Questões de Concurso Sobre orações subordinadas adverbiais: causal, comparativa, consecutiva, concessiva, condicional... em português

Foram encontradas 2.124 questões

Q2521889 Português
Leia o texto para responder à questão.

Quando você for-se embora,
moça branca como a neve,
me leve.

Se acaso você não possame carregar pela mão,
menina branca de neve,
me leve no coração.

Se no coração não possapor acaso me levar,
moça de sonho e de neve,
me leve no seu lembrar.

E se aí também não possapor tanta coisa que leve
já viva em seu pensamento,
moça de sonho e de neve,
me leve no esquecimento.

(GULLAR, Ferreira. Cantiga para não morrer. 1975)
Assinale a alternativa em que se expressa no poema ideia de causa.
Alternativas
Q2521875 Português
Leia o texto para responder à questão.

Sobre escrever bem: uma declaração contra o império da simplicidade

    Que tudo seja expresso com o mínimo de ruído, que o leitor compreenda de imediato cada mensagem, que as sentenças sejam diretas e limpas, concisas e coerentes – e que se escolha apenas um desses adjetivos para dizer o que se deseja. No império da simplicidade, eliminar palavras é o gesto literário por excelência. E assim vamos formando uma geração de escritores contrários ao dicionário e à linguagem; e uma geração de leitores que só desejam histórias fortes narradas limpidamente.
      Ao escritor cabe sobretudo o medo. Deve temer os termos longos e abstratos, cada um passível de se tornar um peso morto sobre a página, a assombrar os leitores também assustados. Deve temer as palavras incomuns, as estranhas, as antigas, maculadas pela poeira dos séculos. Deve temer o olhar dos críticos, encarados como fiscais da clareza, e fugir de seu juízo definitivo de pretensão excessiva, de vaidade ou pedantismo. Ao escritor cabe a dieta da língua: ingerir apenas palavras magras e nutritivas, que não suscitem qualquer risco de resultarem indigestas aos estômagos sensíveis.
    Assim recomendou a revista The Economist, num artigo que se propunha a ditar o que devem ler aqueles que querem escrever melhor. O que deve ler um bom escritor, segundo os economistas?
    Uma sequência de manuais de estilo que defendem sempre a mesma doutrina, a começar pelo manual clássico do escritor George Orwell, que parece ter aberto a tradição de ataque à escrita obscura ou labiríntica, a tradição de defesa da razão, algo que só se encontraria nas palavras cotidianas reunidas na ordem costumeira. Que a literatura siga as diretrizes de eficácia que regem o pensamento econômico, que se faça objetiva e vendável, com custos mínimos: nisso culminam tantos princípios.
    Para dar riqueza a essa visão um tanto empobrecida, evocam-se sempre alguns grandes nomes da boa literatura concisa. Entre anglófonos, Ernest Hemingway é incensado como modelo maior da economia das letras. Entre brasileiros, Graciliano Ramos se torna a referência máxima, na obsessão por um estilo seco assemelhado às vidas que ele retrata.

(FUKS, Julián. Em: https://www.uol.com.br/ecoa/colunas/julian-fuks/2023/10/07/sobre-escrever-bem-uma-declaracao-contra- -o-imperio-da-simplicidade.htm. 07.10.2023. Adaptado)
Considere os trechos:

 … e que se escolha apenas um desses adjetivos para dizer o que se deseja. (1º parágrafo)
• O que deve ler um bom escritor, segundo os economistas? (3º parágrafo)

As palavras destacadas estabelecem, respectivamente,
Alternativas
Q2516879 Português
Assinale a alternativa que contém um exemplo de oração subordinada concessiva.
Alternativas
Ano: 2024 Banca: IBADE Órgão: Faceli Prova: IBADE - 2024 - Faceli - Auxiliar de Secretaria |
Q2516782 Português
Um cadáver no banco, um meme no celular


A sociedade do espetáculo se apresenta em sua forma mais cruel, casada com a alta tecnologia que permite atrocidades com a velocidade de um clique

Renato de Faria | 28/04/2024



         Uma sociedade produtiva e eficiente, idólatra da pura razão instrumental, dá passos certeiros em direção [a]1 barbárie. A técnica, por si só, é carente de reflexão ética, pois esse modo de pensar exige tempo, ócio e debate. Os burocratas da tecnoidolatria, tendo em vista seu baixo vocabulário e sua curtíssima carta de leitura, desconhecem a importância do desenvolvimento moral.

         É por isso que a inovação tecnológica, isolada das Humanidades, não nos levará [a]2 lugar algum.

       Diariamente, constatamos as ações inconsequentes na Rede, nos assustando quanto [a]3 escalada da BOÇALIDADE/BOSSALIDADE que impera nessa terra sem lei e sem reflexão ética.

      Assistimos [a]4 uma delas, estarrecidos, nos últimos dias: cenas macabras que mostravam um cadáver sendo levado [a]5 uma agência bancária. Não era filme de terror, era a vida em carne e nosso. Confesso que resisti a ver a cena. Apenas o relato bastava. A cultura da imagem escandalosa, comum em nosso tempo, não acrescentaria nada em minha reflexão.

   Porém, mesmo negando o acesso às cenas e todo o seu SENSSACIONALISMO/SENSACIONALISMO midiático, propício à indústria jornalística do escândalo, em pouco tempo, meu telefone já se encontrava infestado com a enxurrada de memes, figurinhas e cenas que retratavam o próprio corpo, vilipendiado pela segunda vez, em situações constrangedoras.

      Já defendi (e defendo!) [...] a ironia como sobrevivência, como prática de resistência à vida burocratizada e contabilizada. Com isso, reafirmo que o humor é uma das poucas formas que sobraram de uma humanidade corrompida. No entanto, a questão é bem diferente. Os memes, produzidos pelo concreto do corpo representado, ultrapassam qualquer limite ético. Isso não é piada, é sadismo puro, PERVERCIDADE/PERVERSIDADE customizada por aplicativo e compartilhada por alguns que, dessensibilizados pelo cotidiano maldoso que infesta os suportes digitais, ainda dizem, "deixa de ser careta, moralista, isso é apenas uma imagem, uma brincadeira". Não, meu amigo. Sinto em informar, não é apenas uma piada.

       Uma das cenas mais tristes da Ilíada é justamente quando Aquiles, herói grego, após vencer o nobre Heitor em um duelo de honra, amarra seu cadáver à carruagem e o arrasta diante dos muros de Troia. Príamo, seu pai e Rei daquela cidade, e Andrómaca, sua esposa, presenciaram o vilipêndio e nada puderam fazer. Na guerra, os bárbaros mostram toda sua voracidade, literalmente, dançando sobre o corpo alheio.

        Estamos construindo uma forma de convivência que desconsidera qualquer limite moral. Os devotos da tecnoidolatria se comportam como Eichmann (o burocrata nazista relatado por Hannah Arendt), cheios de clichês, esquivando-se da corresponsabilidade no compartilhamento das imagens e sem a noção profunda do mal que estão fazendo.

        É preciso lembrar que essa civilização já não nos oferece nenhuma garantia, caso caiamos desmaiados em algum lugar por aí, sejamos atropelados ou soframos algum acidente. Em poucas horas, nossos filhos, esposa, mãe e pai verão a cena de nosso corpo sem vida compartilhada nos grupos de WhatsApp da família, do futebol e da igreja. A sociedade do espetáculo se apresenta em sua forma mais cruel, casada com a alta tecnologia que permite ATROCIDADES/ATROÇIDADES com a velocidade de um clique.

       Certo dia, ouvi alguém dizendo: "sossego mesmo só quando estivermos comendo capim pela raiz, quando esticarmos a canela e fecharmos o paletó de madeira". Agora, acho que nem isso... Com muitas câmeras nas mãos e nenhuma ideia na cabeça, perdemos até o direito a essa paz eterna.



FARIA, Renato de. Um cadáver no banco, um meme no celular. Estado de
Minas, 28 de abril de 2024. Disponível em:
https://www.em.com.br/colunistas/filosofiaexplicadinha/2024/04/6846875-um-cadaver-no-banco-um-meme-nocelular.html. Acesso em: 29 abr. 2024. Adaptado.


Assinale a alternativa que apresenta uma análise correta a respeito da sintaxe do período abaixo.

“É preciso lembrar que essa civilização já não nos oferece nenhuma garantia, caso caiamos desmaiados em algum lugar por aí, sejamos atropelados ou soframos algum acidente.” (9º parágrafo)
Alternativas
Q2514706 Português
Atenção: Considere o texto “A irresistível ascensão do boto”, de Marcelo Leite, para responder à questão.

     Diz a lenda amazônica que os botos saem do rio, se transformam em moços formosos e conquistam as donzelas, engravidando-as. Vaidoso, na forma humana leva sempre um chapéu na cabeça, supostamente para cobrir o orifício reminiscente da existência aquática. Pode não ser verdade, mas serve como justificação para barrigas inexplicáveis pela ausência de marido. Bem ao modo da natureza social da Amazônia, onde bichos costumam virar gente, e vice-versa. O trânsito de jabutis, onças, peixes e botos entre o que nós, de fora, enxergamos como dois mundos é um verdadeiro carnaval.

     Mitos e causos à parte, não é que a ciência revela o que os amazônidas já sabiam? Botos machos são mesmo galantes. Como seus primos humanos, muitas vezes partem para atrair fêmeas com um ramalhete — não de flores, mas de plantas aquáticas. Essa imitação barata do comportamento humano é pesquisada por Vera Maria Ferreira da Silva, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), e Tony Martin, do Serviço Antártico Britânico. Não deixa de ser irônico que a instituição de Martin promova estudos em plena região equatorial. Nem, tampouco, que o estudo de Silva se torne público no Brasil por intermédio de uma revista de divulgação britânica, a New Scientist.

     Silva e Martin estudaram bolos-lucuxis por três anos na região amazônica. Avistaram mais de 6.000 grupos em Mamirauá, Tefé (oeste do Estado do Amazonas). Em mais de 200 dessas observações havia um indivíduo carregando objetos com o bico, como um maço de ervas ou um pedaço de pau. Em geral o portador era um macho. Era, portanto, forte a sugestão de que se trata de um comportamento sexual. Para comprovar sua hipótese, Silva e Martin buscaram o socorro da genética. Os resultados preliminares indicam que os mais assíduos portadores de ramos e paus seriam também os reprodutores mais bem-sucedidos. Em português claro, O comportamento seria uma forma de exibicionismo — no bom sentido. Machos exibem objetos vistosos para se valorizar sexualmente aos olhos das fêmeas.

     O curioso é encontrar o expediente só em alguns grupos isolados desses cetáceos. O padrão parece sugerir que O comportamento só faz parte do repertório de alguns bandos, disseminando-se neles, ou para outros, por imitação e aprendizado. Numa única e controversa palavra, cultura. Não faz muito tempo, essa era uma noção que só fazia sentido aplicar a humanos. “Cultura”, afinal, sempre foi entendida como o oposto de “natureza”. A fronteira, tão cara às ciências humanas, foi ficando menos nítida com as sucessivas documentações, por vários grupos de pesquisa, do uso de ferramentas por outros primatas. Pelo visto, O boto está prestes a subir na escala social.

(Adaptado de: LEITE, Marcelo. Ciência: use com cuidado. Campinas: Editora da Unicamp, 2014)

Machos exibem objetos vistosos para se valorizar sexualmente aos olhos das fêmeas. (3º parágrafo)



Em relação à oração que a precede, a oração sublinhada expressa ideia de

Alternativas
Q2513781 Português
Texto para a questão.




Djamila Ribeiro. Pequeno Manual Antirracista. Companhia das Letras, 2019 (com adaptações). 
A oração “embora a escravidão tenha persistido até 1888” (linha 30) classifica-se como  
Alternativas
Q2512414 Português
Num texto argumentativo, é frequente a presença de argumentadores lógicos. A opção em que o exemplo dado tem o valor de seu conector lógico corretamente indicado é:
Alternativas
Q2510518 Português

O que faz o Brasil ter a maior população de

domésticas do mundo

Marina Wentzel


1 Se organizasse um encontro de todos os seus trabalhadores domésticos, o Brasil reuniria uma população maior que a da Dinamarca, composta majoritariamente por mulheres negras, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT).


2 Segundo dados de 2017, o país emprega cerca de 7 milhões de pessoas no setor − o maior grupo no mundo. São três empregados para cada grupo de 100 habitantes − e a liderança brasileira nesse ranking só é contestada pela informalidade e falta de dados confiáveis de outros países.


3 Com um perfil predominante feminino, afrodescendente e de baixa escolaridade, o trabalho doméstico é alimentado pela desigualdade e pela dinâmica social criada principalmente após a abolição da escravatura no Brasil, afirmam especialistas.


4 “Ainda hoje o trabalho doméstico é uma das principais ocupações entre as mulheres, que são a maioria no setor em todo o mundo, cerca de 80%. No Brasil, permanece sendo a principal fonte de emprego entre as mulheres”, diz Claire Hobden, especialista em Trabalhadores Vulneráveis da OIT. O professor e pesquisador americano David Evan Harris é um dos especialistas que defendem que cenário do trabalho doméstico no Brasil atual é herança do período escravagista.


5 “O Brasil foi um dos últimos países do mundo a acabar com a escravidão. Se olharmos para quem são as empregadas, veremos que elas tendem a ser pessoas de cor”, diz o acadêmico, formado pela Universidade da Califórnia em Berkeley, nos EUA, e mestre pela USP. [...]


6 Segundo a historiadora e escritora Marília Bueno de Araújo Ariza, mesmo após a abolição, em 1888, mulheres e homens negros continuaram sendo servos ou escravos informais, o que também deixou seu legado no mercado de trabalho. [...]


7 As domésticas de hoje são majoritariamente afrodescendentes porque “justamente eram essas pessoas que ocupavam os postos de trabalho mais aviltados na saída da escravidão e na entrada da liberdade no pós-abolição”, afirmou ela à BBC Brasil.

A ideia de ter um servo na família era muito comum, mesmo entre quem não era rico e vivia nas regiões semiurbanas do século 19, segundo Ariza.


8 “A escravidão brasileira foi diversa, mas foi sobretudo uma escravidão de pequena posse. No Brasil, todo mundo tinha escravos. Quando as pessoas tinham dinheiro, elas compravam escravos com muita frequência.”


9 Ariza acredita que o Brasil do século 21 herdou do passado colonial, imperial e escravista uma “profunda desigualdade na sociedade que não foi resolvida” e “um racismo estrutural”. Essas duas coisas combinadas nos levam a um quadro contemporâneo que usa racionalmente o trabalho doméstico porque ele é mal remunerado e, até recentemente, não tinha quaisquer direitos reconhecidos”, resume. [...]


10 “Apesar dos esforços dos governos recentes em trazer essas empregadas para a formalidade, o que se vê hoje é o aumento da informalidade”, pondera o professor e doutor em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Carlos Eduardo Coutinho da Costa. [...]


11 “Já que o trabalho formal é um meio de ascensão, as oportunidades nesse âmbito foram administradas por um viés racial, no qual negros foram encaminhados aos postos inferiores, mais precarizados, para que não evoluíssem economicamente”, diz Coutinho da Costa.


12 Em sua tese de mestrado na USP, o pesquisador americano David Evan Harris comparou a relação da sociedade com os trabalhadores domésticos no Brasil e nos Estados Unidos. Para ele, em ambos os países os empregados são explorados, apesar das diferenças culturais. No Brasil, diz Harris, predomina o discurso da proximidade afetiva, na qual a empregada é tratada “praticamente como se fosse alguém da família”. Já nos EUA, elas costumam ser terceirizadas e recrutadas via empresas de serviços de limpeza. Essa profissionalização daria o distanciamento necessário para que a “culpa” e o “constrangimento moral” das famílias americanas por causa da desigualdade social fossem mitigados.


Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-43120953. Acesso: 16 set. 2023. Com alterações

No trecho: “Quando as pessoas tinham dinheiro, elas compravam escravos com muita frequência”, é possível notar o emprego de
Alternativas
Q2509854 Português
      Verificam-se resquícios de um passado não muito distante na história da sociedade brasileira, rondando a forma de fazer políticas públicas: autoritarismo e conservadorismo. Não há uma prática de consulta ampliada à sociedade através dos seus setores organizados, não se efetivando desta forma um nexo entre a sociedade civil e a sociedade política, ainda que seja positiva a crescente preocupação com controles sociais e a multiplicação de conselhos na área social, com participação de diversas representações – por outro lado, é tema complexo o da representação.


        Na sua grande maioria, as políticas públicas são desconhecidas e ignoradas pela sociedade. Há uma tendência de inaugurações ou lançamentos de programas. Constroem-se quadras de esporte mas não se analisa com a comunidade prioridades ou formas de efetivá-las; lançam-se programas mas ao mesmo tempo não haveria preocupação com o processo de implantação e implementação de programas; não se faz um acompanhamento crítico e nem uma prestação de contas à população sobre gastos públicos.


(Mary Garcia Castro e Miriam Abramovay - trecho do livro "Por um novo paradigma do fazer políticas". Fonte: dominiopublico.gov.br)
No primeiro parágrafo, a locução "ainda que" introduz uma oração:
Alternativas
Q2507260 Português
Considere as orações subordinadas adverbiais abaixo:

1 - Como estava quente, retirei o casaco; 2 - Caso você melhore, volte logo para o trabalho; e 3 - Mesmo que ele venha, não resolverá a situação.

Assinale a alternativa que indica a relação correta entre as orações de cada item:
Alternativas
Q2506591 Português
Considere as orações subordinadas adverbiais abaixo:

1 - Já que Maria foi embora, vou também; 2 - Malgrado ela admitisse o erro, não o reparou; e 3 - Assim que ele resolveu estudar, sua nota melhorou.

Assinale a alternativa que indica a relação correta entre as orações de cada item:
Alternativas
Q2504850 Português
Leia o texto abaixo e responda à questão.

SILÊNCIO ENSURDECEDOR

Na era dos esportivos elétricos, além de assegurar a performance, modelos precisam manter vivo o ronco dos motores a combustão que tanto seduz os fãs - Por André Sollitto

    São celebrados – por quem gosta, é claro – os vilões do filme Mad Max: Estrada da Fúria, de 2015, do australiano George Miller. Devotos do “Culto do V8”, mistura de religião e filosofia militar, bebem da atração por carros velozes e seus poderosos motores a combustão, de onde tiram a força vital. O totem dessa seita ficcional é o propulsor do Ford Mustang. Ele pode ser reconhecido de longe pelo ronco agressivo, espalhafatoso, em forma de fetiche. No mundo das coisas reais, sem o exagero da imaginação cinematográfica, há uma turma com essa pegada – os petrolheads, viciados em veículos sobre quatro rodas, sobretudo se forem muito, mas muito ruidosos. Como então adaptar o amor eterno pelo escarcéu das máquinas com o atual empenho para levar às ruas e estradas os carros elétricos, ecológicos, menos poluentes, mas naturalmente mais silenciosos?
    Pode soar como indagação bizantina, mas não é. Trata-se de preocupação real do mercado, atento aos nós ambientais mas também ao gosto dos consumidores. Tome-se como o exemplo a própria Ford, que acaba de trazer ao Brasil o Mustang Mach-E, versão eletrificada do clássico esportivo e primeiro veículo totalmente elétrico da montadora no país. O visual mudou. Ele virou um SUV, maior e mais alto, de pegada familiar, mas rapidíssimo. É capaz de ir de 0 a 100 quilômetros por hora em apenas 3,7 segundos – ante 4,3 segundos do motor tradicional. Tudo isso, em calmaria sepulcral. Mas e aquele vruuuuuuuuum gostoso e infernal, afeito a não alijar os adoradores? Deu-se um jeito, com o apoio de tecnologia de ponta. Ao selecionar o modo de “condução esportiva”, o motorista pode optar por ativar uma simulação sonora de propulsão. [...] O resultado não é idêntico, mas quem sentiu e ouviu aprovou.
    Convém não desdenhar do zelo pelo que emana da lataria. O alemão Dieter Landenberger, diretor dos arquivos históricos da Porsche, chegou a definir o querido alarido da grife como uma “mistura única entre a melodia emocionante do motor boxer, o crescendo das válvulas e o trombetear do sistema de escapamento”. [...] Na Europa, a montadora tentou registrar uma patente para a simulação sonora que desenvolveu, mas as autoridades de propriedade intelectual acharam que o estrondo não era tão memorável para ser reconhecido como único, e disseram “não”. A empresa está recorrendo da decisão, afirmando se tratar de uma criação artificial desenvolvida por músicos e compositores de trilhas sonoras.
    A Porsche não está sozinha. ABMWcontratou Hans Zimmer, autor de várias trilhas de Hollywood, para criar o som de seu BMW i4. Para os saudosistas, há empresas que vendem kits específicos com caixas de som acopladas ao veículo, projetadas para reproduzir o saudoso ruído. É movimento que faz um barulhão danado, porque a civilização avança, mas o já conhecido demora para ser abandonado. Contudo, há quem caminhe na contramão, certo de abrir novas estradas. Achinesa BYD, que trouxe o esportivo Seal ao Brasil, assumiu o silêncio quase total a bordo da cabine, com apenas uma ligeira sonoridade futurista do motor elétrico, e incluiu apenas um alerta sonoro para pedestres. Os tempos estão mudando – mas é sempre bom não abandonar a história e desdenhar da cultura. (Veja, 20/10/23)

A respeito das estruturas oracionais introduzidas pela preposição PARAnos períodos I e II a seguir, é CORRETO afirmar: 


Imagem associada para resolução da questão



Alternativas
Q2504844 Português
Leia o texto abaixo, que trata da virada de posição da empresa Microsoft em relação à Apple, e responda à questão.

JOGADA INTELIGENTE

    Inovações em inteligência artificial e computação em nuvem levam a empresa a se tornar a de maior valor de mercado nos Estados Unidos
    Fundadas com a diferença de apenas um ano, Microsoft (nascida em abril de 1975) e Apple (abril de 1976) seguiram em suas trajetórias caminhos bem distintos. Enquanto a empresa criada por Bill Gates foi, durante muito tempo, sinônimo de software, a companhia da maçã ficou marcada pela genialidade inventiva de Steve Jobs. Em outras palavras: a Microsoft era necessária e a Apple, sexy. No século XXI, a discrepância se intensificou com o lançamento do iPhone, que conquistou a condição de objeto de desejo de consumidores do mundo inteiro. Não à toa, a Apple se tornou, em 2023, a primeira empresa da história a alcançar valor de mercado de 3 trilhões de dólares. Nos últimos meses, contudo, o jogo mudou, e a Microsoft voltou a ocupar o posto de corporação mais valiosa dos Estados Unidos, após três anos fora do topo. Aque se deve a virada?
    Há uma razão principal que explica o movimento: inovação. Depois de muito tempo — pelo menos desde a era da computação pessoal —, a Microsoft voltou a liderar uma transição tecnológica. Desta vez, ela está à frente da chamada inteligência artificial regenerativa, tecnologia que responde perguntas e gera imagens a partir de sugestões feitas por usuários. A mudança foi gestada em 2019, quando, por determinação do chefão global, Satya Nadella, a Microsoft investiu em uma startup desconhecida, a OpenAI, que estava desenvolvendo um novo sistema de inteligência artificial. Em 2022, o ChatGPT chegou ao mercado e o mundo foi tomado por uma revolução. [...]
    A IA não foi a única aposta certeira da Microsoft. Aempresa fez incursões bem-sucedidas no lucrativo negócio de computação em nuvem. [...] Enquanto isso, a Apple vive tempos desafiadores. Aempresa está atrasada na corrida da inteligência artificial e, para piorar, não há projeto consistente na área. [...] Como se não bastasse, as vendas de iPhone também não empolgam como antes. Asituação é tão complexa que, nos últimos dias, a Apple passou a dar descontos — algo inusual em sua história — nos smartphones vendidos na China, na tentativa de enfrentar a concorrência de marcas como Xiaomi e Huawei, que avançam sem parar. No ano passado, as vendas de iPhones no mercado chinês tombaram 30%. Ainda assim, a Apple fechou 2023 como líder do mercado global de smartphones.
    Empresas de tecnologia enfrentam o desafio permanente de se reinventar. Foi assim com a Microsoft, que encontrou na inteligência artificial um novo caminho promissor. A própria Apple sabe o que é isso — a empresa, afinal, deixou de ser só uma fabricante de computadores para revolucionar o mercado de aparelhos de celular. Nesta semana, a estratégia de diversificação foi revigorada com o lançamento dos óculos de realidade virtual Vision Pro. Será suficiente para dar novo fôlego à Apple? Ninguém sabe a resposta, mas não é recomendável duvidar de uma empresa que, assim como a Microsoft, mudou o mundo. (Publicado em VEJA de 19 de janeiro de 2024, edição nº 2876) 
São várias as funções sintático-semânticas que um QUE pode assumir numa frase. Indique a alternativa em que se faz adequadamente a correlação entre o uso e a classificação.
Alternativas
Q2504340 Português
Dentista suspeita de deixar pacientes
com infecções após lipo de papada é
investigada pelo Ministério Público

Cerca de 20 mulheres já denunciaram Camila Groppo, que tem uma clínica em Belo Horizonte. Todas relataram problemas causados por uma bactéria.



Internet: <www.g1.globo.com>(com adaptações).

Em relação aos aspectos gerais do texto, julgue o item abaixo.

Nas linhas 15 e 16, a oração “pretendendo ter lucro em relação às suas consultas” pode ser considerada consecutiva.
Alternativas
Q2503641 Português
Triunfar na Vida


A história é um extraordinário mostruário onde aparecem, como cristais de cores que variam de tonalidade segundo a luz, as diferentes ideias que configuraram os estilos de vida do homem. Cada período tem seus parâmetros e, no caminho incessante da busca, os humanos regem-se por esses modelos, tratando de segui-los e obedecê-los, tanto quanto não fariam com nenhuma outra ideia que proviesse de outra fonte. O comumente aceito é lei e, de acordo com o transcurso dos tempos, há aceitações que tem mais valor do que leis.

Assim, em todo momento, o êxito foi uma meta, ainda que nem sempre tenha se considerado o êxito de igual maneira. O que assinalava o triunfo há um século, ou algumas décadas atrás, hoje pode bem parecer uma ideia desfocada e fora de moda, considerando que outras ambições tomaram o lugar das anteriores. Uma só coisa permanece: o desejo de sucesso, a necessidade de triunfar, a vontade de sermos aceitos e levados em consideração pelos demais, ajustando-nos à lei que faz do conjunto − nós e os demais − uma massa coerente na qual não se pode sobressair, nem sequer para encontrar esse sucesso por outros caminhos.

(...)

É evidente que não basta sonhar para converter-se em um triunfador. Temos que atuar, temos que saber desenvolver uma sã atividade fundamentada na vontade. Não atuar por atuar, mas sim elegendo as melhores e mais adequadas ações.

Não se deixar esmagar nunca pelos problemas, por mais difíceis que pareçam. Ao contrário, esforçar a imaginação para buscar saídas e soluções. Conceber as dificuldades como provas para a nossa inteligência e nossa vontade. E, na pior das hipóteses, converter os fracassos em novas oportunidades para voltar a começar.

(...)

Delia Steinberg Guzmán. Texto Adaptado.

https://www.acropole.org.br/autores/delia-steinbergguzman/triunfar-na-vida/
No período "EMBORA pareça estar em contradição com a serenidade, a iniciativa, como ação, é a resposta imediata para a paz interior", a conjunção "EMBORA" expressa uma ideia de:
Alternativas
Q2501247 Português

Tocando em frente

Almir Sater



Em relação aos aspectos gerais do texto, julgue o item.


A expressão “de que” (linha 7) introduz uma oração subordinada adjetiva que tem função de objeto direto.

Alternativas
Q2498913 Português
Leia o texto e respondas à questão.

O Encontro entre Narrativas e Cenários

    No extremo do Triângulo Mineiro, cercada por planícies brilhantes e horizontes que parecem se prolongar indefinidamente, encontra-se a cidade de Ituiutaba. Um lugar onde a história se funde com o presente, e onde cada rua narra um conto, cada esquina esconde mistérios sussurrados pelo vento.
    Ao explorar as vias calçadas com paralelepípedos, um visitante se depara com uma cena que combina elementos antigos e atuais. Casas coloniais preservam a história gloriosa do local, ao passo que edifícios modernos indicam um horizonte promissor. É nessa interação que se encontra o verdadeiro espírito de Ituiutaba, um município que valoriza sua herança sem se intimidar com o que é novo.
    Localizada no centro da cidade, a Praça Cônego Ângelo se destaca por sua atmosfera acolhedora. Com árvores antigas que oferecem sombra generosa, os moradores de Ituiutaba se reúnem neste espaço para compartilhar risadas e histórias. É como se o tempo passasse mais devagar ali, possibilitando que as pessoas se reconectem com suas raízes e apreciem a beleza da vida cotidiana.
    Nas esquinas agitadas da Rua Dezessete, a vida urbana é claramente perceptível. O comércio fervilha com diferentes cores e gostos, mostrando a variedade cultural presente em Ituiutaba. Entre o cheiro tentador das padarias e o barulho das conversas animadas, é possível perceber a animação pulsante que move a cidade para frente. 
    Porém, é nos arredores que a autêntica essência de Ituiutaba se manifesta. Os extensos campos verdejantes que se estendem até onde a vista alcança são mais do que meras paisagens; são a base e a fonte de inspiração de uma comunidade esforçada e perseverante. É lá, em meio às plantações de cana-de-açúcar e aos rebanhos que pastam tranquilamente, que encontramos o verdadeiro espírito da cidade.
    Ao contemplar Ituiutaba, somos convidados a uma jornada através do tempo e do espaço. Uma jornada que nos ensina que, por mais distantes que estejamos, sempre encontraremos um lar entre as ruas acolhedoras e os sorrisos sinceros desta cidade singular. Ituiutaba é mais do que um ponto no mapa; é um refúgio, um ponto de encontro, um pedaço de Minas Gerais que vive no coração de todos que têm o privilégio de conhecê-la.

(Santos, R.M – O Encontro entre Narrativas e Cenários) 
Qual é a função da oração da oração destacada " cercada por planícies brilhantes e horizontes que parecem se prolongar indefinidamente " no primeiro período do texto?
Alternativas
Q2497419 Português

Leia atentamente o texto a seguir e responda à questão.


'DNA saltador' ajudou ancestrais do ser humano a perder a cauda





(Reinaldo José Lopes. https://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2024/02/dna-saltador-ajudouancestrais-do-ser-humano-a-perder-a-cauda.shtml. 29.fev.2024)

Além disso, embora se especule que a ausência de cauda tenha sido um elemento importante para a locomoção bípede, também é verdade que muitas espécies arbóreas ou escaladoras, a exemplo dos orangotangos, tampouco têm cauda. (L.86-90)
Em relação ao período acima, analise as afirmativas a seguir:
I. É composto por quatro orações. II. Existe uma oração subordinada substantiva objetiva direta. III. Há uma oração subordinada adverbial.
Assinale
Alternativas
Q2497105 Português
Leia com atenção o texto a seguir para responder à questão.

Texto 1

Tentação 

       Ela estava com soluço. E como se não bastasse a claridade das duas horas, ela era ruiva.
       Na rua vazia as pedras vibravam de calor - a cabeça da menina flamejava. Sentada nos degraus de sua casa, ela suportava. Ninguém na rua, só uma pessoa esperando inutilmente no ponto do bonde. E como se não bastasse seu olhar submisso e paciente, o soluço a interrompia de momento a momento, abalando o queixo que se apoiava conformado na mão. Que fazer de uma menina ruiva com soluço? Olhamo-nos sem palavras, desalento contra desalento. Na rua deserta nenhum sinal de bonde. Numa terra de morenos, ser ruivo era uma revolta involuntária. Que importava se num dia futuro sua marca ia fazê-la erguer insolente uma cabeça de mulher? Por enquanto ela estava sentada num degrau faiscante da porta, às duas horas. O que a salvava era uma bolsa velha de senhora, com alça partida. Segurava-a com um amor conjugal já habituado, apertando-a contra os joelhos.
       Foi quando se aproximou a sua outra metade neste mundo, um irmão em Grajaú. A possibilidade de comunicação surgiu no ângulo quente da esquina, acompanhando uma senhora, e encarnada na figura de um cão. Era um basset lindo e miserável, doce sob a sua fatalidade. Era um basset ruivo.
       Lá vinha ele trotando, à frente de sua dona, arrastando seu comprimento. Desprevenido, acostumado, cachorro.
       A menina abriu os olhos pasmada. Suavemente avisado, o cachorro estacou diante dela. Sua língua vibrava. Ambos se olhavam.
       Entre tantos seres que estão prontos para se tornarem donos de outro ser, lá estava a menina que viera ao mundo para ter aquele cachorro. Ele fremia suavemente, sem latir. Ela olhava-o sob os cabelos, fascinada, séria. Quanto tempo se passava? Um grande soluço sacudiu-a desafinado. Ele nem sequer tremeu. Também ela passou por cima do soluço e continuou a fitá-lo.
       Os pêlos de ambos eram curtos, vermelhos.
       Que foi que se disseram? Não se sabe. Sabe-se apenas que se comunicaram rapidamente, pois não havia tempo. Sabe-se também que sem falar eles se pediam. Pediam-se com urgência, com encabulamento, surpreendidos.
       No meio de tanta vaga impossibilidade e de tanto sol, ali estava a solução para a criança vermelha. E no meio de tantas ruas a serem trotadas, de tantos cães maiores, de tantos esgotos secos - lá estava uma menina, como se fora carne de sua ruiva carne. Eles se fitavam profundos, entregues, ausentes de Grajaú. Mais um instante e o suspenso sonho se quebraria, cedendo talvez à gravidade com que se pediam.
       Mas ambos eram comprometidos.
       Ela com sua infância impossível, o centro da inocência que só se abriria quando ela fosse uma mulher. Ele, com sua natureza aprisionada.
       A dona esperava impaciente sob o guarda-sol. O basset ruivo afinal despregou-se da menina e saiu sonâmbulo. Ela ficou espantada, com o acontecimento nas mãos, numa mudez que nem pai nem mãe compreenderiam. Acompanhou-o com olhos pretos que mal acreditavam, debruçada sobre a bolsa e os joelhos, até vê-la dobrar a outra esquina.
       Mas ele foi mais forte que ela. Nem uma só vez olhou para trás.

Fonte: (LISPECTOR, Clarice. Tentação. In Felicidade Clandestina. Rio de Janeiro: Rocco, 1998, p. 46-48.) 
Quanto ao fragmento: “E no meio de tantas ruas a serem trotadas, de tantos cães maiores, de tantos esgotos secos - lá estava uma menina, como se fora carne de sua ruiva carne”. O termo em destaque estabelece, no texto, a relação sintático-semântica de uma oração:
Alternativas
Q2496389 Português

Barata entende


    Nesta casa, quando vim para cá, havia muitas baratas. Grandes, lentas, parecidas umas com as outras. Eram vistas à noite saindo da cozinha e passavam por mim, muitas vezes, aos pares, como as mulheres amigas que passeiam conversando.

    Havia uma que não se juntava com as outras e era diferente. Um pouco mais clara, talvez. Mais alazã. Essa, quando eu estava escrevendo, se punha defronte, em cima da Antologia poética, de Vinicius de Moraes, e ficava me olhando. A princípio, a testemunha, a vigilância, sua simples presença me causava um certo desconforto. Depois, já não me fazia o menor mal. Ao contrário, quando parava para pensar, fitava-a e as ideias me vinham mais depressa.

    Uma noite, demorou a aparecer e, enquanto a esperei, confesso, não estivesse sossegado. Imaginei que lhe houvesse acontecido alguma coisa. Tivesse comido um pó errado. Encontrado uma dessas gatas lascivas, que matam as baratas aos pouquinhos, brincando com elas. Só sei que, quando levantei os olhos e a vi, outra vez, em cima da Antologia Poética, não contive o grito:

    — Onde é que você andava!?

    A barata desceu do livro e começou a caminhar, na direção do banheiro. Parou, na porta, e voltou-se para mim, como que pedindo que a seguisse. Não me custava nada. Era a primeira vez. No banheiro, no canto onde se guardavam as vassourinhas e o desentupidor, parou. Ficou parada. Com um ar de “olhe para isso”. Lá, havia um pó amarelo, que a cozinheira, sem me consultar e absolutamente certa de que estava prestando um grande serviço, comprara. Eu precisava fazer qualquer coisa para minha barata saber que não era eu, que não fora eu, que não seria eu, nunca…

    Abaixei-me e, quando ia começar a varrer o veneno, descobri que a pobrezinha, antes, tinha ido no pó. Estava com as patinhas e a boca sujas de amarelo. Além disso, já se punha mal nas pernas. Ia morrer, como de fato morreu, minutos depois, erguendo-se sobre o traseiro e caindo, pesadamente, de barriga para cima. Então, eu lhe gritei, com toda voz e toda inocência:

    — Olha, barata, não fui eu, não!

    No dia seguinte, porque as outras não me interessavam, ou temendo que viesse, um dia, a me interessar por outra, telefonei para Insetisan e pedi que mandassem dedetizar a casa.


(Vento vadio: as crônicas de Antônio Maria. Pesquisa, organização e introdução de Guilherme Tauil, Todavia, 2021, pp. 391-392. Publicada originalmente em: O Jornal, de 10/11/1962.)

Considere o termo sublinhado em “No dia seguinte, porque as outras não me interessavam, ou temendo que viesse, um dia, a me interessar por outra, telefonei para Insetisan e pedi que mandassem dedetizar a casa.” (8º§). É correto afirmar que os termos dispostos nas alternativas a seguir poderiam adequadamente substituí-lo de modo a exprimir causa, EXCETO:
Alternativas
Respostas
301: E
302: A
303: C
304: D
305: D
306: C
307: E
308: D
309: D
310: C
311: D
312: E
313: A
314: E
315: C
316: E
317: B
318: B
319: E
320: C