Questões de Português - Funções da Linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética. para Concurso

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Q718095 Português
Três em cada quatro empregos no mundo dependem da água, diz ONU

    Mais de três em cada quatro empregos no mundo dependem muito ou moderadamente da disponibilidade de água, o que faz com que a gestão eficaz do recurso e os investimentos no setor sejam fundamentais para o crescimento econômico e o desenvolvimento sustentável. O recado é de um relatório da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), divulgado nesta terça-feira por ocasião do Dia Mundial da Água. Intitulado “Água e empregos”, o documento destaca iniciativas que podem ajudar o planeta a enfrentar a crescente pressão sobre suas fontes hídricas e os riscos que elas sofrem, assim como estudos que indicam de que maneira melhorias no abastecimento e saneamento podem influenciar a economia e o mercado de trabalho dos países mais desenvolvidos aos mais pobres.
    — Água e empregos estão indissociavelmente ligados em vários níveis, que os vejamos de uma perspectiva econômica, ambiental ou social — lembra Irina Bokova, diretora-geral da Unesco. — Esta edição do Relatório das Nações Unidas para o Desenvolvimento Mundial da Água, “Água e empregos”, lança novas fundações ao abordar a relação pervasiva entre água e empregos a um ponto ainda não visto em outros relatórios.
    De acordo com o levantamento da ONU, mais de 1,4 bilhão de empregos, ou 42% da força de trabalho global, estão em setores que dependem pesadamente da água, como agricultura, pesca e mineração, além da maioria das formas de geração de energia e a própria captação, tratamento e distribuição do recurso e saneamento, assim como alguns nas áreas da saúde, turismo e gestão ambiental.Já outro 1,2 bilhão de empregos, ou 36% do total, dependem moderadamente da água, incluindo aí setores como construção, transportes e lazer. Assim, não é por menos que nos últimos relatórios sobre os maiores riscos à economia global do Fórum Econômico Mundial, as crises hídricas aparecem não só entre as mais prováveis como as que têm os maiores impactos potenciais. 
    — Esta análise destaca o fato de que água é trabalho. Ela precisa de trabalhadores para sua gestão com segurança e ao mesmo tempo pode criar empregos e melhorar as condições de trabalho — avalia Guy Ryder, diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), parte do sistema ONU, e chefe da UN Water, coordenação interagências das Nações Unidas para questões relacionadas ao recurso. — Se vamos construir juntos um futuro sustentável, devemos assegurar que o trabalho com a água é decente e que a água da qual todos dependemos é segura.
    Faltam dados sobre dependência
    Apesar das muitas relações entre água e empregos, estimar a influência do recurso no crescimento econômico e no mercado de trabalho não foi uma tarefa fácil, admitem os próprios autores do relatório. Isto porque faltam dados para determinar com exatidão o quão dependentes do recurso alguns setores são. Ainda assim, eles garimparam diversos estudos que mostram a correlação da água com os investimentos e a economia. Um deles, por exemplo, aponta que a aplicação de US$ 1 bilhão em projetos de expansão das redes de abastecimento e saneamento na América Latina resultaria na criação de pelo menos 100 mil empregos diretos.
    Embora seja um dos países com maior disponibilidade de água no planeta, o Brasil não está livre dos riscos de escassez do recurso e suas consequências econômicas, que em maior ou menor grau espelham os vistos para o resto do mundo, alerta Ary Mergulhão, coordenador de Ciências Naturais da Unesco no Brasil. Segundo ele, o país tem a vantagem de ter um sistema de gestão de água “bem montado”, mas há espaço para melhorias nas suas quatro principais facetas: preservação das fontes, armazenamento, distribuição e padrões de consumo.
    — A crise hídrica do ano passado, em especial na Região Sudeste, deixou isso bem patente — diz. — E os riscos para o Brasil são equivalentes aos do resto do mundo. Temos o desafio do êxodo rural e aumento da população das áreas urbanas, que vão demandar mais transporte, abastecimento e saneamento; as mudanças climáticas, que vão afetar a sazonalidade da disponibilidade de água tanto de extremos de seca quanto de chuvas; e a maior demanda por alimentos vinda do próprio crescimento populacional. Investir em água é investir em vida e nas suas relações com saúde e emprego.
    Já Benedito Braga, professor da Escola Politécnica da USP, presidente do Conselho Mundial da Água e atual secretário de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado de São Paulo, acredita que é preciso tornar a sociedade mais resiliente à possível escassez do recurso.
    — Cada vez mais fica evidente que os efeitos das mudanças climáticas se fazem sentir nos recursos hídricos, o que por sua vez tem impactos diretos na saúde e na economia — considera. — Há uma correlação muito forte entre a segurança hídrica e o crescimento econômico. Os países que têm essa segurança se desenvolvem, geram emprego e renda, enquanto os que não dependem basicamente se chove ou não chove para crescerem.

Disponível em: http://oglobo.globo.com/sociedade/sustentabilidade/tresem-cada-quatro-empregos-no-mundo-dependem-da-agua-diz-onu-18929281. Acessado em: 27 mar. 2016.
Considere as assertivas a seguir.
I. Os setores que dependem exclusivamente da água são agricultura, pesca e mineração, por isso água e empregos são temas afins. II. Apesar de alguns empregos no mundo serem dependentes de água, uma boa gestão do recurso e os investimentos no setor hídrico desobrigam o crescimento econômico e o desenvolvimento sustentável. III. O Brasil não está livre dos riscos de escassez do recurso, uma vez que é um dos países com maior disponibilidade de água no planeta. IV. À água associou-se a ideia de crescimento econômico.
Em relação às informações do texto, está CORRETO o que se afirma em:
Alternativas
Q716199 Português

     “Confesso-te honestamente o que sou. Se não te agradam sentimentos tão excessivos, mata-me. Porém não me mates logo: mata-me devagar, deitando veneno no que me escreveres. Provavelmente sabes fazê-lo.”

                                     RAMOS, G. Cartas de amor a Heloísa. Rio de Janeiro: Record, 1994 (Fragmento).  

Alternativas
Q709215 Português
Analise o texto a seguir, disponível em www.politicacomk.com.br/charge-meu-coracao-amanheceupegando-fogo, acesso em 22/04/2016 e, com base na análise dos recursos verbais e não verbais, assinale a alternativa INCORRETA. Imagem associada para resolução da questão
Alternativas
Q703692 Português
Doce da Amazônia: Coca-Cola usa açúcar da floresta e dá novo sabor à vida de 22 mil pessoas.
“A Coca-Cola que dois milhões de pessoas vão beber durante as Olimpíadas, no outro lado do mundo, tem o gostinho da Amazônia”. Uma usina encravada na floresta, numa paisagem rodeada de igarapés, produz o açúcar que adoça o refrigerante mais vendido em todo o País e que sai daqui para a Austrália. No caminho do território da onça-pintada à terra dos cangurus, o produto da Usina Jayoro ajuda a dar um sabor diferente à vida dos moradores da pequena Presidente Figueiredo, a 107 quilômetros de Manaus. No município, de 22 mil habitantes, dos quais apenas sete mil vivem na área urbana, a produção de 16 mil toneladas de açúcar por um ano, num canavial de 590 quilômetros quadrados, é sinônimo de mais de dois mil empregos diretos e indiretos. Em consequência, o distrito-sede tem todas as ruas asfaltadas e sobram vagas nas escolas. 'A usina funciona como um programa social para o município. Os empregos gerados por ela ajudaram até a diminuir os índices de alcoolismo e de divórcios entre a população', afirma o prefeito de Presidente Figueiredo, Fernando Vieira. 'Além disso, o empreendimento abre portas para que outras agroindústrias se instalem por aqui´” IstoÉ, 30 ago. 2000. 
No excerto: “No município, de 22 mil habitantes, dos quais apenas sete mil vivem na área urbana, a produção de 16 mil toneladas de açúcar por um ano, num canavial de 590 quilômetros quadrados, é sinônimo de mais de dois mil empregos diretos e indiretos”, ao usar o termo, a expressão sinônimo, o autor fez uso de qual função de linguagem?
Alternativas
Q703686 Português

“BERRO AMAZÔNICO”


Falar, já falamos. E não nos ouviram...! Gritar, já gritamos. E não nos ouviram...! Já falamos. Não ouviram...! Já gritamos. Não ouviram...! Então, berramos! Que o nosso berro amazônico possa ser ouvido em todo o Brasil e tenha ressonância pelo mundo para que venhamos a ter o respeito que merecemos e exigimos. Berramos para que a Amazônia conheça, se reconheça e se ame! Berramos para afirmar a nossa luta em defesa dos direitos dos povos e das culturas amazônidas. Berramos para afirmar os valores e as tradições de nossas manifestações artísticas e culturais, que fundam o processo de construção de nossas diversidades e identidades e que constituem o nosso espírito amazônico. Berramos porque somos nós, os amazônidas, os maiores guardiões das nossas riquezas naturais que, historicamente, vem sendo usurpadas por um sistema que tem como meta a destruição do homem e da floresta. Berramos contra a discriminação que nos marginaliza das grandes prioridades nacionais, condenando-nos a receber migalhas orçamentárias ou favores institucionais, notadamente no que se refere às artes e culturas nativas e à preservação de nosso patrimônio histórico e cultural. Berramos contra os meios de comunicação social vinculados às grandes redes que abrem espaço e repercutem informações negativas sobre a Amazônia, ignorando as nossas criação e produção artística e cultural e a nossa capacidade de refletir e propor alternativas eficazes para a Região. Berramos contra todas as formas de discriminação que sofrem as culturas indígenas e negras, bases fundamentais de nossa civilização amazônica, exigindo para elas o mesmo tratamento que queremos para as manifestações de outras etnias. Berramos porque nossa alma transborda a arte, a ciência e a cultura desta região que anseia ser conhecida mundo afora com a expressividade de nossos talentos. Berramos, finalmente, para que o Brasil tome a consciência de que a Amazônia, mais do que sua extensão territorial, possui privilegiada situação na balança comercial brasileira; se não nos querem irmanados, com o devido respeito e igualdade de tratamento, haveremos de construir a nossa própria história.

in O Liberal 16/3/2004 

Em termos de funções de linguagem, a reiteração da palavra berramos ao longo do texto indica o uso da função
Alternativas
Respostas
686: A
687: C
688: E
689: E
690: A