Questões de Concurso Sobre noções gerais de compreensão e interpretação de texto em português

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Q2638329 Português

O texto seguinte servirá de base para responder às questões de 1 a 7.


O peso dos ultraprocessados


Trabalhos recentes feitos no Brasil apontam uma associação estatística significativa entre o consumo em excesso de alimentos ultraprocessados e a ocorrência de mortes evitáveis, somada à aceleração do processo de declínio cognitivo na população brasileira. Um artigo publicado em novembro de 2022 na revista American Journal of Preventive Medicine estima que, em 2019, pelo menos 57 mil óbitos prematuros no país teriam sido causados pela ingestão em demasia de ultraprocessados. Outro estudo, que saiu em dezembro de 2022 na revista científica JAMA Neurology, sugere que o consumo exacerbado desse tipo de alimento acelera em 28% o declínio da cognição geral dos adultos.

Os alimentos ultraprocessados apresentam pouco do valor nutritivo de seus ingredientes originais. A categoria, genérica, abrange um conjunto de comidas às quais foram adicionados altos teores de açúcar, gordura, sal ou compostos químicos com a finalidade de aumentar sua durabilidade ou palatabilidade. Como exemplos desse tipo de alimento, figuram embutidos como salsicha, nugget de frango, bolacha recheada, refrigerante, salgadinho, sorvete e doces industrializados. Os ultraprocessados são altamente calóricos. Comer um hambúrguer congelado de 80 gramas (g), por exemplo, equivale a ingerir 25% da quantidade diária recomendada de gordura. Uma lata de refrigerante representa 12% do total de açúcar que deveria ser consumido por uma pessoa em 24 horas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define como mortes prematuras aquelas que ocorrem entre 30 e 69 anos e, portanto, não estão associadas apenas à velhice. Acidentes de carro, homicídios, quedas, envenenamentos estão entre as causas mais comuns de óbitos preveníveis, além das chamadas doenças não transmissíveis, como os problemas cardíacos, a obesidade e o câncer.

A partir de uma modelagem epidemiológica, os pesquisadores calcularam o número de mortes não naturais ligadas ao consumo de ultraprocessados no Brasil em 2019. "Nossa modelagem considera como fator de risco para a ocorrência de mortes prematuras quanto uma população consome de ultraprocessados e associa esse dado à estimativa de risco e morte por todas as causas, segundo a literatura científica internacional", explica o biólogo Eduardo Nilson, pesquisador associado ao Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde, da Universidade de São Paulo (Nupens-USP) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Brasília, autor principal do primeiro estudo.

O trabalho considerou a Pesquisa de Orçamento Familiar 2017-2018, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), como indicador do nível de consumo de comidas ultraprocessadas no país. O levantamento estimou que o percentual diário da dieta composta por ultraprocessados varia entre 13% e 21% na população brasileira, de acordo com a idade e o sexo dos entrevistados. Esses dados, mais as informações do DataSUS, do Ministério da Saúde, permitiram estimar que cerca de 57 mil mortes prematuras estavam associadas, em 2019, ao consumo de ultraprocessados. O número equivale a 10,5% de todos os óbitos precoces de brasileiros no período. Se forem consideradas apenas as vítimas fatais atribuídas a doenças não transmissíveis, o consumo de alimentos industrializados responderia por uma fatia substancialmente maior: 21,8% dos óbitos dentro dessa categoria.

O artigo, que também contou com a colaboração de colegas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da Universidade Católica do Chile, projeta, ainda, como seriam três cenários em que os brasileiros diminuíssem a média total de calorias obtidas por meio do consumo desse tipo de alimento pouco saudável. Reduzir em 10% o peso desses itens na dieta evitaria 5,9 mil mortes precoces. Uma redução de 20% pouparia 12 mil óbitos. Um corte mais significativo, de 50% no consumo de ultraprocessados, implicaria 29,3 mil vidas salvas por ano.

O segundo artigo indica ter encontrado uma associação do consumo excessivo de ultraprocessados com um problema mais sutil: uma piora da performance cognitiva. O grupo investigou se uma dieta farta em comida industrializada poderia acelerar o declínio dos domínios de faculdades mentais, sobretudo das chamadas funções executivas. Além de serem importantes para o raciocínio e a capacidade de resolver problemas, essas funções regulam habilidades ligadas à autonomia, como o controle consciente de ações, pensamentos e emoções.

Os dados do trabalho foram coletados entre 2008 e 2017 pelo Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (Elsa), que conta com financiamento da FAPESP e do Ministério da Saúde. Foram analisadas informações de 10.775 pessoas, de seis cidades brasileiras - as capitais do Sudeste, além de Porto Alegre e Salvador. Todos os voluntários eram funcionários universitários ativos ou aposentados com mais de 35 anos. A média de idade de todos os participantes era de 50,6 anos. Cada voluntário foi acompanhado por oito anos, em média, e avaliado em três momentos diferentes. Os participantes foram divididos em quatro grupos, de acordo com o nível de ingestão de comida industrializada.

O desempenho cognitivo de cada grupo foi colocado à prova em testes de cognição. Quem obtinha mais de 20% de suas calorias diárias comendo ultraprocessados apresentou uma taxa de declínio geral da cognição 28% mais rápida do que o grupo que retirava menos de 20% de sua energia por meio do consumo desse tipo de alimento. O declínio da função executiva, mais ligada ao controle dos pensamentos e das ações, foi 25% mais rápido nas pessoas que ingeriam muitos ultraprocessados.

Os trabalhos que exploram a associação entre dois parâmetros, como o consumo de ultraprocessados e a ocorrência de doenças ou mortes, têm limitações. Eles indicam que há fortes correlações estatísticas de que a alteração de uma variável leva a mudanças na outra. No caso, a quantidade de comida industrializada ingerida parece influenciar no aparecimento de doenças e na quantidade de mortes prematuras. Esses estudos, no entanto, não conseguem demonstrar qual seria o mecanismo por trás dessa aparente correlação.


Retirado e adaptado de: ELER, Guilherme. O peso dos ultraprocessados. Revista Pesquisa FAPESP. Disponível em: https://revistapesquisa. fapesp.br/o-peso-dos-ultraprocessados/ Acesso em: 13 mar., 2023.


A respeito dos sentidos dos vocábulos empregados no texto "O peso dos ultraprocessados", analise as afirmações a seguir:


I.No título, a palavra peso apresenta sentido denotativo, visto que indica o aumento de peso na população, que está ligado ao consumo dos ultraprocessados.

II.No trecho "Um corte mais significativo, de 50% no consumo de ultraprocessados, implicaria 29,3 mil vidas salvas por ano", a palavra corte apresenta um sentido pejorativo.

III.No trecho "Os dados do trabalho foram coletados entre 2008 e 2017 pelo Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (Elsa), que conta com financiamento da FAPESP e do Ministério da Saúde", a palavra longitudinal significa de longa duração.


É correto o que se afirma em:

Alternativas
Q2638327 Português

O texto seguinte servirá de base para responder às questões de 1 a 7.


O peso dos ultraprocessados


Trabalhos recentes feitos no Brasil apontam uma associação estatística significativa entre o consumo em excesso de alimentos ultraprocessados e a ocorrência de mortes evitáveis, somada à aceleração do processo de declínio cognitivo na população brasileira. Um artigo publicado em novembro de 2022 na revista American Journal of Preventive Medicine estima que, em 2019, pelo menos 57 mil óbitos prematuros no país teriam sido causados pela ingestão em demasia de ultraprocessados. Outro estudo, que saiu em dezembro de 2022 na revista científica JAMA Neurology, sugere que o consumo exacerbado desse tipo de alimento acelera em 28% o declínio da cognição geral dos adultos.

Os alimentos ultraprocessados apresentam pouco do valor nutritivo de seus ingredientes originais. A categoria, genérica, abrange um conjunto de comidas às quais foram adicionados altos teores de açúcar, gordura, sal ou compostos químicos com a finalidade de aumentar sua durabilidade ou palatabilidade. Como exemplos desse tipo de alimento, figuram embutidos como salsicha, nugget de frango, bolacha recheada, refrigerante, salgadinho, sorvete e doces industrializados. Os ultraprocessados são altamente calóricos. Comer um hambúrguer congelado de 80 gramas (g), por exemplo, equivale a ingerir 25% da quantidade diária recomendada de gordura. Uma lata de refrigerante representa 12% do total de açúcar que deveria ser consumido por uma pessoa em 24 horas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define como mortes prematuras aquelas que ocorrem entre 30 e 69 anos e, portanto, não estão associadas apenas à velhice. Acidentes de carro, homicídios, quedas, envenenamentos estão entre as causas mais comuns de óbitos preveníveis, além das chamadas doenças não transmissíveis, como os problemas cardíacos, a obesidade e o câncer.

A partir de uma modelagem epidemiológica, os pesquisadores calcularam o número de mortes não naturais ligadas ao consumo de ultraprocessados no Brasil em 2019. "Nossa modelagem considera como fator de risco para a ocorrência de mortes prematuras quanto uma população consome de ultraprocessados e associa esse dado à estimativa de risco e morte por todas as causas, segundo a literatura científica internacional", explica o biólogo Eduardo Nilson, pesquisador associado ao Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde, da Universidade de São Paulo (Nupens-USP) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Brasília, autor principal do primeiro estudo.

O trabalho considerou a Pesquisa de Orçamento Familiar 2017-2018, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), como indicador do nível de consumo de comidas ultraprocessadas no país. O levantamento estimou que o percentual diário da dieta composta por ultraprocessados varia entre 13% e 21% na população brasileira, de acordo com a idade e o sexo dos entrevistados. Esses dados, mais as informações do DataSUS, do Ministério da Saúde, permitiram estimar que cerca de 57 mil mortes prematuras estavam associadas, em 2019, ao consumo de ultraprocessados. O número equivale a 10,5% de todos os óbitos precoces de brasileiros no período. Se forem consideradas apenas as vítimas fatais atribuídas a doenças não transmissíveis, o consumo de alimentos industrializados responderia por uma fatia substancialmente maior: 21,8% dos óbitos dentro dessa categoria.

O artigo, que também contou com a colaboração de colegas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da Universidade Católica do Chile, projeta, ainda, como seriam três cenários em que os brasileiros diminuíssem a média total de calorias obtidas por meio do consumo desse tipo de alimento pouco saudável. Reduzir em 10% o peso desses itens na dieta evitaria 5,9 mil mortes precoces. Uma redução de 20% pouparia 12 mil óbitos. Um corte mais significativo, de 50% no consumo de ultraprocessados, implicaria 29,3 mil vidas salvas por ano.

O segundo artigo indica ter encontrado uma associação do consumo excessivo de ultraprocessados com um problema mais sutil: uma piora da performance cognitiva. O grupo investigou se uma dieta farta em comida industrializada poderia acelerar o declínio dos domínios de faculdades mentais, sobretudo das chamadas funções executivas. Além de serem importantes para o raciocínio e a capacidade de resolver problemas, essas funções regulam habilidades ligadas à autonomia, como o controle consciente de ações, pensamentos e emoções.

Os dados do trabalho foram coletados entre 2008 e 2017 pelo Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (Elsa), que conta com financiamento da FAPESP e do Ministério da Saúde. Foram analisadas informações de 10.775 pessoas, de seis cidades brasileiras - as capitais do Sudeste, além de Porto Alegre e Salvador. Todos os voluntários eram funcionários universitários ativos ou aposentados com mais de 35 anos. A média de idade de todos os participantes era de 50,6 anos. Cada voluntário foi acompanhado por oito anos, em média, e avaliado em três momentos diferentes. Os participantes foram divididos em quatro grupos, de acordo com o nível de ingestão de comida industrializada.

O desempenho cognitivo de cada grupo foi colocado à prova em testes de cognição. Quem obtinha mais de 20% de suas calorias diárias comendo ultraprocessados apresentou uma taxa de declínio geral da cognição 28% mais rápida do que o grupo que retirava menos de 20% de sua energia por meio do consumo desse tipo de alimento. O declínio da função executiva, mais ligada ao controle dos pensamentos e das ações, foi 25% mais rápido nas pessoas que ingeriam muitos ultraprocessados.

Os trabalhos que exploram a associação entre dois parâmetros, como o consumo de ultraprocessados e a ocorrência de doenças ou mortes, têm limitações. Eles indicam que há fortes correlações estatísticas de que a alteração de uma variável leva a mudanças na outra. No caso, a quantidade de comida industrializada ingerida parece influenciar no aparecimento de doenças e na quantidade de mortes prematuras. Esses estudos, no entanto, não conseguem demonstrar qual seria o mecanismo por trás dessa aparente correlação.


Retirado e adaptado de: ELER, Guilherme. O peso dos ultraprocessados. Revista Pesquisa FAPESP. Disponível em: https://revistapesquisa. fapesp.br/o-peso-dos-ultraprocessados/ Acesso em: 13 mar., 2023.


Como todo texto de natureza dissertativa-argumentativa, "O peso dos ultraprocessados" apresenta diferentes partes em sua composição. No caso do texto lido, as partes apresentadas são:


1.Contra-argumentação

2.Apresentação do tema

3.Explicação dos estudos

4.Introdução aos estudos


A sequência correta em que essas partes são apresentadas no texto é:

Alternativas
Q2635717 Português

Considere atentamente o texto a seguir, extraído de uma das crônicas de Otto Lara Resende, para responder as próximas questões.


“O Dr. Fritz Muller é um alemão que veio jovem para o Brasil, no século passado. Um sábio. E até um herói, pela vida que levou em Santa Catarina. O Moacir Werneck de Castro escreveu sobre o Dr. Muller um livro que ainda está inédito. Li o original e fiquei impressionado: que vida! O homem se adaptou ao Brasil de tal forma que chegou a andar descalço, com chapéu de caipira na cabeça. Nem por isso deixou de ser alemão. Em 1878, escreveu numa carta o seguinte: ‘Quando se vive todo um quarto de século na terra das preguiças, incorpora-se pouco a pouco algo da natureza desses bichos, seja em razão do exemplo, do clima ou, o que é essencial, da falta de estímulos espirituais’. Estava amargo nesse dia o Dr. Fritz Muller. E tinha lá as suas razões. Era de briga o homem. Teve muito aborrecimento, mas nunca mais saiu daqui e deixou uma bela obra. Per Johns, escritor, é filho de dinamarqueses. Se você quer saber como os nórdicos que vivem aqui veem o brasileiro, leia ‘As aves de Cassandra’. É um romance e nem por isso deixa de ser um documento. Disse nórdicos, mas posso dizer europeus do norte, para aí incluir alemães, ingleses e outros. Têm horror a itálicos e hispânicos. E do Brasil não têm uma visão lisonjeira. Acabam às vezes se abrasileirando, mas não suportam, com licença, a nossa ‘esculhambação’. Está lá no Per Johns o que sentem e o que dizem do trópico. Metem o pau na nossa pasmaceira, sensualidade e preguiça. Mas uma prova da força da nossa cultura é que o próprio Per Johns, dinamarquês de quatro costados, é hoje um acabado escritor brasileiro. Dizer que o brasileiro é preguiçoso é a meu ver injusto. O sujeito que diz isso não conhece o brasileiro. E muito menos a preguiça, um desdentado da família dos bradipodídeos. Brasileira 100%, a preguiça não gasta energia à toa. Prova de que é inteligentíssima. Vive o tempo todo na embaúba. Só se muda se for preciso. Por exemplo: se faltarem as folhinhas novas que aprecia. Ameaçada, é capaz de subir correndo numa árvore de trinta metros. Adora o sol e faz ginástica, feliz da vida. Bem camuflada, não há onça nem jiboia que a peguem. Os nórdicos queriam o quê? Que a preguiça saísse correndo pelo mato qual antílope? Isto seria burrice. E morte na certa. Inteligência é capacidade de adaptação. É o que não falta ao brasileiro e à preguiça”. (Preguiça e inteligência, Otto Lara Resende, com adaptações).

No trecho “O sujeito que diz isso não conhece o brasileiro. E muito menos a preguiça”, o substantivo “preguiça” diz respeito a um:

Alternativas
Ano: 2023 Banca: EDUCA Órgão: Prefeitura de Pilões - PB Provas: EDUCA - 2023 - Prefeitura de Pilões - PB - Assistente Social | EDUCA - 2023 - Prefeitura de Pilões - PB - Farmacêutico | EDUCA - 2023 - Prefeitura de Pilões - PB - Engenheiro Agrônomo | EDUCA - 2023 - Prefeitura de Pilões - PB - Fiscal de Tributos | EDUCA - 2023 - Prefeitura de Pilões - PB - Fisioterapeuta | EDUCA - 2023 - Prefeitura de Pilões - PB - Odontólogo - PSF | EDUCA - 2023 - Prefeitura de Pilões - PB - Fonoaudiólogo | EDUCA - 2023 - Prefeitura de Pilões - PB - Nutricionista | EDUCA - 2023 - Prefeitura de Pilões - PB - Professor de Libras | EDUCA - 2023 - Prefeitura de Pilões - PB - Professor Classe A - Anos Iniciais - Fundamental | EDUCA - 2023 - Prefeitura de Pilões - PB - Pedagogo | EDUCA - 2023 - Prefeitura de Pilões - PB - Professor do Magistério Classe B - Artes | EDUCA - 2023 - Prefeitura de Pilões - PB - Professor Classe B - Educação Física | EDUCA - 2023 - Prefeitura de Pilões - PB - Professor Classe B - História | EDUCA - 2023 - Prefeitura de Pilões - PB - Psicólogo Educacional | EDUCA - 2023 - Prefeitura de Pilões - PB - Professor do Magistério Classe B - Inglês | EDUCA - 2023 - Prefeitura de Pilões - PB - Psicopedagogo | EDUCA - 2023 - Prefeitura de Pilões - PB - Tradutor e Intérprete de Libras | EDUCA - 2023 - Prefeitura de Pilões - PB - Supervisor Escolar | EDUCA - 2023 - Prefeitura de Pilões - PB - Professor Classe B - Matemática | EDUCA - 2023 - Prefeitura de Pilões - PB - Auditor Fiscal |
Q2634889 Português

Leia o texto para responder às questões de 1 a 10.


Fábrica de farmacêutica chinesa vai gerar 450 empregos na Paraíba



No último dia 28 de agosto, a Paraíba deu um passo importante rumo à expansão de seu setor farmacêutico e à geração de empregos com a assinatura de uma Carta de Intenções entre o Governo da Paraíba e a farmacêutica chinesa Tonghua Dongbao Pharmaceutical. O objetivo? Estabelecer uma fábrica para a produção de insulina no município de Caaporã, no Litoral Sul do estado.

O encontro contou com a presença de representantes Tonghua Dongbao Pharmaceutical, incluindo Victoria Jing Xu (CEO), Lennox Lewis (diretor e representante chefe da América do Sul) e Chunsheng Leng (presidente do Conselho e Gerente Geral) e o Governador João Azevêdo.

A Tonghua Dongbao Pharmaceutical é uma empresa chinesa situada na Dongbao New Village, Tonghua County, Tonghua City - Jilin Province, que tem uma sólida reputação como fabricante de produtos farmacêuticos, com pontos fortes em pesquisa e desenvolvimento (P&D), produção e comercialização de produtos farmacêuticos, particularmente medicamentos de patente chinesa, medicamentos químicos e produtos biológicos.

A empresa farmacêutica distribui medicamentos para mais de 10 mil hospitais municipais. O grupo já tratou mais de 6,5 milhões de pessoas em 20 anos e exporta seus produtos para Polônia, Geórgia e Bangladesh, além de outros países europeus e asiáticos.

De acordo com o governador da Paraíba, João Azevêdo, a chegada da Tonghua Dongbao Pharmaceutical ao estado será dividida em três fases, abrangendo a importação do produto, a liberação das licenças necessárias e, finalmente, a instalação da fábrica, ao longo de um período de 12 meses.

"Esse é um investimento muito importante pelo momento que o país vive com relação ao abastecimento de insulina e estamos trazendo não só uma solução para a Paraíba, mas para o Brasil", enfatizou o governador, destacando a relevância da iniciativa para o cenário nacional.

Azevêdo também ressaltou as potencialidades econômicas do estado, enfatizando a capacidade de atração de novos investimentos, além da localização estratégica da Paraíba no Nordeste do Brasil, com acesso a um mercado de mais de 50 milhões de consumidores.

O presidente do Conselho da Laurel Internacional Corporation, Peace Pingan Lau, destacou a escolha estratégica da Paraíba para a expansão internacional da Tonghua Dongbao Pharmaceutical. Ele expressou confiança de que a empresa construirá na Paraíba o mesmo sucesso que teve na China.

Em agosto, os representantes da Tonghua Dongbao Pharmaceutical e uma empresa de consultoria chinesa também visitaram o Laboratório Industrial Farmacêutico do Estado da Paraíba (Lifesa), uma unidade pertencente à rede estadual de saúde que desempenhará um papel fundamental na instalação da empresa no estado.

Com a geração de 450 empregos diretos, a Paraíba se prepara para colher os frutos dessa parceria promissora no setor farmacêutico.


Fonte https://pfarma.com.br. Em 05/09/2023

A alternativa que responde adequadamente à temática central do texto é:

Alternativas
Q2633754 Português

Leia o texto para responder às questões de 1 a 10.


O tocante agradecimento de Faustão à família de seu

doador do coração


Quatro dias depois de passar por seu aguardado transplante de coração, o apresentador Faustão deu as caras no perfil do Instagram “Família Fausto Silva” — criado para promover a causa da doação de órgãos — para agradecer publicamente aos parentes de Fábio Cordeiro, jogador de futebol morto aos 35 anos, dono do membro transplantado. Se dirigindo diretamente ao pai do doador, ele afirma que sua “grandiosidade incrível” e “generosidade absurda” são o motivo de estar vivo agora e afirma ser “eternamente grato a José Pereira da Silva, um homem simples. ”

Ainda falando para a família de Fábio, Faustão completou: “Fico emocionado porque ele me deu a chance de viver de novo. Quero agradecer ao Érisson, irmão do Fábio, e à Jaqueline, a viúva. Tenho que agradecer às pessoas das mais humildes, que, na hora que precisei, me deram um coração novo”. Fora dos tubos, o apresentador se diz já “completamente recuperado” e nega qualquer dor, reforçando: “Para que todo mundo tenha a certeza do que é a espera por um transplante, de 200 e poucos, 60 esperaram menos de um mês. Eu dei sorte também nessa fila”. Ele também promete que, logo, ainda agradecerá seus benfeitores pessoalmente, repetindo sua gratidão eterna.

Internado desde 5 de agosto, Faustão enfrentava um quadro de insuficiência cardíaca, passando por diálise e medicamentos voltados ao bombeamento do coração — esses fatores, junto a seus 73 anos de idade, o colocaram em posição prioritária na fila de transplantes do SUS. Sobre a eficácia da operação, ele ainda disse: “Não acreditava que isso fosse acontecer. Para mim foi uma tremenda surpresa. Vou agradecer sempre a José Pereira da Silva — a única coisa que prometo é honrar a memória do seu filho fazendo só coisas boas”.


https://veja.abril.com.br, 31.08. 2023

Em: “Fico emocionado porque ele me deu a chance de viver de novo”, a palavra destacada:

Alternativas
Q2633748 Português

Leia o texto para responder às questões de 1 a 10.


O tocante agradecimento de Faustão à família de seu

doador do coração


Quatro dias depois de passar por seu aguardado transplante de coração, o apresentador Faustão deu as caras no perfil do Instagram “Família Fausto Silva” — criado para promover a causa da doação de órgãos — para agradecer publicamente aos parentes de Fábio Cordeiro, jogador de futebol morto aos 35 anos, dono do membro transplantado. Se dirigindo diretamente ao pai do doador, ele afirma que sua “grandiosidade incrível” e “generosidade absurda” são o motivo de estar vivo agora e afirma ser “eternamente grato a José Pereira da Silva, um homem simples. ”

Ainda falando para a família de Fábio, Faustão completou: “Fico emocionado porque ele me deu a chance de viver de novo. Quero agradecer ao Érisson, irmão do Fábio, e à Jaqueline, a viúva. Tenho que agradecer às pessoas das mais humildes, que, na hora que precisei, me deram um coração novo”. Fora dos tubos, o apresentador se diz já “completamente recuperado” e nega qualquer dor, reforçando: “Para que todo mundo tenha a certeza do que é a espera por um transplante, de 200 e poucos, 60 esperaram menos de um mês. Eu dei sorte também nessa fila”. Ele também promete que, logo, ainda agradecerá seus benfeitores pessoalmente, repetindo sua gratidão eterna.

Internado desde 5 de agosto, Faustão enfrentava um quadro de insuficiência cardíaca, passando por diálise e medicamentos voltados ao bombeamento do coração — esses fatores, junto a seus 73 anos de idade, o colocaram em posição prioritária na fila de transplantes do SUS. Sobre a eficácia da operação, ele ainda disse: “Não acreditava que isso fosse acontecer. Para mim foi uma tremenda surpresa. Vou agradecer sempre a José Pereira da Silva — a única coisa que prometo é honrar a memória do seu filho fazendo só coisas boas”.


https://veja.abril.com.br, 31.08. 2023

Assinale a opção que responde ADEQUADAMENTE à temática central do texto:

Alternativas
Ano: 2023 Banca: FUNDATEC Órgão: Prefeitura de Limeira - SP Provas: FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Analista de Marketing | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Fonoaudiólogo | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Médico Diarista - Cirurgião de Cabeça e Pescoço | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Médico Diarista - Alergologista | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Médico Diarista - Ginecologista | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Professor de Educação Física | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Médico Diarista - Neurologista | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Museólogo | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Médico Clínico Geral | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Terapeuta Ocupacional | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Médico Diarista - Geneticista | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Médico Diarista - Dermatologista | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Psicólogo | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Veterinário | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Médico Diarista - Radiologista | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Médico Diarista - Geriatra | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Nutricionista | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Médico Diarista - Urologista | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Médico Diarista - Infectologista | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Médico Diarista - Psiquiatra | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Médico Diarista - Auditor | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Médico Diarista - Proctologista | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Analista Clínico | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Comunicador Social | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Enfermeiro | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Engenheiro de Segurança do Trabalho | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Farmacêutico | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Fisioterapeuta | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Engenheiro Eletricista |
Q2633527 Português

De quem é a inteligência artificial?

Por Bruna Lombardi

01 Grandes mestres ultrapassam fronteiras, usos e costumes, linguagem, as mais diversas

02 culturas, crenças e superstições. Porque o sentido da humanidade está acima disso tudo. Vai

03 além de raças, gêneros e posição social. Trata do que nos une e não do que nos separa.

04 A arte dos grandes mestres toca aquele ponto do sentimento universal. Grandes mentes nos

05 elevam ao mais alto patamar do humanismo.

06 E agora, para onde vamos se as grandes mentes se tornam artificiais? Se a inteligência

07 suprema será a de megacomputadores que acumulam todo o conhecimento do mundo? Atônitos,

08 nos perguntamos e tentamos imaginar a cara desse futuro próximo.

09 Tenho participado de palestras, debates e mesas redondas com muita gente discutindo

10 sua visão futurista, para alguns, otimista, para outros, apocalíptica.

11 Todo bom autor de ficção científica já escreveu alguma coisa sobre as máquinas

12 dominarem o mundo. A criatura mata o criador, como numa das cenas mais poderosas e icônicas

13 do cinema, no Blade Runner original, quando o androide finalmente consegue encontrar quem o

14 fabricou e, entre amor e ódio, discute sua finitude, como um humano falando com Deus.

15 Sem levar em conta esse olhar fantasioso, máquinas são máquinas. E ninguém pode

16 acusar uma máquina ___ nada, exceto talvez as impressoras, que realmente parecem ter

17 vontade própria e só imprimem quando querem. Tudo o que usamos são ferramentas, criadas

18 por pessoas e usadas por pessoas.

19 Muita gente discute as possibilidades alarmantes com as quais a inteligência artificial (IA)

20 nos surpreenderia. Muitos questionam se ela vem para o bem ou para o mal. Estuda-se a história

21 da humanidade através de suas guerras, de suas conquistas e de sua arte para compreender o

22 indivíduo e sua evolução. A arte traduz cada momento histórico e com certeza nos ensina mais

23 do que as guerras.

24 Assim como os grandes mestres, a IA atingirá a todos em maior ou menor escala. Para

25 analisar o efeito da IA, é preciso entender por quem serão programadas as máquinas. Com que

26 versão do pensamento humano serão alimentadas? Qual será a somatória de princípios éticos e

27 morais? Qual a escala de valores? De quem elas serão a verdadeira tradução? A quem elas

28 servirão?

29 Para Krishnamurti, não é sinal de saúde estar bem adaptado a uma sociedade doente.

30 Para ele, a verdadeira revolução não é violenta, ela vem através do despertar da inteligência e

31 pela união de pessoas que podem influenciar e promover, aos poucos, gradualmente,

32 transformações radicais na sociedade.

33 O futuro desse mundo polarizado vai refletir quais correntes de pensamento? Que ideias

34 e ideologias vão ser programadas na grande rede neural da inteligência artificial? Assim como

35 em qualquer família, o que é ensinado aos filhos vai definir o que eles se tornarão, as máquinas

36 podem se transformar nas poderosas mentoras da guerra, do ódio, do domínio e da segregação.

37 Ou podem seguir os grandes mestres e compreender o mundo através da arte, do conhecimento

38 e inovação.

39 A tecnologia traz avanços gigantes na nossa caminhada, mas quem a programa e usa é

40 que vai definir nosso rumo.

(Disponível em: gauchazh.clicrbs.com.br – texto adaptado especialmente para esta prova).

Leia a charge a seguir e as asserções acerca de sua relação com o texto anterior:


Imagem associada para resolução da questão


Fonte: www.cingo.com.br


I. A charge e o texto apresentam a mesma preocupação sobre a consequência central do uso da inteligência artificial,


POIS


II. a charge ilustra uma situação de falta de moral.


A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Ano: 2023 Banca: FUNDATEC Órgão: Prefeitura de Limeira - SP Provas: FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Analista de Marketing | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Fonoaudiólogo | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Médico Diarista - Cirurgião de Cabeça e Pescoço | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Médico Diarista - Alergologista | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Médico Diarista - Ginecologista | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Professor de Educação Física | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Médico Diarista - Neurologista | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Museólogo | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Médico Clínico Geral | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Terapeuta Ocupacional | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Médico Diarista - Geneticista | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Médico Diarista - Dermatologista | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Psicólogo | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Veterinário | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Médico Diarista - Radiologista | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Médico Diarista - Geriatra | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Nutricionista | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Médico Diarista - Urologista | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Médico Diarista - Infectologista | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Médico Diarista - Psiquiatra | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Médico Diarista - Auditor | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Médico Diarista - Proctologista | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Analista Clínico | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Comunicador Social | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Enfermeiro | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Engenheiro de Segurança do Trabalho | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Farmacêutico | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Fisioterapeuta | FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Limeira - SP - Engenheiro Eletricista |
Q2633526 Português

De quem é a inteligência artificial?

Por Bruna Lombardi

01 Grandes mestres ultrapassam fronteiras, usos e costumes, linguagem, as mais diversas

02 culturas, crenças e superstições. Porque o sentido da humanidade está acima disso tudo. Vai

03 além de raças, gêneros e posição social. Trata do que nos une e não do que nos separa.

04 A arte dos grandes mestres toca aquele ponto do sentimento universal. Grandes mentes nos

05 elevam ao mais alto patamar do humanismo.

06 E agora, para onde vamos se as grandes mentes se tornam artificiais? Se a inteligência

07 suprema será a de megacomputadores que acumulam todo o conhecimento do mundo? Atônitos,

08 nos perguntamos e tentamos imaginar a cara desse futuro próximo.

09 Tenho participado de palestras, debates e mesas redondas com muita gente discutindo

10 sua visão futurista, para alguns, otimista, para outros, apocalíptica.

11 Todo bom autor de ficção científica já escreveu alguma coisa sobre as máquinas

12 dominarem o mundo. A criatura mata o criador, como numa das cenas mais poderosas e icônicas

13 do cinema, no Blade Runner original, quando o androide finalmente consegue encontrar quem o

14 fabricou e, entre amor e ódio, discute sua finitude, como um humano falando com Deus.

15 Sem levar em conta esse olhar fantasioso, máquinas são máquinas. E ninguém pode

16 acusar uma máquina ___ nada, exceto talvez as impressoras, que realmente parecem ter

17 vontade própria e só imprimem quando querem. Tudo o que usamos são ferramentas, criadas

18 por pessoas e usadas por pessoas.

19 Muita gente discute as possibilidades alarmantes com as quais a inteligência artificial (IA)

20 nos surpreenderia. Muitos questionam se ela vem para o bem ou para o mal. Estuda-se a história

21 da humanidade através de suas guerras, de suas conquistas e de sua arte para compreender o

22 indivíduo e sua evolução. A arte traduz cada momento histórico e com certeza nos ensina mais

23 do que as guerras.

24 Assim como os grandes mestres, a IA atingirá a todos em maior ou menor escala. Para

25 analisar o efeito da IA, é preciso entender por quem serão programadas as máquinas. Com que

26 versão do pensamento humano serão alimentadas? Qual será a somatória de princípios éticos e

27 morais? Qual a escala de valores? De quem elas serão a verdadeira tradução? A quem elas

28 servirão?

29 Para Krishnamurti, não é sinal de saúde estar bem adaptado a uma sociedade doente.

30 Para ele, a verdadeira revolução não é violenta, ela vem através do despertar da inteligência e

31 pela união de pessoas que podem influenciar e promover, aos poucos, gradualmente,

32 transformações radicais na sociedade.

33 O futuro desse mundo polarizado vai refletir quais correntes de pensamento? Que ideias

34 e ideologias vão ser programadas na grande rede neural da inteligência artificial? Assim como

35 em qualquer família, o que é ensinado aos filhos vai definir o que eles se tornarão, as máquinas

36 podem se transformar nas poderosas mentoras da guerra, do ódio, do domínio e da segregação.

37 Ou podem seguir os grandes mestres e compreender o mundo através da arte, do conhecimento

38 e inovação.

39 A tecnologia traz avanços gigantes na nossa caminhada, mas quem a programa e usa é

40 que vai definir nosso rumo.

(Disponível em: gauchazh.clicrbs.com.br – texto adaptado especialmente para esta prova).

Considerando o exposto pelo texto, analise as assertivas a seguir:


I. A autora inicia o texto trazendo um assunto que será ligado ao seu tema principal no segundo parágrafo.

II. Ao longo do texto, a autora menciona um tipo de máquina que ela afirma não funcionar sempre que necessário.

III. A autora adverte que, no futuro, a IA será autossuficiente e controlará nossas vidas.


Quais estão corretas?

Alternativas
Q2631807 Português

Leia o texto a seguir para responder às questões de 10 a 14:


Nuances


Euforia: alegria barulhenta. Felicidade: alegria silenciosa.

Gravar: quando o ator é de televisão. Filmar: quando ele quer deixar claro que não é de televisão.

Grávida: em qualquer ocasião. Gestante: em filas e assentos preferenciais.

Guardar: na gaveta. Salvar: no computador. Salvaguardar: no Exército.

Menta: no sorvete, na bala ou no xarope. Hortelã: na horta ou no suco de abacaxi.

Peça: quando você vai assistir. Espetáculo: quando você está em cartaz com ele.


DUVIVIER, G. Nuances (adaptado). Folha de São Paulo, 2014.

A partir das reflexões apresentadas no texto Nuances, pode-se concluir que:

Alternativas
Q2631803 Português

Leia a charge a seguir para responder às questões de 1 a 9.

Quino. Mafalda.

No contexto em que ocorre, o sentido da expressão “sei lá” é:

Alternativas
Q2631801 Português

Leia a charge a seguir para responder às questões de 1 a 9.

Quino. Mafalda.

Ao dizer a expressão “a gente”, no último quadrinho, conclui-se que Mafalda acredita que:

Alternativas
Q2631799 Português

Leia a charge a seguir para responder às questões de 1 a 9.

Quino. Mafalda.

O julgamento do inquilino de Mafalda em relação à sua atitude ocorre porque a personagem:

Alternativas
Q2631798 Português

Leia a charge a seguir para responder às questões de 1 a 9.

Quino. Mafalda.

A situação retratada pela charge permite inferir que o inquilino a que se refere a personagem Mafalda é:

Alternativas
Q2631780 Português

Leia o texto abaixo, Furto de flor, Carlos Drummond de Andrande, para responder as questões 1 A 5.


Furtei uma flor daquele jardim. O porteiro do edifício cochilava e eu furtei a flor. Trouxe-a para casa e coloquei-a no copo com água. Logo senti que ela não estava feliz. O copo destina-se a beber, e flor não é para ser bebida.

Passei-a para o vaso, e notei que ela me agradecia, revelando melhor sua delicada composição. Quantas novidades há numa flor, se a contemplarmos bem. Sendo autor do furto, eu assumiria a obrigação de conservá-la. Renovei a água do vaso, mas a flor empalidecia. Temi por sua vida. Não adiantava restituí-la ao jardim. Nem apelar para o médico das flores.

Eu a furtara, eu a via morrer.

Já murcha, e com a cor particular da morte, peguei-a docemente e fui depositá-la no jardim onde desabrochara. O porteiro estava atento e repreendeu-me:

- Que ideia a sua, vir jogar lixo de sua casa neste jardim!


Disponível em: https://www.culturagenial.com/cronicas-curtas-com-interpretacao/155Acesso em: 08 de jan. 2024.

Segundo o texto a flor não estava:

Alternativas
Q2630158 Português

Leia o Texto I para responder às questões de 21 a 29.


TEXTO I


OS IDIOTAS DA OBJETIVIDADE


(Nelson Rodrigues)


Sou da imprensa anterior ao copy desk. Tinha treze anos quando me iniciei no jornal, como repórter de polícia. Na redação não havia nada da aridez atual e pelo contrário: — era uma cova de delícias. O sujeito ganhava mal ou simplesmente não ganhava. Para comer, dependia de um vale utópico de cinco ou dez mil-réis. Mas tinha a compensação da glória. Quem redigia um atropelamento julgava-se um estilista. E a própria vaidade o remunerava. Cada qual era um pavão enfático. Escrevia na véspera e no dia seguinte via-se impresso, sem o retoque de uma vírgula. Havia uma volúpia autoral inenarrável. E nenhum estilo era profanado por uma emenda, jamais.

Durante várias gerações foi assim e sempre assim. De repente, explodiu o copy desk. Houve um impacto medonho. Qualquer um na redação, seja repórter de setor ou editorialista, tem uma sagrada vaidade estilística. E o copy desk não respeitava ninguém. Se lá aparecesse um Proust, seria reescrito do mesmo jeito. Sim, o copy desk instalou-se como a figura demoníaca da redação.

Falei no demônio e pode parecer que foi o Príncipe das Trevas que criou a nova moda. Não, o abominável Pai da Mentira não é o autor do copy desk. Quem o lançou e promoveu foi Pompeu de Sousa. Era ainda o Diário Carioca, do Senador, do Danton. Não quero ser injusto, mesmo porque o Pompeu é meu amigo. Ele teve um pretexto, digamos assim, histórico, para tentar a inovação.

Havia na imprensa uma massa de analfabetos. Saíam as coisas mais incríveis. Lembro-me de que alguém, num crime passional, terminou assim a matéria: — “E nem um goivinho ornava a cova dela”. Dirão vocês que esse fecho de ouro é puramente folclórico. Não sei e talvez. Mas saía coisa parecida. E o Pompeu trouxe para cá o que se fazia nos Estados Unidos — o copy desk.

Começava a nova imprensa. Primeiro, foi só o Diário Carioca; pouco depois, os outros, por imitação, o acompanharam.

Rapidamente, os nossos jornais foram atacados de uma doença grave: — a objetividade. Daí para o “idiota da objetividade” seria um passo. Certa vez, encontrei-me com o Moacir Werneck de Castro. Gosto muito dele e o saudei com a mais larga e cálida efusão. E o Moacir, com seu perfil de Lord Byron, disse para mim, risonhamente: — “Eu sou um idiota da objetividade”.

Também Roberto Campos, mais tarde, em discurso, diria: — “Eu sou um idiota da objetividade”. Na verdade, tanto Roberto como Moacir são dois líricos. Eis o que eu queria dizer: — o idiota da objetividade inunda as mesas de redação e seu autor foi, mais uma vez, Pompeu de Sousa. Aliás, devo dizer que o copy desk e o idiota da objetividade são gêmeos e um explica o outro.

E toda a imprensa passou a usar a palavra “objetividade” como um simples brinquedo auditivo. A crônica esportiva via times e jogadores “objetivos”. Equipes e jogadores eram condenados por falta de objetividade. Um exemplo da nova linguagem foi o atentado de Toneleros. Toda a nação tremeu. Era óbvio que o crime trazia, em seu ventre, uma tragédia nacional. Podia ser até a guerra civil. Em menos de 24 horas o Brasil se preparou para matar ou para morrer. E como noticiou o Diário Carioca o acontecimento? Era uma catástrofe. O jornal deu-lhe esse tom de catástrofe? Não e nunca. O Diário Carioca nada concedeu à emoção nem ao espanto. Podia ter posto na manchete, e ao menos na manchete, um ponto de exclamação. Foi de uma casta, exemplar objetividade. Tom estrita e secamente informativo. Tratou o drama histórico como se fosse o atropelamento do Zezinho, ali da esquina.

Era, repito, a implacável objetividade. E, depois, Getúlio deu um tiro no peito. Ali estava o Brasil, novamente, cara a cara com a guerra civil. E que fez o Diário Carioca? A aragem da tragédia soprou nas suas páginas? Jamais. No princípio do século, mataram o rei e o príncipe herdeiro de Portugal. (Segundo me diz o luso Álvaro Nascimento, o rei tinha o olho perdidamente azul). Aqui, o nosso Correio da Manhã abria cinco manchetes. Os tipos enormes eram um soco visual. E rezava a quinta manchete: “HORRÍVEL EMOÇÃO!”. Vejam vocês: — “HORRÍVEL EMOÇÃO!”.

O Diário Carioca não pingou uma lágrima sobre o corpo de Getúlio. Era a monstruosa e alienada objetividade. As duas coisas pareciam não ter nenhuma conexão: — o fato e a sua cobertura.

Estava um povo inteiro a se desgrenhar, a chorar lágrimas de pedra. E a reportagem, sem entranhas, ignorava a pavorosa emoção popular. Outro exemplo seria ainda o assassinato de Kennedy.

Na velha imprensa as manchetes choravam com o leitor. A partir do copy desk, sumiu a emoção dos títulos e subtítulos. E que pobre cadáver foi Kennedy na primeira página, por exemplo, do Jornal do Brasil. A manchete humilhava a catástrofe. O mesmo e impessoal tom informativo. Estava lá o cadáver ainda quente. Uma bala arrancara o seu queixo forte, plástico, vital. Nenhum espanto da manchete. Havia um abismo entre o Jornal do Brasil e a tragédia, entre o Jornal do Brasil e a cara mutilada. Pode-se falar na desumanização da manchete.

O Jornal do Brasil, sob o reinado do copy desk, lembra-me aquela página célebre de ficção. Era uma lavadeira que se viu, de repente, no meio de uma baderna horrorosa. Tiro e bordoada em quantidade. A lavadeira veio espiar a briga. Lá adiante, numa colina, viu um baixinho olhando por um binóculo. Ali estava Napoleão e ali estava Waterloo. Mas a santa mulher ignorou um e outro; e veio para dentro ensaboar a sua roupa suja. Eis o que eu queria dizer: — a primeira página do Jornal do Brasil tem a mesma alienação da lavadeira diante dos napoleões e das batalhas.

E o pior é que, pouco a pouco, o copy desk vem fazendo do leitor um outro idiota da objetividade. A aridez de um se transmite ao outro. Eu me pergunto se, um dia, não seremos nós 80 milhões de copy desks? (...)


Disponível em: https://contobrasileiro.com.br/os-idiotas-da-objetividade-cronica-de-nelson-rodrigues/ (Adaptado). Acesso em: 8 jan. 2023.

José Carlos de Azeredo (2008, p. 93-94) afirma: “Uma informação se diz pressuposta em um enunciado se ela é uma condição lógica da validade desse mesmo enunciado. (...) O significado pressuposto é óbvio e, portanto, coletivamente acessível. As informações implícitas, por sua vez, pertencem à ampla esfera das condições pragmáticas do discurso e dependem de variáveis socioculturais quase sempre subjetivas. São sentidos motivados por fatores paratextuais, sentidos que os textos insinuam ou autorizam, de sorte que seus autores não podem ser responsabilizados de os ter expressado.”


Considerando as definições acima, o seu conhecimento sobre o tema e os sentidos do Texto I, julgue os itens a seguir como verdadeiros (V) ou falsos (F).


I. Em “E o Pompeu trouxe para cá o que se fazia nos Estados Unidos — o copy desk”, está pressuposta a informação de que essa frase foi enunciada em outro lugar que não os Estados Unidos.

II. Em “Ali estava o Brasil, novamente, cara a cara com a guerra civil”, está pressuposta a informação de que o Brasil já estivera antes cara a cara com a guerra civil.

III. Em “No princípio do século, mataram o rei e o príncipe herdeiro de Portugal. (Segundo me diz o luso Álvaro Nascimento, o rei tinha o olho perdidamente azul)”, está pressuposta a informação de que o príncipe herdeiro de Portugal não tinha olhos azuis.

IV. Em “O Diário Carioca não pingou uma lágrima sobre o corpo de Getúlio”, está pressuposta a informação de que outros jornais da época publicaram matérias mais emotivas sobre a morte de Getúlio Vargas.


Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:


Fonte: AZEREDO, José Carlos. Gramática Houaiss da Língua Portuguesa. São Paulo: Publifolha, 2008. Grifos nossos.

Alternativas
Q2630152 Português

Leia o Texto I para responder às questões de 21 a 29.


TEXTO I


OS IDIOTAS DA OBJETIVIDADE


(Nelson Rodrigues)


Sou da imprensa anterior ao copy desk. Tinha treze anos quando me iniciei no jornal, como repórter de polícia. Na redação não havia nada da aridez atual e pelo contrário: — era uma cova de delícias. O sujeito ganhava mal ou simplesmente não ganhava. Para comer, dependia de um vale utópico de cinco ou dez mil-réis. Mas tinha a compensação da glória. Quem redigia um atropelamento julgava-se um estilista. E a própria vaidade o remunerava. Cada qual era um pavão enfático. Escrevia na véspera e no dia seguinte via-se impresso, sem o retoque de uma vírgula. Havia uma volúpia autoral inenarrável. E nenhum estilo era profanado por uma emenda, jamais.

Durante várias gerações foi assim e sempre assim. De repente, explodiu o copy desk. Houve um impacto medonho. Qualquer um na redação, seja repórter de setor ou editorialista, tem uma sagrada vaidade estilística. E o copy desk não respeitava ninguém. Se lá aparecesse um Proust, seria reescrito do mesmo jeito. Sim, o copy desk instalou-se como a figura demoníaca da redação.

Falei no demônio e pode parecer que foi o Príncipe das Trevas que criou a nova moda. Não, o abominável Pai da Mentira não é o autor do copy desk. Quem o lançou e promoveu foi Pompeu de Sousa. Era ainda o Diário Carioca, do Senador, do Danton. Não quero ser injusto, mesmo porque o Pompeu é meu amigo. Ele teve um pretexto, digamos assim, histórico, para tentar a inovação.

Havia na imprensa uma massa de analfabetos. Saíam as coisas mais incríveis. Lembro-me de que alguém, num crime passional, terminou assim a matéria: — “E nem um goivinho ornava a cova dela”. Dirão vocês que esse fecho de ouro é puramente folclórico. Não sei e talvez. Mas saía coisa parecida. E o Pompeu trouxe para cá o que se fazia nos Estados Unidos — o copy desk.

Começava a nova imprensa. Primeiro, foi só o Diário Carioca; pouco depois, os outros, por imitação, o acompanharam.

Rapidamente, os nossos jornais foram atacados de uma doença grave: — a objetividade. Daí para o “idiota da objetividade” seria um passo. Certa vez, encontrei-me com o Moacir Werneck de Castro. Gosto muito dele e o saudei com a mais larga e cálida efusão. E o Moacir, com seu perfil de Lord Byron, disse para mim, risonhamente: — “Eu sou um idiota da objetividade”.

Também Roberto Campos, mais tarde, em discurso, diria: — “Eu sou um idiota da objetividade”. Na verdade, tanto Roberto como Moacir são dois líricos. Eis o que eu queria dizer: — o idiota da objetividade inunda as mesas de redação e seu autor foi, mais uma vez, Pompeu de Sousa. Aliás, devo dizer que o copy desk e o idiota da objetividade são gêmeos e um explica o outro.

E toda a imprensa passou a usar a palavra “objetividade” como um simples brinquedo auditivo. A crônica esportiva via times e jogadores “objetivos”. Equipes e jogadores eram condenados por falta de objetividade. Um exemplo da nova linguagem foi o atentado de Toneleros. Toda a nação tremeu. Era óbvio que o crime trazia, em seu ventre, uma tragédia nacional. Podia ser até a guerra civil. Em menos de 24 horas o Brasil se preparou para matar ou para morrer. E como noticiou o Diário Carioca o acontecimento? Era uma catástrofe. O jornal deu-lhe esse tom de catástrofe? Não e nunca. O Diário Carioca nada concedeu à emoção nem ao espanto. Podia ter posto na manchete, e ao menos na manchete, um ponto de exclamação. Foi de uma casta, exemplar objetividade. Tom estrita e secamente informativo. Tratou o drama histórico como se fosse o atropelamento do Zezinho, ali da esquina.

Era, repito, a implacável objetividade. E, depois, Getúlio deu um tiro no peito. Ali estava o Brasil, novamente, cara a cara com a guerra civil. E que fez o Diário Carioca? A aragem da tragédia soprou nas suas páginas? Jamais. No princípio do século, mataram o rei e o príncipe herdeiro de Portugal. (Segundo me diz o luso Álvaro Nascimento, o rei tinha o olho perdidamente azul). Aqui, o nosso Correio da Manhã abria cinco manchetes. Os tipos enormes eram um soco visual. E rezava a quinta manchete: “HORRÍVEL EMOÇÃO!”. Vejam vocês: — “HORRÍVEL EMOÇÃO!”.

O Diário Carioca não pingou uma lágrima sobre o corpo de Getúlio. Era a monstruosa e alienada objetividade. As duas coisas pareciam não ter nenhuma conexão: — o fato e a sua cobertura.

Estava um povo inteiro a se desgrenhar, a chorar lágrimas de pedra. E a reportagem, sem entranhas, ignorava a pavorosa emoção popular. Outro exemplo seria ainda o assassinato de Kennedy.

Na velha imprensa as manchetes choravam com o leitor. A partir do copy desk, sumiu a emoção dos títulos e subtítulos. E que pobre cadáver foi Kennedy na primeira página, por exemplo, do Jornal do Brasil. A manchete humilhava a catástrofe. O mesmo e impessoal tom informativo. Estava lá o cadáver ainda quente. Uma bala arrancara o seu queixo forte, plástico, vital. Nenhum espanto da manchete. Havia um abismo entre o Jornal do Brasil e a tragédia, entre o Jornal do Brasil e a cara mutilada. Pode-se falar na desumanização da manchete.

O Jornal do Brasil, sob o reinado do copy desk, lembra-me aquela página célebre de ficção. Era uma lavadeira que se viu, de repente, no meio de uma baderna horrorosa. Tiro e bordoada em quantidade. A lavadeira veio espiar a briga. Lá adiante, numa colina, viu um baixinho olhando por um binóculo. Ali estava Napoleão e ali estava Waterloo. Mas a santa mulher ignorou um e outro; e veio para dentro ensaboar a sua roupa suja. Eis o que eu queria dizer: — a primeira página do Jornal do Brasil tem a mesma alienação da lavadeira diante dos napoleões e das batalhas.

E o pior é que, pouco a pouco, o copy desk vem fazendo do leitor um outro idiota da objetividade. A aridez de um se transmite ao outro. Eu me pergunto se, um dia, não seremos nós 80 milhões de copy desks? (...)


Disponível em: https://contobrasileiro.com.br/os-idiotas-da-objetividade-cronica-de-nelson-rodrigues/ (Adaptado). Acesso em: 8 jan. 2023.

Acerca dos sentidos veiculados pelo Texto I, julgue como verdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmativas a seguir:


I. O texto se estrutura com base num binarismo entre objetividade e expressividade enfática no discurso jornalístico. Os diferentes polos desse binarismo são divididos por um marco temporal segundo o enunciador.

II. Em “Ele teve um pretexto, digamos assim, histórico, para tentar a inovação”, a expressão “digamos assim” é um modalizador delimitador, estabelecendo os limites dentro dos quais se deve encarar o sentido de “histórico” nesse contexto.

III. Em “Lembro-me de que alguém, num crime passional, terminou assim a matéria: — ‘E nem um goivinho ornava a cova dela’”, o autor faz uma referência intertextual a determinada matéria jornalística porque a manchete dela, retomada textualmente na crônica, é exemplo de objetividade idiota.


Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:

Alternativas
Q2629467 Português

Texto para as questões 1 e 2.


A última crônica


A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: “assim eu quereria o meu último poema”. Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.

[...]

[Trecho inicial do texto A última crônica, de Fernando Sabino]. Disponível em: https://contobrasileiro.com.br/a-ultima-cronica-fernando-sabino/. Acesso em: 03 jan. 2024.

A partir da leitura do texto, é possível deduzir que:

Alternativas
Q2629302 Português

Leia o texto da imagem a seguir para responder às questões 4 e 5.



(Disponível em: https://www.segurancadotrabalho.ufv.br/sinalizacao-de-alerta/)

Qual é o objetivo desse texto?

Alternativas
Q2629300 Português

Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 3.


Animais são cada vez mais parte das famílias brasileiras


Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a realidade dos países europeus já integra o cenário das famílias brasileiras: nos lares, há mais animais do que crianças. Em cada 100 famílias, 44 criam pets e apenas 36 delas possuem crianças com até 12 anos de idade. Para as pessoas que moram sozinhas, os animais de companhia ocupam ainda mais destaque. A médica-veterinária Cristiane Pizzutto, presidente da Comissão Técnica de Bem-Estar Animal (CTBEA), do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP), acredita que o aumento de pets em lares brasileiros é reflexo da mudança do perfil e comportamento da população. “Muitas famílias estão optando por ter menos filhos ou não tê-los, e com isto, incorporam um animal em seu lar, que, desta forma, ganham mais espaço dentro de casa, chegando a dividir a própria cama com os tutores. Eles são carinhosos, recebem cuidados e atenção, e acabam tornando o vínculo homem-animal inseparável. Este é um processo irreversível”, enfatiza.


(Fragmento adaptado. Comunicação CRMV-SP, 07/12/2018. Disponível em: https://crmvsp.gov.br/animais-sao-cada-vez-mais-parte-das-familias-brasileiras/).

Qual é o significado da afirmação: “Este é um processo irreversível”?

Alternativas
Q2629299 Português

Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 3.


Animais são cada vez mais parte das famílias brasileiras


Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a realidade dos países europeus já integra o cenário das famílias brasileiras: nos lares, há mais animais do que crianças. Em cada 100 famílias, 44 criam pets e apenas 36 delas possuem crianças com até 12 anos de idade. Para as pessoas que moram sozinhas, os animais de companhia ocupam ainda mais destaque. A médica-veterinária Cristiane Pizzutto, presidente da Comissão Técnica de Bem-Estar Animal (CTBEA), do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP), acredita que o aumento de pets em lares brasileiros é reflexo da mudança do perfil e comportamento da população. “Muitas famílias estão optando por ter menos filhos ou não tê-los, e com isto, incorporam um animal em seu lar, que, desta forma, ganham mais espaço dentro de casa, chegando a dividir a própria cama com os tutores. Eles são carinhosos, recebem cuidados e atenção, e acabam tornando o vínculo homem-animal inseparável. Este é um processo irreversível”, enfatiza.


(Fragmento adaptado. Comunicação CRMV-SP, 07/12/2018. Disponível em: https://crmvsp.gov.br/animais-sao-cada-vez-mais-parte-das-familias-brasileiras/).

Assinale a alternativa que contém a afirmação CORRETA a respeito do conteúdo do texto.

Alternativas
Respostas
2241: B
2242: B
2243: A
2244: D
2245: C
2246: D
2247: E
2248: C
2249: D
2250: C
2251: A
2252: B
2253: B
2254: B
2255: A
2256: A
2257: B
2258: B
2259: C
2260: D