Questões de Concurso Sobre significação contextual de palavras e expressões. sinônimos e antônimos. em português

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Q2396307 Português
Tijolos da Mesopotâmia revelam anomalia antiga no campo
magnético da Terra



          O campo magnético da Terra não foi sempre o mesmo. O polo Norte e o polo Sul já trocaram de lugar algumas vezes ao longo das eras geológicas. Além disso, sua intensidade aumenta e diminui com o tempo, às vezes de maneira desigual.

         Essas mudanças deixam cicatrizes químicas em certos minerais, que se tornam boas pistas para investigar o passado da magnetosfera. Átomos de ferro presentes, por exemplo, podem ter se alinhado ao campo em um certo ponto do passado, e então permanecido travados nessa posição — o que os torna uma janela para um instante exato da história do planeta.

            Como esses blocos de argila têm inscrições indicando o nome do déspota que governava o território na época de sua fabricação, torna-se possível cruzar o dado histórico com o químico, o que torna a datação extremamente precisa.

        O estudo confirma a existência de um fenômeno chamado “anomalia geomagnética da Idade do Ferro no Levante”. Entre 1050 e 550 a.C., o campo magnético da Terra era estranhamente forte na região do Levante (os arredores de Iraque, Jordânia, Síria e Israel), por razões ainda misteriosas. Evidências dessa anomalia já haviam sido detectadas em lugares distantes, mas dados vindos do próprio Oriente Médio eram escassos.

         “Muitas vezes dependemos de métodos de datação, como radiocarbono, para ter uma noção da cronologia na antiga Mesopotâmia. No entanto, alguns dos vestígios culturais mais comuns, como tijolos e cerâmicas, não podem ser facilmente datados porque não contêm material orgânico (ou seja, material com átomos de carbono)”, diz Mark Altaweel, coautor do artigo, em declaração à imprensa. “Este trabalho agora ajuda a criar uma importante base que permite que outros se beneficiem da datação absoluta usando o arqueomagnetismo.”

        Em sua fala, Altaweel se refere ao método de datação mais comum da arqueologia, em que os pesquisadores descobrem quando um objeto foi fabricado (ou, no caso de um ser vivo, quando ele viveu) pela taxa a que átomos de carbono radioativos presentes nessa coisa se desmancham em outros átomos, mais estáveis. Grosso modo, quanto mais antigo o item, menos carbono radioativo haverá nele.

          A equipa espera que a área de pesquisa incipiente do arqueomagnetismo — a busca por assinaturas do campo magnético da Terra em artefatos arqueológicos —, aumente a precisão com que conhecemos a história desse escudo invisível que circunda o planeta (e, de quebra, que melhore nossa capacidade de datar o passado da nossa própria espécie).


(Fonte: Superinteressante — adaptado.)

Assinalar a alternativa em que a palavra “chave” explica o sentido da frase a seguir:

Não estamos conseguindo achar a chave deste problema.
Alternativas
Q2396306 Português
Tijolos da Mesopotâmia revelam anomalia antiga no campo
magnético da Terra



          O campo magnético da Terra não foi sempre o mesmo. O polo Norte e o polo Sul já trocaram de lugar algumas vezes ao longo das eras geológicas. Além disso, sua intensidade aumenta e diminui com o tempo, às vezes de maneira desigual.

         Essas mudanças deixam cicatrizes químicas em certos minerais, que se tornam boas pistas para investigar o passado da magnetosfera. Átomos de ferro presentes, por exemplo, podem ter se alinhado ao campo em um certo ponto do passado, e então permanecido travados nessa posição — o que os torna uma janela para um instante exato da história do planeta.

            Como esses blocos de argila têm inscrições indicando o nome do déspota que governava o território na época de sua fabricação, torna-se possível cruzar o dado histórico com o químico, o que torna a datação extremamente precisa.

        O estudo confirma a existência de um fenômeno chamado “anomalia geomagnética da Idade do Ferro no Levante”. Entre 1050 e 550 a.C., o campo magnético da Terra era estranhamente forte na região do Levante (os arredores de Iraque, Jordânia, Síria e Israel), por razões ainda misteriosas. Evidências dessa anomalia já haviam sido detectadas em lugares distantes, mas dados vindos do próprio Oriente Médio eram escassos.

         “Muitas vezes dependemos de métodos de datação, como radiocarbono, para ter uma noção da cronologia na antiga Mesopotâmia. No entanto, alguns dos vestígios culturais mais comuns, como tijolos e cerâmicas, não podem ser facilmente datados porque não contêm material orgânico (ou seja, material com átomos de carbono)”, diz Mark Altaweel, coautor do artigo, em declaração à imprensa. “Este trabalho agora ajuda a criar uma importante base que permite que outros se beneficiem da datação absoluta usando o arqueomagnetismo.”

        Em sua fala, Altaweel se refere ao método de datação mais comum da arqueologia, em que os pesquisadores descobrem quando um objeto foi fabricado (ou, no caso de um ser vivo, quando ele viveu) pela taxa a que átomos de carbono radioativos presentes nessa coisa se desmancham em outros átomos, mais estáveis. Grosso modo, quanto mais antigo o item, menos carbono radioativo haverá nele.

          A equipa espera que a área de pesquisa incipiente do arqueomagnetismo — a busca por assinaturas do campo magnético da Terra em artefatos arqueológicos —, aumente a precisão com que conhecemos a história desse escudo invisível que circunda o planeta (e, de quebra, que melhore nossa capacidade de datar o passado da nossa própria espécie).


(Fonte: Superinteressante — adaptado.)

No trecho “Toda a dificuldade que ela passou na vida serviu para seu crescimento, isto é, cresceu profissional e pessoalmente.”, o uso da expressão sublinhada:
Alternativas
Q2396261 Português
Tijolos da Mesopotâmia revelam anomalia antiga no campo
magnético da Terra



          O campo magnético da Terra não foi sempre o mesmo. O polo Norte e o polo Sul já trocaram de lugar algumas vezes ao longo das eras geológicas. Além disso, sua intensidade aumenta e diminui com o tempo, às vezes de maneira desigual.

         Essas mudanças deixam cicatrizes químicas em certos minerais, que se tornam boas pistas para investigar o passado da magnetosfera. Átomos de ferro presentes, por exemplo, podem ter se alinhado ao campo em um certo ponto do passado, e então permanecido travados nessa posição — o que os torna uma janela para um instante exato da história do planeta.

            Como esses blocos de argila têm inscrições indicando o nome do déspota que governava o território na época de sua fabricação, torna-se possível cruzar o dado histórico com o químico, o que torna a datação extremamente precisa.

        O estudo confirma a existência de um fenômeno chamado “anomalia geomagnética da Idade do Ferro no Levante”. Entre 1050 e 550 a.C., o campo magnético da Terra era estranhamente forte na região do Levante (os arredores de Iraque, Jordânia, Síria e Israel), por razões ainda misteriosas. Evidências dessa anomalia já haviam sido detectadas em lugares distantes, mas dados vindos do próprio Oriente Médio eram escassos.

         “Muitas vezes dependemos de métodos de datação, como radiocarbono, para ter uma noção da cronologia na antiga Mesopotâmia. No entanto, alguns dos vestígios culturais mais comuns, como tijolos e cerâmicas, não podem ser facilmente datados porque não contêm material orgânico (ou seja, material com átomos de carbono)”, diz Mark Altaweel, coautor do artigo, em declaração à imprensa. “Este trabalho agora ajuda a criar uma importante base que permite que outros se beneficiem da datação absoluta usando o arqueomagnetismo.”

        Em sua fala, Altaweel se refere ao método de datação mais comum da arqueologia, em que os pesquisadores descobrem quando um objeto foi fabricado (ou, no caso de um ser vivo, quando ele viveu) pela taxa a que átomos de carbono radioativos presentes nessa coisa se desmancham em outros átomos, mais estáveis. Grosso modo, quanto mais antigo o item, menos carbono radioativo haverá nele.

          A equipa espera que a área de pesquisa incipiente do arqueomagnetismo — a busca por assinaturas do campo magnético da Terra em artefatos arqueológicos —, aumente a precisão com que conhecemos a história desse escudo invisível que circunda o planeta (e, de quebra, que melhore nossa capacidade de datar o passado da nossa própria espécie).


(Fonte: Superinteressante — adaptado.)
No último parágrafo, no segmento: “A equipa espera que a área de pesquisa incipiente do arqueomagnetismo...”, a palavra sublinhada significa:
Alternativas
Q2396072 Português

Atenção: Para responder às questões de números 1 a 10, leia a crônica abaixo.

-

1.----------Um jornal é lido por muita gente, em muitos lugares; o que ele diz precisa interessar, senão a todos, pelo menos a um certo número de pessoas. Mas o que me brota espontaneamente da máquina, hoje, não interessa a ninguém, salvo a mim mesmo. O leitor, portanto, faça o obséquio de mudar de coluna. Trata-se de um gato.

2.----------Não é a primeira vez que o tomo para objeto de escrita. Há tempos, contei de Inácio e de sua convivência. Inácio estava na graça do crescimento, e suas atitudes faziam descobrir um encanto novo no encanto imemorial dos gatos. Mas Inácio desapareceu − e sua falta é mais importante para mim do que as reformas do ministério.

3.----------Gatos somem no Rio de Janeiro. Dizia-se que o fenômeno se relacionava com a indústria doméstica das cuícas, localizada nos morros. Agora ouço dizer que se relaciona com a vida cara e a escassez de alimentos. À falta de uma fatia de vitela, há indivíduos que se consolam comendo carne de gato, caça tão esquiva quanto a outra.

4.----------O fato sociológico ou econômico me escapa. Não é a sorte geral dos gatos que me preocupa. Concentro-me em Inácio, em seu destino não sabido.

5.----------Eram duas da madrugada quando o pintor Reis Júnior, que passeia a essa hora com o seu cachimbo e o seu cão, me bateu à porta, noticioso. Em suas andanças, vira um gato cor de ouro como Inácio − cor incomum em gatos comuns − e se dispunha a ajudar-me na captura. Lá fomos sob o vento da praia, em seu encalço. E no lugar indicado, pequeno jardim fronteiro a um edifício, estava o gato. A luz não dava para identificá-lo, e ele se recusou à intimidade. Chamados afetuosos não o comoveram; tentativas de aproximação se frustraram. Ele fugia sempre, para voltar se nos via distantes. Amava.

6.----------Seria iníquo apartá-lo do alvo de sua obstinada contemplação, a poucos metros. Desistimos. Se for Inácio, pensei, dentro de um ou dois dias estará de volta. Não voltou.

7.----------Um gato vive um pouco nas poltronas, no cimento ao sol, no telhado sob a lua. Vive também sobre a mesa do escritório, e o salto preciso que ele dá para atingi-la é mais do que impulso para a cultura. É o movimento civilizado de um organismo plenamente ajustado às leis físicas, e que não carece de suplemento de informação. Livros e papéis, sim, beneficiam-se com a sua presteza austera. Mais do que a coruja, o gato é símbolo e guardião da vida intelectual.

8.----------Depois que sumiu Inácio, esses pedaços da casa se desvalorizaram. Falta-lhes a nota grave e macia de Inácio. É extraordinário como o gato “funciona” em uma casa: em silêncio, indiferente, mas adesivo e cheio de personalidade. Se se agravar a mediocridade destas crônicas, os senhores estão avisados: é falta de Inácio. Se tinham alguma coisa aproveitável era a presença de Inácio a meu lado, sua crítica muda, através dos olhos de topázio que longamente me fitavam, aprovando algum trecho feliz, ou através do sono profundo, que antecipava a reação provável dos leitores.

9.----------Poderia botar anúncio no jornal. Para quê? Ninguém está pensando em achar gatos. Se Inácio estiver vivo e não sequestrado, voltará sem explicações. É próprio do gato sair sem pedir licença, voltar sem dar satisfação. Se o roubaram, é homenagem a seu charme pessoal, misto de circunspeção e leveza; tratem-no bem, nesse caso, para justificar o roubo, e ainda porque maltratar animais é uma forma de desonestidade. Finalmente, se tiver de voltar, gostaria que o fizesse por conta própria, com suas patas; com a altivez, a serenidade e a elegância dos gatos.

-

(ANDRADE, Carlos Drummond. Cadeira de balanço. São Paulo: Companhia das Letras, 2020)

O termo que qualifica o substantivo na expressão “sorte geral” (4o parágrafo) tem sentido oposto ao termo que qualifica o substantivo em:

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Q2395779 Português
TEXTO III


INIMIGOS

        O apelido de Maria Teresa, para o Norberto, era “Quequinha”. Depois do casamento, sempre que queria contar para os outros uma de sua mulher, o Norberto pegava sua mão, carinhosamente, e começava:
          — Pois a Quequinha...
          E a Quequinha, dengosa, protestava:
          — Ora, Beto!
        Com o passar do tempo, o Norberto deixou de chamar a Maria Teresa de Quequinha. Se ela estivesse ao seu lado e ele quisesse se referir a ela, dizia:
          — A mulher aqui...
          Ou, às vezes:
          — Esta mulherzinha...
          Mas nunca Quequinha.
         (O tempo, o tempo. O amor tem mil inimigos, mas o pior deles é o tempo. O tempo ataca em silêncio. O tempo usa armas químicas.)
          Com o tempo, Norberto passou a tratar a mulher por “Ela”.
           — Ela odeia o Charles Bronson.
           — Ah, não gosto mesmo.
          Deve-se dizer que o Norberto, a esta altura, embora a chamasse de Ela, ainda usava um vago gesto de mão para indicá-la. Pior foi quando passou a dizer “essa aí” e a apontar com o queixo. — Essa aí... E apontava com o queixo,
           — Essa aí...
          E apontava com o queixo, até curvando a boca com um certo desdém.(O tempo, o tempo. O tempo captura o amor e não mata na hora. Vai tirando uma asa, depois outra...)
         Hoje, quando quer contar alguma coisa da mulher, o Norberto nem olha na sua direção. Faz um meneio de lado com a cabeça e diz:
           — Aquilo...

VERÍSSIMO, Luís Fernando. Novas comédias da vida privada. Porto Alegre: L&PM,1996.p.70-71.
O texto chega ao fim com o uso da palavra “aquilo” para identificar Quequinha. Pode-se inferir que o uso desse vocábulo por Norberto, referindo-se a sua esposa, significa:
Alternativas
Q2395775 Português
TEXTO II


O GLOBO

        O GLOBO – O senhor crê que a literatura tem alguma capacidade de provocar mudanças no mundo ? [...]

        SARAMAGO – A resposta está na pergunta. Pretendo tocar os leitores, estimular discussões. Mas isto não significa que a literatura tenha poder para mudar o mundo. Já não é pouco que seja capaz de exercer influência sobre algumas pessoas. O mundo é demasiado grande, somos mais de sete bilhões os que habitamos neste planeta, e o poder real está nas mãos das grandes multinacionais que evidentemente não nasceram para ser agentes da nossa felicidade.


O Globo. Rio de Janeiro, 20 mar. 2004. Disponível em: http://oglobo.com/jornal/Suplementos/ProsaeVerso/141256336.asp. Acesso em:15 jan.2024. (Fragmento)
Considere o trecho: “O mundo é demasiado grande”. O vocábulo “demasiado” pode ser substituído, nesse contexto, sem prejuízo de significado por: 
Alternativas
Q2395172 Português
UNICEF dá apoio a famílias de bebês com
microcefalia em Campina Grande (PB)

          O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e parceiros anunciaram nesta quinta-feira (15) nova iniciativa para apoiar mulheres gestantes, famílias e cuidadores de crianças com síndrome congênita do zika, conhecida como microcefalia, em Campina Grande, na Paraíba.

        A Paraíba é o terceiro estado do país com o maior número de casos confirmados (163 crianças) de microcefalia, tendo outros 198 sob investigação e um total de 902 notificados. Foram registrados 26 óbitos, sendo 18 em consequência da microcefalia.

           Campina Grande responde pelo atendimento em saúde de 67% dos casos confirmados no estado, sendo 104 crianças de outros municípios e 14 crianças residentes.

          Com o objetivo de garantir o direito dessas crianças, o UNICEF criou o projeto Redes de Inclusão, coordenado com governos federal, estadual e municipal, assim como com organizações da sociedade civil, Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), ONU Mulheres e setor privado (Johnson & Johnson).

            O projeto dará apoio a gestantes, famílias e cuidadores, desenvolvendo nova metodologia de capacitação para o estímulo do desenvolvimento das crianças em suas residências. A metodologia será desenvolvida por Ministério de Saúde, UNICEF e parceiro do serviço especializado em reabilitação, a Fundação Altino Ventura.

             A iniciativa também prevê a capacitação de profissionais de saúde, educação e assistência social. O UNICEF, o Ministério da Saúde e a Opas/OMS também criarão uma metodologia de capacitação desses profissionais para o apoio psicossocial às gestantes, às famílias e aos cuidadores.

            Outra frente de atuação é a atenção integrada e em rede: o projeto incidirá no fortalecimento das redes de atendimento. Serão criadas linhas de cuidado para atuação conjunta entre instituições e serviços municipais e estaduais das áreas de saúde, educação e proteção social. 


            Avanço do vírus zika

            Até 3 de setembro, 9.289 casos foram notificados no Brasil, segundo definições do Protocolo de Vigilância do Ministério da Saúde. Desses, 1.888 confirmados para microcefalia e/ou alteração do Sistema Nervoso Central sugestivos de infecção congênita e 4.412 casos descartados. Continuam em investigação 2.989 (32,2%) do total de casos notificados.

          Os primeiros anos de vida são decisivos para o desenvolvimento. No caso de crianças com microcefalia, o atendimento adequado e a estimulação oportuna favorecem o desenvolvimento neuropsicomotor e promovem melhora na qualidade de vida das crianças e de suas famílias.


Fonte: Texto adaptado de matéria do site das Nações Unidas. Disponível em: https://nacoesunidas.org/unicefda-apoio-a-familias-de-bebes-com-microcefalia-emcampina-grande-pb
Algumas palavras podem ter diferentes significados de acordo com o contexto em que são usadas. No trecho “Com o objetivo de garantir o direito dessas crianças, o UNICEF criou o projeto Redes de Inclusão”, a palavra direito pode ser compreendida como:
Alternativas
Q2395171 Português
UNICEF dá apoio a famílias de bebês com
microcefalia em Campina Grande (PB)

          O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e parceiros anunciaram nesta quinta-feira (15) nova iniciativa para apoiar mulheres gestantes, famílias e cuidadores de crianças com síndrome congênita do zika, conhecida como microcefalia, em Campina Grande, na Paraíba.

        A Paraíba é o terceiro estado do país com o maior número de casos confirmados (163 crianças) de microcefalia, tendo outros 198 sob investigação e um total de 902 notificados. Foram registrados 26 óbitos, sendo 18 em consequência da microcefalia.

           Campina Grande responde pelo atendimento em saúde de 67% dos casos confirmados no estado, sendo 104 crianças de outros municípios e 14 crianças residentes.

          Com o objetivo de garantir o direito dessas crianças, o UNICEF criou o projeto Redes de Inclusão, coordenado com governos federal, estadual e municipal, assim como com organizações da sociedade civil, Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), ONU Mulheres e setor privado (Johnson & Johnson).

            O projeto dará apoio a gestantes, famílias e cuidadores, desenvolvendo nova metodologia de capacitação para o estímulo do desenvolvimento das crianças em suas residências. A metodologia será desenvolvida por Ministério de Saúde, UNICEF e parceiro do serviço especializado em reabilitação, a Fundação Altino Ventura.

             A iniciativa também prevê a capacitação de profissionais de saúde, educação e assistência social. O UNICEF, o Ministério da Saúde e a Opas/OMS também criarão uma metodologia de capacitação desses profissionais para o apoio psicossocial às gestantes, às famílias e aos cuidadores.

            Outra frente de atuação é a atenção integrada e em rede: o projeto incidirá no fortalecimento das redes de atendimento. Serão criadas linhas de cuidado para atuação conjunta entre instituições e serviços municipais e estaduais das áreas de saúde, educação e proteção social. 


            Avanço do vírus zika

            Até 3 de setembro, 9.289 casos foram notificados no Brasil, segundo definições do Protocolo de Vigilância do Ministério da Saúde. Desses, 1.888 confirmados para microcefalia e/ou alteração do Sistema Nervoso Central sugestivos de infecção congênita e 4.412 casos descartados. Continuam em investigação 2.989 (32,2%) do total de casos notificados.

          Os primeiros anos de vida são decisivos para o desenvolvimento. No caso de crianças com microcefalia, o atendimento adequado e a estimulação oportuna favorecem o desenvolvimento neuropsicomotor e promovem melhora na qualidade de vida das crianças e de suas famílias.


Fonte: Texto adaptado de matéria do site das Nações Unidas. Disponível em: https://nacoesunidas.org/unicefda-apoio-a-familias-de-bebes-com-microcefalia-emcampina-grande-pb
Podem ser considerados antônimos das palavras parceiro, mulheres, cuidado e fortalecimento, respectivamente:
Alternativas
Q2395022 Português
Leia o texto 1 para responder à questão. 



Texto 1



Mudanças climáticas podem agravar quadro de doenças como dengue e zika. O alerta é de levantamento na área da saúde feito pela plataforma AdaptaBrasil. “Uma temperatura maior, com uma precipitação maior, pode levar a uma maior proliferação de diferentes mosquitos, insetos que são transmissores dessas doenças, conhecidas como arboviroses”, explicou à Agência Brasil o coordenador científico da plataforma, Jean Ometto. “Normalmente, a gente tem ocorrência maior de dengue e chikungunya no verão”, observou.




Disponível em: <https://www.brasil247.com/meioambiente/mudancas-climaticas-podem-agravar-quadro-de-doencas-como-dengue-e-zika>. Acesso
em: 18 dez. 2023. [Adaptado]
No texto, o termo “a gente” 
Alternativas
Ano: 2024 Banca: IVIN Órgão: Prefeitura de Curuçá - PA Provas: IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Assistente Social | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Professor de Ciências Físicas e Biológicas | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Educador Físico | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Énfermeiro | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Farmacêutico/Bioquímico | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Fisioterapeuta | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Médico Veterinário | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Professor de Artes | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Professor de Educação Física | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Professor de Educação Especial | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Professor de História | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Professor de Geografia | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Professor de Informática | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Professor de Língua Inglesa | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Professor de Matemática | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Professor de Religião | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Professor de Séries Iniciais | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Psicólogo | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Terapeuta Ocupacional | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Professor de Língua Portuguesa | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Nutricionista |
Q2394523 Português
Ao ler o trecho do 10º parágrafo “O Telepathy, segundo Musk, permitiria "o controle do seu telefone ou computador...”, o termo destacado liga as duas orações produzindo uma relação de sentido com o valor semântico de: 
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Ano: 2024 Banca: IVIN Órgão: Prefeitura de Curuçá - PA Provas: IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Assistente Social | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Professor de Ciências Físicas e Biológicas | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Educador Físico | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Énfermeiro | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Farmacêutico/Bioquímico | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Fisioterapeuta | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Médico Veterinário | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Professor de Artes | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Professor de Educação Física | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Professor de Educação Especial | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Professor de História | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Professor de Geografia | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Professor de Informática | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Professor de Língua Inglesa | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Professor de Matemática | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Professor de Religião | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Professor de Séries Iniciais | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Psicólogo | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Terapeuta Ocupacional | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Professor de Língua Portuguesa | IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Nutricionista |
Q2394519 Português
Sobre o trecho “...uma atividade cerebral "promissora"... (2ªparágrafo), a palavra destacada pode muito bem significar: 
Alternativas
Q2394439 Português

Leia atentamente o texto abaixo.



Doar é preciso



O debate sobre a doação de órgãos no país ganhou novos contornos com o transplante de coração realizado pelo apresentador Fausto Silva, em setembro de 2023. O fato de o Brasil ter o maior programa público de procedimentos desse tipo no planeta, sendo que 90% deles são realizados via Sistema Único de Saúde (SUS), não significa que inexistam desafios nessa complexa operação. Um dos fatores críticos que ainda impedem que mais cirurgias sejam feitas é o alto índice de recusa familiar – quando, após ser decretada a morte cerebral de uma pessoa, os parentes negam a retirada de seus órgãos e tecidos. A doação consta em lei. A legislação vigente remonta a 1997, mas foi alterada durante a gestão do presidente Michel Temer em 2017. O texto exige o consentimento da família para o uso de órgãos, de modo que não são válidas declarações pessoais em documentos como carteira de identidade ou motorista, nem mesmo registro em cartório.


Hoje, para se tornar doador, basta conversar com a família. São eles que, no momento do falecimento, terão a oportunidade de consentir com a documentação. Com as mudanças implementadas pelo decreto de 2017, também podem consentir os companheiros, sem  ............. necessidade de estarem oficialmente casados. Porém, com a decisão em mãos, quase metade das famílias no Brasil, ainda recusa ............. doação. Estimativas da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos ( ABTO ) mostram que 49% das famílias disseram não ao procedimento entre janeiro e junho de 2023. E os indicadores dos anos anteriores também não são animadores. Em 2022, o percentual ficou em 46%, um pouco acima de 2021, que fechou com 42% de negativas. A doação é encorajada por grande parte das religiões, domínio que, com certa frequência, é paradoxalmente relacionado ............. hesitação familiar.


Uma única doação de órgãos pode beneficiar mais de 8 pessoas. Já os tecidos podem contemplar dezenas de indivíduos com esse ato de caridade. Levando em consideração esses números, fica fácil entender o potencial perdido com a carência de doações. Não é ............. toa que tramita na Câmara de Deputados um projeto de lei que tornaria a autorização automática, caso não tenha sido documentada nenhuma manifestação em contrário em vida.


Nas listas de espera, existem milhares de cidadãos que têm a possibilidade de viver muitos anos com qualidade. O episódio de Faustão emocionou o país pelo poder de um gesto que salva vidas e pela celeridade do sistema quando ............. oferta e compatibilidade entre doador e receptor.


Assim, não é incomum que uma pessoa receba  um transplante antes de alguém que está esperando  ............. mais tempo. E isso não quer dizer, de forma alguma, que ela tenha “ furado a fila “, uma vez que o critério cronológico é apenas um dos indicadores avaliados – Faustão obteve seu novo coração tão rápido por essa sinergia de fatores, não por ter pago por um órgão, como algumas falsas notícias foram divulgadas.



vejaSaúde, Editora Abril; São Paulo, edição 496, outubro de 2023. Adaptado.

Identifique a palavra (entre parênteses) que completa corretamente cada frase abaixo.

■ O prédio foi interditado porque o perigo de desmoronamento era ( eminente / iminente ).
■ A ( discriminação / descriminação ) racial deve ser sempre evitada!
■ O noivo, de joelhos, ( ratificou / retificou ) o pedido de casamento feito ontem.

Assinale a alternativa que indica corretamente as palavras que completam as frases.
Alternativas
Q2394358 Português
TEXTO I


Aula de religião


            Magricela como a Olívia Palito, mulher de Popeye, parecia um galho seco dentro do vestido escuro. Era antipática e ranzinza. Usava óculos de lentes grossas: não enxergava direito, vivia confundindo um aluno com outro.

          A aula de religião não contava ponto nem influía na nossa média, mas a diretora nos obrigava a frequentar.

          Um dia apareceu uma barata na sala de aula. Descobrimos então que Dona Risoleta tinha um verdadeiro horror de baratas: soltou um grito, apontou a bichinha com o dedo trêmulo e subiu na cadeira, pedindo que matássemos. Era uma barata grande, daquelas cascudas. A classe inteira se mobilizou para matá-la. Foi aquele alvoroço.



(SABINO, Fernando. Menino no espelho.
Rio de Janeiro, Record, 1990, p.113)
Considere a frase “Era antipática e ranzinza”. O vocábulo “ranzinza” pode ser substituído, nesse contexto, sem prejuízo de significado por:
Alternativas
Q2394168 Português


Disponível em: <https://fotografia.folha.uol.com.br/>. Acesso em: 05 ago. 2023.


A fala do segundo balão do texto ilustra que, no processo de construção do sentido, há usos de palavras que necessitam
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Q2394165 Português
Sonho de lesma


Moacyr Scliar



      Ela nasceu lesma, vivia no meio de lesmas, mas não estava satisfeita com sua condição. Não passamos de criaturas desprezadas, queixava-se. Só somos conhecidas por nossa lentidão. O rastro que deixaremos na História será tão desprezível quanto a gosma que marca nossa passagem pelos pavimentos.

        A esta frustração correspondia um sonho: a lesma queria ser como aquele parente distante, o escargot. O simples nome já a deixava fascinada: um termo francês, elegante, sofisticado, um termo que as pessoas pronunciavam com respeito e até com admiração. Mas, lembravam as outras lesmas, os escargots são comidos, enquanto nós pelo menos temos chance de sobreviver. Este argumento não convencia a insatisfeita lesma, ao contrário: preferiria exatamente terminar sua vida desta maneira, numa mesa de toalha adamascada, entre talheres de prata e cálices de cristal. Assim como o mar é o único túmulo digno de um almirante batavo, respondia, a travessa de porcelana é a única lápide digna dos meus sonhos.

      Assim pensando, resolveu sacrificar a vida por seu ideal. Para isso, traçou um plano: tinha de dar um jeito de acabar em uma cozinha refinada. O que não seria tão difícil. Perto dali havia uma horta onde eram cultivadas alfaces: belas e selecionadas alfaces, de folhas muito crespas. Alfaces destinadas a gourmets, sem dúvida. Uma dessas alfaces, raciocinou a lesma, me levará ao destino que almejo. Foi até a horta, à doida velocidade de meio quilômetro por hora, e ocultou-se no vegetal. Que, de fato, foi colhido naquele mesmo dia e levado para ser consumido.

      Infelizmente, porém, a alface não fazia parte de um prato francês, mas sim de um popular e globalizado lanche. Quando a consumidora foi comê-lo constatou, horrorizada, a presença da lesma. Chamado, o gerente a princípio negou a evidência: disse que aquilo era um vestígio de óleo queimado. O que deixou a lesma indignada: eu não sou óleo queimado, bradava, eu sou uma criatura, e uma criatura com um sonho, respeitem meu sonho ou será que, para vocês, nada mais é sagrado, só o direito do consumidor?

      Ninguém a ouviu, claro. Foi ignominiosamente jogada no lixo, junto com suas ilusões de grandeza. E assim descobriu que, quem nasceu para lesma nunca chega a escargot, mesmo viajando de carona em certas alfaces, principalmente viajando de carona em certas alfaces.


SCLIAR, Moacyr. O imaginário cotidiano. São Paulo: Global, 2002, p. 145-146.
Em algumas partes do texto, para evitar a repetição do substantivo “lesma”, essa palavra poderia ser substituída pelo 
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Q2393896 Português
Texto CG2A1

        Foi em 1975 que a Organização das Nações Unidas (ONU) começou a celebrar o dia 8 de março como o Dia Internacional das Mulheres, na busca por evidenciar a discussão sobre a importância da igualdade de gênero, do combate à violência e da garantia dos direitos de meninas e mulheres. Mas a celebração tem suas origens no começo do século XX, em manifestações ligadas aos direitos das mulheres trabalhadoras.
         A data passou a ser definitivamente estabelecida a partir do dia 8 de março de 1917, com a realização de uma manifestação de operárias por pão e paz, na atual cidade de São Petersburgo, na Rússia. Nove anos antes, em 8 de março de 1908, já havia ocorrido um encontro massivo em Nova Iorque, nos Estados Unidos da América (EUA), em defesa do sufrágio universal, com a presença de um comitê feminino local para apoiar o voto das mulheres.
         No Brasil, as mulheres só passaram a exercer o direito ao voto em 1932. As casadas, porém, só o puderam fazer em 1934, e até 1962 elas só podiam trabalhar fora se o marido anuísse.
         Atualmente, a presença das mulheres na educação brasileira é forte. Hoje, as meninas apresentam, inclusive, maior sucesso na trajetória escolar. Entre a população adulta com mais de 25 anos de idade, 49,5% das mulheres e 45% dos homens concluíram o ensino médio, de acordo com dados da PNAD Contínua 2018. No ensino superior, elas compõem 55% das matrículas de graduação. Na docência, esse fato se repete: elas também são maioria.
         Ainda assim, nem tudo é um mar de rosas. Conforme as mulheres vão progredindo na carreira acadêmica, por exemplo, esse cenário muda. No Brasil, apenas um em cada quatro pesquisadores seniores são mulheres. A maternidade e a desigualdade na divisão das tarefas domésticas são alguns dos fatores que dificultam o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal das mulheres — mas não dos homens.

Internet:: <www.cenpec.org.br>  (com adaptações).

Julgue o item que se segue, relativo a aspectos linguísticos do texto CG2A1.


No segundo período do terceiro parágrafo, a forma verbal “anuísse” tem o mesmo sentido de assentisse.

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Q2393796 Português
Acreditar em bobagens

Por Natalia Pasternak e Carlos Orsi


        Uma definição comum de “agente racional” é alguém que tem objetivos, crenças sobre como melhor alcançá-los e que age de acordo. Note-se que a definição omite a natureza das crenças em si. Se alguém acredita que o horóscopo do jornal é uma fonte confiável de orientações sobre o dia a dia, estará sendo perfeitamente racional ao obedecer às exortações do astrólogo.

        A constatação de que as crenças que carregamos na vida podem fazer com que qualquer tolice pareça claramente razoável não é nova. Atribuída a Voltaire, a frase “quem o leva a acreditar em absurdos pode levá-lo a cometer atrocidades” ganha especial relevância nesta era de redes sociais e aplicativos de mensagens, quase 250 anos depois da morte do filósofo francês. Cem anos após Voltaire, outro filósofo, o inglês William Clifford, formulava o princípio de que toda pessoa tem o dever moral de fazer uma cuidadosa curadoria das coisas em que acredita, eliminando tudo o que seja mal embasado — exatamente para que a racionalidade não redunde em atrocidades.

      Trata-se, porém, de dever muito mais fácil de enunciar que de cumprir. Adquirimos ou sustentamos crenças o tempo todo, pelos mais variados motivos — porque é confortável acreditar em certas coisas, porque aceitar ou negar fatos nos oferece uma desculpa para fazer o que temos vontade de fazer, porque nossos pais, amigos, amantes, sacerdotes, sócios, colegas e vizinhos esperam, cada um a seu modo, conformidade de nós. Outras nos são empurradas pelo marketing e pela publicidade incessantes.

            Num ambiente tão carregado, como fazer uma curadoria adequada? Quem tem o tempo, ou os meios, para isso?

           Existem, é claro, diversos tipos de crença, com diferentes potenciais de dano. Acreditar que existem unicórnios azuis na Galáxia de Andrômeda provavelmente não fará mal a ninguém. As mais perigosas, quando falsas ou mal embasadas, são as que dizem respeito à realidade sensível, concreta, imediata — as que podem levar pessoas racionais e bem-intencionadas a gastar as economias de uma vida ou pôr a saúde — própria ou de entes queridos — em risco.

          Por sorte, esse é o tipo de crença para o qual a humanidade desenvolveu um filtro fantástico: a ciência. Todas as ciências, com seus diferentes métodos, buscam descrever e explicar a realidade sensível e concreta — seja a composição de uma rocha, a causa de uma doença, a origem de um povo — com base nas evidências de melhor qualidade, num sistema em que nenhum especialista está acima da crítica dos colegas, e toda conclusão sempre pode ser revisada mais tarde, à medida que o conjunto de evidências disponíveis cresce, e as interpretações amadurecem.

     Existem, no entanto, sistemas que, rejeitados pelo filtro científico, dedicam-se a fazer exatamente o contrário do que as ciências propõem — idolatrando a palavra infalível de “gênios” fundadores, inventando malabarismos para descartar boas evidências, resistindo a revisões significativas — e sobrevivem na cultura como fonte de crenças pretensamente válidas a respeito da realidade concreta. São chamados de pseudociências.

       Analisamos 12 delas em nosso livro “Que bobagem!”, lançado neste mês pela Editora Contexto. A análise detalhada é necessária para que o carimbo de “pseudociência” seja uma conclusão lógica, não mero pejorativo, e para que o leitor compreenda o aspecto histórico e cultural desses sistemas e como exatamente eles alegam curar, resolver, explicar. Alguns, como astrologia, tendem a ser vistos como passatempos inócuos; outros, como a psicanálise ou a homeopatia, ainda se encontram entrincheirados na academia. Mas todos infectam a racionalidade e, em determinados contextos, têm potencial de concretizar o temor de Voltaire, promovendo absurdos e causando atrocidades.


Disponível em: <https://oglobo.globo.com> Acesso em: 9 de jul. de 2023
Considerando o texto em sua totalidade, no período “Num ambiente tão carregado, como fazer uma curadoria adequada?”, o substantivo “curadoria” pode ser substituído pelo
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Q2393749 Português

Analise o trecho abaixo para responder à questão.



“A ‘douta ignorância’ significa ‘a condição para uma reflexão antropológica radicada na finitude e aberta à infinitude que saiba fazer do outro não um objeto de posse ou um sujeito que nos é possível dominar pelo poder do discurso, mas o que transforme em autêntico interlocutor de uma relação que é disposição para o ‘tu’ sob a forma de encontro e de recíproca vinculação ao mundo que é de todos’”.

Assinale a alternativa que apresenta um antônimo da palavra “douta” destacada no trecho acima.
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Ano: 2024 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPE-TO Provas: CESPE / CEBRASPE - 2024 - MPE-TO - Analista Ministerial Especializado - Área de Atuação: Pedagogia | CESPE / CEBRASPE - 2024 - MPE-TO - Analista Ministerial Especializado - Área de Atuação: Biblioteconomia | CESPE / CEBRASPE - 2024 - MPE-TO - Analista Ministerial Especializado - Área de Atuação: Assistência Social | CESPE / CEBRASPE - 2024 - MPE-TO - Analista Ministerial Especializado - Área de Atuação: Administração de Banco de Dados | CESPE / CEBRASPE - 2024 - MPE-TO - Analista Ministerial Especializado - Área de Atuação: Administração de Infraestrutura de Tecnologia da Informação | CESPE / CEBRASPE - 2024 - MPE-TO - Analista Ministerial Especializado - Área de Atuação: Administração e Segurança de Redes | CESPE / CEBRASPE - 2024 - MPE-TO - Analista Ministerial Especializado - Área de Atuação: Análise de Sistemas | CESPE / CEBRASPE - 2024 - MPE-TO - Analista Ministerial Especializado - Área de Atuação: Arquitetura e Urbanismo | CESPE / CEBRASPE - 2024 - MPE-TO - Analista Ministerial Especializado - Área de Atuação: Ciências Contábeis | CESPE / CEBRASPE - 2024 - MPE-TO - Analista Ministerial Especializado - Área de Atuação: Engenharia Civil | CESPE / CEBRASPE - 2024 - MPE-TO - Analista Ministerial Especializado - Área de Atuação: Jornalismo | CESPE / CEBRASPE - 2024 - MPE-TO - Analista Ministerial Especializado - Área de Atuação: Letras | CESPE / CEBRASPE - 2024 - MPE-TO - Analista Ministerial Especializado - Área de Atuação: Odontologia | CESPE / CEBRASPE - 2024 - MPE-TO - Analista Ministerial Especializado - Área de Atuação: Psicologia | CESPE / CEBRASPE - 2024 - MPE-TO - Analista Ministerial Especializado - Área de Atuação: Medicina |
Q2393524 Português

        Quando falamos em direito, estamos falando inicialmente de um enorme conjunto de regras obrigatórias, o chamado direito positivo. Mas o vocábulo direito é usado também para os estudos, o curso de direito, a assim chamada “ciência do direito”. Numa terceira acepção, a palavra designa os direitos de cada um de nós, chamados de direitos subjetivos, pois somos os sujeitos, os titulares, desses direitos.


        Ninguém ignora que paira sobre nossas cabeças uma gigantesca teia de normas, que atinge praticamente todas as nossas atividades. Muitos pensadores têm destacado que o direito atual parece ter invadido tudo: há direito em toda parte, para todos, para tudo. A contrapartida é que, assim como temos de seguir as normas, os outros também têm de obedecer a elas e, desse modo, respeitar os direitos de cada um de nós, os ditos direitos subjetivos. 


        Vivemos num tempo em que as questões legais se tornaram corriqueiras. Apesar dessa popularização, ainda existe uma enorme dificuldade de acesso às coisas do direito. Ao mesmo tempo, os mecanismos da justiça são cada vez mais acionados, até para resolver quem fica com o cachorro depois da separação, ou se o condomínio pode impedir seus moradores de ter animais. A sobrecarga dos tribunais, e sua lentidão, é parcialmente consequência desse excesso de litigiosidade e da incapacidade das pessoas de resolver com bom senso, compreensão e respeito as questões de convivência em sociedade.


Eduardo Muylaert. Direito no cotidiano: guia de sobrevivência na selva das leis. São Paulo: Editora Contexto, 2020, p. 11-13 (com adaptações). 



Acerca dos sentidos e de aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir. 


No primeiro parágrafo, as expressões “o vocábulo direito” (segundo período) e “a palavra” (terceiro período) fazem parte da mesma cadeia semântica de referência. 

Alternativas
Respostas
1641: A
1642: B
1643: C
1644: C
1645: B
1646: D
1647: B
1648: D
1649: C
1650: D
1651: E
1652: C
1653: D
1654: B
1655: C
1656: B
1657: C
1658: A
1659: A
1660: C