Questões de Português - Redação - Reescritura de texto para Concurso

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Q2920180 Português

TEXTO – A SAÚDE E O FUTURO


Dráuzio Varella – Reflexões para o futuro


Ficaremos sobrecarregados, pagando caro pela ignorância e irresponsabilidade do passado. Acharemos inacreditável não havermos percebido em tempo, por exemplo, que o vírus da Aids, presente na seringa usada pelo adolescente da periferia para viajar ao paraíso por alguns instantes, infecta as mocinhas da favela, os travestis da cadeia, as garotas da boate, o meninão esperto, a menininha ingênua, o senhor enrustido, a mãe de família e se espalha para a multidão de gente pobre, sem instrução e higiene. Haverá milhões de pessoas com Aids, dependendo de tratamentos caros e assistência permanente. Seus sistemas imunológicos deprimidos se tornarão presas fáceis aos bacilos da tuberculose, que, por via aérea, irão parar nos pulmões dos que passarem por perto, fazendo ressurgir a tuberculose epidêmica do tempo dos nossos avós. Sífilis, hepatite B, herpes, papilomavírus e outras doenças sexualmente transmissíveis atacarão os incautos e darão origem ao avesso da revolução sexual entre os sensatos.

No caldo urbano da miséria/sujeira/ignorância crescerão essas pragas modernas e outras imergirão inesperadas. Estará claro, então, que o perigo será muito mais imprevisível do que aquele representado pelas antigas endemias rurais: doença de Chagas, malária, esquistossomose, passíveis de controle com inseticidas, casas de tijolos, água limpa e farta.

Assustada, a sociedade brasileira tomará, enfim, consciência do horror que será pôr filhos em um mundo tão inóspito. Nessas condições é provável que se organize para acabar com as causas dessas epidemias urbanas. Modernos hospitais sem fins lucrativos, dirigidos por fundações privadas e mantidos com o esforço e a vigilância das comunidades locais, poderão democratizar o atendimento público. Eficientes programas de prevenção, aplicados em parceria com instituições internacionais, diminuirão o número de pessoas doentes.

Então virá a fase em que surgirão novos rebeldes sonhadores, para enfrentar o desafio de estender a revolução dos genes para melhorar a qualidade de vida dos que morarem na periferia das grandes cidades ou na imensidão dos campos brasileiros.

“Haverá milhões de pessoas com Aids”; a alternativa abaixo em que a substituição da forma do verbo haver está gramaticalmente INCORRETA é:

Alternativas
Q2920169 Português

TEXTO – A SAÚDE E O FUTURO


Dráuzio Varella – Reflexões para o futuro


Ficaremos sobrecarregados, pagando caro pela ignorância e irresponsabilidade do passado. Acharemos inacreditável não havermos percebido em tempo, por exemplo, que o vírus da Aids, presente na seringa usada pelo adolescente da periferia para viajar ao paraíso por alguns instantes, infecta as mocinhas da favela, os travestis da cadeia, as garotas da boate, o meninão esperto, a menininha ingênua, o senhor enrustido, a mãe de família e se espalha para a multidão de gente pobre, sem instrução e higiene. Haverá milhões de pessoas com Aids, dependendo de tratamentos caros e assistência permanente. Seus sistemas imunológicos deprimidos se tornarão presas fáceis aos bacilos da tuberculose, que, por via aérea, irão parar nos pulmões dos que passarem por perto, fazendo ressurgir a tuberculose epidêmica do tempo dos nossos avós. Sífilis, hepatite B, herpes, papilomavírus e outras doenças sexualmente transmissíveis atacarão os incautos e darão origem ao avesso da revolução sexual entre os sensatos.

No caldo urbano da miséria/sujeira/ignorância crescerão essas pragas modernas e outras imergirão inesperadas. Estará claro, então, que o perigo será muito mais imprevisível do que aquele representado pelas antigas endemias rurais: doença de Chagas, malária, esquistossomose, passíveis de controle com inseticidas, casas de tijolos, água limpa e farta.

Assustada, a sociedade brasileira tomará, enfim, consciência do horror que será pôr filhos em um mundo tão inóspito. Nessas condições é provável que se organize para acabar com as causas dessas epidemias urbanas. Modernos hospitais sem fins lucrativos, dirigidos por fundações privadas e mantidos com o esforço e a vigilância das comunidades locais, poderão democratizar o atendimento público. Eficientes programas de prevenção, aplicados em parceria com instituições internacionais, diminuirão o número de pessoas doentes.

Então virá a fase em que surgirão novos rebeldes sonhadores, para enfrentar o desafio de estender a revolução dos genes para melhorar a qualidade de vida dos que morarem na periferia das grandes cidades ou na imensidão dos campos brasileiros.

“No caldo urbano da miséria/sujeira/ignorância”; neste segmento, as barras inclinadas entre os vocábulos substituem, respectivamente:

Alternativas
Q2919373 Português

Nossa Missão


Você e eu estamos na Terra para nos reproduzirmos. Nossa missão é transmitir os nossos genes, multiplicar a nossa espécie e dar o fora. Tudo o mais que fazemos, tudo a mais que nos acontece, ou é decorrência ou é passatempo. O que vem antes e depois dos nossos anos férteis é só o prólogo e o epílogo. Se a natureza quisesse otimizar seus métodos já nasceríamos púberes e morreríamos assim que nossos filhos, que também nasceriam púberes, pudessem criar seus filhos (púberes) sem a ajuda dos avós. Daria, no total, aí uns 35, 40 anos de vida, e adeus. O que resolveria a questão demográfica do planeta e, claro, os problemas da Previdência. Mas a Natureza nos dá o resto da vida – a infância e a velhice e todos os prazeres extrarreprodutivos do mundo, inclusive os sexuais – como brinde. Como um chaveiro, um agradecimento pela nossa colaboração.

A laranjeira não existe para dar laranja, existe para produzir e espalhar sua própria semente. A fruta não é o objetivo da planta frutífera, é o que ela usa para carregar suas sementes, é o seu estratagema. Agradecer à laranjeira pela laranja é não entendê-la. Ela não sabe do que nós estamos falando. Suco? Doçura? Vitamina C? Eu?! Você e eu ficamos aí especulando sobre o que a vida quer de nós, e só o que a vida quer é continuar. Seja em nós e na nossa prole, seja na minhoca e na sua. Nossa missão, nossa explicação, é a mesma do rinoceronte e da anêmona. Estamos aqui para fazer outros iguais a nós. Isto que chamamos, carinhosamente, de “eu”, com suas peculiaridades e sua biografia única, não é mais do que uma laranja personalizada. Um estratagema da Natureza, a polpa com que a Natureza protege a nossa semente e assegura a continuação da vida. Enfim, um grande mal‐entendido.

E os que passam pelo mundo sem se reproduzir? São caronas. Mas ganham o brinde da vida assim mesmo. A Natureza não discrimina. (VERÍSSIMO, Luis Fernando. O Globo, 22/09/2013)

Assinale a frase em que a substituição da forma verbal por uma nominal foi feita de forma inadequada.

Alternativas
Q2917646 Português

A mão ativa o cérebro


A palavra escrita no papel está ameaçada de extinção pelo computador

- e isso pode não ser bom para o ensino


1 O hábito da escrita vem caindo em desuso

2 à medida que o computador se dissemina

3 O momento em que o homem começou a expressar-se por meio da escrita,

4 gravando caracteres em tabletas de argila há cerca de 5 000 anos, marca o fim da pré-

5 história e a pedra fundamental das civilizações tal como as conhecemos hoje. Mas a

6 maneira como desde então a humanidade vem perpetuando sua memória e

7 transmitindo conhecimento de uma geração para outra pode virar peça de museu. Na

8 semana passada, uma decisão tomada nos Estados Unidos veio reforçar essa ideia

9 que tanto atormenta os (cada vez mais raros) entusiastas do lápis e do papel. Em ato

10 inédito, o governo do estado de Indiana desobrigou as escolas de ensinar a escrita

11 cursiva (aquela em que as letras são emendadas umas nas outras) e recomendou que

12 elas passassem a dedicar-se mais à digitação em teclados de computador ‒ decisão

13 que deve ser acompanhada por outros quarenta estados seguidores do mesmo

14 currículo. Oficializa-se com isso algo que, na prática, já se percebe de forma

15 acentuada, inclusive no Brasil. Diz a VEJA o especialista americano Mark Warschauer,

16 professor da Universidade da Califórnia: “Ter destreza no computador tornou-se um

17 bem infinitamente mais valioso do que produzir uma boa letra”.

18 Ninguém de bom-senso discorda disso. Um conjunto recente de pesquisas na

19 área da neurociência, no entanto, sugere uma reflexão acerca dos efeitos

20 devastadores do computador sobre a tradição da escrita em papel. Por meio da

21 observação do cérebro de crianças e adultos, verificou-se de forma bastante clara que

22 a escrita de próprio punho provoca uma atividade significativamente mais intensa que

23 a da digitação na região dedicada ao processamento das informações armazenadas

24 na memória (o córtex pré-frontal), o que tem conexão direta com a elaboração e a

25 expressão de ideias. Está provado também que o ato de escrever desencadeia

26 ligações entre os neurônios naquela parte do cérebro que faz o reconhecimento visual

27 das palavras, contribuindo assim para a fluidez na leitura. Com a digitação, essa área

28 fica inativa. "Pelas habilidades que requer, o exercício da escrita manual é mais

29 sofisticado, por isso põe o cérebro para trabalhar com mais vigor", explica a

30 neurocientista Elvira Souza Lima, especialista em desenvolvimento humano. [...]


Luís Guilherme Barrucho Disponível em:<http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/mao-ativa-cerebro-635803.shtml>.

Acesso em: 29 ago. 2011


COM BASE NO TEXTO, ASSINALE A ÚNICA ALTERNATIVA QUE COMPLETA CORRETAMENTE AS QUESTÕES DE 01 A 10.

Em “à medida que o computador se dissemina” (linha 2), a palavra destacada não poderia ser substituída por

Alternativas
Q2915799 Português

No trecho “O homem deixou de viver na natureza para viver na cidade que foi criada por ele.” (5º§), a forma verbal resultante da transposição da frase anterior para voz ativa é

Alternativas
Respostas
101: C
102: A
103: C
104: C
105: B