social, com rápida transição para o ensino remoto e um impacto enorme no aspecto emocional de milhões de estudantes, educadores e famílias, além de expor, mais uma vez e com ênfase, fragilidades históricas dos sistemas educacionais – sempre suscetíveis a situações de crises ou fatores que afetam diretamente o cumprimento do ano letivo e as possibilidades de aprendizagem dos estudantes (como greves, enchentes, situações de insegurança pública e outros).
O momento atual indica uma ampliação da enorme desigualdade no desempenho educacional por todo o país, o que adiciona desafios ao relevante papel da escola na busca por garantir a aprendizagem de qualidade a todos, com equidade.
O ensino remoto, mesmo nos locais em que tenha sido bem planejado e executado, tem menores chances de gerar engajamento dos estudantes e promover o desenvolvimento, especialmente em famílias com condições reduzidas de acesso à infraestrutura necessária para isso, ou mesmo a um contexto domiciliar e comunitário menos favorável à aprendizagem.
Quando pensamos no desenvolvimento de cada estudante como um processo contínuo e não fragmentado em apenas uma ou outra etapa escolar, fica ainda mais clara a necessidade de desenhar novos caminhos para garantir que a aprendizagem aconteça, mesmo que em um tempo reduzido.
Sabemos que, para muitas redes de ensino, o calendário escolar (800 horas de trabalho pedagógico) do ano passado avançará para 2021, com possibilidade real de se estender para 2022. Mas também sabemos que não há tempo a perder quando se trata de reduzir os prejuízos de aprendizagem que aconteceram em 2020, eliminar desigualdades resultantes de diferenças no contexto de cada um, e manter as oportunidades de avanços para todos.
Esse cenário de fortes desafios à aprendizagem já existia em muitas realidades brasileiras, mas a crise do novo coronavírus massificou ainda mais essa situação para todos os contextos, ampliando o alcance das possíveis lacunas de aprendizagem. Sendo assim, o principal desafio que se apresenta aos sistemas de ensino é articular tempo e qualidade a serviço da educação por meio de políticas públicas que, a partir de um diagnóstico claro, apresentem planejamentos objetivos para desenvolver ações específicas – explicitando “o quê”, “como”, “quando”, “quem”, forma de monitoramento com indicadores e metas, avaliação e resultados esperados. Essas políticas orientam e se desdobram nas práticas pedagógicas mais efetivas nas escolas e em sala de aula, e tudo isso sem perder de vista a realização do acolhimento seguro e responsável à comunidade escolar no período de retorno às aulas presenciais, com ênfase na necessidade de cuidar de sentimentos e emoções.
É justamente sobre a superação de desafios que tratamos neste guia, no qual apresentamos o fruto de conhecimento e experiências exitosas do Instituto Ayrton Senna em garantir a aprendizagem, especialmente nos anos iniciais do ensino fundamental. São processos e princípios passíveis de serem praticados nas mais diferentes realidades do país, pois foram nelas que nasceram e se desenvolveram.
(Disponível: https://institutoayrtonsenna.org.br/pt-br/guia-gestaopara-aprendizagem. Acesso em: 16/06/2022.)
“Sendo assim, o principal desafio que se apresenta aos sistemas de ensino é articular tempo e qualidade a serviço da educação por meio de políticas públicas que, a partir de um diagnóstico claro, apresentem planejamentos objetivos para desenvolver ações específicas – explicitando ‘o quê’, ‘como’, ‘quando’, ‘quem’, forma de monitoramento com indicadores e metas, avaliação e resultados esperados. Essas políticas orientam e se desdobram nas práticas pedagógicas mais efetivas nas escolas e em sala de aula, e tudo isso sem perder de vista a realização do acolhimento seguro e responsável à comunidade escolar no período de retorno às aulas presenciais, com ênfase na necessidade de cuidar de sentimentos e emoções.”
A indicação do tempo verbal relacionado às palavras escritas em sublinhado está correta na afirmativa:
O tempo verbal empregado no primeiro período do segundo parágrafo é denominado presente histórico e, em seu lugar, seria adequado o uso do pretérito perfeito do modo indicativo.
No segundo período do segundo parágrafo, o tempo verbal em “seria” indica que se trata de um acontecimento que se deu no passado posteriormente a outro também ocorrido no passado.
Com relação a formas verbais empregadas no texto 2A1-I, julgue o item subsequente.
A oração “ao agir de forma autônoma” (primeiro período do
segundo parágrafo) poderia ser substituída por quando agiu
de forma autônoma, sem prejuízo da correção gramatical e
do paralelismo temporal dos eventos tratados no período.
Leia a crônica de Moacyr Scliar para responder à questão.
Quando eu tinha a tua idade
Ai, Senhor, não nos deixe cair na tentação de dizer ao nosso filho ou à nossa filha qualquer coisa que comece com “Quando eu tinha a tua idade...”
Dificilmente haverá, nas sempre difíceis relações entre pais e filhos, frase mais perigosa. Para começar, ela alarga o gap entre as gerações, este fosso que separa adultos de crianças ou adolescentes, e cuja largura, nesta era de rápidas transformações, se mede em anos-luz. No entanto, os pais a usam, é uma coisa automática. Olhamos o quarto desarrumado e observamos: “Quando eu tinha a tua idade, fazia a cama sozinho”. Examinamos a redação feita para a escola e sacudimos a cabeça: “Quando eu tinha a tua idade, não cometia esses erros de ortografia. E a minha letra era muito melhor”. Sim, a nossa letra era melhor. Sim, íamos sozinhos até o centro da cidade.
Sim, aos dez anos já trabalhávamos e sustentávamos toda a família. Sim, éramos mais cultos, mais politizados, mais atentos. Conhecíamos toda a obra de Balzac, entoávamos todas as sinfonias de Beethoven. Éramos o máximo.
Mas éramos mesmo? Se entrássemos na máquina do tempo e recuássemos algumas décadas, será que teríamos a mesma impressão? Sim, íamos até o centro da cidade, mas a cidade era menor, mais fácil de ser percorrida. Sim, trabalhávamos – mas havia outra alternativa?
Cada geração recorre às habilidades de que necessita. Sabíamos usar um martelo ou consertar um abajur, mas eles dedilham um computador com a destreza de um virtuose. Nós jogávamos futebol na várzea, mas agora que a febre imobiliária acabou com os terrenos baldios, os garotos fazem prodígios com o skate nuns poucos metros quadrados.
Bem, mas então não podemos falar aos nossos filhos sobre a nossa infância? Longe disso. Há uma coisa que podemos compartilhar com eles; os sonhos que tivemos, e que, na maioria irrealizados (ai, as limitações da condição humana), jazem intactos, num cantinho da nossa alma. São estes sonhos que devemos mobilizar como testemunhas de nosso diálogo com os jovens.
Fale a uma criança sobre aquilo que você esperava ser;
fale de suas fantasias:
– Quando eu tinha a tua idade, meu filho, eu era criança como tu. E era bom.
(Coleção melhores crônicas: Moacyr Scliar.
Org. Luís Augusto Fischer. Global Editora. Adaptado)