Questões de Português - Redação - Reescritura de texto para Concurso
Foram encontradas 9.445 questões
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir e responda às questões de 01 a 07.
Reumatismo: dores crônicas que incapacitam os pacientes
1 A definição de reumatismo é abrangente. Trata-se de toda e qualquer afecção aguda, crônica,
caracterizada por dor articular ou outras alterações dos músculos e ossos. Na verdade, o que existe é um
grupo composto por mais de 100 enfermidades diferentes.
Algumas delas têm elevado potencial incapacitante – sendo a segunda principal causa de
5 afastamento de trabalho no Brasil, de acordo com dados do Ministério do Trabalho e da Previdência
Social. No Brasil, 12 milhões de pessoas convivem com o problema. Engana-se quem imagina que a
doença esteja associada apenas aos idosos. Crianças e adultos jovens também podem sofrer com o
problema.
Doenças reumáticas podem afetar as articulações, os músculos, os ligamentos e os tendões. Ainda
10 podem comprometer o funcionamento de órgãos internos vitais, como o coração, o cérebro e os rins.
Entre as doenças mais conhecidas estão a fibromialgia, a artrite psoriásica e a artrite reumatoide.
Os sintomas costumam ser semelhantes. O diagnóstico é acompanhado por dor persistente nas
articulações, por mais de seis semanas, bem como vermelhidão, inchaço e calor. Muitas vezes, os
pacientes apresentam também dificuldades para se movimentar, principalmente pela manhã.
15 Há vários aspectos relacionados ao desenvolvimento ou agravamento das doenças reumáticas,
como fatores genéticos, traumatismos, obesidade, sedentarismo, fumo e depressão, entre outros. Em
casos como o da fibromialgia, fatores psicológicos podem estar ligados ao agravamento da doença.
“O que muitas vezes frustra os pacientes é que eles vão ao médico, fazem vários exames no corpo
todo e não encontram nada. Muitos acreditam que estão loucos, o que só faz aumentar a depressão e as
20 dores”, comenta a reumatologista Evelin Goldenberg. Nesses casos, o tratamento envolve uma equipe
multidisciplinar formada por fisioterapia, técnicas de relaxamento, apoio psicológico e acupuntura. [...]
As doenças reumáticas são crônicas, ou seja, não existe cura, apenas tratamentos que têm o
objetivo de limitar os sintomas. Seu forte potencial incapacitante pode obrigar um profissional a
abandonar a vida produtiva, assim como depender dos cuidados de familiares até para tarefas simples do
25 cotidiano ou contratar funcionários domésticos. [...]
Em alguns casos, é possível receber o auxílio da Previdência Social. “Mas, se o profissional é
autônomo, por exemplo, acaba perdendo sua fonte de renda e terá de viver com o suporte financeiro da
família”, analisa a reumatologista Lícia Mota. É muito comum que o enfermo seja o principal
responsável pela renda familiar, o que pode gerar uma situação difícil.
30 Especialistas concordam que a doença é altamente incapacitante, mas um tratamento
multidisciplinar pode fazer com que o paciente volte a realizar atividades cotidianas. “Ele precisa
reaprender a fazê-las. Esse aprendizado não é apenas um exercício individual, mas um esforço conjunto
de todos que estão ao seu redor”, pontua o terapeuta ocupacional Pedro Henrique Tavares, que atua junto
a pacientes reumatoides.
(Disponível em: http://m.correiodoestado.com.br/. Acesso em: 09/2016.)
No segmento O que muitas vezes frustra os pacientes é que eles vão ao médico, fazem vários exames no corpo todo e não encontram nada, o termo frustra (linha 18) pode ser substituído, sem prejuízo de sentido, por
Cachorro encurralado não salta
1 Com certeza você já ouviu gente reclamar que os estudantes de hoje são muito mimados, desfiando
2 frases como “No meu tempo, a gente podia zoar os amigos. Hoje tudo é bullying”. É assim mesmo: desde
3 a Idade da Pedra toda geração acha que seus descendentes pioraram. Consigo imaginar um neandertal
4 grunhindo: “Esses moleques de hoje não aguentam mais nada. No meu tempo, a gente não tinha fogueira
5 quentinha. Não havia essa história de bater pedrinha uma na outra – tinha que andar na floresta até achar
6 uma árvore atingida por um raio. Desse jeito, daqui a pouco nem pelo a humanidade vai ter”.
7 Todo termo que ganha popularidade perde seu significado original, e isso pode muito bem ter
8 acontecido com o bullying. Sim, não é toda zoeira que é bullying. Mas se nem toda brincadeira pode ser
9 condenada, isso não faz com que o bullying não exista. Existe, e há bastante tempo.
10 Em 1958, os britânicos resolveram acompanhar o desenvolvimento de todas as crianças nascidas
11 numa determinada semana daquele ano. Reuniram, assim, dados sobre quase 18 mil bebês, e passaram
12 a avaliá-los de tempos em tempos durante 50 anos. Descobriram que, já na década de 1960, era alta a
13 incidência de violência na escola – coisas mais graves do que uma piada ou brincadeira. Quase um terço
14 dos alunos passava por isso ocasionalmente, e 15% com frequência. É o povo da geração que diz: “Na
15 minha época, não existia esse negócio de bullying”. Imagina se existisse. Não é surpresa para ninguém
16 que, na vida adulta, as pessoas que passaram por tais problemas têm pior qualidade de vida e muito mais
17 chance de desenvolver depressão, por exemplo. O dobro de chance, para ser preciso.
18 Mais ou menos na mesma época, nos anos 1960, do outro lado do Atlântico, um pesquisador
19 chamado Martin Seligman, interessado nos mecanismos que levam à depressão, criava um experimento
20 que se tornaria clássico. Ele e seus colegas reuniram um grupo de cães e os colocaram em três tipos de
21 gaiolas diferentes. O grupo 1 ficava lá por um tempo e, depois, era retirado. A gaiola do grupo 2 tinha o
22 chão eletrificado, para dar choques inesperados. Contudo, diante dos cães havia uma alavanca que parava
23 os choques. E o desafortunado grupo 3 também estava num chão eletrificado, mas ele era pareado com a
24 gaiola do grupo 2. Ou seja, os cães deste grupo não tinham como parar os próprios choques. Eles recebiam
25 a mesma intensidade que seus parceiros do grupo 2 (pois, quando esses desligavam a eletricidade, todos
26 os choques cessavam), mas, como não sabiam dessa artimanha da alavanca, para eles tanto o início
27 quanto o fim pareciam aleatórios.
28 Uma vez condicionados dessa maneira, os cachorros foram transferidos para outra gaiola, dividida
29 em duas partes – um lado com chão eletrificado e outro não. Os dois lados eram separados por uma
30 barreira baixa; quando os cães dos grupos 1 e 2 eram colocados ali, rapidamente aprendiam a pular de
31 um lado para o outro para escapar dos choques. A maioria dos cães do grupo 3, por sua vez, nem pensava
32 em saltar. Haviam aprendido que não havia esperança, afinal. Seligman cunhou, então, o termo learned
33 helplessness, ou desamparo aprendido.
34 O que acontece no bullying (de verdade) é parecido com isso. As crianças sentem-se totalmente
35 cercadas, submetidas a situações muito hostis – que lhes parecem inevitáveis –, e com o tempo
36 desenvolvem a mesma sensação de desamparo. Para elas, é impossível fazer qualquer coisa para cessar
37 aquele sofrimento. Não é de estranhar que se tornem adultos deprimidos.
38 Se a história nos ensinou algo, é que há coisas que não aprendemos com a história. Não acho que
39 algum dia as gerações mais velhas deixarão de criticar as mais novas. Até aí, tudo bem. Mas, pelo menos
40 no que se refere ao bullying, não devemos menosprezar as queixas da garotada.
Daniel Barros – Revista Galileu, edição 319, fev. 2018.
No trecho “Descobriram que, já na década de 1960, era alta a incidência de violência na escola ...” (linhas 12 e 13), o termo incidência pode ser substituído, sem prejuízo do significado, por
DEFESA DOS NARDONI PEDE JÚRI AO VIVO NA TV
1 O advogado Roberto Podval deverá pedir à Justiça que o julgamento de seus clientes, Alexandre Nardoni, 31, e Anna Carolina Jatobá, 26, seja televisionado em rede nacional. Nesta semana, ele já pediu que em sua argumentação possa também usar como prova nabo, cenoura, banana e alho. Os legumes, diz ele, serão usados para questionar o trabalho dos peritos.
2 Caso o juiz não aceite, a defesa ameaça se retirar do tribunal, forçando o adiamento do julgamento. O casal é acusado de assassinar Isabella Nardoni, filha de Alexandre, no dia 29 de março de 2008. Ambos negam. O julgamento está marcado para começar na próxima segunda.
3 Segundo o defensor, a possibilidade de falar na TV deverá atenuar a imagem negativa que o casal tem na sociedade.
4 Em entrevista à Folha ontem, ele também disse que, usando os alimentos durante o júri, espera conseguir provar que não há uma certeza sobre a existência de sangue no apartamento do casal, de onde a garota foi jogada do sexto andar.
5 O reagente Bluestar Forensic, usado pelo Instituto de Criminalística para detectar manchas de sangue, também age com diversos produtos, entre eles os legumes, frutas e temperos citados, conforme o advogado. A defesa entende que o reagente, que será levado ao julgamento, não é preciso para definir se as manchas encontradas no imóvel eram sangue.
6 O promotor que atua no caso, Francisco Cembranelli, diz que a tese é infundada. "Eu não acredito que as polícias científicas de todo o mundo usem um produto que dá positivo com qualquer gênero alimentício", disse à Folha na quarta.
7 "Por que o FBI [polícia federal americana] e a Scotland Yard [polícia britânica] usam? Restaria concluir que a Justiça americana já deve ter condenado muita gente dizendo que matou e espalhou sangue, quando era nabo da cozinheira descuidada." Ontem, ele não foi encontrado para comentar o pedido de televisionamento.
TALITA BEDINELLI & AFONSO BENITES da Folha de S.Paulo.
Assinale a opção em que a relação semântica de sinonímia entre a expressão destacada e a expressão entre parênteses é incorreta:
DEFESA DOS NARDONI PEDE JÚRI AO VIVO NA TV
1 O advogado Roberto Podval deverá pedir à Justiça que o julgamento de seus clientes, Alexandre Nardoni, 31, e Anna Carolina Jatobá, 26, seja televisionado em rede nacional. Nesta semana, ele já pediu que em sua argumentação possa também usar como prova nabo, cenoura, banana e alho. Os legumes, diz ele, serão usados para questionar o trabalho dos peritos.
2 Caso o juiz não aceite, a defesa ameaça se retirar do tribunal, forçando o adiamento do julgamento. O casal é acusado de assassinar Isabella Nardoni, filha de Alexandre, no dia 29 de março de 2008. Ambos negam. O julgamento está marcado para começar na próxima segunda.
3 Segundo o defensor, a possibilidade de falar na TV deverá atenuar a imagem negativa que o casal tem na sociedade.
4 Em entrevista à Folha ontem, ele também disse que, usando os alimentos durante o júri, espera conseguir provar que não há uma certeza sobre a existência de sangue no apartamento do casal, de onde a garota foi jogada do sexto andar.
5 O reagente Bluestar Forensic, usado pelo Instituto de Criminalística para detectar manchas de sangue, também age com diversos produtos, entre eles os legumes, frutas e temperos citados, conforme o advogado. A defesa entende que o reagente, que será levado ao julgamento, não é preciso para definir se as manchas encontradas no imóvel eram sangue.
6 O promotor que atua no caso, Francisco Cembranelli, diz que a tese é infundada. "Eu não acredito que as polícias científicas de todo o mundo usem um produto que dá positivo com qualquer gênero alimentício", disse à Folha na quarta.
7 "Por que o FBI [polícia federal americana] e a Scotland Yard [polícia britânica] usam? Restaria concluir que a Justiça americana já deve ter condenado muita gente dizendo que matou e espalhou sangue, quando era nabo da cozinheira descuidada." Ontem, ele não foi encontrado para comentar o pedido de televisionamento.
TALITA BEDINELLI & AFONSO BENITES da Folha de S.Paulo.
Assinale a opção em que o termo destacado foi empregado de forma errônea:
Em todas as frases abaixo o verbo dar foi empregado em lugar de outros de significado mais específico. A frase em que a substituição por esses verbos mais específicos foi feita de forma menos adequada é:
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
Contar mentirinhas vicia o cérebro, revela estudo
Por Felipe Germano Bruno Garattoni
01 Mentir não faz o nariz crescer – mas pode ............, de outra forma, com o seu corpo. De
02 acordo com um novo estudo realizado pela Universidade de Londres, contar mentirinhas leves
03 provoca alterações físicas no cérebro, que se torna mais propenso __ optar por mentiras em
04 momentos importantes.
05 Quando contam alguma mentira, as pessoas geralmente se sentem um pouco mal. Essa
06 reação é provocada pela amígdala, uma região cerebral que também é ligada __ sensações de
07 medo, e funciona como uma espécie de freio natural, limitando a quantidade de mentiras que as
08 pessoas contam. Mas os cientistas descobriram que, se você contar uma sequência de pequenas
09 mentiras, sem muita importância (na linha ‘o seu penteado ficou ótimo’ ou ‘não vi o email’), esse
10 freio vai ficando mais fraco.
11 Para calcular isso, os pesquisadores reuniram 80 voluntários e escanearam o cérebro deles
12 enquanto eles jogavam um jogo. A brincadeira consistia em adivinhar quantas moedas havia em
13 um pote e transmitir, por meio de um computador, a estimativa a outra pessoa. O jogo tinha
14 várias modalidades. Numa delas, você era estimulado a dar uma ‘mentidinha’, superestimando a
15 quantidade de moedas do pote, ............ isso fazia você ganhar mais pontos, e a outra pessoa
16 menos. Conforme o jogo avançava, os voluntários eram estimulados a mentir cada vez mais – e a
17 atividade na amígdala se tornava cada vez menor. Era como se o cérebro estivesse se adaptando
18 ao ato de mentir.
19 “A amígdala limita a ................ do quanto mentimos”, diz a psicóloga Tali Sharot, líder do
20 estudo. “Mas essa resposta vai diminuindo conforme as mentiras ficam maiores. Isso pode levar a
21 uma reação em cadeia, em que pequenos atos de desonestidade acabam levando a mentiras
22 maiores”, acredita.
23 Para os pesquisadores, a capacidade que o cérebro tem de se acostumar não se aplica
24 apenas __ mentiras. “Nós só testamos a desonestidade das pessoas nesse experimento, mas o
25 mesmo princípio talvez seja aplicável a outras ações, como se expor __ riscos ou ter
26 comportamentos violentos”, afirma o cientista Neil Garrett, coautor do estudo.
(http://super.abril.com.br/comportamento/contar-mentirinhas-vicia-o-cerebro-revela-estudo/– Adaptação)
Em relação a palavras do texto, analise as seguintes propostas de substituição:
I. Na linha 03, se o advérbio ‘propenso’ fosse substituído por ‘inclinado’, o sentido da frase permaneceria o mesmo, assim como a estrutura sintática.
II. Na linha 14, a palavra ‘superestimando’ poderia ser substituída por ‘enaltecendo’ sem causar nenhum prejuízo ao sentido empregado no texto, visto que ambas têm como significado ‘estimar em excesso’.
III. Na linha 16, a palavra ‘estimulados’ (l. 16), ao ser substituída por ‘encorajados’, não provoca nenhuma alteração semântica e estrutural na frase.
Quais estão corretas?
Atenção: Para responder às questões de números 6 a 10, considere o texto abaixo.
[Um leopardo no Kilimanjaro]
O Kilimanjaro é aquela montanha na África onde, segundo Hemingway disse num conto*, um dia encontraram a carcaça congelada de um leopardo perto do cume, e nunca ficaram sabendo o que o leopardo fazia por lá. O leopardo de Hemingway já foi considerado símbolo de muitas coisas: espírito de aventura, a busca solitária do inalcançável, a imprevisibilidade do comportamento humano, a pretensão ou a simples inquietação que move bichos e artistas.
Num mundo ameaçado de afogamento pelo degelo causado pelo aquecimento global, o leopardo de Hemingway também pode simbolizar o instinto suicida que nos trouxe a este ponto. O próprio Kilimanjaro é um termômetro assustador do efeito estufa cujas consequências e combate se discutiram na Conferência de Bali. O pico do monte já perdeu mais de 80 por cento de sua cobertura de neve nos últimos noventa anos e o cálculo é que a neve desaparecerá por completo nos próximos vinte.
* “As neves do Kilimanjaro”, conto do escritor norte-americano Ernest Hemingway (1899-1961)
(Verissimo, Luis Fernando. O mundo é bárbaro. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008, p. 121)
Há num conto de Hemingway a personagem de um leopardo, a carcaça congelada desse leopardo parece revestir o leopardo da aura de um símbolo.
Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os segmentos sublinhados, respectivamente, por:
Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.
O mundo daqui a cinco anos
Telemedicina, nanotecnologia, tecnologias 3D e tradução simultânea por reconhecimento de voz. Todos estes recursos, em maior ou menor escala, já foram absorvidos pela sociedade. Suas primeiras aparições foram na lista “Five to five” da IBM, que prevê cinco fenômenos que podem mudar nosso cotidiano a cada cinco anos. Ontem a multinacional divulgou o que acontecerá até 2018. E sua aposta é que, com o desenvolvimento tecnológico, tudo - do ensino acadêmico à hora de ir para o trabalho - pode ser personalizado.
A transformação mais radical pode ser na medicina, área em que algumas empresas pretendem fornecer aos médicos o mapeamento genético de cada paciente. A tecnologia fará do teste do DNA, hoje ainda raro, o principal meio para a decisão da terapia adequada. Com isso, será possível optar por tratamentos personalizados para males como doenças cardiovasculares.
Na escola, o professor terá reforço para lidar com o método como cada aluno consegue aprender. “A computação cognitiva ajudará a calcular como cada aluno aprende e cria um sistema flexível, que se adapta continuamente ao estudante”, revela a IBM.
Com base no tempo e no engarrafamento, o smartphone poderá recomendar a seu usuário que saia de casa alguns minutos mais cedo - e, também, que caminho deve seguir.
O deslocamento fica mais fácil, mas o comércio da vizinhança também atrairá as pessoas. A lojinha da esquina, agora conectada a seu telefone, divulgará as promoções e conhecerá suas preferências: “Será a fusão do que há de melhor na loja física - tocar e vestir um produto - com a riqueza de informações - as ofertas instantâneas e o gosto do consumidor".
Na web, aliás, a invasão de contas de emails e a ação de hackers esbarrarão na “polícia pessoal online”. Portais como o Google já avisam o usuário quando suas mensagens são lidas fora de locais onde o dono da conta costuma acessar a internet - um outro país, por exemplo. Todos os passos são monitorados. Segundo a IBM, com a “permissão” do usuário. Mas, depois da revelação da vigilância mundial da NSA, este avanço tecnológico pode deixar muita gente ressabiada.
(O Globo - Caderno Ciência - 19/12/2013, p. 45.)
Nos trechos transcritos abaixo, os termos em destaque foram substituídos por pronome pessoal.
I. " ... que podem mudar NOSSO COTIDIANO ... " / que podem mudá-lo.
II. " ... algumas empresas pretendem fornecer AOS MÉDICOS o mapeamento genético de cada paciente." / pretendem fornecer-lhes.
III. " ... o smartphone poderá recomendar A SEU USUÁRIO que saia de casa alguns minutos mais cedo ... "/ poderá recomendá-lo.
IV. " ... mas o comércio da vizinhança também atrairá AS PESSOAS." /também lhes atrairá.
V. "A lojinha da esquina, agora conectada a seu telefone, divulgará AS PROMOÇÕES ... " / a lojinha da esquina divulgá-las-á.
Estão de acordo com as normas de regência e de colocação somente as substituições feitas nos itens:
Capital de um império
Ao desembarcar no Rio de Janeiro, em 7 de mar-
ço de 1808, Dom João e sua corte encontraram uma
cidade pequena, de apenas 60 mil habitantes, com-
pletamente despreparada para receber tantos e tão
05 ilustres moradores. Algo entre 10 mil e 15 mil portu-
gueses, acostumados ao conforto da Europa, inva-
diram o Rio de repente. O ineditismo da situação ia
muito além do caos instaurado na cidade. Pela pri-
meira vez na história, uma família real européia pu-
10 nha os pés na América. Estava em curso uma trans-
ferência de poder sem precedentes: a mudança de
toda a corte portuguesa, por tempo indeterminado,
de Lisboa para a Baía de Guanabara.
A importância histórica dos acontecimentos não
15 livrou Dom João de enfrentar problemas aparente-
mente menores, mas bem difíceis de contornar. O
primeiro e mais prático de todos: simplesmente não
havia moradia para toda aquela gente nova no Rio de
Janeiro. Por mais que estivessem num cenário des-
20 lumbrante, cercadas de mar, montanhas e muito
verde, as casinhas daquela época eram humildes
em sua maioria. O jeito foi desalojar as famílias que
ocupavam as melhores residências, para que, em seu
lugar, fossem acomodados os imigrantes da corte.
25 De um dia para o outro, a cidade ganhou uma
importância inesperada, transformando-se na capi-
tal do império português. Para muitos historiadores,
esse foi o marco inicial dos eventos que forjaram as
instituições, a cultura e a política brasileiras.
30 À medida que a cidade crescia, mais problemas
iam surgindo. Crises no abastecimento de água, por
exemplo, aos poucos foram debeladas com a cons-
trução de dezenas de bicas e chafarizes. A explo-
são demográfica não se restringiu à chegada da cor-
35 te. Com a abertura dos portos brasileiros, em 1808,
um número incalculável de estrangeiros começou a
freqüentar o Rio. A nova capital, naquele início de
século 19, transformou-se a toque de caixa na cida-
de mais cosmopolita de todo o continente.
40 Eram tantos ingleses mudando-se para cá que
lhes foi concedido o direito a um cemitério e uma
igreja só para eles. Italianos influenciavam a
gastronomia. Até chineses vieram do outro lado do
mundo, para introduzir o plantio de folhas de chá no
50 recém-criado Horto Real – mais tarde transformado
no Jardim Botânico. Em pouco tempo, bibliotecas,
teatros, escolas e hospitais foram erguidos, ruas e
estradas foram abertas, igrejas foram reformadas. O
Rio de Janeiro crescia freneticamente, para fazer justi-
ça à condição de capital de um império ultramarino.
RIBEIRO, Flávia. 1808 – 2008: 200 anos da família real no Brasil.
Aventuras na História, São Paulo: Editora Abril, 2008 (adaptado)
Ao deslocar a palavra SÓ em “que lhes foi concedido o direito a um cemitério e uma igreja só para eles” (L.40 – 42), mantém-se o sentido do enunciado em:
Capital de um império
Ao desembarcar no Rio de Janeiro, em 7 de mar-
ço de 1808, Dom João e sua corte encontraram uma
cidade pequena, de apenas 60 mil habitantes, com-
pletamente despreparada para receber tantos e tão
05 ilustres moradores. Algo entre 10 mil e 15 mil portu-
gueses, acostumados ao conforto da Europa, inva-
diram o Rio de repente. O ineditismo da situação ia
muito além do caos instaurado na cidade. Pela pri-
meira vez na história, uma família real européia pu-
10 nha os pés na América. Estava em curso uma trans-
ferência de poder sem precedentes: a mudança de
toda a corte portuguesa, por tempo indeterminado,
de Lisboa para a Baía de Guanabara.
A importância histórica dos acontecimentos não
15 livrou Dom João de enfrentar problemas aparente-
mente menores, mas bem difíceis de contornar. O
primeiro e mais prático de todos: simplesmente não
havia moradia para toda aquela gente nova no Rio de
Janeiro. Por mais que estivessem num cenário des-
20 lumbrante, cercadas de mar, montanhas e muito
verde, as casinhas daquela época eram humildes
em sua maioria. O jeito foi desalojar as famílias que
ocupavam as melhores residências, para que, em seu
lugar, fossem acomodados os imigrantes da corte.
25 De um dia para o outro, a cidade ganhou uma
importância inesperada, transformando-se na capi-
tal do império português. Para muitos historiadores,
esse foi o marco inicial dos eventos que forjaram as
instituições, a cultura e a política brasileiras.
30 À medida que a cidade crescia, mais problemas
iam surgindo. Crises no abastecimento de água, por
exemplo, aos poucos foram debeladas com a cons-
trução de dezenas de bicas e chafarizes. A explo-
são demográfica não se restringiu à chegada da cor-
35 te. Com a abertura dos portos brasileiros, em 1808,
um número incalculável de estrangeiros começou a
freqüentar o Rio. A nova capital, naquele início de
século 19, transformou-se a toque de caixa na cida-
de mais cosmopolita de todo o continente.
40 Eram tantos ingleses mudando-se para cá que
lhes foi concedido o direito a um cemitério e uma
igreja só para eles. Italianos influenciavam a
gastronomia. Até chineses vieram do outro lado do
mundo, para introduzir o plantio de folhas de chá no
50 recém-criado Horto Real – mais tarde transformado
no Jardim Botânico. Em pouco tempo, bibliotecas,
teatros, escolas e hospitais foram erguidos, ruas e
estradas foram abertas, igrejas foram reformadas. O
Rio de Janeiro crescia freneticamente, para fazer justi-
ça à condição de capital de um império ultramarino.
RIBEIRO, Flávia. 1808 – 2008: 200 anos da família real no Brasil.
Aventuras na História, São Paulo: Editora Abril, 2008 (adaptado)
Ao reescrever “A importância histórica dos acontecimentos não livrou Dom João de enfrentar problemas aparentemente menores, mas bem difíceis de contornar” (L.14 – 16), sem alterar o sentido original da frase, obtém-se:
Capital de um império
Ao desembarcar no Rio de Janeiro, em 7 de mar-
ço de 1808, Dom João e sua corte encontraram uma
cidade pequena, de apenas 60 mil habitantes, com-
pletamente despreparada para receber tantos e tão
05 ilustres moradores. Algo entre 10 mil e 15 mil portu-
gueses, acostumados ao conforto da Europa, inva-
diram o Rio de repente. O ineditismo da situação ia
muito além do caos instaurado na cidade. Pela pri-
meira vez na história, uma família real européia pu-
10 nha os pés na América. Estava em curso uma trans-
ferência de poder sem precedentes: a mudança de
toda a corte portuguesa, por tempo indeterminado,
de Lisboa para a Baía de Guanabara.
A importância histórica dos acontecimentos não
15 livrou Dom João de enfrentar problemas aparente-
mente menores, mas bem difíceis de contornar. O
primeiro e mais prático de todos: simplesmente não
havia moradia para toda aquela gente nova no Rio de
Janeiro. Por mais que estivessem num cenário des-
20 lumbrante, cercadas de mar, montanhas e muito
verde, as casinhas daquela época eram humildes
em sua maioria. O jeito foi desalojar as famílias que
ocupavam as melhores residências, para que, em seu
lugar, fossem acomodados os imigrantes da corte.
25 De um dia para o outro, a cidade ganhou uma
importância inesperada, transformando-se na capi-
tal do império português. Para muitos historiadores,
esse foi o marco inicial dos eventos que forjaram as
instituições, a cultura e a política brasileiras.
30 À medida que a cidade crescia, mais problemas
iam surgindo. Crises no abastecimento de água, por
exemplo, aos poucos foram debeladas com a cons-
trução de dezenas de bicas e chafarizes. A explo-
são demográfica não se restringiu à chegada da cor-
35 te. Com a abertura dos portos brasileiros, em 1808,
um número incalculável de estrangeiros começou a
freqüentar o Rio. A nova capital, naquele início de
século 19, transformou-se a toque de caixa na cida-
de mais cosmopolita de todo o continente.
40 Eram tantos ingleses mudando-se para cá que
lhes foi concedido o direito a um cemitério e uma
igreja só para eles. Italianos influenciavam a
gastronomia. Até chineses vieram do outro lado do
mundo, para introduzir o plantio de folhas de chá no
50 recém-criado Horto Real – mais tarde transformado
no Jardim Botânico. Em pouco tempo, bibliotecas,
teatros, escolas e hospitais foram erguidos, ruas e
estradas foram abertas, igrejas foram reformadas. O
Rio de Janeiro crescia freneticamente, para fazer justi-
ça à condição de capital de um império ultramarino.
RIBEIRO, Flávia. 1808 – 2008: 200 anos da família real no Brasil.
Aventuras na História, São Paulo: Editora Abril, 2008 (adaptado)
No fragmento “Estava em curso uma transferência de poder sem precedentes” (L.10/11), a expressão em destaque pode ser substituída no texto, sem alterar o sentido, por:
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
Famílias postiças contra a sigilosa epidemia da solidão
- Rosa enviuvou em agosto e desde então carrega nos ombros um pesado silêncio. Só o
- telefonema de uma amiga todos os dias ___ nove da noite diminui um pouco o seu vazio. Rosa
- vive na Galícia, uma região chuvosa no norte da Espanha, onde impera o caráter introspectivo
- e estoico. Além disso, ela mora em uma aldeia, em Betanzos (província de A Coruña) que há
- anos não para de perder população. Esse telefonema é praticamente o único momento em que
- se comunica com alguém. “Conversamos durante meia hora. Não criticamos ninguém, mas
- comentamos coisas e a faço rir”, conta Pilar, a voz amiga de Rosa e uma das colaboradoras do
- projeto de iniciativa da ordem religiosa dos franciscanos na Galícia para combater a epidemia
- silenciosa da solidão, que se estende sem freio nos lares ocidentais.
- Enquanto no Reino Unido o Governo acaba de criar uma Secretaria de Estado contra a
- Solidão, em Betanzos foi colocado ___ disposição o convento de San Francisco de Betanzos –
- sem vida desde que ...... dois anos as últimas freiras residentes cruzaram a porta – para criar
- uma família com pessoas “que estejam ou se sintam sozinhas”. Os participantes passariam o
- dia nas instalações, tomando café da manhã, almoçando e jantando, compartilhando a
- lavanderia e os gastos, fazendo companhia uns aos outros.
- “Não se trata de uma unidade de atendimento ___ terceira idade nem de beneficência,
- nem de um local social, mas de um espaço de autogestão que não se financia com subvenções
- e no qual queremos imitar o ambiente de uma família qualquer, com liberdade para entrar e
- sair sem compromisso e sem exigências de vínculo religioso”, explica o frei Enrique Roberto
- Lista sobre um projeto aberto ___ moradores de qualquer prefeitura e cujos responsáveis
- gostariam de estender no futuro a outros edifícios eclesiásticos vazios, como as casas
- sacerdotais das paróquias.
- Se no Brasil o número de pessoas que vivem sós duplicou entre 2005 e 2015, sobretudo
- entre as com mais de 60 anos, segundo o IBGE, na Espanha a situação não é melhor. Ali vivem
- sozinhas cerca de 4,5 milhões de pessoas, segundo os dados apresentados pelos franciscanos.
- Mais de 70% das almas que habitam esses lares sofrem de solidão, um problema que afeta
- igualmente mais da metade de quem tem companhia em suas casas.
- O projeto começou a ser posto em prática em Betanzos com nove mulheres e, conforme
- explica a trabalhadora social Antía Leira, vem enfrentando dificuldades para superar “o estigma
- da solidão, a vergonha”. “É difícil para as pessoas que a sofrem reconhecer a situação e até
- mesmo identificá-la porque muitas vezes convivem com alguém”, afirma Leira. “É uma
- necessidade oculta: todo mundo admite o problema, e as notícias de idosos que morrem sem
- que ninguém fique sabendo se multiplicam, mas custa dar o passo para combatê-la.”
- Uma solidão mais uma solidão é companhia, o remédio para o problema está nas pessoas
- que sofrem esse ......”, observa o frei Lista, criador do projeto, enquanto no refeitório deste
- convento do século XIV os primeiros membros passam um ao outro a cafeteira e as bandejas
- de biscoitos e bolos. A amiga de Pilar que se sente tão sozinha ainda não deu o passo para se
- integrar ___ essa família postiça: “É desconfiada e retraída, e isso lhe custa, mas eu digo que
- isto seria fantástico para ela se oxigenar.”
- A tristeza pelo isolamento social não é um achaque só da idade. “Há pessoas muito jovens
- que também estão sós”, diz Adriana García, colaboradora do projeto. “Esta sociedade te
- empurra para a solidão. Há menos filhos, a família se dispersa, por um lado as tecnologias te
- conectam, mas por outro te levam a se fechar. E ...... jornadas de trabalho que não te deixam
- tempo para a amizade e a família. Racionalizar os horários seria uma grande contribuição para
- combater isso.”
(Fonte: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/02/02/internacional/1517571336_119656.html – Texto adaptado)
Analise as seguintes propostas de alteração de expressões do texto:
I. ‘trata’ (l.16) por ‘refere’.
II. ‘estender’ (l.21) por ‘expandir’.
III. ‘combater’ (l.45) por ‘lutar’.
Quais NÃO causam incorreção à sintaxe do período em que estão inseridas?
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
Famílias postiças contra a sigilosa epidemia da solidão
- Rosa enviuvou em agosto e desde então carrega nos ombros um pesado silêncio. Só o
- telefonema de uma amiga todos os dias ___ nove da noite diminui um pouco o seu vazio. Rosa
- vive na Galícia, uma região chuvosa no norte da Espanha, onde impera o caráter introspectivo
- e estoico. Além disso, ela mora em uma aldeia, em Betanzos (província de A Coruña) que há
- anos não para de perder população. Esse telefonema é praticamente o único momento em que
- se comunica com alguém. “Conversamos durante meia hora. Não criticamos ninguém, mas
- comentamos coisas e a faço rir”, conta Pilar, a voz amiga de Rosa e uma das colaboradoras do
- projeto de iniciativa da ordem religiosa dos franciscanos na Galícia para combater a epidemia
- silenciosa da solidão, que se estende sem freio nos lares ocidentais.
- Enquanto no Reino Unido o Governo acaba de criar uma Secretaria de Estado contra a
- Solidão, em Betanzos foi colocado ___ disposição o convento de San Francisco de Betanzos –
- sem vida desde que ...... dois anos as últimas freiras residentes cruzaram a porta – para criar
- uma família com pessoas “que estejam ou se sintam sozinhas”. Os participantes passariam o
- dia nas instalações, tomando café da manhã, almoçando e jantando, compartilhando a
- lavanderia e os gastos, fazendo companhia uns aos outros.
- “Não se trata de uma unidade de atendimento ___ terceira idade nem de beneficência,
- nem de um local social, mas de um espaço de autogestão que não se financia com subvenções
- e no qual queremos imitar o ambiente de uma família qualquer, com liberdade para entrar e
- sair sem compromisso e sem exigências de vínculo religioso”, explica o frei Enrique Roberto
- Lista sobre um projeto aberto ___ moradores de qualquer prefeitura e cujos responsáveis
- gostariam de estender no futuro a outros edifícios eclesiásticos vazios, como as casas
- sacerdotais das paróquias.
- Se no Brasil o número de pessoas que vivem sós duplicou entre 2005 e 2015, sobretudo
- entre as com mais de 60 anos, segundo o IBGE, na Espanha a situação não é melhor. Ali vivem
- sozinhas cerca de 4,5 milhões de pessoas, segundo os dados apresentados pelos franciscanos.
- Mais de 70% das almas que habitam esses lares sofrem de solidão, um problema que afeta
- igualmente mais da metade de quem tem companhia em suas casas.
- O projeto começou a ser posto em prática em Betanzos com nove mulheres e, conforme
- explica a trabalhadora social Antía Leira, vem enfrentando dificuldades para superar “o estigma
- da solidão, a vergonha”. “É difícil para as pessoas que a sofrem reconhecer a situação e até
- mesmo identificá-la porque muitas vezes convivem com alguém”, afirma Leira. “É uma
- necessidade oculta: todo mundo admite o problema, e as notícias de idosos que morrem sem
- que ninguém fique sabendo se multiplicam, mas custa dar o passo para combatê-la.”
- Uma solidão mais uma solidão é companhia, o remédio para o problema está nas pessoas
- que sofrem esse ......”, observa o frei Lista, criador do projeto, enquanto no refeitório deste
- convento do século XIV os primeiros membros passam um ao outro a cafeteira e as bandejas
- de biscoitos e bolos. A amiga de Pilar que se sente tão sozinha ainda não deu o passo para se
- integrar ___ essa família postiça: “É desconfiada e retraída, e isso lhe custa, mas eu digo que
- isto seria fantástico para ela se oxigenar.”
- A tristeza pelo isolamento social não é um achaque só da idade. “Há pessoas muito jovens
- que também estão sós”, diz Adriana García, colaboradora do projeto. “Esta sociedade te
- empurra para a solidão. Há menos filhos, a família se dispersa, por um lado as tecnologias te
- conectam, mas por outro te levam a se fechar. E ...... jornadas de trabalho que não te deixam
- tempo para a amizade e a família. Racionalizar os horários seria uma grande contribuição para
- combater isso.”
(Fonte: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/02/02/internacional/1517571336_119656.html – Texto adaptado)
Considerando o significado de palavras do texto, analise as seguintes assertivas, assinalando V, se verdadeiras, ou F, se falsas.
( ) A palavra ‘estoico’ (l.04) tem o mesmo sentido que ‘conformado’.
( ) O vocábulo ‘estigma’ (l.29) significa visão negativa e muito arraigada, numa sociedade, a respeito de determinada prática, comportamento ou doença, por exemplo.
( ) A palavra ‘achaque’ (l.40) poderia ser substituída por ‘mal-estar’ sem acarretar incorreções à frase em que está inserida.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
Texto II para responder às questões de 11 a 20.
Jornalismo robotizado
Computadores treinados escrevem sobre jogos, terremotos e crimes.
O uso de algoritmos na confecção de textos não é algo novo. A companhia americana Narrative Science treina computadores para escreverem sumários de jogos de diferentes modalidades desde 2012 com grande sucesso. Os resumos são publicados online nos jornais que compram seu serviço logo depois do fim do jogo, com uma velocidade impossível para um redator humano. Embora sejam informativos, os textos com uma descrição dos gols da rodada ou das cestas marcadas no clássico regional são corriqueiros e pouco importantes.
Uma tecnologia criada pelo Los Angeles Times pode mudar os rumos do “robô-jornalismo”. Escrito pelo jornalista e programador Ken Schwencke, um algoritmo usado pelo jornal é capaz de gerar um texto sobre terremotos com base nos dados divulgados eletronicamente pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) sempre que o tremor ultrapassa um limite mínimo de magnitude. Assim, o jornal foi capaz de colocar na sua página de internet um texto sobre o terremoto que atingiu Los Angeles na segunda-feira 17, três minutos depois de receber os dados do USGS. O jornalista conta que o terremoto o assustou e o fez levantar-se da cama, quando caminhou até seu computador e encontrou o texto pronto. O único trabalho que teve foi apertar o botão para publicar o texto no site do Los Angeles Times.
Schwencke, que também criou um algoritmo que escreve notícias sobre criminalidade na região de Los Angeles, disse à revista eletrônica Slate (www.slate.com) que o “robô-jornalismo” não chegou para acabar com os jornalistas humanos. “É algo suplementar. As pessoas ganham tempo com isso e para alguns tipos de notícias a informação é disseminada de um modo como qualquer outra. Eu vejo isso como algo que não deve acabar com o emprego de ninguém, mas que deixa o emprego de todo mundo mais interessante”, disse o jornalista. “Assim a redação pode se preocupar mais em sair às ruas e verificar se há feridos, se algum prédio foi danificado ou entrevistar o pessoal do USGS”, explicou Schwencke, acrescentando que o texto inicial foi atualizado 71 vezes por repórteres e editores até se tornar a matéria de capa do dia seguinte.
(Carta Capital, 26 de março de 2013.)
Considerando os aspectos da concordância verbal, indique a reescrita adequada de acordo com a norma padrão para o trecho “o texto inicial foi atualizado 71 vezes por repórteres e editores” (3º§).
Texto I para responder às questões de 01 a 10.
Visão comunicativa
Até pouco tempo atrás, a qualificação de empresários, headhunters, executivos e CEOs e dos mais variados profissionais se fundava no domínio de outro idioma – o inglês em particular. Num mundo globalizado, saber outra língua é signo e condição competitiva.
Décadas recentes demonstraram, no entanto, que já é digna de atenção a maneira como nossos recursos humanos buscam reciclar o próprio português. Aumenta a necessidade de usar o idioma de forma refinada, como ferramenta nos negócios, ou pelo menos de modo a não pôr a perder um negócio.
O mercado brasileiro avança em seus próprios terrenos, não só os globalizados. Vivemos hoje num país em que mais de 800 milhões de mensagens eletrônicas diárias são trocadas, muitas das quais enviadas para tratar de questões empresariais. Há mais relatórios, encontros entre empresários, almoços de negócios, apresentações em reuniões de trabalho. Cresce o número de situações em que as pessoas ficam mais expostas por meio da escrita e da retórica oral, expondo a fragilidade de uma má formação em seu próprio idioma. Não por acaso, cresce também a procura por aulas de língua portuguesa, destinadas a executivos, gerentes e os mais diversos tipos de profissionais.
A velocidade da mensagem eletrônica não perdoa desatenção. Texto de correio eletrônico, de redes sociais com fins corporativos e de intranets deve ser simples, mas exige releitura e cuidado para acertar o tom da mensagem. Se por um lado a popularização da tecnologia nos ambientes de trabalho fez com que as pessoas passassem a ter contato diário com a língua escrita, por outro a enorme quantidade de mensagens trocadas nem sempre deixa claro onde está o valor da informação realmente importante. As mensagens eletrônicas do mundo empresarial dão ainda muita margem a mal-entendidos, com textos truncados, obscuros ou em desacordo com normas triviais da língua e da comunicação corporativa.
Quem se comunica bem no mundo profissional não é quem repete modelinhos e regras, ideias e frases feitas aprendidas em cursos prêt-à-porter de comunicação empresarial. Saber interagir num ambiente minado como o das organizações ajuda a carreira, mas para ter real efeito significa dar voz ao outro, falar não para ouvir o que já sabia, mas descobrir o que não se percebia por pura falta de diálogo.
(Luiz Costa Pereira Junior. Língua Portuguesa. Ed. Segmento. Janeiro de 2014.)
O elemento destacado em “A velocidade da mensagem eletrônica não perdoa desatenção.” (4º§) atribui ao radical da palavra uma nova significação. Mantendo o significado atribuído, o termo “desatenção” pode ser substituído por
As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
A louca vida sexual das plantas
- Mal entrou na puberdade e ela só quer, só pensa, em namorar. Uns argumentam que ainda é
- jovem, um botão em flor, mas isso nunca foi um grande problema para ela, que vem se
- preparando para desabrochar desde que era um brotinho. Apesar de ter criado raízes junto aos
- pais, sente que é hora de formar sua própria família e gerar seus rebentos. Para conceber as
- sementes dessa transformação silenciosa, a moça se insinua aos quatro ventos, ludibria os
- varões e cria sugestivas armadilhas. Se preciso, ela se vestirá de forma sensual e se cobrirá com
- perfumes, tudo para deixar sua herança na terra – e, com sorte, gerar bons frutos para as
- próximas gerações.
- Sob a ótica de uma flor, um jardim é uma grande orgia. Cactos e ipês fazem. Trepadeiras,
- claro, fazem. A mais prosaica violeta e a rosa caríssima fazem. De fato, assim que provaram o
- gostinho da coisa pela primeira vez, cerca de 145 milhões de anos atrás, 415 milhões de anos
- depois de a primeira alga verde chegar à terra firme, as plantas logo perceberam que o sexo
- poderia trazer benefícios interessantes. Vamos a eles.
- À primeira vista, o sexo parece pouco importante para as plantas. Isso porque a maior parte
- delas é hermafrodita: um mesmo indivíduo tem tanto um ovário, sua porção feminina, quanto
- grãos de pólen, pequenas estruturas que encerram os gametas masculinos. A reprodução
- sexuada, que leva o pólen até o ovário, não deveria, portanto, demandar grandes esforços. Mas
- não é isso que acontece na realidade. Uma flor só se entrega ao solitário prazer da fecundação
- própria quando sua sobrevivência está sob ameaça. É que um vegetal autofecundado cria
- descendentes geneticamente idênticos à mãe. Mal negócio. A reprodução sexuada junta e
- embaralha genes de dois indivíduos. O filho nasce com um código genético só dele (é
- precisamente o seu caso, leitor ou leitora – você é só um embaralhamento aleatório dos genes
- dos seus pais). A vantagem aí é que códigos genéticos novos produzem anticorpos inéditos na
- natureza. É uma bela vantagem do ponto de vista da espécie. Se um vírus mortal infectar todos
- os indivíduos de uma espécie, alguns vão sobreviver, já que provavelmente terão nascido com
- anticorpos que, por sorte, conseguem defende-los do ataque. Se todos tivessem os mesmos
- genes, um único ataque viral poderia exterminar a espécie inteira. É por isso que você faz sexo.
- Não houvesse essa pressão evolutiva, não existiriam pênis, vagina, tesão, orgasmo. Nada.
- Mas voltemos a falar de flores. Como não podem sair do lugar, as flores recorrem a aves,
- insetos e pequenos mamíferos — seus polinisadores — para misturar seu material genético ao de
- outras. Essa sacada garantiu às plantas floríferas uma diversidade enorme, se comparadas aos
- vegetais sem flor, como musgos, pinheiros e samambaias. Ainda assim, isso não quer dizer que
- uma flor jamais vai se fecundar sozinha. Há casos em que isso se torna necessário. Em condições
- normais, a violeta-africana produz flores no alto de hastes longas, boas para atrair a atenção de
- insetos e reproduzir-se embaralhando seus genes com os de outra flor, distante. Mas, se notar
- que as condições estão ruins — o clima ficou frio ou quente demais, por exemplo —, a mesma
- violeta pode gerar flores de haste curta, que ficam escondidas pelas folhas e se autofecundam
- ainda em botão.
- Nesse caso, o alerta que vai determinar qual tipo de sexo elas vão praticar é dado por
- estruturas celulares especializadas, que registram alterações na intensidade da luz solar ou na
- quantidade de horas de escuro. “Uma planta é capaz de perceber mudanças mínimas na oferta
- de nutrientes ou mesmo detectar que os dias estão ficando mais curtos e, portanto, o inverno
- está chegando”, diz o biólogo Thales Kronenberger, especialista em biologia molecular e
- parasitologia.
Texto adaptado especialmente para esta prova. Disponível em https://super.abril.com.br/ciencia/a-louca-vida- sexual-das-plantas/. Acesso em 09 out. 2018.
Qual das seguintes alternativas apresenta um sinônimo da palavra “prosaica” (l. 10), sendo capaz de substituí-la de modo a preservar o sentido original da mensagem veiculada no texto?
Leia o texto abaixo para responder às questões de 1 a 4.
Desistindo de Natal
Moacyr Scliar
Prezado Papai Noel: há uma semana eu lhe mandei uma carta com a lista dos meus pedidos para o Natal. Agora estou mandando esta outra carta para dizer que mudei de ideia. Não vou querer nada. Ontem o papai nos avisou que não tem dinheiro para as compras do fim de ano. Papai está desempregado há mais de um ano. A gente mora numa cidade pequena do interior, muito pobre. No Natal passado, o prefeito anunciou que tinha um presente para a população: uma grande fábrica viria se instalar aqui, dando emprego para muitas pessoas. Meu pai ficou animado. Ele é um homem trabalhador, sabe fazer muitas coisas e achou que com isso o nosso problema estaria resolvido. Agora, porém, o prefeito teve de dizer que a fábrica não vem mais. Não entendo dessas coisas, mas parece que a situação está difícil.
Portanto, Papai Noel, peço-lhe desculpas se o senhor já encomendou as coisas, mas infelizmente vou ter de desistir. Para começar, não quero aquela bonita árvore de Natal de que lhe falei - até mandei um desenho, lembra? Nada de pinheirinho, nada de luzinhas, nada de bolinhas coloridas. A verdade, Papai Noel, é que essas coisas só gastam espaço e, como disse a mamãe, gastam muita luz.
E nada de ceia de Natal, Papai Noel. Nada de peru. Como eu lhe disse, nunca comi peru na minha vida, mas acho que não vai me fazer falta. Se tivesse peru, eu comeria tanto que decerto passaria mal. Portanto, nada de peru. Aliás, se a gente tiver comida na mesa, já será uma grande coisa.
Nada de presentes, Papai Noel. Não quero mais aquela bicicleta com a qual sonho há tanto tempo. Bicicletas custam caro. E além disso é uma coisa perigosa. O cara pode cair, pode ser atropelado por um carro... Nada de bicicleta.
Nada de DVD, Papai Noel. Afinal, a gente já tem uma TV (verdade que de momento ela está estragada e não temos dinheiro para mandar consertar), mas DVD não é coisa tão urgente assim.
Também quero desistir da roupa nova que lhe pedi e dos sapatos. A minha roupa velha ainda está muito boa, e a mamãe vai fazer os remendos nos rasgões. E sapato sempre pode dar problema: às vezes ficam apertados, às vezes caem do pé. Prefiro continuar com meus tênis e o meu chinelo de dedo.
Ou seja: nada de Natal, Papai Noel. Para mim, nada de Natal. Agora, se o senhor for mesmo bonzinho e quiser nos dar algum presente, arranje um emprego para o meu pai. Ele ficará muito grato e nós também. Desejo ao senhor um Feliz Natal e um próspero Ano Novo.
Retirado de: http://www1 .folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff1912200502.htm
Na sentença “Se tivesse peru, eu comeria tanto que decerto passaria mal.”, a palavra decerto poderia ser substituída, sem alteração de sentido, por
Texto 2
CÔNSUL!
Domício da Gama
No café de Londres, às onze horas da noite.
Chove desabridamente. Entre a zoada dos aguaceiros,
que lavam a rua, ouvem-se raros passos apressados de
transeuntes invisíveis na sombra. A espaços um ronco
5 rápido e surdo, como um rufo de tambor molhado,
assinala a passagem de um guarda-chuva por baixo do
jorro de uma goteira que transborda. Corre um sopro
glacial de tédio e desconforto pelo café profusamente
iluminado, em que já pouca gente resta. O silêncio só é
10 quebrado pelo ruído dos talheres e da conversa de três
rapazes cavaqueando numa ceia econômica ao fundo.
O homem do contador cochila. Sentado a uma mesinha,
em frente ao prato vazio, em que um osso descarnado
de galinha comemora a passagem de uma canja, está
15 um homem que cisma sobre um jornal.
GAMA, Domício. Apud SANDANELLO, F. B. Domício da Gama e o impressionismo literário no Brasil. São Luís, MA: EDUFMA, 2017. p. 169.
“Sentado a uma mesinha, em frente ao prato vazio, em que um osso descarnado de galinha comemora a passagem de uma canja, está um homem que cisma sobre um jornal.” (linhas 12-15). Pode substituir a expressão sublinhada, sem alteração do sentido:
Texto 1
DOMÍCIO DA GAMA
Domício da Gama (Domício Afonso Forneiro,
adotou do padrinho o Gama), jornalista, diplomata,
contista e cronista, nasceu em Maricá, RJ, em 23 de
outubro de 1862 e faleceu no Rio de Janeiro, RJ,
5 em 8 de novembro de 1925. Foi um dos dez
acadêmicos eleitos na sessão de 28 de janeiro de 1897,
para completar o quadro de fundadores da Academia.
Escolheu Raul Pompeia como patrono, ocupando a
cadeira no 33. Foi recebido na sessão de 1º de julho de
10 1900, por Lúcio de Mendonça.
Fez estudos preparatórios no Rio de Janeiro e
ingressou na Escola Politécnica, mas não chegou a
terminar o curso. Seguiu para o estrangeiro em missões
diplomáticas. A sua primeira missão foi a de secretário
15 do Serviço de Imigração, e o contato, nessa época, com
o Barão do Rio Branco, valeu-lhe ser nomeado
secretário da missão Rio Branco para a questão de
limites Brasil-Argentina (1893-1895), com a Guiana
Francesa (1895-1900) e com a Guiana Inglesa
20 (1900-1901). Foi secretário de Legação na Santa Sé,
em 1900, e ministro em Lima, em 1906. Embaixador em
missão especial, em 1910, representou o Brasil no
centenário da independência da Argentina e nas festas
centenárias do Chile. Embaixador do Brasil em
25 Washington, de 1911 a 1918, foi o digno sucessor de
Joaquim Nabuco, por escolha do próprio Barão do Rio
Branco. Ao celebrar-se a paz europeia de Versalhes,
Domício, como ministro das Relações Exteriores,
pretendeu representar o Brasil naquela conferência,
30 propósito que suscitou divergências na imprensa
brasileira. Convidado para a mesma embaixada, Rui
Barbosa recusou, e o chefe da representação brasileira
foi, afinal, Epitácio Pessoa, eleito pouco depois, em
seguida à morte de Rodrigues Alves, presidente da
35 República. Domício foi substituído na Chancelaria por
Azevedo Marques, seguindo como embaixador em
Londres, em 1920-21. Foi posto em disponibilidade
durante a Presidência Bernardes.
Em 1919 foi Presidente da Academia Brasileira
40 de Letras, em substituição a Rui Barbosa.
Domício da Gama era colaborador da Gazeta de
Notícias ao tempo de Ferreira de Araújo e, ainda no
início da carreira, escreveu contos, crônicas e críticas
literárias.
Texto editado. Disponível em: http://www.academia.org.br/academicos/ domicio-da-gama/biografia. Acesso em: 10 jul.2018.
O conectivo sublinhado no período “Fez estudos preparatórios no Rio de Janeiro e ingressou na Escola Politécnica, mas não chegou a terminar o curso.” (linhas 11-13) pode ser substituído, sem alterar seu sentido, por:
Texto 1
DOMÍCIO DA GAMA
Domício da Gama (Domício Afonso Forneiro,
adotou do padrinho o Gama), jornalista, diplomata,
contista e cronista, nasceu em Maricá, RJ, em 23 de
outubro de 1862 e faleceu no Rio de Janeiro, RJ,
5 em 8 de novembro de 1925. Foi um dos dez
acadêmicos eleitos na sessão de 28 de janeiro de 1897,
para completar o quadro de fundadores da Academia.
Escolheu Raul Pompeia como patrono, ocupando a
cadeira no 33. Foi recebido na sessão de 1º de julho de
10 1900, por Lúcio de Mendonça.
Fez estudos preparatórios no Rio de Janeiro e
ingressou na Escola Politécnica, mas não chegou a
terminar o curso. Seguiu para o estrangeiro em missões
diplomáticas. A sua primeira missão foi a de secretário
15 do Serviço de Imigração, e o contato, nessa época, com
o Barão do Rio Branco, valeu-lhe ser nomeado
secretário da missão Rio Branco para a questão de
limites Brasil-Argentina (1893-1895), com a Guiana
Francesa (1895-1900) e com a Guiana Inglesa
20 (1900-1901). Foi secretário de Legação na Santa Sé,
em 1900, e ministro em Lima, em 1906. Embaixador em
missão especial, em 1910, representou o Brasil no
centenário da independência da Argentina e nas festas
centenárias do Chile. Embaixador do Brasil em
25 Washington, de 1911 a 1918, foi o digno sucessor de
Joaquim Nabuco, por escolha do próprio Barão do Rio
Branco. Ao celebrar-se a paz europeia de Versalhes,
Domício, como ministro das Relações Exteriores,
pretendeu representar o Brasil naquela conferência,
30 propósito que suscitou divergências na imprensa
brasileira. Convidado para a mesma embaixada, Rui
Barbosa recusou, e o chefe da representação brasileira
foi, afinal, Epitácio Pessoa, eleito pouco depois, em
seguida à morte de Rodrigues Alves, presidente da
35 República. Domício foi substituído na Chancelaria por
Azevedo Marques, seguindo como embaixador em
Londres, em 1920-21. Foi posto em disponibilidade
durante a Presidência Bernardes.
Em 1919 foi Presidente da Academia Brasileira
40 de Letras, em substituição a Rui Barbosa.
Domício da Gama era colaborador da Gazeta de
Notícias ao tempo de Ferreira de Araújo e, ainda no
início da carreira, escreveu contos, crônicas e críticas
literárias.
Texto editado. Disponível em: http://www.academia.org.br/academicos/ domicio-da-gama/biografia. Acesso em: 10 jul.2018.
No trecho “... pretendeu representar o Brasil naquela conferência, propósito que suscitou divergências na imprensa brasileira” (linhas 29-31), a forma verbal “suscitou” pode ser substituída, sem alterar o sentido, por: