Questões de Português - Vícios da linguagem para Concurso

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Q2738259 Português

DIETA DA MÃE, VÍCIO DO FILHO


Uma pesquisa divulgada na última semana disparou mais um alerta em relação aos prejuízos causados por uma dieta rica em gordura. Desta vez o dano identificado foi aos filhos de gestantes que adotam este tipo de alimentação ao longo da gravidez. Realizado por cientistas da Rockefeller University, nos Estados Unidos, o estudo, feito em cobaias, revelou que os filhotes de mães alimentadas com excesso de gordura apresentam um risco mais elevado de manifestar dependência e uso abusivo de álcool e de nicotina durante a adolescência. Segundo os autores do trabalho, é a primeira vez que isso fica demonstrado.

A conclusão foi obtida após os pesquisadores analisarem as reações de cobaias geradas por mães alimentadas com uma dieta rica em gordura e por outras, nutridas com uma alimentação normal. Eles constataram que o primeiro grupo tende a encarar o consumo de nicotina como mais compensador, especialmente se combinado à ingestão de álcool. Quando os filhotes foram estimulados a trabalhar mais para conseguir doses elevadas de nicotina e de álcool, aqueles gerados por mães que comeram muita gordura continuaram se esforçando para obter as próximas doses quando os outros, ao contrário, já haviam desistido. Eles também ingeriram quantidades maiores de álcool e nicotina do que apenas de nicotina, comportamento não identificado entre os gerados por cobaias com dieta normal.



(...) (Revista ISTO É, 2380-15.7.2015- Medicina & Bem-estar. Por Cilene Pereira, p. 63)

A opção na qual figura uma afirmação/informação elaborada por meio de recursos de linguagem figurada, atentando para o trecho destacado, é

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Q2736303 Português

Considere os seguintes versos de Olavo Bilac:

“Residem juntamente no teu peito Um demônio que ruge e um deus que chora.” Nos versos acima, o poeta utiliza como recurso de expressão uma figura de pensamento denominada:

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Q2735761 Português

TEXTO 1 - Chegou a era dos transumanos


Decisão da Grã-Bretanha de permitir a geração de embriões com DNAs de três pessoas é saudada pelos defensores do transumanismo, que propõem romper os limites impostos ao homem por sua biologia


Por: Guilherme Rosa08/03/2015



No dia 24 de fevereiro, o legislativo britânico aprovou uma lei permitindo a geração de embriões com DNAs de três pessoas diferentes. O objetivo é deixar que mães com mutações maléficas em seu DNA mitocondrial não as transmitam para o filho. Segundo a lei, durante a reprodução assistida, essa parte de seu genoma poderá ser substituída pelo de uma doadora, gerando uma criança saudável. Assim, a Grã-Bretanha se tornou o primeiro país a permitir a manipulação genética em células germinais humanas.

Apesar do objetivo puramente médico, a decisão está sendo saudada por alguns pesquisadores como um estágio importante de um longo percurso que pode trazer consequências radicais para a ciência e a humanidade. São os defensores do transumanismo, que propõem a aplicação dos avanços obtidos em áreas chaves da ciência, como a genética, a nanotecnologia e a neurociência, para romper os limites impostos ao homem por seu próprio corpo biológico. [...] O objetivo desse movimento é utilizar a ciência para aumentar as capacidades físicas, intelectuais e até emocionais dos seres humanos. Ele busca, no limite, estender a vida humana indefinidamente, extirpando dela todo tipo de sofrimento. Os transumanistas defendem, por exemplo, a manipulação genética de embriões para eliminar doenças e escolher características vantajosas para os filhos, a criação de implantes neurais que permitam a interação com computadores pelo pensamento, e o uso de drogas capazes de manipular o cérebro humano, melhorando sua cognição, memória, concentração e humor.

"Mesmo que esses projetos pareçam vindos da ficção científica, eles podem ser encarados como soluções em longo prazo para problemas atuais. Temos visto, por exemplo, investimentos cada vez maiores em projetos que pretendem estender o nosso tempo de vida", diz Fuller, professor da Universidade deWarwick, na Inglaterra, autor de livros nos quais se propõe a lançar as bases filosóficas e teóricas para o transumanismo.

Nos excertos destacados abaixo, retirados do texto, todos os vocábulos e/ou expressões destacadas são considerados elementos de coesão anafórica, EXCETO

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Ano: 2018 Banca: UFRR Órgão: UFRR Prova: UFRR - 2018 - UFRR - Médico - Psiquiatria |
Q2735530 Português

TEXTO II


Uma ode à estupidez


É inconcebível que no rol de desafios da Nação esteja a volta de problemas com os quais já tivemos de lidar no passado, como a morte de crianças por sarampo, por exemplo.


O sistema brasileiro de vacinação pública é um oásis de eficiência e profissionalismo em meio à improdutividade e ao descaso com o público que marcam boa parte dos serviços prestados pelo Estado aos cidadãos. Segundo dados do Ministério da Saúde (MS), a cada ano são aplicados, gratuitamente, cerca de 300 milhões de doses de 25 diferentes tipos de imunobiológicos em 36 mil salas de vacinação espalhadas por todo o País.

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), o Brasil é referência mundial em fabricação de vacinas, produzidas aqui pelo Instituto Butantan e pela Fundação Oswaldo Cruz. A autossuficiência do País permite a exportação de doses para 70 países, grande parte na África.

Pois bem. A despeito da importância da vacinação para a prevenção e controle de epidemias e da excelência do serviço que vem sendo oferecido à população, o País vai na contramão da tendência mundial que aponta para o crescimento do número de crianças vacinadas. Relatório recente divulgado pelo Unicef e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com base em dados do Ministério da Saúde, mostrou que a cobertura nacional da vacina tríplice viral – contra sarampo, caxumba e rubéola – caiu de um porcentual bem próximo de 100% em 2014 para 85% no ano passado.

Outro caso preocupante é o da poliomielite, doença que foi considerada erradicada no País há quase 30 anos. Em 2015, 95% das crianças brasileiras estavam imunes à poliomielite. Em 2016, o porcentual caiu para 84,4%, chegando a apenas 78,5% no ano passado. Há duas semanas, o Ministério da Saúde emitiu um alerta para o risco de um novo surto de poliomielite em localidades com cobertura vacinal abaixo dos 95%. É o caso de 312 municípios, especialmente na Bahia, Estado onde a vacina contra a doença cobre menos de 50% da população-alvo.

É inconcebível que no rol de desafios que se alinham diante da Nação esteja a volta de problemas com os quais já tivemos de lidar no passado, e com relativo sucesso. Já não há mais espaço em nossa arca de infortúnios – que não são poucos ou triviais – para a morte de crianças por sarampo, por exemplo, ou para a paralisia que pode ser causada pela poliomielite.

O sinal amarelo deve servir para o governo federal avaliar o que pode ser melhorado no que concerne à comunicação oficial com a população e, se for o caso, na capilaridade da oferta de vacinas, fazendo-as chegar a mais pessoas. Em nota, o Ministério da Saúde informou que “tem atuado fortemente na disseminação de informações junto à sociedade alertando sobretudo sobre os riscos de baixas coberturas”. A queda do número de crianças vacinadas com menos de 5 anos, ainda de acordo com o documento, “é a principal preocupação da pasta no momento”.

Mas a responsabilidade por este triste retrocesso também recai, em grande medida, sobre os pais e responsáveis pelos menores. Por mais absurdo que possa parecer, cresce no País uma espécie de “Revolta da Vacina moderna”, com base em “novos estudos” que indicariam – pasme o leitor – os “riscos” a que as crianças estariam submetidas caso fossem vacinadas.

A ode à estupidez é turbinada pelas redes sociais, terreno fértil para o florescimento de informações falsas e teorias conspirativas que seriam tão somente ridículas se não pusessem sob risco de morte milhares de crianças, incluindo os filhos de pais ciosos de suas obrigações. Ao não vacinarem seus filhos, os pais põem em risco todo o sistema de saúde pública.

Uma das fake news que circulam no meio digital dá conta de que a vacina tríplice viral causaria autismo. A “tese” é sustentada por um “estudo” de 1998 elaborado por um médico do Reino Unido, mais interessado em ganhar dinheiro do que em produzir ciência. A “falsificação elaborada” foi revelada por artigo publicado no British Medical Journal em 2011, mas ainda produz efeitos em mentes doentias.

Enquanto não houver vacina contra a insensatez, resta-nos valorizar e amplificar, seja como órgãos de imprensa, seja como cidadãos, o alcance da boa informação. Há vidas que dependem fundamentalmente disso.



Estadão. Opinião. Disponível em: <https://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,uma-ode-aestupidez,70002409637>. Acesso em: 22/07/2018.

No texto há a utilização da ironia como um recurso expressivo, o que se evidencia sobretudo:

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Q2735370 Português

Leia o Texto que segue para responder às questões de 08 a 10.


Dor elegante


Paulo Leminski

Um homem com uma dor

É muito mais elegante

Caminha assim de lado

Como se chegando atrasado

Chegasse mais adiante


Carrega o peso da dor

Como se portasse medalhas

Uma coroa, um milhão de dólares

Ou coisa que os valha


Ópios, édens, analgésicos

Não me toquem nessa dor

Ela é tudo o que me sobra

Sofrer vai ser a minha última obra


Disponível em: < http://www.revistabula.com/385-15-melhores-poemas-de-paulo-leminski/ >.

Acesso em: 11 out. 2017.

Na segunda estrofe, omite-se a seguinte expressão do início do terceiro verso:
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Respostas
146: E
147: B
148: E
149: D
150: A