Questões de Concurso
Sobre orações subordinadas adverbiais: causal, comparativa, consecutiva, concessiva, condicional... em português
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• … e que se escolha apenas um desses adjetivos para dizer o que se deseja. (1º parágrafo)
• O que deve ler um bom escritor, segundo os economistas? (3º parágrafo)
As palavras destacadas estabelecem, respectivamente,
“É preciso lembrar que essa civilização já não nos oferece nenhuma garantia, caso caiamos desmaiados em algum lugar por aí, sejamos atropelados ou soframos algum acidente.” (9º parágrafo)
Machos exibem objetos vistosos para se valorizar sexualmente aos olhos das fêmeas. (3º parágrafo)
Em relação à oração que a precede, a oração sublinhada expressa ideia de


O que faz o Brasil ter a maior população de
domésticas do mundo
Marina Wentzel
1 Se organizasse um encontro de todos os seus trabalhadores domésticos, o Brasil reuniria uma população maior que a da Dinamarca, composta majoritariamente por mulheres negras, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
2 Segundo dados de 2017, o país emprega cerca de 7 milhões de pessoas no setor − o maior grupo no mundo. São três empregados para cada grupo de 100 habitantes − e a liderança brasileira nesse ranking só é contestada pela informalidade e falta de dados confiáveis de outros países.
3 Com um perfil predominante feminino, afrodescendente e de baixa escolaridade, o trabalho doméstico é alimentado pela desigualdade e pela dinâmica social criada principalmente após a abolição da escravatura no Brasil, afirmam especialistas.
4 “Ainda hoje o trabalho doméstico é uma das principais ocupações entre as mulheres, que são a maioria no setor em todo o mundo, cerca de 80%. No Brasil, permanece sendo a principal fonte de emprego entre as mulheres”, diz Claire Hobden, especialista em Trabalhadores Vulneráveis da OIT. O professor e pesquisador americano David Evan Harris é um dos especialistas que defendem que cenário do trabalho doméstico no Brasil atual é herança do período escravagista.
5 “O Brasil foi um dos últimos países do mundo a acabar com a escravidão. Se olharmos para quem são as empregadas, veremos que elas tendem a ser pessoas de cor”, diz o acadêmico, formado pela Universidade da Califórnia em Berkeley, nos EUA, e mestre pela USP. [...]
6 Segundo a historiadora e escritora Marília Bueno de Araújo Ariza, mesmo após a abolição, em 1888, mulheres e homens negros continuaram sendo servos ou escravos informais, o que também deixou seu legado no mercado de trabalho. [...]
7 As domésticas de hoje são majoritariamente afrodescendentes porque “justamente eram essas pessoas que ocupavam os postos de trabalho mais aviltados na saída da escravidão e na entrada da liberdade no pós-abolição”, afirmou ela à BBC Brasil.
A ideia de ter um servo na família era muito comum, mesmo entre quem não era rico e vivia nas regiões semiurbanas do século 19, segundo Ariza.
8 “A escravidão brasileira foi diversa, mas foi sobretudo uma escravidão de pequena posse. No Brasil, todo mundo tinha escravos. Quando as pessoas tinham dinheiro, elas compravam escravos com muita frequência.”
9 Ariza acredita que o Brasil do século 21 herdou do passado colonial, imperial e escravista uma “profunda desigualdade na sociedade que não foi resolvida” e “um racismo estrutural”. Essas duas coisas combinadas nos levam a um quadro contemporâneo que usa racionalmente o trabalho doméstico porque ele é mal remunerado e, até recentemente, não tinha quaisquer direitos reconhecidos”, resume. [...]
10 “Apesar dos esforços dos governos recentes em trazer essas empregadas para a formalidade, o que se vê hoje é o aumento da informalidade”, pondera o professor e doutor em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Carlos Eduardo Coutinho da Costa. [...]
11 “Já que o trabalho formal é um meio de ascensão, as oportunidades nesse âmbito foram administradas por um viés racial, no qual negros foram encaminhados aos postos inferiores, mais precarizados, para que não evoluíssem economicamente”, diz Coutinho da Costa.
12 Em sua tese de mestrado na USP, o pesquisador americano David Evan Harris comparou a relação da sociedade com os trabalhadores domésticos no Brasil e nos Estados Unidos. Para ele, em ambos os países os empregados são explorados, apesar das diferenças culturais. No Brasil, diz Harris, predomina o discurso da proximidade afetiva, na qual a empregada é tratada “praticamente como se fosse alguém da família”. Já nos EUA, elas costumam ser terceirizadas e recrutadas via empresas de serviços de limpeza. Essa profissionalização daria o distanciamento necessário para que a “culpa” e o “constrangimento moral” das famílias americanas por causa da desigualdade social fossem mitigados.
Disponível em:
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-43120953.
Acesso: 16 set. 2023. Com alterações
1 - Como estava quente, retirei o casaco; 2 - Caso você melhore, volte logo para o trabalho; e 3 - Mesmo que ele venha, não resolverá a situação.
Assinale a alternativa que indica a relação correta entre as orações de cada item:
1 - Já que Maria foi embora, vou também; 2 - Malgrado ela admitisse o erro, não o reparou; e 3 - Assim que ele resolveu estudar, sua nota melhorou.
Assinale a alternativa que indica a relação correta entre as orações de cada item:
A respeito das estruturas oracionais introduzidas pela preposição PARAnos períodos I e II a seguir, é CORRETO afirmar:
com infecções após lipo de papada é
investigada pelo Ministério Público


Tocando em frente
Almir Sater
Em relação aos aspectos gerais do texto, julgue o item.
A expressão “de que” (linha 7) introduz uma oração
subordinada adjetiva que tem função de objeto direto.
Leia atentamente o texto a seguir e responda à questão.
'DNA saltador' ajudou ancestrais do ser humano a perder a cauda
Em relação ao período acima, analise as afirmativas a seguir:
I. É composto por quatro orações. II. Existe uma oração subordinada substantiva objetiva direta. III. Há uma oração subordinada adverbial.
Assinale
Barata entende
Nesta casa, quando vim para cá, havia muitas baratas. Grandes, lentas, parecidas umas com as outras. Eram vistas à noite saindo da cozinha e passavam por mim, muitas vezes, aos pares, como as mulheres amigas que passeiam conversando.
Havia uma que não se juntava com as outras e era diferente. Um pouco mais clara, talvez. Mais alazã. Essa, quando eu estava escrevendo, se punha defronte, em cima da Antologia poética, de Vinicius de Moraes, e ficava me olhando. A princípio, a testemunha, a vigilância, sua simples presença me causava um certo desconforto. Depois, já não me fazia o menor mal. Ao contrário, quando parava para pensar, fitava-a e as ideias me vinham mais depressa.
Uma noite, demorou a aparecer e, enquanto a esperei, confesso, não estivesse sossegado. Imaginei que lhe houvesse acontecido alguma coisa. Tivesse comido um pó errado. Encontrado uma dessas gatas lascivas, que matam as baratas aos pouquinhos, brincando com elas. Só sei que, quando levantei os olhos e a vi, outra vez, em cima da Antologia Poética, não contive o grito:
— Onde é que você andava!?
A barata desceu do livro e começou a caminhar, na direção do banheiro. Parou, na porta, e voltou-se para mim, como que pedindo que a seguisse. Não me custava nada. Era a primeira vez. No banheiro, no canto onde se guardavam as vassourinhas e o desentupidor, parou. Ficou parada. Com um ar de “olhe para isso”. Lá, havia um pó amarelo, que a cozinheira, sem me consultar e absolutamente certa de que estava prestando um grande serviço, comprara. Eu precisava fazer qualquer coisa para minha barata saber que não era eu, que não fora eu, que não seria eu, nunca…
Abaixei-me e, quando ia começar a varrer o veneno, descobri que a pobrezinha, antes, tinha ido no pó. Estava com as patinhas e a boca sujas de amarelo. Além disso, já se punha mal nas pernas. Ia morrer, como de fato morreu, minutos depois, erguendo-se sobre o traseiro e caindo, pesadamente, de barriga para cima. Então, eu lhe gritei, com toda voz e toda inocência:
— Olha, barata, não fui eu, não!
No dia seguinte, porque as outras não me interessavam, ou temendo que viesse, um dia, a me interessar por outra, telefonei para Insetisan e pedi que mandassem dedetizar a casa.
(Vento vadio: as crônicas de Antônio Maria. Pesquisa, organização e introdução de Guilherme Tauil, Todavia, 2021, pp. 391-392. Publicada
originalmente em: O Jornal, de 10/11/1962.)