Questões de Concurso
Comentadas sobre principais autores em pedagogia
Foram encontradas 5.479 questões
Sofia, estudando para o concurso de Supervisor Escolar de Atendimento Educacional Especializado do Município de São Roque, leu a obra “A prática educativa: como ensinar” (Zabala, 2002). Nela, tomou conhecimento de que “A tendência habitual de situar os diferentes conteúdos de aprendizagem sob a perspectiva disciplinar tem feito com que a aproximação à aprendizagem se realize segundo eles pertençam à disciplina ou à área: matemática, língua, música, geografia, etc., criando, ao mesmo tempo, certas didáticas específicas de cada matéria. Se mudarmos de ponto de vista e, em vez de nos fixarmos na classificação tradicional dos conteúdos por matéria, os considerarmos segundo a tipologia conceitual, procedimental e atitudinal, poderemos ver que existe __________, pelo fato de serem conceitos, fatos, métodos, procedimentos, atitudes, etc., e não pelo fato de estarem adstritos a uma ou outra disciplina.”
Assinale a alternativa que preenche, corretamente, a lacuna do texto.
Necessitando auxiliar os professores alfabetizadores com os quais trabalha, Suzana, Supervisora Escolar de Atendimento Educacional Especializado, buscou apoio na obra de Weisz (2009). Nela, a autora explica que ensino e aprendizagem são processos distintos que precisam dialogar, precisam ser articulados para que a ação do professor impulsione o aprendizado do aluno. Explica, também, que o papel do professor “agora tende a ser mais exigente: precisa se tornar capaz de criar ou adaptar boas situações de aprendizagem, adequadas a seus alunos reais (...)”, acrescentando que, quanto aos percursos de aprendizagem desses alunos, os professores precisam saber
Para o educador escolar consciente de seu papel no processo de construção de conhecimento pelo aluno, é importante levar em conta alguns trabalhos sobre esse processo, tais como o de Vasconcellos (2002) e o de Becker (2012), os quais reconhecem o caráter dialogal da relação pedagógica. O primeiro, com sua metodologia dialética, explicita que, em sala de aula, “O conhecimento tem sentido quando possibilita o compreender, o usufruir ou o transformar a realidade.” O segundo, fundamentando-se em Piaget, afirma que o professor é muito importante para que o aluno aprenda, “mas sua ação não se esgota nele mesmo; ela se prolonga nas ações dos alunos”, pois “o aluno só aprenderá alguma coisa, isto é, construirá algum conhecimento novo, se ele agir e problematizar a própria ação, apropriar-se dela e de seus mecanismos íntimos”. Becker explica que “a condição prévia para isso é que consiga assimilar o problema proposto”, pois sem a assimilação não haverá
Quando se trata da construção do conhecimento, impossível não se recorrer a Piaget. Na obra “A equilibração das estruturas cognitivas” (1976), ele afirma que “(...) o conhecimento não procede nem da experiência única dos objetos nem de uma programação inata pré-formada no sujeito, mas de uma interação entre ambos, que resulta em construções sucessivas com elaborações constantes de estruturas novas graças a um processo de
Castorina e colegas (2005) comentam a atualidade da discussão a respeito das ideias de Piaget e de Vygotsky, devido, principalmente, às aparentes divergências entre suas teorias. Segundo Castorina, “para muitos teóricos e profissionais da educação tornam-se evidentes o conflito irredutível e a necessidade de optar entre as mesmas”; entretanto, diz ele, essa percepção é equivocada. Frente à observação de Castorina, é importante que estudemos com muita atenção as obras originais desses autores. A questão da formação do pensamento e da linguagem é um dos temas a ser observado. Piaget centrou o estudo mais sobre o que as crianças têm do que sobre o que lhes falta. Por esta abordagem positiva demonstrou que a diferença entre o pensamento das crianças e dos adultos é mais qualitativa do que quantitativa. Por sua vez, Vygotsky (1991) enfatizou as origens sociais da linguagem e do pensamento, seguindo a linha de importantes sociólogos franceses. Mas, até onde se sabe, ele foi, dentre os psicólogos modernos, o pioneiro a sugerir os mecanismos pelos quais
Segundo o artigo 15 da Lei Federal no 9.394/96, “os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas gerais de direito financeiro público”. Em harmonia com esse dispositivo legal, Gadotti e Romão (2001) expressam seu entendimento a respeito da autonomia da escola, afirmando que esta “(...) se refere à criação de novas relações sociais, que se opõem às relações autoritárias existentes. Autonomia é o oposto de uniformização. A autonomia admite diferença e, por isso, supõe a parceria. Só a igualdade na diferença e a parceria são capazes de
Wolf e Carvalho (s/d) analisam dados de uma pesquisa sobre o Regimento Escolar (RE), realizada por Wolf em 2008, os quais revelam que o RE é lembrado em situações de indisciplina, sendo sua parte mais divulgada a de Direitos e Deveres. Os dados revelam, também, que uma parte dos entrevistados o concebe como um documento imposto que contém o rol de regras da escola, de cuja elaboração não participam todos os segmentos da comunidade escolar. As autoras analisam que o RE se configura, na origem, como um resquício da formalidade burocrática, mas que já se busca dela distanciar-se, envolvendo formas mais participativas e democráticas na sua elaboração e execução. Com essa perspectiva, as autoras afirmam: o “desafio, portanto, é exercitar em torno de uma ética partilhada, o debate contraditório e os diferentes posicionamentos”, para que o Regimento escolar, elaborado coletivamente, “deixe de ser um rol de normas impostas e se torne um código de normas consensuais” que permeiem as questões disciplinares administrativas e, especialmente, as pedagógicas. Tal reflexão é corroborada pelo Art. 45 da Resolução CNE/CEB no 4/ 2010, o qual dispõe que “O regimento escolar, discutido e aprovado pela comunidade escolar e conhecido por todos, constitui-se em
De acordo com Veiga, in Veiga e Resende (org., 2008), o projeto político-pedagógico exige “profunda reflexão sobre as finalidades da escola, assim como a explicitação de seu papel social e a definição clara de caminhos, formas operacionais e ações a serem realizadas por todos os envolvidos com o processo educativo.” Esse projeto reflete a realidade da escola que é parte de um contexto mais amplo, o qual tanto a influencia, como, ao mesmo tempo, pode ser por ela influenciado. E mais, tal projeto “aponta um rumo, uma direção, um sentido explícito para um compromisso estabelecido coletivamente.” Ao constituir-se, com esse projeto, em processo participativo de decisões, há uma preocupação em instaurar-se uma forma de organização do trabalho pedagógico que desvele os conflitos e as contradições e que, no interior da escola, permita
Em artigo da obra “Escola, Currículo e Avaliação”, Ana Lúcia Souza de Freitas, in Esteban (2005), analisa a introdução das concepções da “Escola Cidadã”, no Município de Porto Alegre, por volta dos anos 90. De acordo com a autora, “O pressuposto de que todo (a) aluno (a) não só tem o direito, mas também é capaz de aprender e traz consigo saberes para a situação de aprendizagem, orientou o processo de reestruturação curricular da rede municipal de Porto Alegre, no intuito de superar a lógica excludente da seriação e estabelecer uma nova organização dos espaços e tempos escolares capaz de flexibilizar-se em função do compromisso coletivo com a aprendizagem efetiva de todos os alunos.” Para isso, a Escola Cidadã propôs, entre outras intervenções, uma organização curricular voltada para o sucesso escolar que se estrutura a partir de quatro aspectos essenciais, a saber, a eliminação dos mecanismos que institucionalizam a exclusão; a criação de mecanismos institucionais de inclusão; a gestão democrática e a
Dirce Nei T. de Freitas (2007), com sua tese de doutorado, elucida como se deu, no Brasil, a instituição da “medida-avaliação-informação”, analisando seus fundamentos legais, as ligações com o planejamento educacional e o processo de construção desse complexo de regulação. Entre os inúmeros aspectos abordados, figura o da relação entre avaliações externas e melhoria da educação. A esse respeito, a autora cita texto de Isa Locatelli, em publicação do INEP do ano de 2000, para propor a seguinte reflexão: “caso a intenção fosse mesmo usar a avaliação para melhorar a educação, então se teria de trabalhar com ela dentro das escolas”. Argumenta que somente uma boa e séria avaliação interna permitirá às escolas a construção de um diálogo efetivo com a avaliação externa, na medida em que avaliação intra-escolar propicia uma tomada de consciência da importância da avaliação para que
Silva Jr., em Silva Jr. e Rangel (org., 2007), analisa a organização do trabalho na escola pública e as relações entre o pedagógico e o administrativo na ação supervisora. Visita o surgimento da supervisão escolar e seu percurso histórico analisando incompreensões e desencontros entre professores e especialistas, com envolvimento de concepções discutíveis de democracia. Esse autor defende que “pensar e fazer, cumulativa e interligadamente, é a marca necessária da prática coletiva a se estabelecer entre educadores.” Para que essa prática “se estruture e se solidifique” ele aponta a necessidade da “contribuição do supervisor” com vistas a
Libâneo; oliveira e toschi (2010) analisam as políticas educacionais, as reformas de ensino e os planos e diretrizes que configuram a construção da escola pública. De acordo com os autores, “a história da estrutura e da organização do sistema de ensino no Brasil pode ser feita com base em pares conceituais, díades, que expressam as tensões econômicas, políticas, sociais e educacionais de cada período.” No período atual, em cumprimento ao art. 214 da Constituição Federal, deve-se estabelecer, por meio de lei, plano de educação articulando a União, os estados e os municípios, para a garantia de direitos, orientados pelas diretrizes fixadas por esse mesmo artigo. No Município de São Roque, a Lei Ordinária no 4.442/2015, de 13 de julho de 2015, aprova o Plano Municipal de Educação – PME, para o decênio de 2015 a 2025, e, no Art. 2o, estabelece suas dez diretrizes, das quais as quatro primeiras são: “I – erradicação do analfabetismo; II – universalização do atendimento escolar; III – superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação; IV – melhoria da qualidade da educação”. Analisando-se essas diretrizes, pode-se constatar que elas revelam, dentre as díades enunciadas por Libâneo, oliveira e toschi, principalmente aquela que expressa, nas atuais políticas educacionais, tensão entre
Sofia Lerche Vieira, in Ferreira e Aguiar (2004), traz reflexões para “aprofundar os nexos entre a função social da escola, a gestão e a política educacional”, contribuindo para o debate sobre essa temática. A autora, apoiada em Libâneo e Cortella,
Laura, caloura no curso de Pedagogia, participou de um simpósio sobre Paulo Freire e ficou impressionada com as ideias desse célebre educador brasileiro. Chamou sua atenção o fato de ele entender que cabe à escola ensinar o aluno a “ler o mundo” para poder transformá-lo. “Trata-se de aprender a ler a realidade (conhecê-la) para em seguida poder reescrever essa realidade (transformá-la)”. Motivada por essas ideias, ela resolveu ler Pedagogia da Autonomia (Freire, 2011) e nessa obra tomou conhecimento de que, para o autor, ensinar exige muitas coisas, dentre elas, exige compreender que a educação é uma forma de
Segundo França, In: Aquino (1998), a diferença é o modo de um corpo que, por comparação, explicita uma não conformidade. O próprio conceito de diferença está articulado na norma como desvio, sendo que a sua efetividade é denominada
Assis (2009), em sua análise sobre o olhar pedagógico da classe hospitalar, tem como pressuposto a concepção de desenvolvimento proposta por Vygotsky e a Psicologia Histórico-Cultural. Cita Rego (2004):
Compreender a questão da mediação, que caracteriza a relação do homem com o mundo e com os outros homens é de fundamental importância justamente porque é através deste processo que as funções psicológicas superiores, especificamente humanas, se desenvolvem.
Os dois elementos básicos responsáveis pela mediação são:
A partir das contribuições de Machado (2009), assinale a alternativa correta sobre o Atendimento Educacional Especializado (AEE).
A respeito da educação colaborativa e a atuação do professor, com base em Sala e Aciem (2013), assinale a alternativa correta.
Com base na discussão proposta por Ropoli e outros (2010) sobre identidades e diferenças nas escolas, assinale a alternativa correta.
Aponte o que é correto afirmar a respeito da teoria de Jean Piaget.