Questões de Concurso Sobre noções gerais de compreensão e interpretação de texto em português

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Q2665162 Português
Texto para o item.





Internet: <www.ppgquimica.propg.ufabc.edu.br> (com adaptações).
Com base nas ideias do texto, julgue o item a seguir. 

A partir da leitura do texto, é correto inferir que as fragrâncias naturais de plantas e de animais precisam passar por processos químicos para se tornarem agradáveis ao olfato humano, além de econômica e ambientalmente viáveis.
Alternativas
Q2665161 Português
Texto para o item.





Internet: <www.ppgquimica.propg.ufabc.edu.br> (com adaptações).
Com base nas ideias do texto, julgue o item a seguir. 

O texto sugere que, no passado, o hábito de usar perfumes era restrito aos membros da realeza. 
Alternativas
Q2665160 Português
Texto para o item.





Internet: <www.ppgquimica.propg.ufabc.edu.br> (com adaptações).
Com base nas ideias do texto, julgue o item a seguir. 

As fragrâncias dos perfumes podem ser extraídas de plantas e de animais ou mesmo ser produzidas artificialmente. 
Alternativas
Q2660015 Português

O homem trocado


O homem acorda da anestesia e olha em volta. Ainda está na sala de recuperação. Há uma enfermeira do seu lado. Ele

pergunta se foi tudo bem.

– Tudo perfeito – diz a enfermeira, sorrindo.

– Eu estava com medo desta operação...

– Por quê? Não havia risco nenhum.

– Comigo, sempre há risco. Minha vida tem sido uma série de enganos...

E conta que os enganos começaram com seu nascimento.

Houve uma troca de bebês no berçário e ele foi criado até os dez anos por um casal de orientais, que nunca entenderam

o fato de terem um filho claro com olhos redondos. Descoberto o erro, ele fora viver com seus verdadeiros pais. Ou com sua

verdadeira mãe, pois o pai abandonara a mulher depois que esta não soubera explicar o nascimento de um bebê chinês.

– E o meu nome? Outro engano.

– Seu nome não é Lírio?

– Era para ser Lauro. Se enganaram no cartório e... Os enganos se sucediam.

Na escola, vivia recebendo castigo pelo que não fazia. Fizera o vestibular com sucesso, mas não conseguira entrar na

universidade. O computador se enganara, seu nome não apareceu na lista.

– Há anos que a minha conta do telefone vem com cifras incríveis. No mês passado tive que pagar mais de R$ 3 mil. – O

senhor não faz chamadas interurbanas?

– Eu não tenho telefone!

Conhecera sua mulher por engano. Ela o confundira com outro. Não foram felizes.

– Por quê?

– Ela me enganava.

Fora preso por engano. Várias vezes. Recebia intimações para pagar dívidas que não fazia. Até tivera uma breve, louca

alegria, quando ouvira o médico dizer:

– O senhor está desenganado. Mas também fora um engano do médico. Não era tão grave assim. Uma simples apendicite.

– Se você diz que a operação foi bem...

A enfermeira parou de sorrir.

– Apendicite? – perguntou, hesitante.

– É. A operação era para tirar o apêndice.

– Não era para trocar de sexo?


(VERÍSSIMO, Luis Fernando. Comédias da vida privada: 101 Crônicas Escolhidas. p. 192/193. Porto Alegre: LP&M, 1996.)

Percebe-se um aspecto cômico por parte do autor do texto no trecho:

Alternativas
Q2659930 Português

O homem trocado


O homem acorda da anestesia e olha em volta. Ainda está na sala de recuperação. Há uma enfermeira do seu lado. Ele

pergunta se foi tudo bem.

– Tudo perfeito – diz a enfermeira, sorrindo.

– Eu estava com medo desta operação...

– Por quê? Não havia risco nenhum.

– Comigo, sempre há risco. Minha vida tem sido uma série de enganos...

E conta que os enganos começaram com seu nascimento.

Houve uma troca de bebês no berçário e ele foi criado até os dez anos por um casal de orientais, que nunca entenderam

o fato de terem um filho claro com olhos redondos. Descoberto o erro, ele fora viver com seus verdadeiros pais. Ou com sua

verdadeira mãe, pois o pai abandonara a mulher depois que esta não soubera explicar o nascimento de um bebê chinês.

– E o meu nome? Outro engano.

– Seu nome não é Lírio?

– Era para ser Lauro. Se enganaram no cartório e... Os enganos se sucediam.

Na escola, vivia recebendo castigo pelo que não fazia. Fizera o vestibular com sucesso, mas não conseguira entrar na

universidade. O computador se enganara, seu nome não apareceu na lista.

– Há anos que a minha conta do telefone vem com cifras incríveis. No mês passado tive que pagar mais de R$ 3 mil. – O

senhor não faz chamadas interurbanas?

– Eu não tenho telefone!

Conhecera sua mulher por engano. Ela o confundira com outro. Não foram felizes.

– Por quê?

– Ela me enganava.

Fora preso por engano. Várias vezes. Recebia intimações para pagar dívidas que não fazia. Até tivera uma breve, louca

alegria, quando ouvira o médico dizer:

– O senhor está desenganado. Mas também fora um engano do médico. Não era tão grave assim. Uma simples apendicite.

– Se você diz que a operação foi bem...

A enfermeira parou de sorrir.

– Apendicite? – perguntou, hesitante.

– É. A operação era para tirar o apêndice.

– Não era para trocar de sexo?


(VERÍSSIMO, Luis Fernando. Comédias da vida privada: 101 Crônicas Escolhidas. p. 192/193. Porto Alegre: LP&M, 1996.)

Considerando suas características semânticas e textuais, é correto afirmar que o principal objetivo do texto é:

Alternativas
Q2658885 Português

Texto para os itens de 1 a 7.


1 O direito à saúde é um dos direitos mais

relevantes e complexos de que se tem notícia. Sua

definição, inclusive nos tratados internacionais de

4 direitos humanos, ocorre da forma mais ampla possível,

abrangendo desde o direito à assistência até o direito

ao desenvolvimento.

7 O direito à saúde tem duas dimensões: uma

objetiva, que protege o titular contra violações estatais

e particulares (defensiva); e uma prestacional, que

10 compreende a consecução de medidas que garantam

o gozo desse direito, bem como a organização de

instituições, serviços e ações sem os quais não seria

13 possível a fruição de tal direito.

Não é possível analisar o direito fundamental

à saúde sem considerar ambas as suas dimensões,

16 inclusive no que concerne aos casos concretos.

Tendo em vista que se trata de um direito muito

amplo, suas dimensões (defensiva e prestacional) são

19 complementares e interdependentes.

Desse modo, vulnerar o direito social à saúde é

vulnerar o direito à vida e à liberdade. Tais direitos devem

22 abarcar a possibilidade de cura ou de convivência com a

doença, de modo que se permita, em alguma medida, o

exercício da autodeterminação e da consecução de um

25 projeto de vida.

Trata‑se, portanto, de direito extremamente

complexo, assim como o próprio conceito de “saúde”.

28 Ambas as suas dimensões compreendem uma imensa

gama de direitos relacionados à vida e à dignidade

em vários graus de proteção. Conforme afirma Sueli

31 Dallari, doutora em saúde pública: “As limitações aos

comportamentos humanos são postas exatamente para

que todos possam usufruir igualmente as vantagens da

34 vida em sociedade. Assim, para preservar‑se a saúde de

todos, é necessário que ninguém possa impedir a outrem

de procurar seu bem‑estar ou induzi‑lo a adoecer. Essa

37 é a razão das normas jurídicas que obrigam à vacinação,

à notificação, ao tratamento, e mesmo ao isolamento de

certas doenças, à destruição de alimentos deteriorados

40 e, também, ao controle do meio ambiente, das condições

de trabalho, da propaganda enganosa. A garantia de

oferta de cuidados de saúde do mesmo nível a todos

43 que deles necessitam também responde à exigência da

igualdade. É claro que, enquanto direito coletivo, a saúde

depende igualmente do estágio de desenvolvimento

46 do Estado”.


Internet: <dx.doi.org> (com adaptações).

A locução “os quais” (linha 12) tem como referente o trecho

Alternativas
Q2658884 Português

Texto para os itens de 1 a 7.


1 O direito à saúde é um dos direitos mais

relevantes e complexos de que se tem notícia. Sua

definição, inclusive nos tratados internacionais de

4 direitos humanos, ocorre da forma mais ampla possível,

abrangendo desde o direito à assistência até o direito

ao desenvolvimento.

7 O direito à saúde tem duas dimensões: uma

objetiva, que protege o titular contra violações estatais

e particulares (defensiva); e uma prestacional, que

10 compreende a consecução de medidas que garantam

o gozo desse direito, bem como a organização de

instituições, serviços e ações sem os quais não seria

13 possível a fruição de tal direito.

Não é possível analisar o direito fundamental

à saúde sem considerar ambas as suas dimensões,

16 inclusive no que concerne aos casos concretos.

Tendo em vista que se trata de um direito muito

amplo, suas dimensões (defensiva e prestacional) são

19 complementares e interdependentes.

Desse modo, vulnerar o direito social à saúde é

vulnerar o direito à vida e à liberdade. Tais direitos devem

22 abarcar a possibilidade de cura ou de convivência com a

doença, de modo que se permita, em alguma medida, o

exercício da autodeterminação e da consecução de um

25 projeto de vida.

Trata‑se, portanto, de direito extremamente

complexo, assim como o próprio conceito de “saúde”.

28 Ambas as suas dimensões compreendem uma imensa

gama de direitos relacionados à vida e à dignidade

em vários graus de proteção. Conforme afirma Sueli

31 Dallari, doutora em saúde pública: “As limitações aos

comportamentos humanos são postas exatamente para

que todos possam usufruir igualmente as vantagens da

34 vida em sociedade. Assim, para preservar‑se a saúde de

todos, é necessário que ninguém possa impedir a outrem

de procurar seu bem‑estar ou induzi‑lo a adoecer. Essa

37 é a razão das normas jurídicas que obrigam à vacinação,

à notificação, ao tratamento, e mesmo ao isolamento de

certas doenças, à destruição de alimentos deteriorados

40 e, também, ao controle do meio ambiente, das condições

de trabalho, da propaganda enganosa. A garantia de

oferta de cuidados de saúde do mesmo nível a todos

43 que deles necessitam também responde à exigência da

igualdade. É claro que, enquanto direito coletivo, a saúde

depende igualmente do estágio de desenvolvimento

46 do Estado”.


Internet: <dx.doi.org> (com adaptações).

De acordo com a fala de Sueli Dallari reproduzida no texto, é correto afirmar que a estudiosa

Alternativas
Q2658883 Português

Texto para os itens de 1 a 7.


1 O direito à saúde é um dos direitos mais

relevantes e complexos de que se tem notícia. Sua

definição, inclusive nos tratados internacionais de

4 direitos humanos, ocorre da forma mais ampla possível,

abrangendo desde o direito à assistência até o direito

ao desenvolvimento.

7 O direito à saúde tem duas dimensões: uma

objetiva, que protege o titular contra violações estatais

e particulares (defensiva); e uma prestacional, que

10 compreende a consecução de medidas que garantam

o gozo desse direito, bem como a organização de

instituições, serviços e ações sem os quais não seria

13 possível a fruição de tal direito.

Não é possível analisar o direito fundamental

à saúde sem considerar ambas as suas dimensões,

16 inclusive no que concerne aos casos concretos.

Tendo em vista que se trata de um direito muito

amplo, suas dimensões (defensiva e prestacional) são

19 complementares e interdependentes.

Desse modo, vulnerar o direito social à saúde é

vulnerar o direito à vida e à liberdade. Tais direitos devem

22 abarcar a possibilidade de cura ou de convivência com a

doença, de modo que se permita, em alguma medida, o

exercício da autodeterminação e da consecução de um

25 projeto de vida.

Trata‑se, portanto, de direito extremamente

complexo, assim como o próprio conceito de “saúde”.

28 Ambas as suas dimensões compreendem uma imensa

gama de direitos relacionados à vida e à dignidade

em vários graus de proteção. Conforme afirma Sueli

31 Dallari, doutora em saúde pública: “As limitações aos

comportamentos humanos são postas exatamente para

que todos possam usufruir igualmente as vantagens da

34 vida em sociedade. Assim, para preservar‑se a saúde de

todos, é necessário que ninguém possa impedir a outrem

de procurar seu bem‑estar ou induzi‑lo a adoecer. Essa

37 é a razão das normas jurídicas que obrigam à vacinação,

à notificação, ao tratamento, e mesmo ao isolamento de

certas doenças, à destruição de alimentos deteriorados

40 e, também, ao controle do meio ambiente, das condições

de trabalho, da propaganda enganosa. A garantia de

oferta de cuidados de saúde do mesmo nível a todos

43 que deles necessitam também responde à exigência da

igualdade. É claro que, enquanto direito coletivo, a saúde

depende igualmente do estágio de desenvolvimento

46 do Estado”.


Internet: <dx.doi.org> (com adaptações).

De acordo com o texto, em relação às dimensões do direito à saúde, é correto afirmar que

Alternativas
Q2658580 Português

'Empresas já leem nossas mentes e vão saber ainda mais com neurotecnologia', diz pesquisadora

Alguns anos atrás, a ideia de "ameaça à privacidade de pensamento" estava mais para 1984, de George Orwell, e para o terreno da ficção científica distópica. Para Nita Farahany, professora da Universidade Duke (EUA) que se especializou em pesquisar as consequências das novas tecnologias e suas implicações éticas, essa ameaça já é presente hoje e deve ser levada a sério.

A iraniana-americana lançou neste ano o livro The Battle for your Brain: Defending the Right to Think Freely in the Age of Neurotechnology ("A Batalha pelo seu Cérebro: Defendendo o Direito de Pensar Livremente na Era da Neurotecnologia", em tradução livre, sem edição brasileira). Mas como é possível ler o nosso cérebro? Bem, de fato ainda não existe — como na ficção — uma supermáquina que entra na cabeça de uma pessoa e entrega uma lista completa de ideias e conceitos. Na verdade, explica Farahany, as defesas da nossa privacidade de pensamento começaram a ser derrubadas sem a necessidade de examinar diretamente o cérebro. Isso foi possível com a vasta quantidade de dados pessoais compartilhada em redes sociais e outros apps, que é analisada por algoritmos e depois monetizada.

Hoje as companhias de tecnologia detêm informações importantes sobre nós: quem são nossos amigos, qual conteúdo gera emoção (e, importante, que tipo de emoção), as preferências políticas, em quais produtos clicamos, por onde circulamos ao longo do dia e algumas das transações financeiras. "Tudo isso está sendo usado por empresas para criar perfis muito precisos sobre quem somos e assim entender nossas preferências e nossos desejos", diz Farahany em entrevista à BBC News Brasil. "É importante as pessoas entenderem que elas já estão em um mundo onde mentes são lidas."

Outra fronteira do nosso funcionamento interno começa a ser explorada com a popularização de smartwatches (relógios inteligentes), que reúnem dados sobre batimento cardíaco, níveis de estresse, qualidade do sono e muito mais. Mas o avanço da neurotecnologia, com equipamentos em contato direto com a cabeça, leva tudo isso a um novo patamar, com mais dados e mais precisão. Ela explica que sensores cerebrais são justamente parecidos com sensores de frequência cardíaca encontrados nos smartwatches ou em anéis que medem a temperatura do corpo quando captam a atividade elétrica no cérebro. "E toda vez que você pensa, ou toda vez que sente algo, os neurônios disparam em seu cérebro, emitindo pequenas descargas elétricas. Padrões característicos podem ser usados para tirar conclusões", afirma. "Por exemplo, se você vê uma propaganda e sente alegria ou estresse ou raiva, tédio, envolvimento... todas essas reações podem ser captadas por meio da atividade elétrica em seu cérebro e decodificadas com a inteligência artificial mais avançada." Ou seja, esses sinais cerebrais transmitem o que sentimos, observamos, imaginamos ou pensamos. Farahany afirma que as pessoas precisam compreender e aceitar que o cérebro "não é inteiramente delas".

Essa situação leva a própria filosofia a questionar o conceito de livre arbítrio, ou seja, o poder de um indivíduo de optar por suas ações. "Imagine que você se proponha no começo da semana a não passar mais de uma hora por dia nas redes sociais. Aí você descobre no final que você gastou quatro horas por dia. O que aconteceu?", pondera a professora de Direito e Filosofia na Duke. "Se existem algoritmos projetados para te capturar quando você quer se desconectar, se existem notificações quando você fica muito tempo fora do celular, se você quer assistir a só um episódio da série e o próximo começa automaticamente, você usou seu livre arbítrio? São ferramentas e técnicas projetadas para prejudicar aquilo com que você se comprometeu."

Farahany, ao contrário do que se possa pensar, é uma grande entusiasta dos avanços da neurotecnologia. Ela enumera ao longo de The Battle for Your Brain uma longa lista de contextos em que o monitoramento cerebral poderia melhorar a humanidade e salvar vidas. "O que eu proponho é um equilíbrio. É tanto uma forma de as pessoas enxergarem os aspectos positivos da tecnologia, mas também de estarem protegidas contra os riscos mais significativos", diz. "Para chegar lá, é necessário mudar a forma como pensamos a nossa relação com a tecnologia. A tecnologia raramente é o problema. Quase sempre é o mau uso."

"Não se trata de encampar posições absolutas do tipo 'tudo isso é ruim' ou 'tudo isso é ótimo', mas tentar definir quais são as funcionalidades dessa tecnologia para o bem comum e quais são os riscos de uso indevido." (...)

Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/articles/c88jmpl902lo (Adaptado).

A pesquisadora Nita Farahany, em relação aos avanços da neurotecnologia, apresenta uma visão:

Alternativas
Q2658463 Português

Leia o texto para responder às próximas três questões.


Orgulho. (Waldir Rocha/Nelson Wederkind).


Tu me mandaste embora, eu irei,

Mas comigo também levarei

O orgulho de não mais voltar.


Mesmo que a vida se torne cruel,

Se transforme numa taça de fel,

Este trapo tu não mais verás.


Eu seguirei com o meu dissabor,

Com a alma partida de dor

Procurando esquecer.


Deus sabe bem quem errou de nós dois

E dará o castigo depois,

O castigo a quem merecer.

Com base na leitura do texto, marque a alternativa incorreta.

Alternativas
Q2658003 Português
POR QUE GATOS SÃO MAIS INDEPENDENTES QUE CACHORROS?


E mais: por que eles se esfregam em nós? Por que dormem tanto? A ciência ainda não conseguiu solucionar mistérios do
comportamento felino – mas há algumas pistas.



Texto: Gabriela Portilho 



         Por causa da história, da socialização e até da genética dos felinos. Enquanto cães já convivem com os seres humanos há 50 mil anos, os gatos nos acompanham há apenas 8 mil, o que demonstra que eles ainda não passaram por um processo completo de domesticação. Além disso, cachorros têm uma predisposição natural a aceitar ordens, “herdada” de sua vida selvagem, já que os caninos evoluíram em bando, com uma hierarquia bem estruturada.

      Os gatos silvestres, por outro lado, sempre foram caçadores solitários. Sua relação com outros indivíduos – seja um gato, seja um humano – é uma parceria entre iguais. Por fim, nos cães, cientistas identificaram 41 genes ligados à domesticação. Nos gatos? Apenas 13.


 Por que eles se esfregam na gente?



           Grandes felinos roçam uns nos outros quando voltam da caça, o que pode ser uma demonstração de companheirismo. Também pode ser uma forma de demarcar território, já que esse contato espalha o cheiro do gatinho nos seus “alvos”. Assim, ele está determinando que nós (e nossas coisas), na verdade, somos dele. Além disso, com esse ato, o bicho pode estar reconhecendo que somos maiores, mas não superiores.



Por que eles dormem tanto?



      Uma teoria é de que os gatos são, por natureza, caçadores. Assim, instintivamente, poupam o máximo de energia para o momento de buscar uma presa. Em média, eles dormem de 16 a 18 horas por dia, mas é um sono leve, interrompido rapidamente ao primeiro sinal de perigo. Talvez por isso eles tirem pequenos cochilos, e não durmam pesado por longos períodos, como os humanos. 



E eles sonham? 



         Alguns especialistas dizem que eles alternam o sono leve (cerca de 70% do tempo) com períodos de sono profundo. Nestes últimos, podem ser observados os movimentos rápidos dos olhos (REM, em inglês), que também ocorrem quando os humanos estão sonhando, além de atos involuntários, como a agitação das patas e das unhas ou a rotação das orelhas. Tudo isso faz alguns especialistas acreditarem que, sim, eles sonham! 


[...]


Disponível em: https://super.abril.com.br/especiais/por-que-gatos-sao-mais-independentes-que-cachorros/. Acesso em: 13 jun. 2024. 



Com base na leitura do texto, assinale a alternativa CORRETA:
Com base na leitura do texto, assinale a alternativa CORRETA: 
Alternativas
Q2657999 Português
Observe a fotografia ilustrativa de uma reportagem do G1 e analise as assertivas a seguir:



Imagem associada para resolução da questão



Disponível em: https://www.instagram.com/p/C72YgBlN0ux/. Acesso em: 12 jun. 2024.


I- A forma como a mensagem foi escrita está perfeitamente clara e objetiva.

II- Aforma como a mensagem foi escrita denota a presença de ambiguidade.

III- O contexto histórico esclarece a ambiguidade e o significado pretendido da mensagem.

É CORRETO o que se afirma em:
Alternativas
Q2657996 Português
HAMAS DIZ ACEITAR TERMOS GERAIS DE PLANO DOS EUA
PARA CESSAR-FOGO NA FAIXA DE GAZA


Washington fala de “sinal de esperança”; facção terrorista, porém, teria proposto emendas à proposta original



11 jun. 2024 às 17h39. Atualizado: 11 jun. 2024 às 18h15


SÃO PAULO


      Um dia após o Conselho de Segurança da ONU aprovar uma proposta apresentada pelos Estados Unidos para estabelecer um cessar-fogo na guerra entre Israel e Hamas, líderes da facção terrorista disseram nesta terça-feira (11) que o grupo está disposto a aceitar o plano e pronto para negociar os detalhes.

      Em viagem pelo Oriente Médio, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, afirmou que a declaração representa um "sinal de esperança" para apaziguar o conflito que se arrasta há oito meses.

       Mediadores do Qatar e do Egito confirmaram o recebimento de uma sinalização positiva do grupo terrorista, mas um dos negociadores disse à agência de notícias AFP que a facção exigiu emendas ao plano de Washington, o que colocaria em dúvida a viabilidade de sua implementação.

       Já o governo israelense negou avanços nos diálogos. À agência Reuters uma autoridade disse, sob condição de anonimato, que o Hamas pretende mudar os principais parâmetros da proposta aprovada pela ONU, incluindo os planos para a soltura de reféns ainda mantidos em cativeiros na Faixa de Gaza.

    Antes da resposta do Hamas, um funcionário do governo israelense havia dito que a proposta dos EUA permitiria a Israel alcançar seus objetivos na guerra, incluindo a destruição do grupo terrorista e a libertação de reféns, segundo o jornal The New York Times. Ele não afirmou, porém, se Tel Aviv pretendia aceitar o acordo, e o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, tampouco havia sinalizado essa possibilidade.

       O Hamas, por sua vez, divulgou comunicado após responder à proposta reiterando exigências já apresentadas durante o conflito. "A resposta dá prioridade aos interesses do povo palestino e enfatiza a necessidade de um cessar completo da agressão em curso em Gaza", afirmou o grupo numa declaração conjunta com o Jihad Islâmico.

     Em tese, algumas das demandas apresentadas pela facção contrariam aquele que tem sido o mantra de Netanyahu desde o início do conflito —de que a guerra só terminaria com a destruição total do Hamas. Assim, as partes ainda parecem distantes de um acordo.

        As discussões sobre os planos pós-guerra ainda continuarão nos próximos dias, ponderou Blinken, que voltou a se reunir com autoridades israelenses nesta terça, em Tel Aviv. O chefe da diplomacia americana desembarcou em Israel na segunda, em sua oitava visita ao Oriente Médio desde o início do conflito, para pressionar as partes envolvidas a estabelecerem um cessar-fogo.

      O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que as autoridades americanas estavam avaliando as emendas propostas pelo Hamas. Ele enalteceu o envio de uma resposta formal do grupo terrorista, descrita por ele como útil para a construção dos diálogos, mas também não confirmou avanços.

        A mais recente proposta para cessar-fogo aprovada pela ONU foi apresentada no final de maio pelos EUA e propõe uma trégua de três fases. Na primeira, haveria um cessar-fogo completo por seis semanas, a retirada de todas as tropas das áreas habitadas de Gaza e a libertação de reféns sequestrados pelo Hamas em troca de centenas de prisioneiros palestinos. Ao mesmo tempo, passaria a haver um fluxo de 600 caminhões de ajuda humanitária entrando no território palestino todos os dias.

      Na segunda fase, Hamas e Israel negociariam um fim para a guerra, e o cessar-fogo continuaria em vigor durante essas negociações. A terceira fase consistiria em um plano de reconstrução do território palestino.

     "A administração dos EUA enfrenta um verdadeiro teste para cumprir os seus compromissos de obrigar a ocupação a pôr fim imediatamente à guerra, numa implementação da resolução do Conselho de Segurança da ONU", disse Abu Zuhri, um alto funcionário do Hamas, nesta terça.

     Apesar da aprovação do plano pelo Conselho de Segurança, palestinos disseram que as forças israelenses que operam na cidade de Rafah, no sul de Gaza, explodiram um conjunto de casas nesta terça, e que um ataque aéreo na Cidade de Gaza, no norte, matou ao menos quatro pessoas.

        Os EUA são os principais aliados e o maior fornecedor de armas a Israel, mas, assim como parte da comunidade internacional, tornaram-se críticos em relação ao número de mortes de civis em Gaza e à destruição no território causada pelas ofensivas israelenses. Desde o começo da guerra, mais de 37 mil palestinos foram mortos nos ataques, segundo o Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas.

     Em Gaza, os palestinos reagiram com cautela à votação do Conselho de Segurança. "Só vamos acreditar quando virmos [o cessar-fogo]", disse Shaban Abdel-Raouf, 47, forçada a se deslocar várias vezes durante o conflito e que atualmente está abrigada na cidade de Deir Al-Balah, no centro do território.




Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2024/06/hamas-diz-aceitar-termos-gerais-de-plano-dos-eua-para-cessar-fogo-na-faixa-de-gaza.shtml. Acesso em: 11 jun. 2024.

Com relação às informações apresentadas pela reportagem da Folha de São Paulo, analise as assertivas abaixo:


I- O Hamas rejeitou de forma intransigente a proposta dos Estados Unidos aprovada pelo Conselho da ONU para estabelecer um cessar-fogo entre o grupo terrorista e Israel na faixa de Gaza.

II- O governo de Israel negou o avanço dos diálogos com o Hamas para que haja um cessar-fogo na faixa de Gaza porque há a possibilidade de a facção terrorista mudar os principais termos do plano de Washington.

III- Algumas demandas do Hamas aceitam a premissa de que a guerra só acabaria com o desbaratamento completo desta facção terrorista na Palestina.

IV- A proposta mais recente de cessar-fogo dos Estados Unidos propõe uma trégua de três fases. Contudo, em nenhuma das fases está prevista a entrada de ajuda humanitária na Palestina.

V- A reconstrução do território palestino está prevista no plano de três fases proposto pelos Estados Unidos ao Hamas.


É CORRETO o que se afirma apenas em:
Alternativas
Q2657995 Português
Considere a leitura da charge a seguir, e, na sequência, analise as assertivas:



Imagem associada para resolução da questão



Disponível em: https://www.instagram.com/p/CjGH6cyLOyI/. Acesso em: 11 jun. 2024.



I- A situação retratada pela charge mostra a dificuldade de sair de casa que os tutores de cachorros encontram por causa da reação de seus bichinhos.

II- A situação retratada sugere maus tratos a animais.

III- O cachorro fica triste quando sua tutora sai para trabalhar porque imagina que está sendo traído.

IV- Não há relação entre a ação realizada pela tutora e o comportamento do cachorro.

V- O cachorro pressupõe que o trabalho é um lugar na natureza muito divertido onde sua tutora interage com vários outros cachorros o dia inteiro.

É CORRETO o que se afirma apenas em:
Alternativas
Q2657994 Português
Com relação à leitura dos quadrinhos, analise as assertivas abaixo:

I- A avó não conseguiu assustar o neto.
II- No texto, a fala de Dona Anésia no último quadrinho coloca os dinossauros na categoria de fantasmas.
III- Os termos de fantasmas e de dinossauros exercem a mesma função sintática.


É CORRETO o que se afirma em:
Alternativas
Q2657991 Português
A AMEAÇA DOS ULTRAPROCESSADOS


Eles já correspondem a um quarto das calorias que comemos. Estão relacionados a diversas doenças, como ansiedade, depressão e 25 tipos de câncer. E matam 57 mil pessoas por ano só no Brasil. Entenda como a indústria alimentícia manipula nosso paladar e nos vicia em produtos nocivos.


Por Tiago Cordeiro e Bruno Garattoni


Atualizado em 28 de maio de 2024, às 19h27. Publicado em 17 de maio de 2024, às 10h00


          Qual foi a última coisa que você comeu? Há boas chances de que tenha sido algo ultraprocessado – ou seja, que é o resultado de uma sequência de técnicas industriais, com a adição de ingredientes artificiais, substâncias que modificam o sabor e processos que alteram as propriedades físicas e químicas do alimento.

       Os ultraprocessados já correspondem a 25% de todas as calorias consumidas no Brasil, de acordo com um estudo do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens) da USP.

        É bastante coisa, e está aumentando: há apenas seis anos, 19,6% das calorias que ingerimos vinham dos ultraprocessados. Em outros países, o cenário é ainda mais impressionante: nos EUA, 55,5% das calorias consumidas pela população vêm de ultraprocessados; na Inglaterra, são 56,8% e no Canadá, 48%.

       Os ultraprocessados conquistaram o mundo porque custam pouco e, embora não sejam exatamente deliciosos, costumam ter altos níveis de sal, açúcar e gordura, três ingredientes extremamente atraentes para o paladar humano. Mas eles também têm outro lado: podem estar relacionados a uma série de doenças.

         O consumo de ultraprocessados está associado a maior risco de 25 tipos de câncer, como descreveu um levantamento que acompanhou 521 mil pessoas, de 10 países europeus, ao longo de uma década.

    Esse (mau) hábito alimentar também está relacionado a depressão, ansiedade e declínio cognitivo, como apontou um relatório produzido pela ONG americana Sapien Labs.

        Ao avaliar a rotina alimentar e o estado de saúde de quase 300 mil pessoas em 70 países, ela concluiu que 53% das pessoas que se alimentam de ultraprocessados várias vezes ao dia relatam sofrer de problemas relacionados à saúde mental – contra 18% dos entrevistados que raramente procuram por esse tipo de comida.

      Os danos são generalizados. “No geral, foram encontradas associações diretas entre a exposição a alimentos ultraprocessados e 32 parâmetros de saúde que abrangem mortalidade, câncer e resultados de saúde mental, respiratório, cardiovascular, gastrointestinal e metabólico”, resumem especialistas de diversas instituições importantes, incluindo a Universidade Johns Hopkins, a Universidade de Sydney, e a Universidade de Sorbonne, em um trabalho que avaliou 45 outros estudos sobre alimentos ultraprocessados, envolvendo 9,9 milhões de pessoas ao todo.

         Essa análise apontou que a maior ingestão de ultraprocessados está associada a um aumento de 50% no risco de morte por doenças cardiovasculares, de 48% a 53% mais risco de desenvolver transtornos mentais, e 12% mais probabilidade de sofrer diabetes tipo 2.

      Tem mais. Os ultraprocessados causam 57 mil mortes prematuras por ano no Brasil, como estima um estudo elaborado por pesquisadores das USP, da Fiocruz, da Unifesp e da Universidade de Santiago (Chile).

        É isso mesmo. Eles matam mais gente, a cada ano, do que os acidentes de trânsito (que vitimam em torno de 30 mil pessoas), ou os homicídios (39.500 mortes no ano passado).

[...] 


Disponível em: https://super.abril.com.br/saude/a-ameaca-dos-ultraprocessados/. Acesso em: 11 jun. 2024.

Analise as assertivas abaixo:


I- O texto faz uma apologia aos alimentos ultraprocessados na alimentação do brasileiro.

II- O texto faz um alerta aos riscos da ingestão de alimentos ultraprocessados.

III- Os alimentos ultraprocessados não podem causar prejuízos ao sistema respiratório.

IV- Os Estados Unidos consomem mais alimentos ultraprocessados que o Canadá.

V- A ingestão de alimentos ultraprocessados representa um risco de se desenvolverem doenças cardiovasculares.


É CORRETO o que se afirma apenas em:
Alternativas
Q2657395 Português
“Nós aprendemos com os erros?”
Erro não é para ser punido, é para ser corrigido. O que deve ser punido é a negligência, a desatenção e o descuido. O erro faz parte do processo de acerto, da tentativa de inovação, da procura de construir algo melhor. Ninguém é imune ao erro. A frase clássica “errar é humano” não é uma justificativa, é uma explicação. Ela significa, entre outras coisas, que nós somos, sim, passíveis de errar, mas insisto: o erro não é para ser punido, é para ser corrigido. Corrige-se o erro de modo que quem errou faça direito da próxima vez.
Não haveria inovação na vida humana se o erro não tivesse o seu lugar. Aí se diria: “nós aprendemos com os erros?” Não, aprendemos com a correção dos erros. Se aprendêssemos com os erros, o melhor método pedagógico seria errar bastante, e há erros que são fatais, terminais. Na escola, com frequência colocavam no acerto um “C” pequenininho em azul no meu trabalho, e quando errava, não é que eles colocavam um “E” em vermelho, grandão, valorizando algo que deve ser corrigido, e não punido?
O físico Albert Einstein dizia algo que nos ajuda a refletir: “Tolo é aquele que faz as coisas sempre do mesmo jeito e espera resultados diferentes”. Algumas pessoas rejeitam o lugar do erro. Urge relativizar essa postura, e isso não é querer elogiar o erro, mas admiti-lo no dia a dia.
Texto de Mario Sergio Cortella, retirado do livro “Pensar bem nos faz bem – filosofia, religião, ciência e educação. Título original: Erro.
De acordo com as informações do texto, analise as proposições a seguir.

I. O texto, em análise, é de autoria do físico Albert Einstein.
II. A frase clássica “errar é humano” serve de justificativa para os erros cometidos pelos indivíduos.
III. Segundo Cortella, não haveria inovação na vida humana se o erro não tivesse o seu lugar.
IV. Em suma, a resposta ao título, segundo o autor, é que não aprendemos com os erros, mas sim com a correção deles.

Quais estão corretas?
Alternativas
Q2657365 Português

Observe o outdoor abaixo e analise as assertivas que se seguem: 




Imagem associada para resolução da questão


Disponível em: https://www.sopa.ag/blog/2011/07/anuncio-criativo-da-freeport-testa-sua-supersticao/freeport/. Acesso em: 13 jun. 2024.



I- O que torna o outdoor interessante é que a sua mensagem ultrapassa os limites do suporte.


II- Ao analisar o enunciado destacado do outdoor- você é supersticioso? -, constatamos que o predicado é verbal.


III- Ainda de acordo com o dizer - Você é supersticioso? -, o termo supersticioso exerce a função sintática de predicativo do sujeito.



É CORRETO o que se afirma em:

Alternativas
Q2657364 Português

Leia a tira abaixo e analise as assertivas:



Imagem associada para resolução da questão




Disponível em: https://www.instagram.com/p/CChIdErAMw9/. Acesso em: 12 jun. 2024.





I- Atira não faz nenhuma crítica à sociedade brasileira.

II- A crítica à sociedade brasileira está no último quadrinho, que alerta sobre os malefícios à saúde causados pelo uso de agrotóxicos.

III- No primeiro quadrinho, o termo entre vírgulas se classifica sintaticamente como um aposto e se presta a oferecer uma explicação.

IV- No primeiro quadrinho, o verbo oferecer é bitransitivo.

V- No segundo quadrinho, a oração introduzida pelo conectivo e é uma oração coordenada sindética adversativa.


É CORRETO o que se afirma apenas em:


Alternativas
Q2657356 Português
A AMEAÇA DOS ULTRAPROCESSADOS


Eles já correspondem a um quarto das calorias que comemos. Estão relacionados a diversas doenças, como ansiedade, depressão e 25 tipos de câncer. E matam 57 mil pessoas por ano só no Brasil. Entenda como a indústria alimentícia manipula nosso paladar e nos vicia em produtos nocivos.


Por Tiago Cordeiro e Bruno Garattoni


Atualizado em 28 de maio de 2024, às 19h27. Publicado em 17 de maio de 2024, às 10h00


          Qual foi a última coisa que você comeu? Há boas chances de que tenha sido algo ultraprocessado – ou seja, que é o resultado de uma sequência de técnicas industriais, com a adição de ingredientes artificiais, substâncias que modificam o sabor e processos que alteram as propriedades físicas e químicas do alimento.

       Os ultraprocessados já correspondem a 25% de todas as calorias consumidas no Brasil, de acordo com um estudo do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens) da USP.

        É bastante coisa, e está aumentando: há apenas seis anos, 19,6% das calorias que ingerimos vinham dos ultraprocessados. Em outros países, o cenário é ainda mais impressionante: nos EUA, 55,5% das calorias consumidas pela população vêm de ultraprocessados; na Inglaterra, são 56,8% e no Canadá, 48%.

       Os ultraprocessados conquistaram o mundo porque custam pouco e, embora não sejam exatamente deliciosos, costumam ter altos níveis de sal, açúcar e gordura, três ingredientes extremamente atraentes para o paladar humano. Mas eles também têm outro lado: podem estar relacionados a uma série de doenças.

         O consumo de ultraprocessados está associado a maior risco de 25 tipos de câncer, como descreveu um levantamento que acompanhou 521 mil pessoas, de 10 países europeus, ao longo de uma década.

    Esse (mau) hábito alimentar também está relacionado a depressão, ansiedade e declínio cognitivo, como apontou um relatório produzido pela ONG americana Sapien Labs.

        Ao avaliar a rotina alimentar e o estado de saúde de quase 300 mil pessoas em 70 países, ela concluiu que 53% das pessoas que se alimentam de ultraprocessados várias vezes ao dia relatam sofrer de problemas relacionados à saúde mental – contra 18% dos entrevistados que raramente procuram por esse tipo de comida.

      Os danos são generalizados. “No geral, foram encontradas associações diretas entre a exposição a alimentos ultraprocessados e 32 parâmetros de saúde que abrangem mortalidade, câncer e resultados de saúde mental, respiratório, cardiovascular, gastrointestinal e metabólico”, resumem especialistas de diversas instituições importantes, incluindo a Universidade Johns Hopkins, a Universidade de Sydney, e a Universidade de Sorbonne, em um trabalho que avaliou 45 outros estudos sobre alimentos ultraprocessados, envolvendo 9,9 milhões de pessoas ao todo.

         Essa análise apontou que a maior ingestão de ultraprocessados está associada a um aumento de 50% no risco de morte por doenças cardiovasculares, de 48% a 53% mais risco de desenvolver transtornos mentais, e 12% mais probabilidade de sofrer diabetes tipo 2.

      Tem mais. Os ultraprocessados causam 57 mil mortes prematuras por ano no Brasil, como estima um estudo elaborado por pesquisadores das USP, da Fiocruz, da Unifesp e da Universidade de Santiago (Chile).

        É isso mesmo. Eles matam mais gente, a cada ano, do que os acidentes de trânsito (que vitimam em torno de 30 mil pessoas), ou os homicídios (39.500 mortes no ano passado).

[...] 


Disponível em: https://super.abril.com.br/saude/a-ameaca-dos-ultraprocessados/. Acesso em: 11 jun. 2024.

Considere o excerto abaixo:


      “Esse (mau) hábito alimentar também está relacionado a depressão, ansiedade e declínio cognitivo, como apontou um relatório produzido pela ONG americana Sapien Labs.
           Ao avaliar a rotina alimentar e o estado de saúde de quase 300 mil pessoas em 70 países, ela concluiu que 53% das pessoas que se alimentam de ultraprocessados várias vezes ao dia relatam sofrer de problemas relacionados à saúde mental – contra 18% dos entrevistados que raramente procuram por esse tipo de comida”.

No tocante à construção da referenciação do texto, assinale a alternativa CORRETA:
Alternativas
Respostas
2161: E
2162: C
2163: C
2164: A
2165: D
2166: C
2167: A
2168: D
2169: C
2170: D
2171: D
2172: B
2173: C
2174: C
2175: C
2176: B
2177: D
2178: A
2179: B
2180: D