Questões de Português - Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto para Concurso

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Ano: 2024 Banca: FUNCERN Órgão: CREA-RN Prova: FUNCERN - 2024 - CREA-RN - Analista |
Q2510398 Português
    Claro que está longe do ideal, mas, visto que as mudanças climáticas estão esquentando a nossa chapa cada vez mais, desenvolver métodos para reutilizar esse calor pode nos ajudar a suportar um pouco mais as inerentes consequências. 
A expressão “inerentes consequências” está empregada no sentido de afirmar que as consequências da mudança climática vivenciadas hoje
Alternativas
Ano: 2024 Banca: FUNCERN Órgão: CREA-RN Prova: FUNCERN - 2024 - CREA-RN - Analista |
Q2510395 Português
O chão está ficando mais quente – e pode danificar as construções acima
Caio César Pereira

      Há mais ou menos dois meses, uma notícia deixou as pessoas em alerta: caso você queira ter a chance de ver o Homem-aranha se pendurando pelos prédios de Nova York, é melhor se apressar: a cidade está afundando. Agora, uma pesquisa publicada na Nature revelou algo ainda pior: a grande maçã pode não ser a única. O aquecimento global pode estar esquentando demais o solo, o que pode colocar em risco, literalmente, tudo que está acima dele.

    Utilizando um modelo em 3D, um engenheiro da Universidade Northwestern, Alessandro Rotta Loria, simulou a variação de temperatura no subsolo na cidade de Chicago. A análise foi feita no distrito de Chicago Loop, famoso centro financeiro da cidade, simulando um período que vai desde a construção dos túneis de metrô na cidade, em 1951, até o não tão longínquo ano de 2051.

          Os resultados mostraram uma variação de 1 a 5 ºC por toda a extensão do distrito, com um aumento de temperatura de mais ou menos 0,14 ºC por ano. Pode parecer pouco, mas o aumento a longo prazo pode ser um risco para as construções acima. As construções mais modernas, geralmente, já são feitas para suportar essas variações, mas outras mais antigas podem não ter a mesma sorte. “É muito provável que a mudança climática subterrânea já tenha causado rachaduras e afundamentos excessivos de fundações que não associamos a esse fenômeno porque não estávamos cientes dele”, diz Rota Loria.

         Esse aumento de temperatura no subsolo não é algo novo e até tem nome: ilhas de calor subterrâneas. Ilha de calor é aquele fenômeno climático que acontece nos centros urbanos, onde a temperatura costuma ser maior do que nas zonas rurais. As ilhas de calor subterrâneas funcionam da mesma forma, mas debaixo da terra. O solo (e até mesmo as águas subterrâneas) de grandes centros urbanos como Nova York, Londres, Berlim ou Istambul são mais quentes do que as regiões mais afastadas.

      Às vezes essa variação pode acontecer dentro do próprio perímetro urbano. A pesquisa mostrou que a região norte de Chicago Loop, onde há mais prédios, teve um solo mais quente quando comparado com o da parte sul. Como o calor também é liberado pelo metrô e outras tubulações, o material de construção é feito de forma a absorver esse excedente. O problema é que certos materiais, como argila com grãos finos (presentes no subsolo de Chicago, por exemplo), são mais sensíveis na presença de água e calor.

         Apesar de isso tudo parecer um tanto quanto apocalíptico, Rotta Loria tranquiliza um pouco: “Embora esse fenômeno não seja necessariamente perigoso para a segurança das pessoas, ele afetará as operações normais do dia a dia dos sistemas de fundação e infraestrutura civil em geral.” Isso significa que, além de ficar de olho nas construções antigas, é preciso também se atentar no tipo de material utilizado nas novas construções. Isso porque, apesar de não representar um perigo direto para as pessoas, o aumento da temperatura pode afetar a estética, o funcionamento e a durabilidade das estruturas.

     Mas nem tudo é tragédia. Algumas cidades já passaram a adotar formas de reaproveitar esse calor. Paris, por exemplo, passou a fazer a chamada reciclagem de calor. Aqui, você pega o calor produzido por metrôs, trens e afins, e o converte em energia que pode ser utilizada para aquecer prédios e apartamentos. Claro que está longe do ideal, mas, visto que as mudanças climáticas estão esquentando a nossa chapa cada vez mais, desenvolver métodos para reutilizar esse calor pode nos ajudar a suportar um pouco mais as inerentes consequências.

Disponível em: <https://super.abril.com.br/>. Acesso em 02 jan. 2024. [Adaptado]
Para uma compreensão coerente do título, o leitor, prioritariamente, deve
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Ano: 2024 Banca: FUNCERN Órgão: CREA-RN Prova: FUNCERN - 2024 - CREA-RN - Analista |
Q2510391 Português
O chão está ficando mais quente – e pode danificar as construções acima
Caio César Pereira

      Há mais ou menos dois meses, uma notícia deixou as pessoas em alerta: caso você queira ter a chance de ver o Homem-aranha se pendurando pelos prédios de Nova York, é melhor se apressar: a cidade está afundando. Agora, uma pesquisa publicada na Nature revelou algo ainda pior: a grande maçã pode não ser a única. O aquecimento global pode estar esquentando demais o solo, o que pode colocar em risco, literalmente, tudo que está acima dele.

    Utilizando um modelo em 3D, um engenheiro da Universidade Northwestern, Alessandro Rotta Loria, simulou a variação de temperatura no subsolo na cidade de Chicago. A análise foi feita no distrito de Chicago Loop, famoso centro financeiro da cidade, simulando um período que vai desde a construção dos túneis de metrô na cidade, em 1951, até o não tão longínquo ano de 2051.

          Os resultados mostraram uma variação de 1 a 5 ºC por toda a extensão do distrito, com um aumento de temperatura de mais ou menos 0,14 ºC por ano. Pode parecer pouco, mas o aumento a longo prazo pode ser um risco para as construções acima. As construções mais modernas, geralmente, já são feitas para suportar essas variações, mas outras mais antigas podem não ter a mesma sorte. “É muito provável que a mudança climática subterrânea já tenha causado rachaduras e afundamentos excessivos de fundações que não associamos a esse fenômeno porque não estávamos cientes dele”, diz Rota Loria.

         Esse aumento de temperatura no subsolo não é algo novo e até tem nome: ilhas de calor subterrâneas. Ilha de calor é aquele fenômeno climático que acontece nos centros urbanos, onde a temperatura costuma ser maior do que nas zonas rurais. As ilhas de calor subterrâneas funcionam da mesma forma, mas debaixo da terra. O solo (e até mesmo as águas subterrâneas) de grandes centros urbanos como Nova York, Londres, Berlim ou Istambul são mais quentes do que as regiões mais afastadas.

      Às vezes essa variação pode acontecer dentro do próprio perímetro urbano. A pesquisa mostrou que a região norte de Chicago Loop, onde há mais prédios, teve um solo mais quente quando comparado com o da parte sul. Como o calor também é liberado pelo metrô e outras tubulações, o material de construção é feito de forma a absorver esse excedente. O problema é que certos materiais, como argila com grãos finos (presentes no subsolo de Chicago, por exemplo), são mais sensíveis na presença de água e calor.

         Apesar de isso tudo parecer um tanto quanto apocalíptico, Rotta Loria tranquiliza um pouco: “Embora esse fenômeno não seja necessariamente perigoso para a segurança das pessoas, ele afetará as operações normais do dia a dia dos sistemas de fundação e infraestrutura civil em geral.” Isso significa que, além de ficar de olho nas construções antigas, é preciso também se atentar no tipo de material utilizado nas novas construções. Isso porque, apesar de não representar um perigo direto para as pessoas, o aumento da temperatura pode afetar a estética, o funcionamento e a durabilidade das estruturas.

     Mas nem tudo é tragédia. Algumas cidades já passaram a adotar formas de reaproveitar esse calor. Paris, por exemplo, passou a fazer a chamada reciclagem de calor. Aqui, você pega o calor produzido por metrôs, trens e afins, e o converte em energia que pode ser utilizada para aquecer prédios e apartamentos. Claro que está longe do ideal, mas, visto que as mudanças climáticas estão esquentando a nossa chapa cada vez mais, desenvolver métodos para reutilizar esse calor pode nos ajudar a suportar um pouco mais as inerentes consequências.

Disponível em: <https://super.abril.com.br/>. Acesso em 02 jan. 2024. [Adaptado]
 De acordo com o texto,
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Ano: 2024 Banca: FUNCERN Órgão: CREA-RN Prova: FUNCERN - 2024 - CREA-RN - Analista |
Q2510390 Português
O chão está ficando mais quente – e pode danificar as construções acima
Caio César Pereira

      Há mais ou menos dois meses, uma notícia deixou as pessoas em alerta: caso você queira ter a chance de ver o Homem-aranha se pendurando pelos prédios de Nova York, é melhor se apressar: a cidade está afundando. Agora, uma pesquisa publicada na Nature revelou algo ainda pior: a grande maçã pode não ser a única. O aquecimento global pode estar esquentando demais o solo, o que pode colocar em risco, literalmente, tudo que está acima dele.

    Utilizando um modelo em 3D, um engenheiro da Universidade Northwestern, Alessandro Rotta Loria, simulou a variação de temperatura no subsolo na cidade de Chicago. A análise foi feita no distrito de Chicago Loop, famoso centro financeiro da cidade, simulando um período que vai desde a construção dos túneis de metrô na cidade, em 1951, até o não tão longínquo ano de 2051.

          Os resultados mostraram uma variação de 1 a 5 ºC por toda a extensão do distrito, com um aumento de temperatura de mais ou menos 0,14 ºC por ano. Pode parecer pouco, mas o aumento a longo prazo pode ser um risco para as construções acima. As construções mais modernas, geralmente, já são feitas para suportar essas variações, mas outras mais antigas podem não ter a mesma sorte. “É muito provável que a mudança climática subterrânea já tenha causado rachaduras e afundamentos excessivos de fundações que não associamos a esse fenômeno porque não estávamos cientes dele”, diz Rota Loria.

         Esse aumento de temperatura no subsolo não é algo novo e até tem nome: ilhas de calor subterrâneas. Ilha de calor é aquele fenômeno climático que acontece nos centros urbanos, onde a temperatura costuma ser maior do que nas zonas rurais. As ilhas de calor subterrâneas funcionam da mesma forma, mas debaixo da terra. O solo (e até mesmo as águas subterrâneas) de grandes centros urbanos como Nova York, Londres, Berlim ou Istambul são mais quentes do que as regiões mais afastadas.

      Às vezes essa variação pode acontecer dentro do próprio perímetro urbano. A pesquisa mostrou que a região norte de Chicago Loop, onde há mais prédios, teve um solo mais quente quando comparado com o da parte sul. Como o calor também é liberado pelo metrô e outras tubulações, o material de construção é feito de forma a absorver esse excedente. O problema é que certos materiais, como argila com grãos finos (presentes no subsolo de Chicago, por exemplo), são mais sensíveis na presença de água e calor.

         Apesar de isso tudo parecer um tanto quanto apocalíptico, Rotta Loria tranquiliza um pouco: “Embora esse fenômeno não seja necessariamente perigoso para a segurança das pessoas, ele afetará as operações normais do dia a dia dos sistemas de fundação e infraestrutura civil em geral.” Isso significa que, além de ficar de olho nas construções antigas, é preciso também se atentar no tipo de material utilizado nas novas construções. Isso porque, apesar de não representar um perigo direto para as pessoas, o aumento da temperatura pode afetar a estética, o funcionamento e a durabilidade das estruturas.

     Mas nem tudo é tragédia. Algumas cidades já passaram a adotar formas de reaproveitar esse calor. Paris, por exemplo, passou a fazer a chamada reciclagem de calor. Aqui, você pega o calor produzido por metrôs, trens e afins, e o converte em energia que pode ser utilizada para aquecer prédios e apartamentos. Claro que está longe do ideal, mas, visto que as mudanças climáticas estão esquentando a nossa chapa cada vez mais, desenvolver métodos para reutilizar esse calor pode nos ajudar a suportar um pouco mais as inerentes consequências.

Disponível em: <https://super.abril.com.br/>. Acesso em 02 jan. 2024. [Adaptado]
 O texto, em sua totalidade, 
Alternativas
Q2510120 Português
Uso excessivo de redes sociais pode levar a
uma realidade ficcional
Kayña de Oliveira


O Instagram é uma das maiores plataformas de mídias sociais do mundo. Os jovens são os que mais utilizam. Segundo dados da Pew Research Center, 64% das pessoas entre 18 e 29 anos possuem um perfil na rede. São mais de 1 bilhão de usuários ativos por mês. Apesar da popularidade, o Instagram foi eleito a rede social mais tóxica para a saúde mental de seus usuários. É o que diz o estudo realizado em 2017 pela entidade de saúde pública do Reino Unido. Entre os principais problemas relatados no estudo pelos usuários estão ansiedade, depressão, solidão, baixa qualidade de sono, autoestima e dificuldade de relacionamento fora das redes.

A professora Henriette Tognetti Penha Morato, do Departamento de Psicologia da Aprendizagem da USP, informa que o uso intenso das redes sociais suga os usuários e leva a uma elaboração ficcional da realidade. Nas redes, as pessoas buscam alterar virtualmente o que não consideram satisfatório na vida real: “Cada um tenta dizer as coisas da maneira como vê e às vezes provoca para ver como é que vão reagir. É uma distorção criada para modificar a própria realidade com a qual não se está satisfeito ou criada para provocar alguma coisa”. Conforme Henriette, para manter a saúde mental, é importante não se restringir ao mundo on-line e observar as possibilidades que existem na vida real.

O psiquiatra Cristiano Nabuco, coordenador do grupo de Dependências Tecnológicas do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP, informa que, quanto mais se busca a perfeição nas redes sociais e se negligencia a vida real, mais infeliz o usuário pode se sentir. “85% de todas as fotografias que são postadas são editadas. Isso é um problema, porque se desenvolve uma autoestima virtual e não pessoal, e quanto mais o indivíduo busca se equiparar a essa vida paralela, mais infeliz ele vai se sentir na vida real.”


Disponível em: https://jornal.usp.br/atualidades/uso-excessivo-das-redes- sociais-pode-levar-a-uma-elaboracao-ficcional-da-realidade/. Acesso 10 set. 2023. Com alterações.
Com base na leitura do texto, é correto considerar que
Alternativas
Respostas
741: A
742: C
743: A
744: C
745: B