Questões de Português - Intertextualidade para Concurso

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Q2328188 Português
Leia o Texto 1 para responder a questão.

Texto 1


    Como se referir a pessoas que possuem deficiência? A pergunta é feita com frequência ao Núcleo de Inclusão. A resposta é muito simples: Pessoa com Deficiência, que é a forma correta e oficial.
    Essa terminologia foi definida pela Convenção das Nações Unidas sobre o Direito das Pessoas com Deficiência, sendo aprovado em 13 de dezembro de 2006 pela Assembleia Geral da ONU. O termo foi ratificado no Brasil, com equivalência de emenda constitucional, pelo Decreto Legislativo nº 186/2008 e promulgado pelo Decreto nº 6.949/2009.
   Pessoa Portadora de Deficiência (PPD) ou Portador de Necessidades Especiais (PNE) são termos incorretos e devem ser evitados, uma vez que não traduzem a realidade de quem possui deficiência. A deficiência não se porta, ela é uma condição existencial da pessoa.
    Esperamos que essa primeira Semente da Inclusão tenha sido útil para você. Acreditamos que o respeito à diversidade é solo fértil para o desenvolvimento de ideias inovadoras e garantia de uma Justiça acessível para todos.
    Para mais informações, procure o Núcleo de Inclusão do TJDFT.

MORAGAS, Vicente Junqueira. Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Território. Disponível em:<https://www.tjdft.jus.br/acessibilidade/publicacoes/sementes-da-inclusao/como-se-referir-a-pessoas-que-possuem-deficiencia>. Acesso em: 10 nov. 2023. [Adaptado].
Considerando o propósito comunicativo, o fator de textualidade que se destaca no penúltimo parágrafo é a
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Q2320174 Português

Considere a seguinte peça para responder a questão.




O recurso estilístico utilizado na produção do anúncio publicitário foi
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Q2315668 Português

Observe a imagem a seguir:


Imagem associada para resolução da questão


(BUTTI, Cassiano. Educação linguística na formação do professor de língua portuguesa: reflexões para a pedagogia léxico-gramatical. 2020. No prelo.)



Considerando o conhecimento sobre a competência léxico-gramatical e a representação anterior, pode-se afirmar que:

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Q2315667 Português
A linguagem, vista como atividade humana cultural, pode diferenciar-se em diferentes planos: universal; histórico; e, individual. Relacione adequadamente os planos citados e os itens a seguir.

1. Histórico. 2. Universal. 3. Individual.
( ) Atividade: discurso. ( ) Produto: texto (obras). ( ) Atividade: falar em geral. ( ) Atividade: língua particular. ( ) Produto: totalidade das manifestações.

A sequência está correta em
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Q2305196 Português
Em relação ao trabalho com gramática reflexiva na escola, assinalar a alternativa CORRETA: 
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Q2298938 Português
É a coerência que faz com que uma sequência linguística qualquer seja vista como um texto, porque é a coerência, através de vários fatores, que permite estabelecer relações entre os elementos da sequência. Para o processo de criação de um texto coerente ser efetivado, é importante:
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Q2291752 Português
TEXTO I

O que é ser “assim”?

        Já faz algum tempo, eu ganhei o livro A oração de Jabez. Nele, o autor Bruce Wilkinson discorre sobre o sentido de cada trecho da prece, considerada, por muitos, milagrosa. Então, movida mais pela curiosidade do que pela fé, fiz questão de conhecê-la e, por ter apenas cinco frases, aqui a transcrevo: Oh! Que me abençoes e me alargues as fronteiras, que seja comigo a Tua mão e me preserves do mal, de modo que não me sobrevenha aflição!
        Achei a oração bonita, e levei adiante a minha leitura, até que me deparei com a seguinte frase: Não é sempre que você pode se dar ao luxo de ser o segundo colocado. A menção feita ao segundo lugar, ainda mais o destacando como posição grandiosa, atraiu minha atenção. Sou a segunda filha do segundo casamento do meu pai. [...] Portanto, na minha posição de herdeira nata, herdei objetos, roupas, livros de escola. Quando fui matriculada no curso primário, tive medo de ir à escola, temerosa de, por ser segunda, não dar continuidade ao brilhantismo familiar que me precedia. Criança sofre, viu? Eu era uma aluna comum,[...] a professora aproveitou a minha desatenção para perguntar quanto seria 9x9, mas, antes, exigiu que eu colocasse as duas mãos abertas sobre a carteira para que não contasse nos dedos. Evidente, não fui capaz de responder. Com visível impaciência, ela me fez a seguinte pergunta: Por que você é “assim”? Mais uma vez, não soube responder, entretanto, juro, eu voltei para casa muito intrigada e me perguntando: o que é ser “assim”?! A vida continuou... com essa pergunta me alfinetando de vez em quando.
        Passados quase quarenta anos, apresentaram-me o poeta Manoel de Barros. A aproximação foi imediata. Só pelos títulos dos seus livros, é possível entender. E foi quando eu li o seu poema O Provedor, que descobri o que era ser “assim”. O poema diz: Andar à toa é coisa de ave. Meu avô andava à toa. Não prestava pra quase nunca. Mas sabia o nome dos ventos. E todos os assobios para chamar passarinhos... [...]
        Hoje, sem titubear, sem constrangimento de ser a segunda e já recuperada da minha ignorância tímida por não saber explicar o que é ser “assim”, eu simplesmente responderia àquela professora: Eu não sabia, naquele tempo, o quanto é bonito ser “assim”!

(BORGES,HELOÍSA HELENA DE CAMPOS. As fomes do mundo & outras crônicas. Ed.Kelps, Goiânia, 2018. pp.111-114. Texto adaptado).
Analise o fragmento presente no primeiro parágrafo do texto: “Oh! Que me abençoes e me alargues as fronteiras, que seja comigo a Tua mão e me preserves do mal, de modo que não me sobrevenha aflição!”. Marque a alternativa que apresenta o tipo de relação transtextual com o referido fragmento no qual está inserido:
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Q2291593 Português
TEXTO I

O poeta

                                                                         O poeta vai tirando da vida
                                                                         Os seus poemas
                                                                         Como pássaros desobedientes
                                                                         E amestrados.

                                                                         A palavra é o seu castelo,
                                                                         Sua árvore encantada,
                                                                         Abracadabra construindo o universo.

(MURRAY, ROSEANA. Artes e ofícios. 3ª ed. São Paulo: FTD, 1994. P.52)
Intertextualidade é a presença de um texto ou termos de um texto em outro texto. Marque a alternativa que apresenta um exemplo de intertextualidade no texto “O poeta”:
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Q2291355 Português
Saudade


   Conversávamos sobre saudade. E de repente me apercebi de que não tenho saudade de nada. Nem da infância querida, nem sequer das borboletas azuis, Casimiro. Nem mesmo de quem morreu. De quem morreu sinto é falta, o prejuízo da perda, a ausência. A vontade da presença, mas não no passado, e sim presença atual. Saudade será isso? Queria tê-los aqui, agora. Voltar atrás? Acho que não, nem com eles.
    A vida é uma coisa que tem de passar, uma obrigação de que é preciso dar conta. Uma dívida que se vai pagando todos os meses, todos os dias. Parece loucura lamentar o tempo em que se devia muito mais.
    Gostaria de ter palavras boas, eficientes, para explicar como é isso de não ter saudades; fazer sentir que estou exprimindo um sentimento real, a humilde, a nua verdade. Você insinua a suspeita de que talvez seja isso uma atitude. Pois então eu lhe digo que essa capacidade de morrer de saudades, creio que ela só afeta a quem não cresceu direito; feito uma cobra que se sentisse melhor na pele antiga, não se acomodasse nunca à pele nova.
    Fala que saudade é sensação de perda. Pois é. E eu lhe digo que, pessoalmente, não sinto que perdi nada. Gastei, gastei tempo, emoções, corpo e alma. E gastar não é perder, é usar até consumir.
     E não pense que estou a lhe sugerir tragédias. Tirando a média, não tive quinhão por demais pior que o dos outros. Houve muito pedaço duro, mas a vida é assim mesmo, a uns traz os seus golpes mais cedo e a outros mais tarde; no fim, iguala a todos.
       Infância sem lágrimas, amada, protegida. Mocidade – mas a mocidade já é de si uma etapa infeliz. Coração inquieto que não sabe o que quer, ou quer demais. Qual será, nesta vida, o jovem satisfeito? Um jovem pode nos fazer confidências de exaltação, de embriaguez; de felicidade, nunca. Mocidade é a quadra dramática por excelência, o período dos conflitos, dos ajustamentos penosos, dos desajustamentos trágicos. A idade dos suicídios, dos desenganos e, por isso mesmo, dos grandes heroísmos. É o tempo em que a gente quer ser dono do mundo – e ao mesmo tempo sente que sobra nesse mesmo mundo. A idade em que se descobre a solidão irremediável de todos os viventes.
     Não sei mesmo como, entre as inúmeras mentiras do mundo, se consegue manter essa mentira maior de todas: a suposta felicidade dos moços. Por mim, sempre tive pena deles, da sua angústia e do seu desamparo. Enquanto esta idade a que chegamos, você e eu, é o tempo da estabilidade e das batalhas ganhas. Já pouco se exige, já pouco se espera. E mesmo quando se exige muito, só se espera o possível. Se as surpresas são poucas, poucos também os desenganos. A gente vai se aferrando a hábitos, a pessoas e objetos.
      E depois há o capítulo da morte, sempre presente em todas as idades. Com a diferença de que a morte é a amante dos moços e a companheira dos velhos. Para os jovens ela é abismo e paixão. Para nós, foi se tornando pouco a pouco uma velha amiga, a se anunciar devagarinho: o cabelo branco, a preguiça, a ruga no rosto, a vista fraca, os achaques. Velha amiga que vem de viagem e de cada porto nos manda um postal, para indicar que já embarcou.

(QUEIROZ, Rachel de. Um alpendre, uma rede, um açude. Rio de Janeiro: José Olympio, 2006. Adaptado.)
E de repente me apercebi de que não tenho saudade de nada. [...] De quem morreu sinto é falta, o prejuízo da perda, a ausência.” (1º§) Pelo processo da intertextualidade a alternativa que contém uma citação com o mesmo valor semântico do período evidenciado é: 
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Q2291244 Português
Atente aos dois textos a seguir para responder à questão.

Texto I

Imagem associada para resolução da questão


Texto II

Imagem associada para resolução da questão


Disponíveis em: < https://www.google.com/search?q=monalisa+parodias&rlz=1C1GCEA_enBR1042BR1042&oq=monalisa+parodias&gs_lcrp=EgZjaHJvbWUyBggAEEUYOdIBCTExMzQxajBqN6gCALACAA&sourceid=chrome&ie=UTF-8#imgrc=6HiJp439eaeUhM>. Data da consulta: 23/06/2023.

A discussão, análise e eventual produção de texto, em uma sala de aula de 9º ano de uma escola pública, provocadas a partir das imagens acima, certamente apontaria prioritariamente para a necessidade de lançar mão, como ponto de partida, para o desenvolvimento de qual das habilidades a seguir apresentadas, de acordo com a BNCC (2017)?
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Q2283923 Português
   O dia primeiro de maio é uma data internacional dedicada ao trabalhador. O surgimento desta data comemorativa vincula-se aos movimentos trabalhistas que aconteciam na cidade de Chicago nos EUA, no final do século XIX.
   As condições precárias impostas aos trabalhadores, como jornadas de 12 horas diárias, sem nenhuma folga, além de baixos salários e condições ____________ e inseguras, levaram a uma mobilização que aconteceu no dia primeiro de maio de 1886. Esta data só passaria a se tornar feriado quando a França, em 1919, ratificou em lei a jornada de oito horas diárias de trabalho.
  No Brasil, o feriado neste dia só começa a partir de 1924, no governo do então Presidente da República, Artur Bernardes.
   A partir de 1940, sob o governo de Getúlio Vargas, a data ganha impulso tendo em vista o projeto político do governante que passa a utilizar o 1º de Maio para divulgar obras voltadas às classes trabalhadoras, destacando-se, entre elas, a Consolidação das Leis do Trabalho — CLT, o salário mínimo e as férias remuneradas.
  Certamente que a comemoração do Dia Internacional do Trabalho em 1º de Maio tem valor histórico face às conquistas que representa, mas também deixa evidente a importância de se acompanhar o desempenho e a dinâmica do mercado de trabalho, especialmente nas interfaces com os negócios de cada empresa.
   Quando se pensa em consumo, em especial no Brasil, uma série de estudos aponta que, além de outros fatores, este é diretamente proporcional à confiança do consumidor, à renda média e à taxa de desocupação ou desemprego. Os dois últimos indicadores são fruto direto da dinâmica do mercado de trabalho, razão pela qual é fundamental que esta seja compreendida e que se possa incorporar elementos importantes e impactantes para a análise de negócios, especialmente aqueles voltados ao consumo.
   O Brasil apresenta o comportamento destes indicadores extremamente variável ao longo do tempo, o que reforça a necessidade de as empresas estarem atentas a como isso pode afetar seu desempenho.
  Conhecer qual a renda disponível em determinada região, cidade ou setor ____________, conhecer o número de pessoas que trabalha nesta área e qual a natureza de sua ocupação, identificar a composição de gênero ou mesmo o tipo de produto consumido são variáveis fundamentais para implementar estudos de ____________, de implantação de novos negócios, abertura de novas unidades, lançamento de produtos, etc. 

(Fonte: Cognatis — adaptado.)
Nas orações “Quando se pensa em consumo, [...]” (6º parágrafo) e “[...] mas também deixa evidente a importância [...]” (5º parágrafo), as expressões sublinhadas expressam, CORRETA e respectivamente, sentidos de:
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Q2267483 Português

Leia os textos apresentados a seguir.



TEXTO I 

Imagem associada para resolução da questão



COALA, Fábio. Mentirinhas #1966. 15 de março de 2023. Disponível em: https://mentirinhas.com.br/mentirinhas-1966/. Acesso em: 24 mar. 2023.


 

TEXTO II

“Bruce Wayne é um bilionário americano, magnata de negócios, filantropo e dono da corporação Wayne Enterprises. Sua história teve início após testemunhar o assassinato de seus pais ainda quando criança, o que o fez jurar vingança contra os criminosos e treinar todos os dias sozinho, além de criar um personagem baseado em um morcego para combater o crime. Foi aí que surgiu Batman, o super-herói da cidade de Gotham.”


BRUCE Wayne. Canaltech, s/d. Celebridade. Disponível em: https://canaltech.com.br/celebridade/bruce-wayne/. Acesso em: 20 mar. 2023.


Observando-se o texto I, percebe-se que ele faz referência a um personagem do imaginário popular de super-heróis da contemporaneidade. Em termos de texto, esse tipo de referência é chamado de

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Q2254676 Português

Observe a Figura 1, leia o Texto II e responda a questão. 


 




No Texto II, o autor 
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Q2253717 Português


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Instituto Federal de Minas Gerais. Guia de estruturas organizacionais e regimentos do IFMG. Belo Horizonte: IFMG, 2021, p.21. Disponível em: https://www.ifmg.edu.br/portal/diretoria-de-desenvolvimento-institucionalddi/estruturaseregimentos/estruturas/guia-de-estruturas-organizacionais-regimentos.pdf. Acesso em: 09/08/2023



Analise as assertivas a seguir sobre o trecho do Guia de estruturas organizacionais e regimentos do IFMG.


I- Há intertextualidade implícita, pois há citação do Manual de Estruturas Organizacionais do Poder Executivo Federal.

II- É utilizada uma linguagem coloquial no intuito de instruir os servidores da instituição.

III- O guia pode ser definido como um gênero textual predominantemente narrativo.


Assinale a alternativa correta.


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Q2253332 Português
Leia atentamente o texto I, parte de um artigo científico, e o texto II, trecho do conto “Famigerado” do livro Primeira estórias.
TEXTO I
        A submissão de um artigo, como destaca Guimarães (2018a), exige um conjunto de cuidados que devem ser tomados por ocasião da escolha do periódico para submissão do artigo, conforme exposto a seguir. Uma primeira atenção a ser tomada refere-se ao prestígio científico da revista a partir de indicadores nacionais e internacionais, como é o caso de sua indexação em bases de dados como Web of Science, Scopus, SciELO entre outras.
GUIMARÃES, J. A. C.; HAYASHI, M. C. P. I. Revistas predatórias: um inimigo a ser combatido na comunicação científica. RDBCI: Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência da Informação, Campinas, SP, v. 21, n. 00, p.03. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rdbci/article/view/8671811. Acesso em: 10 ago. 2023.
TEXTO II
        Só tinha de desentalar-me. O homem queria estrito o caroço: o verivérbio.         — Famigerado é inóxio, é “célebre”, “notório”, “notável”…        — “Vosmecê mal não veja em minha grossaria no não entender. Mais me diga: é desaforado? É caçoável? É de arrenegar? Farsância? Nome de ofensa?”         — Vilta nenhuma, nenhum doesto. São expressões neutras, de outros usos…         — “Pois… e o que é que é, em fala de pobre, linguagem de em dia-de-semana?”          — Famigerado? Bem. É: “importante”, que merece louvor, respeito…
Famigerado. In: ROSA, João Guimarães. Primeiras estórias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988, p. 15.

Assinale a opção correta.
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Q2253328 Português

A questão refere-se aos dois textos apresentados a seguir. O primeiro diz respeito à Mafalda, personagem icônica criada pelo argentino Quino, em conversa com o amigo Filipe. O segundo texto trata-se de uma criação do jornalista e escritor uruguaio Eduardo Galeano, que compõe a obra intitulada O Livro dos Abraços.


TEXTO 1 





TEXTO 2


Função da arte/1


       Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o mar. Viajaram para o Sul.

           Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando.

           Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto seu fulgor, que o menino ficou mudo de beleza.

           E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai:

           — Me ajuda a olhar!


GALEANO, Eduardo. In: O livro dos abraços. 2ª ed. Porto Alegre: L&PM, 2009, p. 15.

Uma análise intertextual dos dois textos permite afirmar que: 
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Q2234083 Português
Das vantagens de ser bobo

O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir e tocar no mundo.

– O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas. Se perguntado por que não faz alguma coisa, responde: “Estou fazendo. Estou pensando.”

– Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem à ideia.

– O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não veem.

– Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os veem como simples pessoas humanas. – O bobo ganha liberdade e sabedoria para viver.

– O bobo nunca parece ter tido vez. No entanto, muitas vezes o bobo é um Dostoiévski.

– Há desvantagem, obviamente. Uma boba, por exemplo, confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar-refrigerado de segunda mão: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso porque se mudara para a Gávea onde é fresco. Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo sequer. Resultado: não funciona. Chamado um técnico, a opinião deste era a de que o aparelho estava tão estragado que o conserto seria caríssimo: mais valia comprar outro.

– Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa-fé, não desconfiar, e portanto estar tranquilo. Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de ser ludibriado.

– O esperto vence com úlcera no estômago. O bobo nem nota que venceu.

– Aviso: não confundir bobos com burros.

– Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera. É uma das tristezas que o bobo não prevê. César terminou dizendo a frase célebre: “Até tu, Brutus?”

[...]

É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo.

Clarice Lispector
Ao utilizar a célebre frase de Júlio César “Até tu, Brutus”, a autora estabelece com este fato histórico uma relação intertextual. A autora pretende com isso: 
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Q2229722 Português

Leia o texto para responder a questão.


    Uma analogia frequentemente usada para falar de divulgação científica descreve o cientista como um ser enclausurado em uma torre de marfim isolada do resto da sociedade. A metáfora costuma ser a deixa para defender que ele tem o dever de descer da torre ou construir pontes para compartilhar o conhecimento produzido na academia com o cidadão comum. Essa história sempre me pareceu estranha por retratar a pesquisa acadêmica como uma torre de marfim: uma estrutura sólida, robusta e imaculada.

    É óbvio que cientistas sabem algumas coisas com um grau muito alto de certeza. Computadores, celulares e bombas atômicas estão aí para provar o sucesso acachapante das leis da física em fazer previsões sobre a realidade. Da mesma forma, ninguém discutiria no meio médico que antibióticos são capazes de matar bactérias, ou que a insulina salvou a vida de milhões de diabéticos.

    Ao mesmo tempo, porém, quase um século de estudos sobre nutrição não conseguiu responder a questões básicas, como saber se é melhor basear uma dieta em carboidratos ou lipídeos. Décadas de investimento na neurobiologia dos transtornos mentais tiveram um impacto raso na saúde mental das populações. E os bilhões de dólares investidos em pesquisa básica sobre Alzheimer que se converteram em praticamente nada de útil na clínica? Em algumas áreas da ciência, ao menos, a tal torre de marfim está mais para um castelo de cartas.

    Os defensores da ciência serão rápidos em argumentar que o fracasso desses campos não se traduz necessariamente em uma mácula no currículo da pesquisa acadêmica. Alguns problemas são simplesmente difíceis, e é perfeitamente possível que, a qualquer momento, essas décadas de investimento em pesquisa comecem a trazer seu retorno para a sociedade.

    Minha impressão é de que a pesquisa acadêmica tem muitos pontos a serem melhorados – e minha intenção, mais do que a propagandear, é me debruçar sobre suas mazelas. Que ninguém pense, porém, que estou descendo da torre de marfim para fazê-lo. Pelo contrário, sempre estive falando ao rés do chão: se há alguma torre nessa história, meu intuito é ajudar a construí-la.


(Olavo Amaral. Torres de marfim, castelos de cartas e telhados de vidro. www.nexojornal.com.br, 23.08.2022. Adaptado)

Os exemplos apresentados no campo da nutrição, da neurobiologia e das pesquisas sobre o Alzheimer (3o parágrafo) servem no texto para
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Ano: 2018 Banca: FUMARC Órgão: CEMIG - MG Prova: FUMARC - 2018 - CEMIG - MG - Geólogo JR |
Q2216951 Português

Texto II

Razões da pós-modernidade
Carlos Alberto Sanches, professor, perito e consultor em Redação – [31/03/2014 - 21h06]

     Foi nos anos 60 que surgiu o que se chama de “pós-modernidade”, na abalizada opinião de Frederic Jameson, como “uma lógica cultural” do capitalismo tardio, filho bastardo do liberalismo dos séculos 18 e 19. O tema é controverso, pois está associado a uma discussão sobre sua emergência funesta no pósguerra. É que ocorre nesse período um profundo desencanto no homem contemporâneo, especialmente no que toca à diluição e abalo de seus valores axiológicos, como verdade, razão, legitimidade, universalidade, sujeito e progresso etc. Os sonhos se esvaneceram, juntamente com os valores e alicerces da vida: a “estética”, a “ética” e a “ciência”, e as repercussões que isso provocou na produção cultural: literatura, arte, filosofia, arquitetura, economia, moral etc.
     Há, sem dúvida, uma crise cultural que desemboca, talvez, em uma crise de modernidade. Ou a constatação de que, rompida a modernidade, destroçada por guerras devastadoras, produto da “gaia ciência” libertadora, leva a outra ruptura: morreu a pós-modernidade e deixou órfã a cultura contemporânea?
    Seria o caso de se falar em posteridade na pós-modernidade? Max Weber, já no início do século 19, menciona a chegada da modernidade trocada pela “racionalização intelectualista”, que produz o “desencanto do mundo”. Habermas o reinterpreta, dizendo que a civilização se desagrega, especialmente no que toca aos conceitos da verdade, da coerência das leis, da autenticidade do belo, ou seja, como questões de conhecimento...
    Jean Francois Lyotard, em seu livro A condição pós-moderna, de 1979, enfoca a legitimação do conhecimento na cultura contemporânea. Para ele, “o pósmoderno enquanto condição de cultura, nesta era pós-industrial, é marcado pela incredulidade face ao metadiscurso filosófico – metafísico, com suas pretensões atemporais e universalizantes”. É como se disséssemos, fazendo coro, mais tarde, com John Lennon, que “o sonho acabou” (ego trip). A razão, como ponto nevrálgico da cultura moderna, não leva a nada, a não ser à certeza de que o racionalismo iluminista, que vai entronizar a ciência como uma mola propulsora para a criação de uma sociedade justa, valorizadora do indivíduo, vai apenas produzir o desencanto, via progresso e com as suas descobertas, cantadas em prosa e verso, que nos deixaram um legado brutal: as grandes tragédias do século 20: guerras atrozes, a bomba atômica, crise ecológica, a corrida armamentista...
      A frustração é enorme, porque o iluminismo afirmara que somente as luzes da razão poderiam colocar o homem como gerador de sua história. Mas tudo não passou de um sonho, um sonho de verão (parodiando Shakespeare). Habermas coloca nessa época, o século 18, o gatilho que vai acionar essa desilusão da pósmodernidade. A ciência prometia dar segurança ao homem e lhe deu mais desgraças. Entendamos aqui também a racionalidade (o primado da razão cartesiana) como cúmplice dessa falcatrua da modernidade e, portanto, da atual pós-modernidade.
      O mesmo filósofo fala em “desastre da modernidade”, um tipo de doença que produziu uma patologia social chamada de “império da ciência”, despótico e tirânico, que “digere” as esferas estético-expressivas e as religiosas-morais. Harvey põe o dedo na ferida ao dizer que o projeto do Iluminismo já era, na origem, uma “patranha”, na medida em que disparava um discurso redentor para o homem com as luzes da razão, em troca da lenta e gradual perda de sua liberdade.
      A partir dos anos 50 e, ocorrido agora o definitivo desencanto com a ciência e suas tragédias (algumas delas), pode-se falar em um processo de sua desaceleração. O nosso futuro virou uma incerteza. A razão, além de não nos responder às grandes questões que prometeu responder, engendra novas e terríveis perguntas, que chegam até hoje, vagando sobre a incerteza de nossos precários destinos. Eu falaria, metaforicamente, do homem moderno acorrentado (o Prometeu) ao consumo desenfreado de coisas (res) para compensar suas frustrações e angústias. A vida se tornou absurda e difícil de ser vivida, face a esse “mal-estar” do homem ocidental. Daí surgem as grandes doenças psicossociais de hoje: a frustração, o relativismo e o niilismo, cujas sementes já estavam no bojo do Iluminismo, a face sinistra de sua moeda. Não há mais nenhuma certeza, porque a razão não foi capaz de dar ao homem alguns dos mais gratos dos bens: sua segurança e bem-estar. Não há mais certezas, apenas a percepção de que é preciso repensar criticamente a ciência, que nunca nos ofereceu um caminho para a felicidade, o que provoca um forte movimento de busca de liberdade. O mundo está sem ordem e valores, como disse Dostoievski: “Se Deus não existe, tudo é permitido”.
     A incerteza do mundo moderno e a impossibilidade de organizar nossas vidas levam Giddens a dizer que “não há nada de misterioso no surgimento dos fundamentalismos, a radicalização para as angústias do homem”. Restou-nos o refúgio nos grandes espetáculos, como os do Coliseu antigo: o pão e o circo, para preencher o vazio da vida.
     Na sua esteira de satanização social, o capitalismo engendra, então, a sociedade de consumo, para levar o cidadão ao ópio do consumo (esquecer-se das desilusões) nas “estações orbitais” dos shoppings, ou templos das compras, onde os bens nos consomem e a produção, sempre crescente, implica a criação em massa (ou em série) de novos consumidores. Temos uma parafernália de bens, mas são em sua maioria coisas inúteis, que a razão / ciência nos deu; mas, em troca, sofremos dos males do século, entre eles a elisão de nossa individualidade. 
     Foi uma troca desvantajosa. É o que Campbell chama do sonho que gera o “signomercadoria”, que nos remete ao antigo sonho do Romantismo, da realização dos ideais.
     Trocamos o orgasmo reprodutor instintivo pelo prazer lúdico-frenético de consumir, sem saber que somos consumidos. Gememos de prazer ao comprar, mas choramos de dor face à nossa solidão, cercados pela panaceia da ciência e da razão, que nos entope de placebos, mas não de remédios para a cura dos males dessa longínqua luz racional, que se acende lá no Iluminismo e que vem, sob outras formas, até hoje. A televisão nos anestesia com a estética da imagem. Para Baudrillard, ela é o nosso mundo, como o mundo saído da tela do grande filme O Vidiota (o alienado no mundo virtual da tevê), cujo magistral intérprete foi Peter Sellers.
      Enquanto nos deleitamos com essa vida esquizofrênica e lúdica, deixamos no caixa do capitalismo tardio (iluminista / racional) o nosso mais precioso bem: a individualidade. Só nos sobrou a estética, segundo Jameson, ou a “colonização pela estética” que afeta diferentes aspectos da cultura, como a estética, a ética, a teórica, além da moral política.
     A pós-modernidade talvez seja uma reação a esse quadro desolador. Bauman fala em pós-modernidade como a forma atual da modernidade longínqua. Já Giddens fala em modernidade tardia ou “modernidade radicalizada”: a cultura atual. Por certo que a atual discussão sobre o pós-moderno implica um processo de revisão e questionamento desse estado de coisas, em que o homem não passa de um res nulius, como as matronas romanas.
      A cultura moderna, ou pós-modernista, não tem uma razão para produzir sua autocrítica, mas muitas razões, devido à sua prolongada irracionalidade do “modo de vida global”, segundo Jameson. O que se pode dizer é que não há uma razão, mas muitas razões para reordenar criticamente os descaminhos da pósmodernidade, sem esquecermos que a irracionalidade continua nos rondando.

http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/razoes-da-pos-modernidade8bs4bc7sv5e06z8trfk0pv80e. Acesso em 21/01/18.
Discutindo uma mesma temática, há, como semelhanças entre os textos I (escrito por um teólogo) e II (escrito por um professor), os seguintes aspectos, EXCETO:
Alternativas
Q2212644 Português
Leia o texto e a charge para responder à questão.

Texto

        Quando certa manhã Gregor Samsa acordou de sonhos intranquilos, encontrou-se em sua cama metamorfoseado num inseto monstruoso. Estava deitado sobre suas asas duras como couraça e, ao levantar um pouco a cabeça, viu seu ventre abaulado, marrom, dividido por nervuras arqueadas, no topo do qual a coberta, prestes a deslizar de vez, ainda mal se sustinha. Suas numerosas pernas, lastimavelmente finas em comparação com o volume do resto do corpo, tremulavam desamparadas diante dos seus olhos.

(Franz Kafka, A metamorfose, 1977)



Charge


(André Dahmer, “Não há nada acontecendo”. Folha de S.Paulo, 13.07.2022)
Com base em Koch (1997), identifica-se entre o texto e a charge
Alternativas
Respostas
121: B
122: A
123: A
124: B
125: B
126: C
127: B
128: D
129: A
130: D
131: B
132: D
133: C
134: E
135: B
136: A
137: C
138: C
139: D
140: C