Questões de Português - Vícios da linguagem para Concurso

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Q2754706 Português

Em: “Estou morando na terra da garoa.”, a figura de linguagem existente na frase é:

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Q2754704 Português

A figura de linguagem que se explicita em " Estou morta de cansada. " é conhecida como :

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Ano: 2016 Banca: FUNEC Órgão: FUNEC - MG Prova: FUNEC - 2016 - FUNEC - MG - Pedagogo |
Q2754640 Português

TEXTO II

A árvore e a árvore

Por vezes, caminhando pelas ruas da cidade, tenho a impressão de que as árvores conversam entre si. O diálogo das árvores nem sempre é ouvido pelos ouvidos, por causa do bulício das ruas, do rumor dos veículos e da zoeira das pessoas. E de madrugada, quando os últimos bêbados se recolhem trôpegos fugindo da aurora, e a brisa matinal leva o sono do rosto das operárias que marcham em direção às fábricas; é nesse momento fluido e tênue que pode ser captado o sussurro das árvores, em meio aos pipilos dos pardais alvoroçados.

E lá estavam as duas árvores a conversar:

— Bom dia, dona Magnólia!

— Bom dia, dona Cássia!

— Dormiu bem?

— Mais ou menos. Esta noite o bem-te-vi, meu inquilino, cismou de acordar e ficou discutindo com a bem- te-vi, no meu galho lá em cima.

— Não diga! Discutindo o quê?

— O papo de sempre, ora essa. Estavam reclamando do custo de vida.

— Ué, mas passarinho também tem esse problema? Pensei que essa preocupação fosse apenas manha dos empregados da Prefeitura que vêm cortar nossa copa todos os anos.

— Qual nada! Passarinho voa azucrinado. A própria bem-te-vi se lastima de que o galho onde eles moram quase não tem folhas; de noite ela molha a cabecinha no sereno. Ficou resfriada, a pobrezinha.

— Então por que eles não se mudam?

— Mudar para onde?

— Ali adiante há um ipê-amarelo com vagas para passarinhos.

— Pois sim. A senhora não viu a placa no tronco? Só há um galhinho vago, muito do mixuruco, e mesmo assim só se aceitam casais de passarinhos sem filhotes.

— Sem filhotes?

— Sem filhotes.

— Mas isso é um absurdo!

— Concordo, mas vai- se fazer o quê? Se até casas de tijolo são alugadas apenas para casais sem filhos. Fazem isso com as pessoas, vão ter consideração para com passarinho?

— Escute, e ali na quaresmeira do outro quarteirão?

— Ah, lá o aluguel é caríssimo. Só mora sabiá-de-papo-amarelo e periquito verde.

— Cruz-credo! — Falou bem. Está tudo pela hora da morte pros passarinhos.

— Mas ouvi dizer que alguns têm boa mordomia...

— Ah, os canários-da-terra... Grande vantagem! Têm alpiste importado, ovo cozido, verdurinha fresca todos os dias, mas, em compensação, vivem presos na gaiola.

— Perderam a liberdade.

— Desaprenderam até de voar!

— Não é à toa que o bairro está cheio de chupim.

— Claro, dona Magnólia. Chupim sempre se ajeita. Quem manda tico- tico ser bobo?

— Reparou que ninguém acaba com chupim? Eles estão em tucum, paineira, sibipiruna.

— Tem chupim até no pau-ferro.

— Se adaptam a qualquer lugar. Bichinho aproveitador está ali. Sabe quando vão acabar com os chupins aqui na zona? .

— Quando, dona Magnólia?

— Dia de São Nunca. E enquanto isso, os bem-te- vis que se danem.

— Ainda mais agora, com o aumento dos impostos.

— Vai ser um horror.

— Horror mesmo.

— Não sei como eles não se revoltam.

— Revoltam nada. Bem-te-vi só sabe dizer: "Bem te vi! Bem te vi!". Viu, e daí? Que adianta ver? As árvores também vêem cada uma, mas não adianta reclamar.

— Houve o caso daquela andorinha, está esquecendo?

— A tolinha. Só porque morava em beiral, achava que podia modificar a situação. Uma andorinha só não muda coisa alguma. Bastou chegar aqui o tucano, deitou falação, disse que fazia e aprontava, tudo se amoitou.

— Aquele tucano foi demais. Verde-amarelo, e bom de bico!

— É, dona Magnólia, mas qualquer dia a árvore cai, não cai?

— Sei lá. Ainda bem que a Prefeitura vai mandar plantar mais cem mil árvores na cidade. Só assim para resolver o problema da moradia dos passarinhos.

— Tomara mesmo. Avise o bem-te-vi para ele aguentar a barra mais um pouco. Quem sabe, um dia, a bem-te-vi possa botar os ovinhos em paz.

— Deus a ouça, dona Cássia.

— Amém, dona Magnólia...

(DIAFÉRIA.Lourenço.Em A morte sem colete. 4a ed. São Paulo:

Moderna, 1983.)

Entre os recursos expressivos empregados no texto, destaca-se a:

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Q2753879 Português

Texto 1


  1. ESTRANGEIRO: – Pois bem: nas ciências teóricas
  2. nós começamos por distinguir uma parte diretiva, e
  3. nesta, uma divisão a que chamamos, por analogia,
  4. autodirigente. A criação dos animais foi, por sua vez,
  5. considerada como uma das divisões da ciência auto-
  6. diretiva, da qual é um gênero e certamente não o
  7. menor; a criação de animais nos deu a espécie da
  8. criação em rebanho, e a criação em rebanho, por
  9. sua vez, deu-nos a arte de criar os animais pedes-
  10. tres; e a seguir, esta arte de criar os animais pedes-
  11. tres nos deu, como seção principal, a arte que cria
  12. raça de animais sem chifres; e, ainda, esta raça de
  13. animais sem chifres inclui uma parte que só poderá
  14. ser compreendida por um único termo pela adição
  15. necessária de três nomes; ela se chamará: “a arte
  16. de criar raças que não se cruzam”. Por fim, a última
  17. subdivisão restante, nos rebanhos bípedes, será a
  18. arte de dirigir os homens. É precisamente o que pro-
  19. curamos; a arte que se honra por dois nomes: políti-
  20. ca e real.


PLATÃO. Diálogos – Fédon, Sofista, Político. Trad. Jorge Paleikat; João Cruz Costa. Rio de Janeiro: Ediouro, s.d. p. 177.



Releia o Texto 1 e leia o Texto 2 para responder às questões de 06 a 10.


Texto 2


Admirável gado novo


  1. Vocês que fazem parte dessa massa
  2. Que passa nos projetos do futuro
  3. É duro tanto ter que caminhar
  4. E dar muito mais do que receber
  5. E ter que demonstrar sua coragem
  6. À margem do que possa parecer
  7. E ver que toda essa engrenagem
  8. Já sente a ferrugem lhe comer
  9. Êh, ôô, vida de gado
  10. Povo marcado
  11. Êh, povo feliz!
  12. Lá fora faz um tempo confortável
  13. A vigilância cuida do normal
  14. Os automóveis ouvem a notícia
  15. Os homens a publicam no jornal
  16. E correm através da madrugada
  17. A única velhice que chegou
  18. Demoram-se na beira da estrada
  19. E passam a contar o que sobrou!
  20. Êh, ôô, vida de gado
  21. Povo marcado
  22. Êh, povo feliz!
  23. O povo foge da ignorância
  24. Apesar de viver tão perto dela
  25. E sonham com melhores tempos idos
  26. Contemplam esta vida numa cela
  27. Esperam nova possibilidade
  28. De verem esse mundo se acabar
  29. A arca de Noé, o dirigível,
  30. Não voam, nem se pode flutuar
  31. Êh, ôô, vida de gado
  32. Povo marcado
  33. Êh, povo feliz!

RAMALHO, Zé. Zé Ramalho da Paraíba. Discobertas. © Avohai Editora (EMI) BRSME9700721, 2008. Disponível em: <http://www.zeramalho.com.-br/sec_discografia_view.php?id=65>. Acesso em: 15 fev. 2018.

Na última estrofe do Texto 2, a retomada do sujeito “o povo”, verbalizado no primeiro verso, é feita por silepse com os verbos no plural. Trata-se de

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Q2752750 Português

Leia as manchetes de artigos de jornal.


I. Os Dez Mandamentos no cinema valem mais do que ”mil missas”.

II. Festival de Berlim tem três filmes brasileiros que fogem do estereótipo.

III. Documentário resgata história de compositoras esquecidas; veja trailer.


Sobre as manchetes acima, analise as assertivas e identifique com V as verdadeiras e com F as falsas.


( ) Na manchete I, encontra-se a figura de linguagem hipérbole.

( ) Nas três manchetes encontram-se a figura de linguagem anacoluto.

( ) Na manchete II, encontram-se as figuras de linguagem metáfora e metonímia.


A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é

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Respostas
116: C
117: D
118: C
119: C
120: A