Questões de Concurso
Comentadas sobre cardiologia e alterações vasculares em medicina
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Considere o caso clínico a seguir para responder à questão.
Paciente de 58 anos, sexo feminino, portadora de obesidade grau 1, aumento da circunferência abdominal, com
história de picos pressóricos recentes, sempre associados às
medidas na Unidade Básica de Saúde e durante os atendimentos da enfermeira da saúde da família, porém a pacientes relata níveis pressóricos normais em medidas residenciais. Diante disso, foi indicada a realização da monitorização
ambulatorial da pressão arterial (MAPA 24h).
O caso clínico abaixo servirá de base para responder à questão.
Emanuel, 65 anos, motorista, procura seu médico de família e comunidade para realizar exames de rotina. Não vai ao médico com frequência, mas estava preocupado, pois um colega de trabalho havia “sofrido um infarto” recentemente. Emanuel foi orientado a procurar UBS pela Agente Comunitária de Saúde (ACS). Em consulta médica, relata que nunca havia verificado seus índices pressóricos; trabalhava como motorista de carreta, tendo horários irregulares; fazia uso excessivo de café, não praticava atividade física, sua alimentação era rica em carne vermelha e frituras. Parou de fumar há 5 anos, faz uso diário de duas latas de cerveja e, nos fins de semana, “tomava umas cachacinhas”. Nega cefaleia, tontura, precordialgia ou outros sintomas. Nega doenças prévias. O pai faleceu aos 60 anos por causa desconhecida; a mãe “teve derrame” com 70 anos de idade e é portadora de hipertensão arterial sistêmica (HAS) e diabetes melitos (DM).
O médico obtém os seguintes dados ao exame físico: peso: 110 kg; estatura: 1,70 m; circunferência abdominal: 103 cm; PA: 150/90. ACV: bulhas normorrítmicas, normofonéticas em 2 tempos, sem sopros. Frequência cardíaca: 98 bpm. Sem outras alterações ao exame físico. Os últimos exames laboratoriais são de 2013, quando foi admitido na empresa em que trabalha hoje, e relata não apresentarem anormalidades.
O médico resolve solicitar medidas de PA durante 2 semanas, exames laboratoriais e
eletrocardiograma (ECG) para melhor avaliação do paciente. Emanuel retorna para
consulta 2 semanas depois, apresentando controle pressórico (PA média 120/80 mmHg) e
com os seguintes resultados de exames: CT 220 mg/dL, HDL 50 mg/dL, triglicérides 150
mg/dL, glicemia de jejum 82 mg/dL, creatinina 0,7, EAS sem alterações, ECG normal.
A respeito da dissecção aguda da aorta, afecção cardiovascular frequentemente associada à hipertensão arterial sistêmica, julgue o item subsequente.
As complicações clínicas associadas a essa moléstia aórtica incluem infarto do miocárdio, isquemia dos membros inferiores, acidente vascular cerebral, paraplegia, insuficiência renal aguda, infarto mesentérico, insuficiência aórtica, hemotórax e tamponamento cardíaco.
Em relação à cardiopatia chagásica (CC), julgue o item subsequente.
Focos inflamatórios e áreas de fibrose no miocárdio ventricular, especialmente em regiões posterior-lateral e inferior-basal, podem produzir alterações eletrofisiológicas e favorecer o aparecimento de reentrada, principal mecanismo eletrofisiológico das taquiarritmias ventriculares malignas, que acarretam morte súbita mesmo em pacientes sem insuficiência cardíaca ou grave disfunção ventricular.
Em relação à cardiopatia chagásica (CC), julgue o item subsequente.
Discinergias ou aneurismas ventriculares predispõem a complicações tromboembólicas desde as fases mais precoces da CC.
No que concerne às miocardites e pericardites, julgue o item subsecutivo.
Em se tratando de miocardite viral, ocorre perda de miócitos
por necrose em decorrência da ação direta do vírus, dos efeitos
citotóxicos de mediadores inflamatórios — interleucina 1 e 2,
interferon gama e fator de necrose tumoral — e do estresse
oxidativo associado à disfunção endotelial e à isquemia.
No que concerne às miocardites e pericardites, julgue o item subsecutivo.
O desenvolvimento de miocardite eosinofílica pode estar
relacionado a vacinas ou fármacos, como a metildopa e a
clozapina. Havendo eosinofilia no sangue periférico ou
infiltrado eosinofílico miocárdico, deve-se suspeitar que o
paciente apresenta miocardite eosinofílica.
Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna do trecho acima.