Questões de Concurso
Sobre funções morfossintáticas da palavra que em português
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A questão refere-se ao texto abaixo.
(Fonte: https://super.abril.com.br/blog/como-pessoas-funcionam/por-que-alguns-desconhecidos-parecem-maisconfiaveis-que-outros/ - Texto adaptado)
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão.
Leia a coluna do psicanalista Contardo Calligaris,
publicada no jornal Folha de S. Paulo em 13/02/2020, e
responda à questão.
Considere o seguinte trecho e assinale a alternativa que apresenta a informação correta sobre os termos destacados.
“Ignorabimus”, em latim, é uma voz verbal, que significa ignoraremos, e que ficou famosa por causa de um fisiologista alemão que, no fim do século 19, escreveu que sempre haveria coisas que a ciência não alcança: ignoramos e ignoraremos, foram as palavras dele.
Leia atentamente o Texto para responder a questão.
(Texto)
Leia o poema.
Lua cheia
Boião de leite
que a noite leva
com mãos de treva
pra não sei quem beber.
E que, embora levado
muito devagarinho,
vai derramando pingos brancos
pelo caminho.
Cassiano Ricardo. Poesias Completas.
Rio de Janeiro, J. Olympio, 1957. p. 135.
Assinale a alternativa correta.
I. Na linha 09, o ‘que’ exerce a função de sujeito da oração adjetiva. II. Na linha 21, o ‘que’ classifica-se como uma conjunção integrante e introduz uma oração subordinada substantiva subjetiva. III. Na linha 35, o ‘que’ funciona como um pronome relativo, introduzindo uma oração subordinada adjetiva explicativa.
Quais estão corretas?
I. O texto prioriza a informação em detrimento da opinião. II. No trecho “um projeto de lei que irá proibir”, a palavra “que” é um pronome relativo.
Marque a alternativa CORRETA:
Como nasce uma história
Fernando Sabino
Quando cheguei ao edifício, tomei o elevador que serve do primeiro ao décimo quarto andar. Era pelo menos o que dizia a tabuleta no alto da porta.
— Sétimo — pedi.
Eu estava sendo aguardado no auditório, onde faria uma palestra. Eram as secretárias daquela companhia que celebravam o Dia da Secretária e que, desvanecedoramente para mim, haviam-me incluído entre as celebrações.
A porta se fechou e começamos a subir. Minha atenção se fixou num aviso que dizia:
É expressamente proibido os funcionários, no ato da subida, utilizarem os elevadores para descerem.
Desde o meu tempo de ginásio sei que se trata de
problema complicado, este do infinitivo pessoal.
Prevaleciam então duas regras mestras que deveriam
ser rigorosamente obedecidas, quando se tratava do
uso deste traiçoeiro tempo de verbo. O diabo é que as
duas não se complementavam: ao contrário, em certos
casos francamente se contradiziam. Uma afirmava que
o sujeito, sendo o mesmo, impedia que o verbo se
flexionasse. Da outra infelizmente já não me lembrava.
Bastava a primeira para me assegurar de que, no caso,
havia um clamoroso erro de concordância.
Mas não foi o emprego pouco castiço do infinito pessoal que me intrigou no tal aviso: foi estar ele concebido de maneira chocante aos delicados ouvidos de um escritor que se preza.
Ah, aquela cozinheira a que se refere García Márquez, que tinha redação própria! Quantas vezes clamei, como ele, por alguém que me pudesse valer nos momentos de aperto, qual seja o de redigir um telegrama de felicitações. Ou um simples aviso como este:
É expressamente proibido os funcionários…
Eu já começaria por tropeçar na regência, teria de consultar o dicionário de verbos e regimes: não seria aos funcionários? E nem chegaria a contestar a validade de uma proibição cujo aviso se localizava dentro do elevador e não do lado de fora: só seria lido pelos funcionários que já houvessem entrado e portanto incorrido na proibição de pretender descer quando o elevador estivesse subindo. Contestaria antes a maneira ambígua pela qual isto era expresso:
… no ato da subida, utilizarem os elevadores para descerem.
Qualquer um, não sendo irremediavelmente burro,
entenderia o que se pretende dizer neste aviso. Pois
um tijolo de burrice me baixou na compreensão,
fazendo com que eu ficasse revirando a frase na
cabeça: descerem, no ato da subida? Que quer dizer
isto? E buscava uma forma simples e correta de
formular a proibição:
É proibido subir para depois descer.
É proibido subir no elevador com intenção de descer.
É proibido ficar no elevador com intenção de descer, quando ele estiver subindo.
Descer quando estiver subindo! Que coisa difícil, meu Deus. Quem quiser que experimente, para ver só. Tem de ser bem simples:
Se quiser descer, não tome o elevador que esteja subindo.
Mais simples ainda:
Se quiser descer, só tome o elevador que estiver descendo.
De tanta simplicidade, atingi a síntese perfeita do que Nelson Rodrigues chamava de óbvio ululante, ou seja, a enunciação de algo que não quer dizer absolutamente nada:
Se quiser descer, não suba.
Tinha de me reconhecer derrotado, o que era
vergonhoso para um escritor.
Foi quando me dei conta de que o elevador havia
passado do sétimo andar, a que me destinava, já
estávamos pelas alturas do décimo terceiro.
— Pedi o sétimo, o senhor não parou! — reclamei.
O ascensorista protestou:
— Fiquei parado um tempão, o senhor não desceu. Os outros passageiros riram:
— Ele parou sim. Você estava aí distraído.
— Falei três vezes, sétimo! sétimo! sétimo!, e o senhor nem se mexeu — reafirmou o ascensorista.
— Estava lendo isto aqui — respondi idiotamente, apontando o aviso. Ele abriu a porta do décimo quarto, os demais passageiros saíram.
passageiros saíram. — Convém o senhor sair também e descer noutro elevador. A não ser que queira ir até o último andar e na volta descer parando até o sétimo.
— Não é proibido descer no que está subindo? Ele riu:
— Então desce num que está descendo
— Este vai subir mais? — protestei: — Lá embaixo está escrito que este elevador vem só até o décimo quarto.
— Para subir. Para descer, sobe até o último.
— Para descer sobe?
Eu me sentia um completo mentecapto. Saltei ali mesmo, como ele sugeria. Seguindo seu conselho, pressionei o botão, passando a aguardar um elevador que estivesse descendo. Que tardou, e muito. Quando finalmente chegou, só reparei que era o mesmo pela cara do ascensorista, recebendo-me a rir:
— O senhor ainda está por aqui? E fomos descendo, com parada em andar por andar. Cheguei ao auditório com 15 minutos de atraso. Ao fim da palestra, as moças me fizeram perguntas, e uma delas quis saber como nascem as minhas histórias. Comecei a contar:
— Quando cheguei ao edifício, tomei o elevador que serve do primeiro ao décimo quarto andar. Era pelo menos o que dizia a tabuleta no alto da porta.
Texto extraído de: SABINO, Fernando. A Volta Por
Cima. Editora Record: Rio de Janeiro, 1990, p. 137
Releia os fragmentos a seguir e, em seguida, assinale a alternativa CORRETA quanto ao emprego de "que:"
I. "Minha atenção se fixou num aviso que dizia [...]".
II. "Desde o meu tempo de ginásio sei que se trata de problema complicado [...]".
(Fonte adaptada: https://g1.globo.com>acesso em 15 de janeiro de 2019)
Adaptado de: O homem que não conhecia Machado de Assis
e outras histórias. Jornal da Universidade. Caderno JU. n. 49,
ed. 203, jul. 2017.
Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as ocorrências em que a palavra que substitui uma palavra ou expressão anterior no texto.
( ) que comprasse livros (l. 25-26).
( ) que mantiveram ao longo de quatro anos (l. 40).
( ) que acalentava desde os 12 anos de idade (l. 51).
( ) que conseguiu por meio de doações (l. 54-55).
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ).
( ) Nas frases: “Todos consideram correta a sua proposta” e “Os professores encontraram a solução surpresos”, os predicados têm a mesma classificação, pois ambos contêm predicativo do sujeito, sendo, pois, verbo-nominais.
( ) Na frase: “Doía-lhe a cabeça”, o termo sublinhado tem valor de pronome possessivo; é, pois, um adjunto adnominal.
( ) Em: “A resposta ao aluno foi objetiva” e “A resposta do aluno foi objetiva”, os termos sublinhados são complemento nominal e adjunto adnominal, respectivamente.
( ) Em: “A caderneta, guardou-a consigo”, o termo sublinhado é objeto direto pleonástico.
( ) Em: “Repreendeu o aluno que faltou” e “Quero que você me explique essa repreensão”, a palavra “que” exerce a mesma função sintática: ambas são pronomes relativos.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
I. O ‘que’ da linha 11 é um pronome relativo.
II. Na linha 26, ambas as ocorrências de ‘que’ se classificam da mesma forma, podendo ser substituídas, respectivamente, por ‘o qual’ e ‘as quais’.
III. Na linha 29, o ‘que’ é uma conjunção integrante.
Quais estão corretas?
A reabilitação do orgulho Nem pecado nem falha de caráter. Pesquisas mostram que o sentimento de altivez só faz bem
Verônica Mambrini
Os dias de falsa modéstia estão contados. O orgulho está saindo do limbo reservado aos vícios de comportamento considerados pecado ou falha de caráter graças a uma série de estudos psicológicos que acabam de sair do forno. Eles mostram que, ao contrário do que sempre se pregou, é bom se orgulhar de si mesmo e de suas conquistas e expor aos outros com altivez. Encontraram também uma função social para ele. Tradicionalmente tido como uma emoção muito individualista, o orgulho tem sido avaliado como um sentimento de importante componente agregador e um protetor natural do amor próprio.
Nas últimas semanas, o exemplo mais evidente é o do artista plástico Max, vencedor da nona edição do Big Brother Brasil, exibido pela Rede Globo. Um dos gestos característicos do novo milionário no reality show era bater o punho fechado no peito. "Desde adolescente digo que tenho orgulho de ser quem eu sou", diz. "Minha autoestima sempre foi muito grande." Um estudo de 2008, feito pelos pesquisadores Jessica L. Tracy, da Universidade da Columbia Britânica, no Canadá, e David Matsumo, da Universidade de São Francisco, nos EUA, demonstrou que os gestos associados ao orgulho são parecidos em praticamente todas as culturas. Os especialistas compararam as expressões faciais de atletas dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2004. Competidores de 37 países, incluindo cegos, exibiram feições muito semelhantes no momento da vitória.
Outra descoberta da professora Jessica, junto com o psicólogo Richard W. Robins, da Universidade da Califórnia, é que há dois tipos de orgulho: um é a soberba, em que a pessoa se sente superior aos outros. O outro é o autêntico, que está ligado às realizações pessoais, motivado pela sensação de dever cumprido, de ser capaz de realizar bem as tarefas. A redatora Cíntia Costa usa esse sentimento a seu favor. Quando decidiu se casar, há pouco mais de um ano, começou o blog Planejando meu Casamento, com as dicas para fazer as núpcias desejadas sem se endividar. "Muitas noivas não queriam mais casar porque não tinham dinheiro para a festa", lembra. "Lendo o blog, elas recuperaram a confiança". Outra característica do orgulho bom, afirmam os estudos, é a capacidade de inspirar e motivar outras pessoas que estão à sua volta.
O único lugar em que Cíntia é mais moderada é no trabalho. "Comemoro as vitórias em equipe e escolho com cuidado o que vou falar." As precauções de Cíntia no ambiente profissional fazem sentido - a psicóloga especializada em seleção e recrutamento Ana Carolina Maffra, da consultoria Equipe Certa, reforça que é preferível falar de resultados obtidos em um trabalho específico a desfilar qualidades que você acredita ter. "Mas é bom ter orgulho de fazer algo benfeito, da profissão, da empresa", reforça Ana Carolina. "Isso indica autoestima."
Outra pesquisa da Universidade da Columbia Britânica, feita pela pesquisadora Jessica L. Tracy e pelo psicólogo Azim Shariff, mostrou que, nos testes, os participantes deram mais valor a um entregador de pizzas orgulhoso do que a um executivo abatido. As expressões de orgulho transmitem aos outros a impressão de sucesso, o que melhora o status social no grupo. O fotógrafo André de Menezes Trigueiro sabe do poder que exerce sobre as pessoas ao redor. "Ouço bastante que contagio os outros quando estou falando de um assunto que gosto", diz. "Não me inibo em ser o centro das atenções." André gosta de mostrar suas criações para os amigos e se considera feliz com seu trabalho. A professora de psicologia social da Universidade de São Paulo Sueli Damergian acredita que uma das coisas que diferenciam o orgulho positivo do negativo é a postura que se tem com o outro. "O orgulho positivo implicaria ser capaz de reconhecer o valor das coisas que se fez, sem se sentir superior ou com maiores direitos do que os outros", afirma Sueli.
Em outro estudo, Lisa Williams e David DeSteno, psicólogos da Northeastern University, nos Estados Unidos, convidaram 62 estudantes para um teste de QI. Depois, cumprimentaram alguns como se tivessem obtido os resultados mais altos. Na sequência, todos foram convidados a realizar mais uma série de tarefas intelectuais. Os que foram elogiados, se mostraram mais orgulhosos e confiantes. A surpresa é que esse grupo foi também o mais gentil. Para os psicólogos, o resultado indica que as pessoas se sentem mais fortes quando superam problemas. A professora Sueli alerta, contudo, para as implicações éticas desse sentimento. "O orgulho é o oposto da vergonha, ele tem uma implicação moral", afirma. Em outras palavras: orgulho é bom e todo mundo gosta - só não vale deixá-lo virar arrogância.
Revista IstoÉ, ano 32, n. 2058, de 22 de abril de 2009. p.60-61
“Ana Carolina Maffra, da consultoria Equipe Certa, reforça que é preferível falar de resultados obtidos em um trabalho específico a desfilar qualidades que você acredita ter.”
Os dois elementos destacados no fragmento acima se classificam, respectivamente, em
Fonte: CUNHA, Euclides da. Peru versus Bolívia. São Paulo: Cultrix; Brasília: INL, 1975, p.135.
Na oração “que não o compreendam”, o conector desempenha a mesma função sintática que o da opção
Texto adaptado de: SAÚDE. Unimed Grande Florianópolis: p. 09, n. 13, set. 2008.
Quanto à análise sintática da frase:
“O grande desafio da sociedade atual é dar um basta à valorização exagerada do consumo, que além de esgotar os recursos naturais, acarreta mais problemas.”
Pode-se afirmar corretamente que:
Em “que lhe agrada” e em “Katz acredita que a igualdade de gêneros é necessária para todos”, o que é pronome relativo.