Questões de Concurso
Comentadas sobre sintaxe em português
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Embora alguns desses senhores afortunados ocasionalmente emprestassem seus livros, eles o faziam para um número limitado de pessoas da própria classe ou família.
(Adaptado de: MANGUEL, Alberto, op.cit.)
I. No segmento ... a alfabetização era rara e os livros, propriedade dos ricos..., a vírgula colocada imediatamente após livros foi empregada para indicar a supressão de um verbo.
II. No texto, não se explicitam as razões pelas quais o ato de ouvir alguém ler tenha se tornado uma prática necessária e comum no mundo laico da Idade Média.
III. No segmento ... eles o faziam para um número limitado de pessoas..., o elemento sublinhado refere-se a “emprestavam livros”.
Está correto o que se afirma APENAS em
Embora alguns desses senhores afortunados ocasionalmente emprestassem seus livros, eles o faziam para um número limitado de pessoas da própria classe ou família.
(Adaptado de: MANGUEL, Alberto, op.cit.)
Entrementes, ansioso por derrubar medidas espanholas de restrição ao comércio, o governo americano apoiara abertamente os revolucionários e Nova York, Nova Orleans e Key West tinham aberto seus portos a milhares de cubanos em fuga.
Em poucos anos Key West transformou-se de uma pequena vila de pescadores numa importante comunidade produtora de chrutos. Despontava a nova capital mundial do Havana.
Os trabalhadores que imigraram para os Estados Unidos levaram com eles a instituição do “lector”. Uma ilustração da revista Practical Magazine mostra um desses leitores sentado de pernas cruzadas, óculos e chapéu de abas largas, um livro nas mãos, enquanto uma fileira de trabalhadores enrolam charutos com o que parece ser uma atenção enlevada.
O material dessas leituras em voz alta, decidido de antemão pelos operários (que pagavam o “lector” do próprio salário), ia de histórias e tratados políticos a romances e coleções de poesia. Tinham seus prediletos: O conde de Monte Cristo, de Alexandre Dumas, por exemplo, tornou-se uma escolha tão popular que um grupo de trabalhadores escreveu ao autor pouco antes da morte dele, em 1870, pedindo-lhe que cedesse o nome de seu herói para um charuto; Dumas consentiu.
Segundo Mário Sanchez, um pintor de Key West, as leituras decorriam em silêncio concentrado e não eram permitidos comentários ou questões antes do final da sessão.
(Adaptado de: MANGUEL, Alberto. Uma história da leitura. Trad. Pedro Maia Soares. São Paulo, Cia das Letras, 1996, p. 134-136)
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Estariam garantidas a correção gramatical e a coerência textual se, no trecho acima,
“Os maiores desafios (...) meta ideal, de 1” (l.18-21) — Os maiores desafios do país relaciona-se a educação, que é o terceiro componente do IDHM, que, no período de vinte anos, cresceu de 0,279 para 0,637, mas é o mais distante da meta ideal, que é 1.
“O relatório (...) existir” (l.37-39) — O relatório identificou haverem reduções nas disparidades sociais entre Norte e Sul do Brasil, confirmando, no entanto a existência das mesmas.
“O ministro da Educação (...) nas escolas" (l.25-29) — O ministro da Educação admitiu a existência de um enorme desafio, porém deixou claro que, pelo fato de a educação ter partido de um patamar mais baixo, podem ser percebidos avanços na área originados pelo aumento do fluxo de alunos matriculados nas escolas.
Corrupcionário
Por sua natureza fugitiva, a corrupção atende por vários nomes. Engana-se quem pensa que ela é jovem e brasileira. Confira abaixo um pequeno apanhado de termos ligados à corrupção em outras épocas e em outros países. Colarinho branco – Expressão criada pelo sociólogo norte-americano Edwin Sutherland, que ganhou destaque por pesquisar delitos de pessoas de altas posições sociais. Na contramão de teorias de seu tempo, Edwin desvinculou criminalidade e pobreza. Não faltaram motivos: em um estudo sobre setenta grandes empresas, encontrou um total de 980 faltas perante a lei. Escroquerie – O termo francês designa a utilização de meios fraudulentos para obter ganhos prejudicando terceiros. Está muito ligado ao universo financeiro e é a origem da palavra brasileira “escroque”, que tem significado semelhante. Santo Unhate – Da pena de Gregório de Matos saíram críticas ácidas aos desmandos de autoridades coloniais. O santo cujo nome vinha de “unhar”, quer dizer, roubar, foi criado para denunciar o português que chegava à Colônia “saltando no cais descalço, roto e despido”, e enriquecia de maneira desonesta. Excerto extraído da Revista de História da Biblioteca Nacional, nº 42, março de 2009.
O JEITINHO BRASILEIRO expressa duas características. A positiva é a capacidade de adaptação em diferentes situações. Isso dá ao país uma flexibilidade política e uma capacidade de inovação invejáveis. O lado negativo é uma ambiguidade em relação às regras. Isso afeta o sistema político e as instituições, que por vezes operam com um certo desprezo pelas regras formais do jogo político. Esta flexibilidade também está ligada ao “familismo amoral”, um padrão moral que privilegia as relações familiares e permite um desrespeito às regras daquilo que é público. Essa é a dimensão do comportamento brasileiro que mais propicia a corrupção. Percorremos um importante caminho até considerar essas práticas negativas para o sistema político, mas ainda não conseguimos superá-las. Corrupção depende da percepção, já que quem é corrupto não o admite publicamente. Não existe método para classificá-la internacionalmente. Ela varia de acordo com a liberdade de imprensa e das instituições democráticas de cada país. Os índices, principalmente o da Transparência Internacional, não consideram essas dimensões. Então, vemos países com ótimas performances comparativas, mas sem mecanismos democráticos, como a Malásia. Hoje, o Brasil está distante de aceitar uma postura de “roubo, mas faço”. Mas esse sistema político se deslegitima quando a opinião pública percebe que ele não consegue tratar da corrupção no seu interior. O grande problema não é perceber a corrupção, mas puni-la. O combate está muito concentrado no Executivo, especialmente na Polícia Federal. Já a mídia não tem um papel muito claro. Ela prefere novos casos a seguir até o final os já existentes. Poderia ser mais transparente, acompanhar exaustivamente toda a tramitação e exercer uma pressão maior sobre o Judiciário para que as punições ocorram. Resposta de Leonardo Avritzer ao questionamento “O jeitinho brasileiro é uma forma de corrupção?”, publicada na Revista de História da Biblioteca Nacional, nº 42, de março de 2009.
Uma redação alternativa para a frase acima, em que se mantêm a correção, a lógica e, em linhas gerais, o sentido original, está em:
I. No trecho “Agora era um homem de meia-idade, paletó e gravata, de regresso do trabalho, andando ao longo do mar.” (linhas 01 e 02), a preposição que sucede o substantivo regresso pode ser substituída pela preposição a sem alteração do sentido do texto.
II. No trecho “Mas chute forte como os de antigamente eles não têm.” (linhas 09 e 10), o artigo definido deveria estar no singular, concordando com o substantivo chute.
III. No trecho “Um dos jogadores pescou o sapato e veio trazê-lo.” (linhas 21 e 22), o pronome do caso oblíquo o pode ser substituído pelo pronome lhe, para fazer referência ao sujeito a quem será entregue o sapato.
IV. No trecho “Ia se afastando, depois de acompanhar um último lance do jogo lá na areia, quando um chute espirrado atirou a bola cá fora na rua e ela veio rolando até seus pés.” (linhas 11 e 12), a colocação do pronome oblíquo não obedece ao padrão culto da língua.
Estão corretas as afirmativas;
Sendo o referente do sujeito da forma verbal “Processa” (l.9) o termo “esses dois acontecimentos” (l.5), seria mantida a correção gramatical do texto caso essa forma verbal fosse flexionada no plural – Processam.
A oração iniciada pela forma verbal “estabelecendo” (l.5) restringe a referência de “elo”
Relacione a primeira coluna com a segunda, tendo como base o texto.
Coluna 1
1. Expressão com um exemplo de contração da preposição “a” com o artigo “a”.
2. Os consumidores não são féis a uma marca.
3. Adjunto adverbial deslocado.
4. Oração com presença de substantivo abstrato.
5. Exemplo de predicado nominal, com verbo de ligação.
Coluna 2
( ) … são exigentes…
( ) Com cada vez mais acesso a informações
( ) … em relação à qualidade daquilo que consomem
( ) não se fdelizam…
( ) querem atenção das empresas…
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
A construção da frase eu pressuponho esse futuro com o qual nada me autoriza a contar permanecerá correta caso se substitua o elemento sublinhado por