Questões de Português - Variação Linguística para Concurso

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Q912727 Português

                  Maria Bethânia emociona na abertura de Bienal


Art. 205 - A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASIL, CONSTITUIÇÃO, 1988, p. 137).


      “Eu, Maricotinha, aluna de escola pública, abrindo a Bienal do Livro. Não é lindo?”. Foi assim que Maria Bethânia encerrou sua apresentação na sexta-feira, 26, não sem antes pedir desculpas por ter ultrapassado os 40 minutos combinado – não que alguém tenha achado ruim ouvi-la cantar e ler trechos de poemas e livros. A cantora, ligada ao universo literário há muito tempo, fez uma versão reduzida de seu show Bethânia e As Palavras, antes dos discursos habituais na cerimônia de abertura da Bienal Internacional do Livro de São Paulo – apenas o ministro da Educação, Mendonça Filho, evitou o microfone. Até 4 de setembro, são esperadas 700 mil pessoas no Anhembi.

      Guimarães Rosa, Fernando Pessoa, Mia Couto, Manuel Bandeira, o professor da infância, Nestor Oliveira, que apresentou a poesia a Bethânia e Caetano. Eles e muitos outros, todos juntos, entre um verso e outro, uma música e outra, na voz de uma Bethânia toda de branco, cabelo preso quase até o fim do show, óculos de grau.

      A Poetas Populares (Os nomes dos poetas populares / Deveriam estar na boca do povo / No contexto de uma sala de aula / Não estarem esses nomes me dá pena), de Antonio Vieira, ela emendou Trenzinho Caipira, num dos momentos mais bonitos – como foi quando ela cantou Romaria. A leitura de um longo trecho de Grande Sertão Veredas também foi um dos pontos altos.

      O moçambicano Mia Couto apareceu mais de uma vez. Dele, ela leu: “Agora, meu ouro é a palavra. Agora, a poesia é a minha única visita de família” e “Na escolinha, a menina propícia a equívocos disse que masculino de noiva é navio”. “Que coisa linda!”, ela disse após ler esta última frase – e então cantou trecho de Oração ao Tempo.

      Na sequência, leu Velha Chácara, de Manuel Bandeira, comentou sobre o aprendizado com Nestor de Oliveira, seu professor em Santo Amaro, na Bahia, e deu seu recado: “É possível, sim, uma boa e plena educação nas escolas públicas. Veja eu, Maricotinha, abrindo a Bienal do Livro. Beijinho no ombro”. Ela voltou a repetir isso – sem a referência à Valeska Popozuda – no final.

      As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Adaptado de <https://istoe.com.br/bethania-emociona-na-abertura-da-bienal/>

Assinale a alternativa que faz referência a uma variação linguística.
Alternativas
Q912596 Português

Texto I

BITCOIN - Uma moeda simples que está criando milionários pelo mundo.


    O Bitcoin, uma criptomoeda, tem ficado cada vez mais popular. É crescente o número de pessoas que querem saber como investir na moeda digital, se bitcoin é seguro e se é um bom investimento.
    Muitos países olham para a moeda com interesse. O Japão já reconhece o bitcoin como forma de pagamento em diversos estabelecimentos, alguns países da África e Europa Oriental lideram as pesquisas sobre a criptomoeda. Há banco mundial que aceita depósitos em bitcoin e não faltam casos de pessoas que enriqueceram com o bitcoin. Um deles é Erik Finman, um dos primeiros a investir na moeda. Hoje, Erik tem 403 bitcoins a preços atuais perto de 4.400 dólares, o que lhe confere a fortuna de 1,8 milhões de dólares, aproximadamente 5,7 milhões de reais. Nada mal para um garoto de 18 anos. Erik fez a primeira compra em 2011, quando adquiriu 83 moedas pelo valor de 12 dólares cada uma. Com a valorização, em 2013, o rapaz já tinha acumulado 100 mil dólares.
    E se você tivesse feito o mesmo?
    Naquela época, o dólar estava bem mais barato no Brasil, fechou 2011 na casa dos R$1,85. Você teria investido R$ 1.842,60 para comprar as 83 moedas. Se tivesse simplesmente feito isso e não comprado mais nenhum bitcoin, você teria hoje mais de R$1.100.000,00.
    (...)
    O que é Bitcoin?
    O bitcoin é uma moeda digital usada para transações comerciais. Com ela, compram-se produtos ou serviços, assim como fazemos com o real, o dólar, o euro ou qualquer outro dinheiro. A grande diferença é que ela não existe fisicamente, não é uma nota com o rosto de um presidente ou um animal da nossa fauna. O bitcoin é um código, foi criado pelo misterioso Satoshi Nakamoto, que alega ser um japonês que já ultrapassou os 40 anos.
    A criptomoeda é descentralizada, ou seja, não existe um servidor único ou local físico onde são criadas todas as moedas. Dessa forma, qualquer um pode acessar a rede de computadores e minerar um bitcoin.

Texto adaptado de http://blog.procureacherevista.coiri.br/bitcoin-a-moeda-que-esta-criando-iiiilionarios-pelo-mundo/.

Texto II




Fonte: https://vidadeprogramador.com.br/2017/12/29/loucura-esse-bitcoin-ne/
Existe entre os Textos I e II uma variação na linguagem, variação linguística. Sobre esse assunto, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q910830 Português
Falso estudante de psicologia é preso em flagrante durante "estágio" em escola do AP



                           Internet: <gl,globo.com> (com adaptações).
A respeito da expressão "Chegamos na escola" (linha 15), é correto afirmar que é
Alternativas
Q907855 Português

                       Bye Bye, Brasil


Oi, coração

Não dá pra falar muito não,

Espera passar o avião.

Assim que o inverno passar,

Eu acho que vou te buscar,

Aqui tá fazendo calor,

Deu pane no ventilador,

Já tem fliperama em Macau,

Tomei a costeira em Belém do Pará,

Puseram uma usina no mar,

Talvez fique ruim pra pescar,

Meu amor.

No Tocantins,

O chefe dos parintintins

Vidrou na minha calça Lee,

Eu vi uns patins pra você

Eu vi um Brasil na TV,

Capaz de cair um toró,

Estou me sentindo tão só,

Oh, tenha dó de mim.

Pintou uma chance legal,

Um lance lá na capital,

Nem tem que ter ginasial,

Meu amor.

No Tabariz,

O som é que nem os Bee Gees,

Dancei com uma dona infeliz,

Que tem um tufão nos quadris,

Tem um japonês trás de mim,

Eu vou dar um pulo em Manaus,

Aqui tá quarenta e dois graus,

O sol nunca mais vai se pôr,

Eu tenho saudades da nossa canção,

Saudades de roça e sertão,

Bom mesmo é ter um caminhão,

Meu amor.

                                   (BUARQUE, Chico & MENESCAL, Roberto. Fragmento.)

Dentre as considerações a seguir, acerca de alguns trechos do texto em relação à gramática normativa, está correto o que se afirma em:
Alternativas
Q907841 Português

                                     O verbo for


      Vestibular de verdade era no meu tempo. Já estou chegando, ou já cheguei, à altura da vida em que tudo de bom era no meu tempo; meu e dos outros coroas (…)

      O vestibular de Direito a que me submeti, na velha Faculdade de Direito da Bahia, tinha só quatro matérias: português, latim, francês ou inglês, e sociologia, sendo que esta não constava dos currículos do curso secundário e a gente tinha que se virar por fora. Nada de cruzinhas, múltipla escolha ou matérias que não interessassem diretamente à carreira. Tudo escrito ruibarbosianamente quando possível, com citações decoradas, preferivelmente (…)

      Quis o irônico destino, uns anos mais tarde, que eu fosse professor da Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia e me designassem para a banca de português, com prova oral e tudo. Eu tinha fama de professor carrasco, que até hoje considero injustíssima, e ficava muito incomodado com aqueles rapazes e moças pálidos e trêmulos diante de mim. Uma certa vez, chegou um sem o menor sinal de nervosismo, muito elegante, paletó, gravata e abotoaduras vistosas. A prova oral era bestíssima. Mandava o candidato ler umas dez linhas em voz alta (sim, porque alguns não sabiam ler) e depois se perguntava o que queria dizer uma palavra trivial ou outra, qual era o plural de outra e assim por diante.

      Esse mal sabia ler, mas não perdia a pose. Não acertou a responder nada. Então, eu, carrasco fictício, peguei no texto uma frase em que a palavra “for” tanto podia ser do verbo “ser” quanto do verbo “ir”. Pronto, pensei. Se ele distinguir qual é o verbo, considero-o um gênio, dou quatro, ele passa e seja o que Deus quiser.

      – Esse “for” aí, que verbo é esse?

      Ele considerou a frase longamente, como se eu estivesse pedindo que resolvesse a quadratura do círculo, depois ajeitou as abotoaduras e me encarou sorridente.

      – Verbo for.

      – Verbo o quê?

      – Verbo for.

      – Conjugue aí o presente do indicativo desse verbo.

      – Eu fonho, tu fões, ele fõe – recitou ele impávido. – Nós fomos, vós fondes, eles fõem.

      Não, dessa vez ele não passou. Mas, se perseverou, deve ter acabado passando e hoje há de estar num posto qualquer do Ministério da Administração ou na equipe econômica, ou ainda aposentado como marajá, ou as três coisas. Vestibular, no meu tempo, era muito mais divertido do que hoje e, nos dias que correm, devidamente diplomado, ele deve estar fondo para quebrar. Fões tu? Com quase toda a certeza, não. Eu tampouco fonho. Mas ele fõe.

(João Ubaldo Ribeiro. Publicado no jornal O Estado de São Paulo, em 23/09/1998.)

Os termos “injustíssima” e “bestíssima” são empregados no discurso expressando um posicionamento definido do autor em relação a situações a que estão relacionados. Morfologicamente, pode-se afirmar em relação a tais termos:
Alternativas
Respostas
1031: E
1032: A
1033: E
1034: D
1035: A