Questões de Português - Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto para Concurso

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Q2591316 Português
Texto 5


Contribuições da Sociolínguistica Educacional para o processo de ensino-aprendizagem e ampliação da competência comunicativa de alunos do Ensino Médio


Para trabalhar na perspectiva da Sociolinguística Educacional, é necessário partir do pressuposto de que a língua é viva e mutável, podendo assim variar de acordo com a idade, grau de escolarização, o meio em que o falante está inserido ou situação. Assim se estabelece a importância de tomar a variação linguística como princípio do desenvolvimento dessas atividades, a fim de que nelas se perceba a preocupação em orientar o aluno a refletir, identificar, conscientizar, respeitar as diferentes formas em que a língua se realiza, considerando, desse modo, as três possibilidades de uso da linguagem: regional, social e situacional.


EFFGEN DE AGUIAR, André; MARTINS BARBOSA, Samanta. Contribuições da Sociolínguistica Educacional para o processo de ensino-aprendizagem e ampliação da competência comunicativa de alunos do Ensino Médio. PERcursos Linguísticos, [S. l.], v. 11, n. 28, p. 64–87, 2021. Disponível em: <https://periodicos.ufes.br/percursos/article/view/35143>. Acesso em: 26 mai. 2024.
O trecho faz parte de um artigo em que os autores partiram de dois questionamentos em relação ao ensino de língua materna: Por que os alunos se sentem estrangeiros à própria língua? E por que os diferentes falares são ignorados na escola? Para respondê-las, consideraram que a variação linguística mostra a
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Q2591314 Português
Leia o texto a seguir.

Educación bilingüe de frontera y políticas lingüísticas en Uruguay

Las razones y motivaciones para la introducción del portugués en la educación fronteriza deben distinguirse de otro tipo de justificaciones vinculadas a la integración regional y los compromisos asumidos en el marco del MERCOSUR Educativo. Sin perjuicio de su importancia, estas últimas se refieren al portugués como lengua oficial de Brasil y en ese sentido, se oponen a la justificación para la educación bilingüe de frontera, cuyo centro definitorio es la inclusión del portugués en tanto lengua del Uruguay.

BROVETTO, Claudia. Educación bilingüe de frontera y políticas lingüísticas en Uruguay. Pro-Posições, v. 21, n. 3, p. 25-43, set. 2010. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0103-73072010000300003>. Acesso em: 25 mai. 2024.


O Uruguai não é uma sociedade linguisticamente homogénea falante de espanhol. A respeito, o texto faz parte das conclusões de um artigo sobre a questão da língua em uma ampla zona do nordeste desse país. Nesse parágrafo, salienta-se que a justificativa do ensino do português no Uruguai deve-se fundamentar
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Q2591313 Português
Texto 4


Livro notável prova que a língua portuguesa nasceu do galego


Assim Nasceu uma Língua, longo ensaio histórico sobre as origens de nosso idioma que o linguista português Fernando Venâncio lançou em 2019, está saindo finalmente no Brasil. Fornece munição valiosa aos falantes brasileiros que se sentem inferiorizados diante deste argumento brandido por portugueses xenófobos: “A língua não é de vocês, é nossa, pois a criamos”. Não, não criaram. Quando nasceu, ela se chamava galego, idioma falado na região espanhola da Galiza.

Esse nascimento, garante Venâncio, não se deu no século 12, quando surgiu o reino de Portugal, mas cerca de seis séculos antes, na região que os romanos tinham batizado de Galécia (Gallaecia), correspondente às atuais porções norte de Portugal, acima do rio Douro, e noroeste da Espanha. Preservada da invasão árabe que por séculos dominou a Península Ibérica, foi dela que, na chamada Reconquista, partiu a onda destinada a repovoar de linguagem as terras do sul, Lisboa obviamente incluída. Ali se falava àquela altura um moçárabe com poucos vestígios românicos.

O que Assim Nasceu uma Língua traz de novo ao debate é a solidez de um painel histórico montado com base na datação de palavras, incontáveis palavras, e nos padrões que desse modo podem ser discernidos em seus conjuntos. Etimologia posta a serviço da história social.

O galego se tornou um estorvo para o país vizinho: como conceber um idioma que, sendo já igual ao português, existisse antes de Portugal? Escreve Venâncio: “E é um facto: os portugueses continuam a imaginar a história anterior a eles como se o mundo tivesse vivido na expectativa de que um Portugal surgisse, como se o aparecimento de um Portugal viesse duma necessidade intrínseca à história mundial”. Séculos mais tarde, gramáticos lusos incomodados com esse desencaixe histórico tentariam resolver o problema criando o conceito do galego-português, língua arcaica da qual teriam brotado duas. O truque convence muita gente até hoje, mas Assim Nasceu uma Língua denuncia seu anacronismo, “no próprio momento em que se inicia a sua escrita, a língua que Portugal herdou da Galiza apresenta‐se gramaticalmente consolidada, coerente, funcionando em pleno”.



RODRIGUES, Sérgio. Livro notável prova que a língua portuguesa nasceu do galego. Folha de S. Paulo, São Paulo, 4 maio 2024 Ilustríssima. Disponível em:<https://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2024/05/livro-notavel-prova-quelingua-portuguesa-nasceu-do-galego.shtml> . Acesso em: 24 mai. 2024. [Adaptado].
No último parágrafo da resenha, assinala-se que a gênese do conceito “galego-português” esteve motivada
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Q2591312 Português
Texto 4


Livro notável prova que a língua portuguesa nasceu do galego


Assim Nasceu uma Língua, longo ensaio histórico sobre as origens de nosso idioma que o linguista português Fernando Venâncio lançou em 2019, está saindo finalmente no Brasil. Fornece munição valiosa aos falantes brasileiros que se sentem inferiorizados diante deste argumento brandido por portugueses xenófobos: “A língua não é de vocês, é nossa, pois a criamos”. Não, não criaram. Quando nasceu, ela se chamava galego, idioma falado na região espanhola da Galiza.

Esse nascimento, garante Venâncio, não se deu no século 12, quando surgiu o reino de Portugal, mas cerca de seis séculos antes, na região que os romanos tinham batizado de Galécia (Gallaecia), correspondente às atuais porções norte de Portugal, acima do rio Douro, e noroeste da Espanha. Preservada da invasão árabe que por séculos dominou a Península Ibérica, foi dela que, na chamada Reconquista, partiu a onda destinada a repovoar de linguagem as terras do sul, Lisboa obviamente incluída. Ali se falava àquela altura um moçárabe com poucos vestígios românicos.

O que Assim Nasceu uma Língua traz de novo ao debate é a solidez de um painel histórico montado com base na datação de palavras, incontáveis palavras, e nos padrões que desse modo podem ser discernidos em seus conjuntos. Etimologia posta a serviço da história social.

O galego se tornou um estorvo para o país vizinho: como conceber um idioma que, sendo já igual ao português, existisse antes de Portugal? Escreve Venâncio: “E é um facto: os portugueses continuam a imaginar a história anterior a eles como se o mundo tivesse vivido na expectativa de que um Portugal surgisse, como se o aparecimento de um Portugal viesse duma necessidade intrínseca à história mundial”. Séculos mais tarde, gramáticos lusos incomodados com esse desencaixe histórico tentariam resolver o problema criando o conceito do galego-português, língua arcaica da qual teriam brotado duas. O truque convence muita gente até hoje, mas Assim Nasceu uma Língua denuncia seu anacronismo, “no próprio momento em que se inicia a sua escrita, a língua que Portugal herdou da Galiza apresenta‐se gramaticalmente consolidada, coerente, funcionando em pleno”.



RODRIGUES, Sérgio. Livro notável prova que a língua portuguesa nasceu do galego. Folha de S. Paulo, São Paulo, 4 maio 2024 Ilustríssima. Disponível em:<https://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2024/05/livro-notavel-prova-quelingua-portuguesa-nasceu-do-galego.shtml> . Acesso em: 24 mai. 2024. [Adaptado].
A resenha de Sérgio Rodrigues do ensaio Assim Nasceu uma Língua mostra a concordância do autor da matéria com o conteúdo e as perspectivas da obra que apresenta. Esse jornalista menciona uma repovoação acontecida na área de Lisboa em particular e, em geral, no sul de Portugal e aponta que as falas lá usadas, antes dessa repovoação, 
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Q2591307 Português
Texto 2

As abordagens-metodológicas de ensino de língua estrangeira no aplicativo Duolingo

Consideramos que ambas – a gramática-tradução (GT) e o método audiolingual – funcionam integradamente e não se anulam. Ainda assim, não identificamos outros quatro atributos da GT no Duolingo, a saber: (1) listas para memorização de léxicos, declinações e conjugações; (2) foco apenas nas habilidades de leitura e escrita; (3) ensino da literatura clássica da LE; (4) técnica pedagógica da dedução.

Muitos princípios do audiolingualismo estão presentes no Duolingo, mas há alguns que não foram observados, são eles: (I) uso somente da L-alvo, já que o aplicativo apresenta muito a LM; (II) ensino com contextualização em diálogos, pois as atividades são descontextualizadas e incoerentes; (III) apreensão dos comportamentos (culturais) dos falantes da LE, tendo em vista que ensina apenas aspectos estruturais da língua. Assim, alguns aspectos do aplicativo que não correspondem à abordagem-metodológica do audiolingualismo aproximam-no da gramática-tradução e vice-versa.

Ambas as perspectivas teórico-metodológicas são preponderantes em décadas passadas na história do ensino de línguas, entretanto, não consideramos que no Duolingo haja uma mera transposição de métodos e abordagens tradicionais em uma Tecnologia Digital de Informação e Comunicação (TDIC). Elucidamos que essa discussão educacional é permeada pelas transformações contemporâneas da sociedade integrada às TDICs, como é o caso deste trabalho, em que estudamos o ensino de línguas com a aprendizagem móvel. Nesse sentido, os papéis educacionais também são distintos, já que no Duolingo a figura do professor inexiste, proporcionando uma desestruturação do processo educacional. Essa análise corrobora com a ideia de que não é apenas uma transportação de práticas antigas em uma tecnologia atual.


SATAKA, Mayara Mayumi.; ROZENFELD, Cibele Cecílio de Faria. As abordagens-metodológicas de ensino de língua estrangeira no aplicativo Duolingo. Delta: Documentação de Estudos em Lingüística Teórica e Aplicada, v. 37, n. 2, 2021. Disponível em:<https://doi.org/10.1590/1678-
460X202147855>  . Acesso em: 23 mai. 2024. [Adaptado].
O texto contém parte das considerações finais alcançadas em uma pesquisa de natureza qualitativa que tomou como objeto de estudo o aplicativo Duolingo, uma plataforma disponibilizada gratuitamente para a aprendizagem de Línguas Estrangeiras (LE). Ao analisar as duas abordagens metodológicas predominantes no aplicativo, as autoras concluíram que se trata de antigas perspectivas teórico-metodológicas
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Q2591305 Português
Texto 1

Enseñanza del español lengua extranjera a través de la literatura

Justificación

Los textos literarios son documentos auténticos en los que se encuentra una gran variedad de géneros (poesía, cuento corto, teatro, narraciones, leyendas, novelas, etc.), y en este artículo se partirá de ejemplos que ilustren la manera de utilizarlos en el aula de ELE. Un elemento adicional que brinda soporte al uso de textos literarios es el apoyo auditivo. Debido a que las narraciones en audio proporcionan herramientas comunicativas que los textos escritos no poseen, como son la entonación, el énfasis de la voz en una palabra o frase, el tono jocoso, irónico, alegre, las pausas, los silencios y hasta el acento del hablante. El enfoque comunicativo considera las muestras literarias como documentos auténticos y, por consiguiente, útiles para la enseñanza y aprendizaje de la lengua en que fueron escritos. El Marco Común Europeo de Referencia para las Lenguas (en lo sucesivo MCER) afirma que “los estudios literarios cumplen muchos más fines educativos, intelectuales, morales, emocionales, lingüísticos y culturales que los puramente estéticos” (p. 60). Según Albaladejo (2004), la literatura, además de expresión artística, se constituye en una excelente fuente de información cultural que familiariza a los estudiantes con un ambiente sociocultural que les es desconocido, y por consiguiente, los ejercicios que se lleven al aula de español como lengua extranjera, que tengan como base un texto literario, deben incluir actividades para aprovechar el componente cultural que le da la esencia y el valor a dicho texto. De no ser así, ¿cuál sería la diferencia entre llevar un poema o un ejercicio de rellenar espacios? Si nos enfocamos únicamente en lo gramatical o estructural, la segunda opción sería más provechosa.


CARDONA, A. Enseñanza del español lengua extranjera a través de la literatura. Diálogos Latinoamericanos, [S. l.], v. 15, n. 22, p. 24, 2014. DOI: 10.7146/dl.v15i22.113141. Disponível em: <https://tidsskrift.dk/dialogos/article/view/113141>. Acesso em: 23 mai. 2024.
Por meio de uma justificativa, Aurora Cardona iniciou o seu artigo sobre o uso da literatura na sala de aula de Espanhol como Língua Estrangeira. Ela refere-se ao suporte auditivo como um elemento adicional e pondera que os
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Q2590967 Português

Com quem fica o registro de arcada dentária?


(2/5/2024) Após o atendimento, é direito do paciente ter com ele essa documentação. Se ele não quiser, o dentista arquiva. Geralmente, os documentos ficam arquivados por um período de cerca de 10 anos, segundo recomendação do Conselho Federal de Odontologia (CFO). Mas estudiosos da área de Odontologia Legal recomendam que dentistas arquivem os exames de forma perpétua, uma vez que podem ser úteis nos casos de identificação de corpos.


Disponível em: <https://g1.globo.com/>. A. Acesso em: 6 maio 2024, com adaptações.


De acordo com as informações do texto, assinale a alternativa correta.

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Q2590929 Português

Texto para as questões de 1 a 10.

Texto de Clarice Lispector.


1 Um amigo meu, médico, assegurou-me que desde o berço a criança sente o ambiente, a criança quer: nela o ser

humano, no berço mesmo, já começou.

Tenho certeza de que no berço a minha primeira vontade foi a de pertencer. Por motivos que aqui não importam, eu de

algum modo devia estar sentindo que não pertencia a nada e a ninguém. Nasci de graça.

5 Se no berço experimentei esta fome humana, ela continua a me acompanhar pela vida afora, como se fosse um

destino. A ponto de meu coração se contrair de inveja e desejo quando vejo uma freira: ela pertence a Deus.

Exatamente porque é tão forte em mim a fome de me dar a algo ou a alguém, é que me tornei bastante arisca: tenho

medo de revelar de quanto preciso e de como sou pobre. Sou, sim. Muito pobre. Só tenho um corpo e uma alma. E preciso

de mais do que isso.

10 Com o tempo, sobretudo os últimos anos, perdi o jeito de ser gente. Não sei mais como se é. E uma espécie toda nova

de “solidão de não pertencer” começou a me invadir como heras num muro.

Se meu desejo mais antigo é o de pertencer, por que então nunca fiz parte de clubes ou de associações? Porque não

é isso que eu chamo de pertencer. O que eu queria, e não posso, é por exemplo que tudo o que me viesse de bom de dentro

15 de mim eu pudesse dar àquilo que eu pertenço. Mesmo minhas alegrias, como são solitárias às vezes. E uma alegria solitária

pode se tornar patética.

É como ficar com um presente todo embrulhado em papel enfeitado de presente nas mãos - e não ter a quem dizer:

tome, é seu, abra-o! Não querendo me ver em situações patéticas e, por uma espécie de contenção, evitando o tom de

tragédia, raramente embrulho com papel de presente os meus sentimentos.

20 Pertencer não vem apenas de ser fraca e precisar unir-se a algo ou a alguém mais forte. Muitas vezes a vontade

intensa de pertencer vem em mim de minha própria força - eu quero pertencer para que minha força não seja inútil e fortifique

uma pessoa ou uma coisa.

Quase consigo me visualizar no berço, quase consigo reproduzir em mim a vaga e no entanto premente sensação de

precisar pertencer. Por motivos que nem minha mãe nem meu pai podiam controlar, eu nasci e fiquei apenas: nascida.

25 A vida me fez de vez em quando pertencer, como se fosse para me dar a medida do que eu perco não pertencendo.

E então eu soube: pertencer é viver.

Fonte: https://www.culturagenial.com/clarice-lispector-textos-poeticos-comentados/.

De acordo com o texto, é possível inferir que a autora aborda questões relacionadas ao(à)

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Q2590893 Português

Qualidade de vida


A crescente preocupação com questões relacionadas à qualidade de vida vem de um movimento dentro das ciências humanas e biológicas no sentido de valorizar parâmetros mais amplos do que o controle de sintomas, a diminuição da mortalidade ou o aumento da expectativa de vida. Assim, qualidade de vida é abordada, por muitos autores, como sinônimo de saúde, e por outros como um conceito mais abrangente, em que as condições de saúde seriam um dos aspectos a serem considerados (Fleck; Louzada; Xavier; Chachamovich; Vieira; Santos & Pinzon, 1999).

Devido à sua complexidade e utilização por diversas áreas de estudo, conforme aborda Farquhar (1995), a falta de consenso conceitual é marcante. Suas definições na literatura especializada apresentam-se, tanto de forma global, enfatizando a satisfação geral com a vida, quanto divididas em componentes que, em conjunto, indicariam uma aproximação do conceito geral. A forma como é abordada e os indicadores adotados estão diretamente ligados aos interesses científicos e políticos de cada estudo e área de investigação, bem como das possibilidades de operacionalização e avaliação.

[…]

Os estudiosos do tema têm buscado e sugerido diferentes metodologias para o tratamento científico de um conceito tão complexo e que tem a subjetividade como característica importante. O estudo do tema, conforme aborda Tani (2002), está marcado pelo fato de diversas áreas, dentro das possibilidades de cada uma, tentarem contribuir para a clarificação do conceito. No entanto, é importante salientar que muitos estudos se limitam exclusivamente à descrição de indicadores sem fazer relações diretas com a qualidade de vida, ou seja, tomam características como escolaridade, ausência dos sintomas das doenças, condições de moradia unicamente como indicadores de qualidade de vida, sem investigar o objetivo disso para as pessoas envolvidas. Se, de um lado isso contribui para as possibilidades de investigações em grandes grupos, deixa de considerar a subjetividade particular de cada ser humano na questão de poder avaliar o quanto é boa sua própria vida.


PEREIRA, E. F.; TEIXEIRA, C. S.; SANTOS, A. dos. Qualidade de vida: abordagens, conceitos e avaliação.

Disponível em: < https://www.scielo.br/j/rbefe/a/4jdhpVLrvjx7hwsh Pf8FWPC/#>. Acesso em: 18 jan. de 2024. Fragmento adaptado.

Assinale a alternativa que melhor resume o texto.

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Q2590801 Português

Texto para os itens de 1 a 7.


1 Na Grécia Antiga, três séculos antes de Cristo, foi

fundada a Escola Estoica. O ideal de seus seguidores era

viver “de acordo com a natureza”, e assumir uma atitude

4 impassível e racional diante dos acontecimentos, fossem

eles marcados pela dor ou pelo prazer. Séculos mais

tarde, de acordo com os valores da cultura judaico-cristã,

7 a dor passou a ser encarada como forma de redimir os

pecados intrínsecos à espécie humana, ou como castigo

pelos erros cometidos. Prova disso está nas súplicas — “A

10 vós suplicamos gemendo e chorando neste vale de

lágrimas” —, ou na ira divina ao punir a desobediência

de Eva no Paraíso: “Entre dores darás à luz os filhos”.

13 Nem os poetas escaparam dessa postura de aceitação

da dor— “Ser mãe é padecer no Paraíso” — como mal

necessário a caminho da redenção.

16 Sob o enfoque da medicina moderna, porém,

a dor é um sinal de alarme e o sofrimento que provoca,

além de absolutamente inútil, debilita o organismo e

19 compromete a qualidade de vida. Mas nem sempre

se pensou assim. Durante muito tempo, as faculdades de medicina e

de enfermagem não capacitaram os

22 alunos para lidar com a dor, fosse ela aguda ou crônica,

e muitos médicos estão despreparados para enfrentar

esse desafio, apesar dos avanços tecnológicos e na área

25 da farmacologia. Não estamos nos referindo aqui às

dores mais leves que passam com a administração de

analgésicos comuns, mas às dores agudas e crônicas, que

28 requerem tratamento mais agressivo e especializado.

Hoje, infelizmente, a despeito de todo o

progresso terapêutico, essas dores ainda não recebem a

31 abordagem necessária e estão se transformando em um

problema de saúde pública no Brasil.


Internet: <www.drauziovarella.uol.com.br>(com adaptações).

De acordo com o texto, é correto afirmar que, na atualidade,

Alternativas
Q2590800 Português

Texto para os itens de 1 a 7.


1 Na Grécia Antiga, três séculos antes de Cristo, foi

fundada a Escola Estoica. O ideal de seus seguidores era

viver “de acordo com a natureza”, e assumir uma atitude

4 impassível e racional diante dos acontecimentos, fossem

eles marcados pela dor ou pelo prazer. Séculos mais

tarde, de acordo com os valores da cultura judaico-cristã,

7 a dor passou a ser encarada como forma de redimir os

pecados intrínsecos à espécie humana, ou como castigo

pelos erros cometidos. Prova disso está nas súplicas — “A

10 vós suplicamos gemendo e chorando neste vale de

lágrimas” —, ou na ira divina ao punir a desobediência

de Eva no Paraíso: “Entre dores darás à luz os filhos”.

13 Nem os poetas escaparam dessa postura de aceitação

da dor— “Ser mãe é padecer no Paraíso” — como mal

necessário a caminho da redenção.

16 Sob o enfoque da medicina moderna, porém,

a dor é um sinal de alarme e o sofrimento que provoca,

além de absolutamente inútil, debilita o organismo e

19 compromete a qualidade de vida. Mas nem sempre

se pensou assim. Durante muito tempo, as faculdades de medicina e

de enfermagem não capacitaram os

22 alunos para lidar com a dor, fosse ela aguda ou crônica,

e muitos médicos estão despreparados para enfrentar

esse desafio, apesar dos avanços tecnológicos e na área

25 da farmacologia. Não estamos nos referindo aqui às

dores mais leves que passam com a administração de

analgésicos comuns, mas às dores agudas e crônicas, que

28 requerem tratamento mais agressivo e especializado.

Hoje, infelizmente, a despeito de todo o

progresso terapêutico, essas dores ainda não recebem a

31 abordagem necessária e estão se transformando em um

problema de saúde pública no Brasil.


Internet: <www.drauziovarella.uol.com.br>(com adaptações).

Segundo as ideias do texto, a dor

Alternativas
Q2590759 Português

Leia o texto abaixo para responder às questões de 11 a 20.


País Rico


Por Lima Barreto


Não há dúvida alguma que o Brasil é um país muito rico. Nós que nele vivemos; não nos apercebemos bem disso, e até, ao contrário, o supomos muito pobre, pois a toda hora e a todo instante, estamos vendo o governo lamentar-se que não faz isto ou não faz aquilo por falta de verba.

Nas ruas da cidade, nas mais centrais até, andam pequenos vadios, a cursar a perigosa universidade da calariça das sarjetas, aos quais o governo não dá destino, o os mete num asilo, num colégio profissional qualquer, porque não tem verba, não tem dinheiro. É o Brasil rico…

Surgem epidemias pasmosas, a matar e a enfermar milhares de pessoas, que vêm mostrar a falta de hospitais na cidade, a má localização dos existentes. Pede-se à construção de outros bem situados; e o governo responde que não pode fazer, porque não tem verba, não tem dinheiro. E o Brasil é um país rico.

Anualmente cerca de duas mil mocinhas procuram uma escola anormal ou anormalizada, para aprender disciplinas úteis. Todos observam o caso e perguntam:

— Se há tantas moças que desejam estudar, por que o governo não aumenta o número de escolas destinadas a elas?

O governo responde:

— Não aumento porque não tenho verba, não tenho dinheiro.

E o Brasil é um país rico, muito rico…

As notícias que chegam das nossas guarnições fronteiriças são desoladoras. Não há quartéis; os regimentos de cavalaria não têm cavalos, etc.; etc.

— Mas que faz o governo, raciocina Brás Bocó, que não constrói quartéis e não compra cavalhadas?

O doutor Xisto Beldroegas, funcionário respeitável do governo acode logo:

— Não há verba; o governo não tem dinheiro.

— E o Brasil é um país rico; e tão rico é ele, que apesar de não cuidar dessas coisas que vim enumerando, vai dar trezentos contos para alguns latagões irem ao estrangeiro divertir-se com os jogos de bola como se fossem crianças de calças curtas, a brincar nos recreios dos colégios.

O Brasil é um país rico…


Glossário: 1. Calariça: preguiça, ociosidade; 2.Sarjeta: escoadouro de águas das chuvas que ficam à beira do meio-fio das calçadas; 3. Pasmosa: assombrosas, milagrosas, inauditas; 4. Regimento: conjunto de normas, disciplina, regime; 5. Guarnições: conjunto de tropas destinadas para fazer a proteção ou vigília de um determinado local, guarnecimento.


Fonte: Barreto, Lima. País Rico. Disponível em: https://www.culturagenial.com/ Acesso em 02 de abril de 2024. [Adaptado]

O texto de Lima Barreto foi escrito em 1920, mas as questões por ele levantadas ainda reverberam no contexto atual do nosso país. A crítica do autor ao governo brasileiro, expressa no texto, pode ser relacionada com desafios contemporâneos do Brasil de que forma?

Alternativas
Q2590758 Português

Leia o texto abaixo para responder às questões de 11 a 20.


País Rico


Por Lima Barreto


Não há dúvida alguma que o Brasil é um país muito rico. Nós que nele vivemos; não nos apercebemos bem disso, e até, ao contrário, o supomos muito pobre, pois a toda hora e a todo instante, estamos vendo o governo lamentar-se que não faz isto ou não faz aquilo por falta de verba.

Nas ruas da cidade, nas mais centrais até, andam pequenos vadios, a cursar a perigosa universidade da calariça das sarjetas, aos quais o governo não dá destino, o os mete num asilo, num colégio profissional qualquer, porque não tem verba, não tem dinheiro. É o Brasil rico…

Surgem epidemias pasmosas, a matar e a enfermar milhares de pessoas, que vêm mostrar a falta de hospitais na cidade, a má localização dos existentes. Pede-se à construção de outros bem situados; e o governo responde que não pode fazer, porque não tem verba, não tem dinheiro. E o Brasil é um país rico.

Anualmente cerca de duas mil mocinhas procuram uma escola anormal ou anormalizada, para aprender disciplinas úteis. Todos observam o caso e perguntam:

— Se há tantas moças que desejam estudar, por que o governo não aumenta o número de escolas destinadas a elas?

O governo responde:

— Não aumento porque não tenho verba, não tenho dinheiro.

E o Brasil é um país rico, muito rico…

As notícias que chegam das nossas guarnições fronteiriças são desoladoras. Não há quartéis; os regimentos de cavalaria não têm cavalos, etc.; etc.

— Mas que faz o governo, raciocina Brás Bocó, que não constrói quartéis e não compra cavalhadas?

O doutor Xisto Beldroegas, funcionário respeitável do governo acode logo:

— Não há verba; o governo não tem dinheiro.

— E o Brasil é um país rico; e tão rico é ele, que apesar de não cuidar dessas coisas que vim enumerando, vai dar trezentos contos para alguns latagões irem ao estrangeiro divertir-se com os jogos de bola como se fossem crianças de calças curtas, a brincar nos recreios dos colégios.

O Brasil é um país rico…


Glossário: 1. Calariça: preguiça, ociosidade; 2.Sarjeta: escoadouro de águas das chuvas que ficam à beira do meio-fio das calçadas; 3. Pasmosa: assombrosas, milagrosas, inauditas; 4. Regimento: conjunto de normas, disciplina, regime; 5. Guarnições: conjunto de tropas destinadas para fazer a proteção ou vigília de um determinado local, guarnecimento.


Fonte: Barreto, Lima. País Rico. Disponível em: https://www.culturagenial.com/ Acesso em 02 de abril de 2024. [Adaptado]

Considerando o contexto do texto, qual a crítica percebida em relação à distribuição de recursos financeiros no Brasil?

Alternativas
Q2590754 Português

Leia o texto abaixo para responder às questões de 11 a 20.


País Rico


Por Lima Barreto


Não há dúvida alguma que o Brasil é um país muito rico. Nós que nele vivemos; não nos apercebemos bem disso, e até, ao contrário, o supomos muito pobre, pois a toda hora e a todo instante, estamos vendo o governo lamentar-se que não faz isto ou não faz aquilo por falta de verba.

Nas ruas da cidade, nas mais centrais até, andam pequenos vadios, a cursar a perigosa universidade da calariça das sarjetas, aos quais o governo não dá destino, o os mete num asilo, num colégio profissional qualquer, porque não tem verba, não tem dinheiro. É o Brasil rico…

Surgem epidemias pasmosas, a matar e a enfermar milhares de pessoas, que vêm mostrar a falta de hospitais na cidade, a má localização dos existentes. Pede-se à construção de outros bem situados; e o governo responde que não pode fazer, porque não tem verba, não tem dinheiro. E o Brasil é um país rico.

Anualmente cerca de duas mil mocinhas procuram uma escola anormal ou anormalizada, para aprender disciplinas úteis. Todos observam o caso e perguntam:

— Se há tantas moças que desejam estudar, por que o governo não aumenta o número de escolas destinadas a elas?

O governo responde:

— Não aumento porque não tenho verba, não tenho dinheiro.

E o Brasil é um país rico, muito rico…

As notícias que chegam das nossas guarnições fronteiriças são desoladoras. Não há quartéis; os regimentos de cavalaria não têm cavalos, etc.; etc.

— Mas que faz o governo, raciocina Brás Bocó, que não constrói quartéis e não compra cavalhadas?

O doutor Xisto Beldroegas, funcionário respeitável do governo acode logo:

— Não há verba; o governo não tem dinheiro.

— E o Brasil é um país rico; e tão rico é ele, que apesar de não cuidar dessas coisas que vim enumerando, vai dar trezentos contos para alguns latagões irem ao estrangeiro divertir-se com os jogos de bola como se fossem crianças de calças curtas, a brincar nos recreios dos colégios.

O Brasil é um país rico…


Glossário: 1. Calariça: preguiça, ociosidade; 2.Sarjeta: escoadouro de águas das chuvas que ficam à beira do meio-fio das calçadas; 3. Pasmosa: assombrosas, milagrosas, inauditas; 4. Regimento: conjunto de normas, disciplina, regime; 5. Guarnições: conjunto de tropas destinadas para fazer a proteção ou vigília de um determinado local, guarnecimento.


Fonte: Barreto, Lima. País Rico. Disponível em: https://www.culturagenial.com/ Acesso em 02 de abril de 2024. [Adaptado]

Identifique o tipo de frase utilizada pelo autor na seguinte passagem: “Não há dúvida alguma que o Brasil é um país muito rico”.

Alternativas
Q2590752 Português

Leia o texto abaixo para responder às questões de 11 a 20.


País Rico


Por Lima Barreto


Não há dúvida alguma que o Brasil é um país muito rico. Nós que nele vivemos; não nos apercebemos bem disso, e até, ao contrário, o supomos muito pobre, pois a toda hora e a todo instante, estamos vendo o governo lamentar-se que não faz isto ou não faz aquilo por falta de verba.

Nas ruas da cidade, nas mais centrais até, andam pequenos vadios, a cursar a perigosa universidade da calariça das sarjetas, aos quais o governo não dá destino, o os mete num asilo, num colégio profissional qualquer, porque não tem verba, não tem dinheiro. É o Brasil rico…

Surgem epidemias pasmosas, a matar e a enfermar milhares de pessoas, que vêm mostrar a falta de hospitais na cidade, a má localização dos existentes. Pede-se à construção de outros bem situados; e o governo responde que não pode fazer, porque não tem verba, não tem dinheiro. E o Brasil é um país rico.

Anualmente cerca de duas mil mocinhas procuram uma escola anormal ou anormalizada, para aprender disciplinas úteis. Todos observam o caso e perguntam:

— Se há tantas moças que desejam estudar, por que o governo não aumenta o número de escolas destinadas a elas?

O governo responde:

— Não aumento porque não tenho verba, não tenho dinheiro.

E o Brasil é um país rico, muito rico…

As notícias que chegam das nossas guarnições fronteiriças são desoladoras. Não há quartéis; os regimentos de cavalaria não têm cavalos, etc.; etc.

— Mas que faz o governo, raciocina Brás Bocó, que não constrói quartéis e não compra cavalhadas?

O doutor Xisto Beldroegas, funcionário respeitável do governo acode logo:

— Não há verba; o governo não tem dinheiro.

— E o Brasil é um país rico; e tão rico é ele, que apesar de não cuidar dessas coisas que vim enumerando, vai dar trezentos contos para alguns latagões irem ao estrangeiro divertir-se com os jogos de bola como se fossem crianças de calças curtas, a brincar nos recreios dos colégios.

O Brasil é um país rico…


Glossário: 1. Calariça: preguiça, ociosidade; 2.Sarjeta: escoadouro de águas das chuvas que ficam à beira do meio-fio das calçadas; 3. Pasmosa: assombrosas, milagrosas, inauditas; 4. Regimento: conjunto de normas, disciplina, regime; 5. Guarnições: conjunto de tropas destinadas para fazer a proteção ou vigília de um determinado local, guarnecimento.


Fonte: Barreto, Lima. País Rico. Disponível em: https://www.culturagenial.com/ Acesso em 02 de abril de 2024. [Adaptado]

Qual é a justificativa dada pelo governo ao afirmar não poder aumentar o número de escolas destinadas às moças que desejam estudar?

Alternativas
Q2590751 Português

Leia o texto abaixo para responder às questões de 11 a 20.


País Rico


Por Lima Barreto


Não há dúvida alguma que o Brasil é um país muito rico. Nós que nele vivemos; não nos apercebemos bem disso, e até, ao contrário, o supomos muito pobre, pois a toda hora e a todo instante, estamos vendo o governo lamentar-se que não faz isto ou não faz aquilo por falta de verba.

Nas ruas da cidade, nas mais centrais até, andam pequenos vadios, a cursar a perigosa universidade da calariça das sarjetas, aos quais o governo não dá destino, o os mete num asilo, num colégio profissional qualquer, porque não tem verba, não tem dinheiro. É o Brasil rico…

Surgem epidemias pasmosas, a matar e a enfermar milhares de pessoas, que vêm mostrar a falta de hospitais na cidade, a má localização dos existentes. Pede-se à construção de outros bem situados; e o governo responde que não pode fazer, porque não tem verba, não tem dinheiro. E o Brasil é um país rico.

Anualmente cerca de duas mil mocinhas procuram uma escola anormal ou anormalizada, para aprender disciplinas úteis. Todos observam o caso e perguntam:

— Se há tantas moças que desejam estudar, por que o governo não aumenta o número de escolas destinadas a elas?

O governo responde:

— Não aumento porque não tenho verba, não tenho dinheiro.

E o Brasil é um país rico, muito rico…

As notícias que chegam das nossas guarnições fronteiriças são desoladoras. Não há quartéis; os regimentos de cavalaria não têm cavalos, etc.; etc.

— Mas que faz o governo, raciocina Brás Bocó, que não constrói quartéis e não compra cavalhadas?

O doutor Xisto Beldroegas, funcionário respeitável do governo acode logo:

— Não há verba; o governo não tem dinheiro.

— E o Brasil é um país rico; e tão rico é ele, que apesar de não cuidar dessas coisas que vim enumerando, vai dar trezentos contos para alguns latagões irem ao estrangeiro divertir-se com os jogos de bola como se fossem crianças de calças curtas, a brincar nos recreios dos colégios.

O Brasil é um país rico…


Glossário: 1. Calariça: preguiça, ociosidade; 2.Sarjeta: escoadouro de águas das chuvas que ficam à beira do meio-fio das calçadas; 3. Pasmosa: assombrosas, milagrosas, inauditas; 4. Regimento: conjunto de normas, disciplina, regime; 5. Guarnições: conjunto de tropas destinadas para fazer a proteção ou vigília de um determinado local, guarnecimento.


Fonte: Barreto, Lima. País Rico. Disponível em: https://www.culturagenial.com/ Acesso em 02 de abril de 2024. [Adaptado]

O que o autor sugere ao mencionar que pequenos vadios cursam a “perigosa universidade da calariça das sarjetas”?

Alternativas
Q2590750 Português

Leia o texto abaixo para responder às questões de 11 a 20.


País Rico


Por Lima Barreto


Não há dúvida alguma que o Brasil é um país muito rico. Nós que nele vivemos; não nos apercebemos bem disso, e até, ao contrário, o supomos muito pobre, pois a toda hora e a todo instante, estamos vendo o governo lamentar-se que não faz isto ou não faz aquilo por falta de verba.

Nas ruas da cidade, nas mais centrais até, andam pequenos vadios, a cursar a perigosa universidade da calariça das sarjetas, aos quais o governo não dá destino, o os mete num asilo, num colégio profissional qualquer, porque não tem verba, não tem dinheiro. É o Brasil rico…

Surgem epidemias pasmosas, a matar e a enfermar milhares de pessoas, que vêm mostrar a falta de hospitais na cidade, a má localização dos existentes. Pede-se à construção de outros bem situados; e o governo responde que não pode fazer, porque não tem verba, não tem dinheiro. E o Brasil é um país rico.

Anualmente cerca de duas mil mocinhas procuram uma escola anormal ou anormalizada, para aprender disciplinas úteis. Todos observam o caso e perguntam:

— Se há tantas moças que desejam estudar, por que o governo não aumenta o número de escolas destinadas a elas?

O governo responde:

— Não aumento porque não tenho verba, não tenho dinheiro.

E o Brasil é um país rico, muito rico…

As notícias que chegam das nossas guarnições fronteiriças são desoladoras. Não há quartéis; os regimentos de cavalaria não têm cavalos, etc.; etc.

— Mas que faz o governo, raciocina Brás Bocó, que não constrói quartéis e não compra cavalhadas?

O doutor Xisto Beldroegas, funcionário respeitável do governo acode logo:

— Não há verba; o governo não tem dinheiro.

— E o Brasil é um país rico; e tão rico é ele, que apesar de não cuidar dessas coisas que vim enumerando, vai dar trezentos contos para alguns latagões irem ao estrangeiro divertir-se com os jogos de bola como se fossem crianças de calças curtas, a brincar nos recreios dos colégios.

O Brasil é um país rico…


Glossário: 1. Calariça: preguiça, ociosidade; 2.Sarjeta: escoadouro de águas das chuvas que ficam à beira do meio-fio das calçadas; 3. Pasmosa: assombrosas, milagrosas, inauditas; 4. Regimento: conjunto de normas, disciplina, regime; 5. Guarnições: conjunto de tropas destinadas para fazer a proteção ou vigília de um determinado local, guarnecimento.


Fonte: Barreto, Lima. País Rico. Disponível em: https://www.culturagenial.com/ Acesso em 02 de abril de 2024. [Adaptado]

Na passagem “E o Brasil é um país rico. [...] E o Brasil é um país rico...”, qual é o propósito do autor ao repetir a afirmação?

Alternativas
Q2590742 Português

Leia o texto abaixo para responder às questões de 1 a 10.


Separados


Por Maria Romarta


A chuva brincava de sumir e aparecer, então, Luíde nem se dava ao trabalho de fechar o guarda-chuva. Lílian havia esquecido o dela, por isso se abrigava ali, junto do ex-marido. As malas, rente aos pés dos dois, também se valiam daquele abrigo.

Eles estavam a passar um final de semana na casa de campo que tinham. Tudo ia muito bem até que Luíde, do filho, se pôs a lembrar.

— Se ele tivesse sobrevivido ia gostar de brincar naquele campinho.

— Com essa chuva toda?

— Não. Nos dias de sol.

— Também gostaria que ele estivesse aqui.

— Mas bem que eu pedi a você, Lilian, não vá ao trabalho, você precisa de repouso, fique em casa! Mas você foi. E lá acabou tropeçando, caindo da escada... Se tivesse me ouvido...

Depois disso, simultaneamente cada um fez as malas, cada um tirou seu carro da garagem e saiu estrada a fora. Foi aí que se tornaram ex. Porém, não foram muito longe, a estrada tentou, até que conseguiu prender os carros ao chão.

Juntos de novo, mas separados e numa ideia conjunta, o casal caminhou até outra estrada que havia mais adiante e cada um ligou pedindo um táxi.

Sob o mesmo guarda-chuva os dois mentiam calados, sozinhos. Após uma eternidade, um táxi apontou naquela estrada, ziguezagueando pela lama. Era o que Lílian havia chamado. O taxista, eterno de simpatia, disse qualquer coisa sobre quase não ter conseguido chegar até lá. Ela não deu muita importância, foi guardando as malas, enquanto, Luíde somente observava a chuva ir abraçando o rosto dela.

— Você vem? - O taxista perguntou ao ex.

— Não, estou esperando outro táxi.

Lílian entrou naquele carro pela porta da esquerda e acenou pelo vidro, como quem dizia milhões de coisas.

Nesse momento, Luíde percebeu que despedida tem gosto, não necessariamente bom.

Aquela despedida, aliás, tinha um gosto. Gosto de quando a gente fala o que não deve.


Fonte: Romarta, Maria. Separados. Disponpivel em: https://clubedoconto.blogspot.com/search/label/Conto. Acesso em 02 de abr de 2024

Como a despedida de Luíde e Lílian pode ser percebida no texto?

Alternativas
Q2590741 Português

Leia o texto abaixo para responder às questões de 1 a 10.


Separados


Por Maria Romarta


A chuva brincava de sumir e aparecer, então, Luíde nem se dava ao trabalho de fechar o guarda-chuva. Lílian havia esquecido o dela, por isso se abrigava ali, junto do ex-marido. As malas, rente aos pés dos dois, também se valiam daquele abrigo.

Eles estavam a passar um final de semana na casa de campo que tinham. Tudo ia muito bem até que Luíde, do filho, se pôs a lembrar.

— Se ele tivesse sobrevivido ia gostar de brincar naquele campinho.

— Com essa chuva toda?

— Não. Nos dias de sol.

— Também gostaria que ele estivesse aqui.

— Mas bem que eu pedi a você, Lilian, não vá ao trabalho, você precisa de repouso, fique em casa! Mas você foi. E lá acabou tropeçando, caindo da escada... Se tivesse me ouvido...

Depois disso, simultaneamente cada um fez as malas, cada um tirou seu carro da garagem e saiu estrada a fora. Foi aí que se tornaram ex. Porém, não foram muito longe, a estrada tentou, até que conseguiu prender os carros ao chão.

Juntos de novo, mas separados e numa ideia conjunta, o casal caminhou até outra estrada que havia mais adiante e cada um ligou pedindo um táxi.

Sob o mesmo guarda-chuva os dois mentiam calados, sozinhos. Após uma eternidade, um táxi apontou naquela estrada, ziguezagueando pela lama. Era o que Lílian havia chamado. O taxista, eterno de simpatia, disse qualquer coisa sobre quase não ter conseguido chegar até lá. Ela não deu muita importância, foi guardando as malas, enquanto, Luíde somente observava a chuva ir abraçando o rosto dela.

— Você vem? - O taxista perguntou ao ex.

— Não, estou esperando outro táxi.

Lílian entrou naquele carro pela porta da esquerda e acenou pelo vidro, como quem dizia milhões de coisas.

Nesse momento, Luíde percebeu que despedida tem gosto, não necessariamente bom.

Aquela despedida, aliás, tinha um gosto. Gosto de quando a gente fala o que não deve.


Fonte: Romarta, Maria. Separados. Disponpivel em: https://clubedoconto.blogspot.com/search/label/Conto. Acesso em 02 de abr de 2024

Com base no texto "Separados", o que levou à separação do casal?

Alternativas
Q2590740 Português

Leia o texto abaixo para responder às questões de 1 a 10.


Separados


Por Maria Romarta


A chuva brincava de sumir e aparecer, então, Luíde nem se dava ao trabalho de fechar o guarda-chuva. Lílian havia esquecido o dela, por isso se abrigava ali, junto do ex-marido. As malas, rente aos pés dos dois, também se valiam daquele abrigo.

Eles estavam a passar um final de semana na casa de campo que tinham. Tudo ia muito bem até que Luíde, do filho, se pôs a lembrar.

— Se ele tivesse sobrevivido ia gostar de brincar naquele campinho.

— Com essa chuva toda?

— Não. Nos dias de sol.

— Também gostaria que ele estivesse aqui.

— Mas bem que eu pedi a você, Lilian, não vá ao trabalho, você precisa de repouso, fique em casa! Mas você foi. E lá acabou tropeçando, caindo da escada... Se tivesse me ouvido...

Depois disso, simultaneamente cada um fez as malas, cada um tirou seu carro da garagem e saiu estrada a fora. Foi aí que se tornaram ex. Porém, não foram muito longe, a estrada tentou, até que conseguiu prender os carros ao chão.

Juntos de novo, mas separados e numa ideia conjunta, o casal caminhou até outra estrada que havia mais adiante e cada um ligou pedindo um táxi.

Sob o mesmo guarda-chuva os dois mentiam calados, sozinhos. Após uma eternidade, um táxi apontou naquela estrada, ziguezagueando pela lama. Era o que Lílian havia chamado. O taxista, eterno de simpatia, disse qualquer coisa sobre quase não ter conseguido chegar até lá. Ela não deu muita importância, foi guardando as malas, enquanto, Luíde somente observava a chuva ir abraçando o rosto dela.

— Você vem? - O taxista perguntou ao ex.

— Não, estou esperando outro táxi.

Lílian entrou naquele carro pela porta da esquerda e acenou pelo vidro, como quem dizia milhões de coisas.

Nesse momento, Luíde percebeu que despedida tem gosto, não necessariamente bom.

Aquela despedida, aliás, tinha um gosto. Gosto de quando a gente fala o que não deve.


Fonte: Romarta, Maria. Separados. Disponpivel em: https://clubedoconto.blogspot.com/search/label/Conto. Acesso em 02 de abr de 2024

De acordo com texto, o que Luíde sugeriu a Lílian, que ela não fez, e por quê?

Alternativas
Respostas
2261: B
2262: C
2263: D
2264: D
2265: C
2266: A
2267: D
2268: D
2269: A
2270: E
2271: D
2272: D
2273: D
2274: E
2275: B
2276: A
2277: C
2278: A
2279: D
2280: E