Questões de Português - Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto para Concurso

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Q2520661 Português
       Há cinquenta anos, o homem desceu na Lua. Eu assisti pela televisão. Foi mais difícil conseguir a imagem em Louveira do que a NASA alunar o módulo e permitir que o astronauta norte-americano, Neil Armstrong, descesse no satélite da Terra.


       Em julho daquele ano, estávamos de férias na fazenda de Louveira, e a cidade não era famosa pela imagem captada pelos televisores da época, máquinas com telas pequenas, que transmitiam em branco e preto, invariavelmente com fantasmas e chuviscos distorcendo a imagem.


       Como o nome diz, fantasmas eram sombras das imagens e eles podiam ser tão fortes que impediam de ver a cena ou confundir o que os personagens estavam fazendo. Não eram uma exclusividade de Louveira. A imagem da TV na nossa casa em São Paulo também era trágica, mas, em julho de 1969, o problema tinha que ser solucionado, sob risco de não vermos o homem descer na Lua porque a imagem na televisão da fazenda era um borrão.


       O jeito foi instalar um mastro no telhado da casa da sede e colocar a antena no seu topo. A imagem não ficou nenhuma maravilha, mas, entre chuvisco e fantasmas, deu para ver o lunauta pisar na lua.


      Foi um momento importante. Mesmo nós, na época, crianças, sentimos a gravidade do que estava acontecendo e sabíamos que a humanidade tinha dado um passo enorme na rota de seu progresso.


        No dia seguinte, o administrador da fazenda perguntou para meu tio Paulo por que os americanos não tinham ido na lua cheia. Afinal, seria muito mais fácil acertar o nosso satélite.



(Antonio Penteado Mendonça. 50 anos atrás o homem chegou na lua.
https://cronicasdacidade.com.br, 16.07.2019. Adaptado)
De acordo com informações presentes no texto, é correto afirmar que o acontecimento da chegada do homem à Lua foi para o narrador
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Q2520658 Português




(Bill Waterson. O melhor de Calvin. www.estadao.com.br, 29.05.2023)

A partir da leitura da tira, é correto afirmar que
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Q2520618 Português
Na educação, o Brasil tem muito o que
aprender com o Brasil



        O debate público sobre educação básica ainda é, infelizmente, ocupado por mitos derrotistas, como o de a educação atual ser pior que a “de antigamente”, da escola pública como um fracasso e da melhoria da qualidade ser um processo que demora muitas décadas.

        Ainda que existam enormes desafios, que foram aprofundados na pandemia, não reconhecer os avanços é abandonar a oportunidade de universalizarmos para todo o país o patamar mais elevado de aprendizagem que já é realidade em redes de ensino de algumas cidades e estados. Uma característica que chama atenção na educação é a desigualdade no território nacional: enquanto muitas redes de ensino avançaram pouco ao longo do tempo, algumas conseguiram implementar um conjunto de medidas que, sustentadas no tempo, causaram um impacto substancial na qualidade.

       A média dos resultados ainda é ruim e muitas vezes esconde excelentes gestões educacionais que merecem destaque pelo efeito norteador que podem e devem ter. Estes casos de sucesso precisam ser mais conhecidos, e podem inspirar os planos educacionais nas três esferas de governo.



(Priscila Cruz, “Na educação, o Brasil tem muito o que aprender com o Brasil”. Em: Folha de S.Paulo, 18.07.2022. Adaptado)
No texto, a autora defende que
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Q2520613 Português
     Pra lhes dizer a verdade, não sei onde meu pai arranjou aquele almanaque, velharia do século passado, e que catalogava os municípios das Minas Gerais, um por um. Tenho de confessar que, como aquele, ainda não vi outro, tão bem arranjado e consciente das coisas que deviam ser preservadas para a posteridade. Tanto assim que, além de exaltar as belezas do lugar e as excelências do clima, descrevia o povo, listando os vultos mais ilustres, começando, como era de se esperar, pelos capitalistas, fazendeiros e donos de lojas, passando então aos médicos, boticários, bacharéis e sacerdotes, sem se esquecer, ainda que no fim, dos mestres-escolas. Lá, bem no começo, seguindo a ordem alfabética, estava Boa Esperança, terra de meu pai, e ele ajeitou os óculos para ver se descobria naquele registro do passado a informação de algum antepassado ilustre, quem sabe alguma glória de que se pudesse gabar! E o dedo indicador foi percorrendo o rol dos importantes pelo sobrenome, pois que de primeiro nome todas as memórias já tinham sido apagadas. Até que parou. Lá estava. Não podia haver dúvidas. O sobrenome era o mesmo: Espírito Santo. Profissão: tropeiro. Tropeiro? Isto mesmo. E com a tropa de burros e o barulho imaginário dos sinos da madrinha, pelas trilhas da serra da Boa Esperança que o Lamartine Babo cantou, foram-se também as esperanças de um passado glorioso.



(Rubem Alves, Conversas com quem gosta de ensinar. Adaptado)

Ao descrever a organização do almanaque, o autor deixa claro que ele estava organizado
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Q2520612 Português
     Pra lhes dizer a verdade, não sei onde meu pai arranjou aquele almanaque, velharia do século passado, e que catalogava os municípios das Minas Gerais, um por um. Tenho de confessar que, como aquele, ainda não vi outro, tão bem arranjado e consciente das coisas que deviam ser preservadas para a posteridade. Tanto assim que, além de exaltar as belezas do lugar e as excelências do clima, descrevia o povo, listando os vultos mais ilustres, começando, como era de se esperar, pelos capitalistas, fazendeiros e donos de lojas, passando então aos médicos, boticários, bacharéis e sacerdotes, sem se esquecer, ainda que no fim, dos mestres-escolas. Lá, bem no começo, seguindo a ordem alfabética, estava Boa Esperança, terra de meu pai, e ele ajeitou os óculos para ver se descobria naquele registro do passado a informação de algum antepassado ilustre, quem sabe alguma glória de que se pudesse gabar! E o dedo indicador foi percorrendo o rol dos importantes pelo sobrenome, pois que de primeiro nome todas as memórias já tinham sido apagadas. Até que parou. Lá estava. Não podia haver dúvidas. O sobrenome era o mesmo: Espírito Santo. Profissão: tropeiro. Tropeiro? Isto mesmo. E com a tropa de burros e o barulho imaginário dos sinos da madrinha, pelas trilhas da serra da Boa Esperança que o Lamartine Babo cantou, foram-se também as esperanças de um passado glorioso.



(Rubem Alves, Conversas com quem gosta de ensinar. Adaptado)

Na passagem – Profissão: tropeiro. Tropeiro? Isto mesmo. – a pergunta destacada expressa 
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Respostas
566: D
567: E
568: B
569: E
570: A