Questões de Museologia - Memória e Patrimônio Cultural para Concurso

Foram encontradas 76 questões

Ano: 2015 Banca: FUNRIO Órgão: UFRB Prova: FUNRIO - 2015 - UFRB - Museólogo |
Q533158 Museologia
Em 1984, o Terreiro Casa Branca, localizado na cidade de Salvador, seria o primeiro terreiro de candomblé a receber oficialmente o reconhecimento como um elemento crucial na preservação da identidade religiosa de determinados segmentos sociais ligados à matriz cultural africana no Brasil. Neste momento, ainda que alguns antropólogos defendessem enfaticamente o seu tombamento por representar um exemplo da “pureza" da tradição Nagô, alguns arquitetos não viam razões estéticas que justificassem o tombamento do prédio como monumento nacional. Tratou-se de um processo complexo de negociações até que o terreiro fosse efetivamente tombado pelo SPHAN. Como relata o antropólogo José Reginaldo Gonçalves:

“Depois de uma tensa reunião do Conselho Consultivo do SPHAN, em Salvador, na tarde de 30 de maio de 1984, o Terreiro Casa Branca foi oficialmente tombado como monumento nacional. Nada similar havia ocorrido até então na história do patrimônio cultural no Brasil, e o caso tornou-se o foco de um intenso debate entre defensores e adversários daquela decisão .Estes últimos questionavam como seria possível o “tombamento" de um espaço que abrigava algo vivo e em permanente mudança, um culto religioso popular com seus diversos rituais. O tombamento de um prédio, uma ruína, ou um objeto pressupõe sua permanência e imutabilidade. Mas como, perguntavam, poderia um terreiro de candomblé ser mantido de forma inalterada?"

(GONÇALVES, José Reginaldo Santos. A retórica da perda. Os discursos do patrimônio cultural no Brasil. Rio de Janeiro: UFRJ; Ministério da Cultura / IPHAN, 2002. p.76-77.)


Sobre o debate descrito por Golçalves no trecho acima citado, podemos afirmar que ele refletia

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Ano: 2015 Banca: FUNRIO Órgão: UFRB Prova: FUNRIO - 2015 - UFRB - Museólogo |
Q533156 Museologia
A “Convenção para a Proteção do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural”, da UNESCO, foi adotada em 1972. Chamava a atenção para o fato do patrimônio se encontrar ameaçado não apenas pelas causas tradicionais de degradação, mas também por outro motivo. Que motivo era este?
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Ano: 2015 Banca: FUNRIO Órgão: UFRB Prova: FUNRIO - 2015 - UFRB - Museólogo |
Q533154 Museologia
“Então não eram realmente os mesmos, esses negros, não tinham as mesmas caras galhofeiras que exibiam na festa, não pertenciam a ninguém, como lá sempre pertenceriam. E pelo menos hoje podiam bater seus tambores, pois haviam ido embora o barão, a baronesa e seus convidados." (RIBEIRO, João Ubaldo. Viva o povo brasileiro. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007. p.166).


    O trecho da obra de João Ubaldo Ribeiro se refere a manifestações da cultura negra no Brasil, um país construído a partir de dicotomias diversas entre a cultura dita “oficial" e culturas subalternas. A constituição de um patrimônio nacional brasileiro se deu, em diversos momentos da nossa história recente, por meio da disseminação da noção contraditória de que as diferenças são compartilhadas no bojo de uma cultura única e homogênea.


   Sobre o processo de legitimação do patrimônio nacional e o reconhecimento da cultura produzida pela diáspora africana no Brasil, é possível afirmar o seguinte:

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Ano: 2015 Banca: FUNRIO Órgão: UFRB Prova: FUNRIO - 2015 - UFRB - Museólogo |
Q533151 Museologia
Embora seja uma das palavras mais usadas no cotidiano, “patrimônio” tem uma origem milenar, mudando de sentido com o passar do tempo. A compreensão moderna do termo assumiu três dimensões: jurídica, política pública e instrumento de comunicação social. Ela nasceu, no século XVIII, com o Estado-nação porque
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Ano: 2015 Banca: FUNRIO Órgão: UFRB Prova: FUNRIO - 2015 - UFRB - Museólogo |
Q533146 Museologia
O livro “Conceitos-chave de museologia", organizado por André Desvallées e François Mairesse e publicado pelo Conselho Internacional de Museus – ICOM, define o termo “musealização" considerando que:


“Segundo o sentido comum, a musealização designa o tornar-se museu ou, de maneira mais geral, a transformação de um centro de vida, que pode ser um centro de atividade humana ou um sítio natural, em algum tipo de museu. A expressão 'patrimonialização' descreve melhor, sem dúvida, este princípio, que repousa essencialmente sobre a ideia de preservação de um objeto ou de um lugar, mas que não se aplica ao conjunto do processo museológico." (DESVALLÉES, André & MAIRESSE, François. Conceitos-chave de museologia. São Paulo: Comitê Brasileiro do Conselho Internacional de Museus; Pinacoteca do Estado de São Paulo; Secretaria de Estado da Cultura, 2013. p.56-57).


Sobre a relação entre “musealização" e “patrimonialização", podemos afirmar que

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Respostas
56: C
57: C
58: D
59: B
60: B