Questões de Português - Redação - Reescritura de texto para Concurso

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Q2923672 Português

“Como em todas as virtudes, tanto a audácia quanto a prudência podem conhecer excessos.” (l. 39-40)


Reescrevendo-se a passagem acima, o sentido fica mantido em:

Alternativas
Ano: 2008 Banca: FCC Órgão: MPE-RS Prova: FCC - 2008 - MPE-RS - Psicólogo |
Q2923231 Português

Atenção: As questões de números 31 a 40 referem-se ao texto que segue.


Beethoven e a tartaruga


A biologia estuda todos os seres vivos e não explica a origem mesma da vida, nem parece que a isso se devota: restringe- se (e não é pouca coisa) à descrição e à compreensão dos processos vitais, seja de um protozoário, da máquina humana ou de outras espécies. Talvez por isso aquele jovem biólogo, que conheço desde que nasceu, nunca deixe de me fazer sérias advertências quando lhe falo do “diferencial” humano. Ainda outro dia manifestava eu a convicção de que Beethoven é infinitamente superior a uma tartaruga, e a réplica veio na hora: “Superior em quê?” Perguntei-lhe se ele já havia se comovido com alguma sinfonia composta por um ovíparo de carapaça, e ele contra-atacou querendo saber quantos ovos Beethoven seria capaz de botar numa única noite. Ponderei que compor uma sinfonia é tarefa indiscutivelmente mais complexa do que ovular, mas aí percebi que caíra na armadilha do jovem biólogo: no plano da natureza não funciona o juízo de valor. Disse-lhe isso, para me antecipar a ele, e busquei triunfar: “Pois é, o juízo de valor é uma propriedade exclusivamente humana!” Novo contra-ataque: “Você já foi uma tartaruga, um símio, uma planta carnívora, para ter tanta certeza?”

E a conversa prosseguiu nesse compasso, tentando eu me valer de conceitos como “espiritualidade”, “consciência de si”, “livre-arbítrio”, “subjetividade”, “capacidade crítica” e coisas que tais, ao que ele se contrapunha descrevendo a fotossíntese, o mimetismo dos camaleões, as táticas de sobrevivência dos parasitas etc. etc. Ao fim da discussão, parecíamos empatados: ele não me convencera de que um dromedário pudesse vir a desenvolver aguda sensibilidade para a pintura, e eu não o demovera da idéia de que o homem é um ser tão natural como um antúrio, que também nasce, vive e morre. Para não perder em definitivo a autoridade, sugeri ainda que o vinho que eu lhe

oferecera, e que estávamos bebendo tão prazerosamente, não apenas ditava o rumo da nossa conversa como propiciava um deleite físico e espiritual de que seria incapaz uma borboleta. Ao que ele retrucou: "Quantas vezes você já foi uma lagarta?"

Achei melhor ir dormir. Dormir, sonhar talvez... (A propósito: com o que será que costumam sonhar as bactérias?)


(Nicolau Ramasco, inédito)

(...) o vinho (...) propiciava um deleite físico e espiritual de que seria incapaz uma borboleta.

O elemento sublinhado no segmento acima deve ser mantido caso se substitua incapaz por

Alternativas
Q2921777 Português

Assinale a alternativa que reescreve, sem alteração de sentido, o trecho: Ansiedade é o sentimento típico de quem vive no futuro, preocupando-se com as coisas que ainda vão acontecer.

Alternativas
Q2920557 Português

Texto 1 para as questões de 01 a 07.

Em qual das alternativas abaixo, o termo entre parêntesis tem o mesmo significado do termo sublinhado?

Alternativas
Q2920453 Português

O texto abaixo servirá de base para as questões de 01 a 20.


O pior cego


AO DELEGADO, o assaltante contou que estava apenas começando na carreira do

crime. E começando mal, tinha de reconhecer. Fracassara em sua primeira tentativa de

3 assalto e agora estava ali, na delegacia, prestes a curtir uma temporada na prisão. Mas

alguma coisa aprendera com o insucesso. Na verdade, duas coisas.

A primeira delas: facilidades são enganosas. Vendo o cego, achara que ali estava a

6 vítima ideal: um homem que caminhava com dificuldade, tateando o chão com sua

bengala. E que levava um celular preso à cintura, pedindo para ser arrebatado. Agora:

como poderia ele imaginar que um cego, e ainda por cima franzino, teria tamanha força

9 nos braços? E fora exatamente isso que acontecera: o cego o prendera num abraço

poderoso, que nada tinha de afetivo: queria apenas imobilizá-lo até que chegasse a

polícia.

12 Segunda coisa: fora um erro colocar o celular na cueca. Aliás, isso ele já deveria

saber, depois daquela experiência dos caras presos com um monte de dólares nas

cuecas. Um incidente que divertira todo o país e que poderia lhe ter servido de

15 advertência.

Esses erros ele não mais cometeria. Daí por diante, na senda do crime, manteria os

olhos bem abertos. Como dizia um vizinho seu, o pior cego é aquele que não quer ver. E o

18 vizinho seguramente sabia do que estava falando. Porque era cego e nunca fora

assaltado.


SCLIAR, Moacyr. Folha de São Paulo. Cotidiano. São Paulo, 07 de abril de 2008. Disponível em: <www.folhadesaopaulo.com.br>. Acesso em: 02 maio 2008.

A flexão verbal aprendera (linha 4)pode ser substituída, sem prejuízo de sentido, por:

Alternativas
Respostas
96: D
97: E
98: A
99: C
100: D