Questões de Português - Funções da Linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética. para Concurso

Foram encontradas 976 questões

Q758983 Português

O texto abaixo serve de base para as questões desta prova. A leitura, interpretação e análise dos enunciados fazem parte do processo avaliativo.

OMS convoca reunião de emergência para debater zika na Rio-2016

Pressionada, a Organização Mundial da Saúde (OMS) convoca para a semana que vem uma reunião de emergência para lidar com o surto do vírus zika, na fase final de preparação para os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro. A entidade, porém, não deve sugerir qualquer tipo de cancelamento do evento. Mas pode modificar as recomendações de viagem ao Brasil. 
“Haverá uma reunião de emergência sobre o zika na semana que vem”, confirmou o porta-voz da OMS, Christian Lindmeier. Segundo ele, as regras estabelecem que uma emergência precisa ser revista a cada três meses, o que obriga os cientistas a voltar a se reunir para lidar com a crise. A data exata, porém, ainda não foi divulgada.

“O grupo vai revisar a situação a partir das evidências novas que surgiram e o resultado de novas pesquisas para avaliar se precisam adotar novas recomendações”, disse.

Pressionada, a OMS tem sido cobrada a dar uma resposta a cientistas e atletas que ameaçam não ir aos Jogos Olímpicos por conta da ameaça. Há uma semana, 150 pesquisadores emitiram um apelo para que o evento no Brasil seja cancelado ou adiado. Atletas como Pau Gasol, do basquete, indicaram que poderiam rever sua participação no evento.

A OMS admite que as recomendações de viagens poderão ser revistas. Hoje, a entidade sugere que mulheres grávidas evitem locais com o surto de zika - associado a casos de microcefalia - e ainda traça uma série de recomendações para casais que estejam planejando ir ao Rio.

Mas a OMS insiste que tomará eventuais novas decisões exclusivamente com base na ciência, e não em temores. “A melhor forma de lidar com emoções é falar de ciência e fazer recomendações com base nelas”, disse Lindmeier. 

Numa carta a deputados americanos na semana passada, a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, admitiu que o zika estava cada vez mais em seu radar. “Dada à preocupação internacional, decidi chamar uma nova reunião de emergência”, escreveu a diretora em uma carta. 

Na semana passada, os organizadores do Rio-2016 apresentaram ao Comitê Olímpico Internacional (COI) dados mostrando que o número de casos de dengue na cidade sofre uma dura queda a partir de julho. A doença é transmitida pelo mesmo mosquito que serve como vetor do zika. Mas, os brasileiros também prometeram uma limpeza diária dos locais do evento. 

http://www.gazetadopovo.com.br/esportes/olimpiadas/2016/omsconvoca-reuniao-de-emergencia-para-debater-zika-na-rio-2016- 44bkgxbyn2b5qbi8g50dzh35k.

A função da linguagem que prevalece neste texto é:
Alternativas
Q753080 Português

Leia o texto a seguir, a fim de resolver a questão:


DIGA NÃO AOS LIVROS

   Tenho saudades do tempo em que ainda não havia aprendido a ler. A vida era tão mais leve, entre brincadeiras à sombra dos laranjais. Não precisava ficar debruçado sobre cartilhas e cadernos, horas sem conta, espremendo o cérebro (é verdade que ainda bem pequeno) para descobrir o que aquela professora meio megera, meio bruxa, queria que eu fizesse com letras e números.

  Mal sabia eu o quanto ainda era um paraíso aquele conjunto de palavras meio desordenado e sem sentido! O Ivo que via a uva, o macaco matuto comendo mamão e o papai que passava pomada na panela eram companheiros numa amizade sem conflitos nas páginas coloridas da cartilha, com uma graça forçada, igual ao sorriso amarelo que damos após uma gafe monumental. Mas o Ivo, o macaco e o papai se davam muito bem, porque não precisavam ter coesão nem coerência, palavrinhas infernais que aprendi a pronunciar mais tarde nas aulas de redação. E que nunca soube muito bem para que serviam...

  Hoje, após muita reflexão e experiência, concluo que as atividades de ler e escrever deveriam ser banidas do currículo das escolas. Afinal, se as estatísticas sobre o assunto e todas as provas de leitura e língua a que se submetem os alunos brasileiros sempre acabam em números mínimos e vergonhosos, por que insistir nisso? Veja bem: os governantes não ignoram as pesquisas sobre os problemas da cidade ou sobre o valor do salário mínimo quando elas dão resultados irrisórios? Então... Vamos fazer o mesmo com a leitura e a escrita. Ah, e também com a matemática (por sinal, dispensável depois que inventaram a calculadora!)

  Acho que os estudantes ficariam muito mais contentes se não precisassem ler. Principalmente se fosse para adquirir o tal de conhecimento sobre o mundo. Acho desnecessário saber sobre o mundo. Acho que nunca vou sair da minha cidade: para que me serviria o mundo? Se for para saber sobre a história, também dispenso a leitura. Nada tenho a ver com gente antiga e com acontecimentos já terminados. A vida começa hoje, e toda a história começa e termina comigo.

  Se for para aprender sobre mim mesmo, como os professores insistem em dizer quando falam da leitura da literatura, continua dispensando. Já me conheço o suficiente: todos os meus gostos e preferências eu já conheço. Se tenho alguma dúvida, ela é resolvida no meu grupo. Porque o que meus amigos e eu decidimos, todos adotamos. Não tenho nada a esconder. Afinal, querer um carrão, uma casa bonita, férias na praia e um carrinho cheio no supermercado todos querem. E não precisam de estudo para isso. Podem conseguir com um pouco de sorte na loteria. Claro que fica mais fácil se o sujeito dá a sorte de virar cantor, ou se aprender a jogar futebol com alguma qualidade. Aí, então, analfabetismo vira charme, diferencial, pitoresco.

  Dizem que devo ler para, ao menos, saber do que se passa na cidade, pertinho de mim. Para que me serve saber das notícias? Elas acontecem sem minha participação. E vão continuar acontecendo. Só me interessa o resultado do futebol. O resto é preocupação que não preciso ter.

  Nem sei por que continuo indo à escola. Meus pais dizem que é para que eu tenha uma vida melhor que a deles. De que adianta? Eles estudaram mais que eu e, no entanto, dão um duro danado para sustentar a família. Se estudar é tão importante, por quê é que os outros desvalorizam o trabalho dos que passaram vários anos estudando e lendo um monte de textos?

  Outro dia fiquei sabendo que um ex-colega de escola conseguiu emprego numa livraria. É esquisito como tem gente que põe dinheiro nesse tipo de comércio. Passei lá nessa loja por acaso e entrei para falar com o cara. É verdade que tinha uns livros bonitos nas prateleiras... Parecia coisa de muito luxo e importância. Abri um deles e li um pedaço de uma página. Não entendi nada: algumas palavras eu conhecia, mas as frases não faziam sentido para mim. Achei um desperdício de papel e tinta: de que serve um livro se as pessoas não conseguem entender o que lêem? O colega falou que isso era porque eu não sabia ler. “Como não?”, respondi. “Tenho até diploma que diz que fui alfabetizado!” Aí ele me disse uma coisa que me deixou muito impressionado. “Pior analfabeto é o que aprendeu a ler e não lê!” Me senti ofendido. Mas, dentro de mim, reconheci que ele estava certo. Mas eu não estava ali para dar a ele o gostinho do acerto. Saí da livraria de cabeça erguida, dizendo que livro que não se entende é coisa mais que inútil. E livraria é lugar de gente que não tem, ou que não sabe, o que fazer na vida. Melhor que livro são os games. Melhor que os games, só o rock. Melhor que eles é a azaração. Ler para quê?

  A experiência acumulada sobre os malefícios da leitura em meus anos de vida me deram a idéia de criar um movimento de alerta para meus amigos, e até para os inimigos. Eles estão indo na conversa dos mais velhos. Ficam na dúvida e começam a pensar que a leitura e o estudo podem lhes trazer benefícios futuros. Vou criar uma associação dos inimigos da leitura que terá como palavra de ordem “Abaixo os livros!” Tenho certeza de que muitos virão se unir a mim. Penso que só assim acabaremos com essa farsa de civilização, história e cultura.

  O que vale mesmo é a azaração. O resto é silêncio. Palha.


(COSTA, Marta Morais da. Mapa do mundo: crônicas sobre leitura. Belo Horizonte: Leitura, 2006.)

O texto de Marta Morais da Costa é uma crônica. É da característica da crônica a comunicação com o leitor, a linguagem acessível e informal. Para comunicar bem por meio desses e de outros elementos que se misturam numa crônica, ela tem o status de exercer várias funções. Por isso, escolha a opção incorreta da função da linguagem do trecho em destaque:
Alternativas
Q751795 Português

                                       Lagoa

Eu não vi o mar

Não sei se o mar é bonito,

não sei se ele é bravo.

O mar não me importa.

Eu vi a lagoa.

A lagoa, sim.

A lagoa é grande

e calma também.

Na chuva de cores

da tarde que explode

a lagoa brilha

a lagoa se pinta

de todas as cores.

Eu não vi o mar.

Eu vi a lagoa.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Reunião. 10 ed. José Olympio. 1980. p.10 

Predomina no texto acima qual função da linguagem?
Alternativas
Q750385 Português

O silêncio que sai do som da chuva espalha-se, num crescendo de monotonia cinzenta, pela rua estreita que fito. Estou dormindo desperto, de pé contra a vidraça, a que me encosto como a tudo. Procuro em mim que sensações são as que tenho perante esse cair de água sombriamente luminosa, que se destaca das fachadas sujas e, ainda mais, das janelas abertas. E não sei o que sinto, não sei o que quero sentir, não sei o que penso nem o que sou.

PESSOA, Fernando. Livro do desassossego. São Paulo: Companhia das Letras, 2011. p. 77.

Ao analisar o texto, deduz-se que o autor utilizou

Alternativas
Q750382 Português

Poema tirado de uma notícia de jornal

Manuel Bandeira

João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem número

Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro

Bebeu

Cantou

Dançou

Depois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.

Disponível em: <http://www.jornaldepoesia.jor.br/manuelbandeira04.html>. Acesso em: 14 jul. 2016.

No que se refere às funções da linguagem, o texto desenvolve uma movimentação que parte da função
Alternativas
Respostas
671: C
672: B
673: D
674: A
675: C