Questões de Concurso
Sobre temas educacionais pedagógicos em pedagogia
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Para se propor um programa de combate à ‘intimidação sistemática’, o bullying, atingir alguns objetivos é fundamental.
I. Em relação à assertiva acima, considere os objetivos abaixo.
II. Evitar, tanto quanto possível, a punição dos agressores, privilegiando mecanismos e instrumentos alternativos que promovam a efetiva responsabilização e a mudança de comportamento hostil.
Capacitar docentes e equipes pedagógicas para a implementação das ações de discussão, prevenção, orientação e solução do problema.
III. Instituir práticas de conduta e orientação de pais, familiares e responsáveis diante da identificação de vítimas e agressores.
IV. Pressionar os meios de comunicação de massa e as redes sociais como forma de forçá-los a identificar o problema para preveni-lo e combatê-lo.
V. Promover a cidadania, a capacidade empática e o respeito a terceiros, nos marcos de uma cultura de paz e tolerância mútua.
Desses objetivos acima, aqueles que DEVEM compor uma estratégia pública de combate ao bullying são:
Entre as atividades desenvolvidas pelo assistente de alunos está assistir e orientar os alunos nos aspectos de disciplina, lazer, segurança, saúde, pontualidade e higiene dentro das dependências da escola, e ainda auxiliar nas atividades de ensino, pesquisa e extensão.
Assim, pode-se afirmar que, das ações abaixo, apenas uma NÃO deve ser executada pelo assistente de alunos. Assinale-a.
Considere a situação a seguir.
Por três dias consecutivos, durante os intervalos de aula, o assistente de alunos, João, vem percebendo que a aluna Maria está sempre sozinha em um banco no pátio e que sempre parece tristonha. Mesmo os colegas que se aproximam dela logo saem, como se Maria não os quisesse por perto. João, então, procura a pedagoga da escola e relata a ela sobre o comportamento de Maria, que antes era muito comunicativa e risonha.
Com base nessa experiência e no conhecimento que João tem do Código de Ética discente, pode se afirmar que João:
Em relação ao trote no Ifes, só NÃO é passível de sofrer medida educativa disciplinar o aluno ou a aluna que:
Com base nas reflexões propostas pelo autor, pode-se afirmar que:
I. em relação à escola, a discussão sobre drogas vai além das drogas não aceitas socialmente, chegando à questão da medicamentalização de estudantes com problemas de comportamento e aprendizagem.
II. nos diagnósticos feitos a partir do desempenho escolar, constata-se baixo rendimento devido ao consumo de álcool por adolescentes, porém esse consumo parece afetar mais os comportamentos violentos de alunos.
III. os medicamentos prescritos atendem a diagnósticos feitos a partir do desempenho escolar ou com base na identificação de transtornos que interferem no rendimento do aluno ou na convivência com os outros colegas.
IV. a violência e o uso de drogas como fenômenos sociais, históricos, culturais e políticos refletem no espaço escolar e interferem na prática pedagógica, devendo haver uma política estratégica própria de medicamentalização.
São CORRETAS apenas as afirmativas:
Com base na sua experiência, João, o assistente de alunos, percebeu logo no início do seu trabalho que a colaboração de todo o coletivo escolar é fundamental para o êxito da organização e da manutenção do ambiente institucional. Como assistente de alunos, ele percebe, também, que por estar mais próximo dos estudantes, tem a oportunidade de atuar sobre problemas cotidianos que afetam esse ambiente, orientando a conduta dos alunos e alunas. Para isso, João sempre mantém atualizada sua leitura sobre o Código de Ética e Disciplina do Corpo Discente.
Assim, pode-se afirmar que João toma o Código de Ética Discente como um documento que tem como princípio fundamental:
Escola Sem Partido volta ao Congresso, mas agora pior
Texto coloca como direito dos alunos gravar as aulas, denunciar e constranger professores, e proíbe grêmios estudantis de fazerem ‘atividade político-partidária’
Fonte: Fepesp (06/02/2019)
Escola sem partido: BH é a primeira capital a aprovar projeto na Câmara Municipal
Depois de longa obstrução, projeto foi aprovado em primeiro turno na reunião ordinária desta segunda-feira
Fonte: Estado de Minas (16/10/2019)
STF julga inconstitucional lei de Alagoas inspirada no movimento Escola Sem Partido
Por nove votos a um, a corte decidiu pela inconstitucionalidade do texto que determinava “princípio da neutralidade política e ideológica” em sala de aula e lembrou que a Constituição prevê a “liberdade de ensinar e o pluralismo de ideias”
Fonte: O Globo (22/08/2020)
O Escola Sem Partido nasceu em 2004, e, de acordo com a definição constante na página do movimento, trata-se de “[…] uma iniciativa conjunta de estudantes e pais preocupados com o grau de contaminação político-ideológica das escolas brasileiras, em todos os níveis: do ensino básico ao superior”. Ao longo dos anos, em todo o país, despontaram esforços na tentativa de legitimar os anseios do movimento por meio de aprovação de leis tanto na esfera federal, quanto estadual e municipal. Nesse contexto, qual fragmento abaixo sintetizaria o posicionamento freiriano, especificamente acerca da abordagem política dentro das escolas?
[...] É impossível falar sobre a história única sem falar sobre poder. Existe uma palavra em igbo na qual sempre penso quando considero as estruturas de poder no mundo: nkali. É um substantivo que, em tradução livre, quer dizer “ser maior do que outro”. Assim como o mundo econômico e político, as histórias também são definidas pelo princípio de nkali: como elas são contadas, quem as conta, quando são contadas e quantas são contadas depende muito de poder.
O poder é a habilidade não apenas de contar a história de outra pessoa, mas de fazer que ela seja sua história definitiva. O poeta palestino Mourid Barghouti escreveu que, se você quiser espoliar um povo, a maneira mais simples é contar a história dele e começar com “em segundo lugar”. Comece a história com as flechas dos indígenas americanos, e não com a chegada dos britânicos, e a história será completamente diferente. Comece a história com o fracasso do Estado africano, e não com a criação colonial do Estado africano, e a história será completamente diferente.
ADICHIE, Chimamanda Ngozi. O perigo de uma história única. Companhia das Letras, 2019.
[...] A pensadora e feminista negra Lélia Gonzalez nos dá uma perspectiva muito interessante sobre esse tema, porque criticava a hierarquização de saberes como produto da classificação racial da população. Ou seja, reconhecendo a equação: quem possuiu o privilégio social possui o privilégio epistêmico, uma vez que o modelo valorizado e universal de ciência é branco. A consequência dessa hierarquização legitimou como superior a explicação epistemológica eurocêntrica conferindo ao pensamento moderno ocidental a exclusividade do que seria conhecimento válido, estruturando-o como dominante e, assim, inviabilizando outras experiências do conhecimento. Segundo a autora, o racismo se constituiu “como a ‘ciência’ da superioridade eurocristã (branca e patriarcal)”. Essa reflexão de Lélia Gonzalez nos dá uma pista sobre quem pode falar ou não, quais vozes são legitimadas e quais não são.
[...] Lélia Gonzalez provoca e desestabiliza a epistemologia dominante, assim como Linda Alcoff. Em uma epistemologia para a próxima revolução, a filósofa panamenha critica a imposição de uma epistemologia universal que desconsidera o saber de parteiras, povos originários, a prática médica de povos colonizados, a escrita de si na primeira pessoa e que se constitui como legítima e com autoridade para protocolar o domínio do regime discursivo [...].
Seria preciso, então, desestabilizar e transcender a autorização discursiva branca, masculina cis e heteronormativa e debater como as identidades foram construídas nesses contextos.
RIBEIRO, Djamila. Lugar de fala. Belo Horizonte, Letramento 2017.
A análise da supremacia narrativa baseada nas relações de poder entre as diferentes nações dominadas e dominadoras, trazida por Chimamanda Adichie, e a proposta de desestabilização e transcendência, apontada por Djamila Ribeiro, poderiam, de acordo com as teorias trazidas por Silva (2007), serem mais bem executadas pela construção de um currículo inspirado em qual base epistemológica?
1. Técnico-científica 2. Autogestionária 3. Interpretativa 4. Democrático-participativa
( ) Decisões coletivas (assembleias, reuniões), eliminação de todas as formas de exercício de autoridade e de poder.
( ) A escola é uma realidade social subjetivamente construída, não dada nem objetiva.
( ) Todos dirigem e são dirigidos, todos avaliam e são avaliados.
( ) A ação organizadora valoriza muito as interpretações, os valores, as percepções e os significados subjetivos, destacando o caráter humano e preterindo o caráter formal, estrutural, normativo.
( ) Poder centralizado no diretor, destacando-se as relações de subordinação, em que uns têm mais autoridade que outros.
( ) Prescrição detalhada de funções e tarefas, acentuando a divisão técnica do trabalho escolar.
( ) Recusa a normas e a sistemas de controles, acentuando a responsabilidade coletiva.
A sequência CORRETA é:
Durante a reunião pedagógica intermediária – que acontece próximo à metade de cada semestre – de um curso superior, discutia-se a situação de Arturo, um aluno atendido pelo Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas (Napne). Arturo possui perda auditiva de 60% e ficou reprovado em quase todas as disciplinas nos dois primeiros semestres. Neste terceiro semestre, os professores temem que seu desempenho resulte ainda pior.
A professora de Comunicação e Expressão assinalou a dificuldade do aluno tanto na compreensão auditiva quanto na interpretação de texto. O professor de Sistemas Pneumáticos compartilhou as respostas que o aluno deu na prova, evidenciando a desconexão que havia entre o que era perguntado e o que era respondido. O professor de Eletrônica Digital fez o seguinte comentário:
“mas o problema dele não é só o ouvido. Tem uma desigualdade muito grande entre ele e o restante dos nossos alunos. É a terceira vez que ele faz a minha disciplina e pelo visto vai reprovar de novo. Já dei aula para aluno 100% surdo que dava de 10 a 0 nos outros colegas da turma. Mas sabe qual a diferença? Ele tinha base. Vinha de família boa, de escola boa. Arturo chegou aqui sem base nenhuma. Veja só: eu escuto de colegas dele que ele mora em um lugar que chega a dar pena, que só a mãe trabalha o dia inteiro pra ganhar salário mínimo, e o pai fica pela rua afora jogando baralho e falam ainda que é chegado numa pinga. Ele tem 2 irmãos e 1 irmã mais novos, e ela, inclusive, está com 14 anos e já está grávida. Então ele já vem de uma família desestruturada. É difícil a gente fazer alguma coisa por ele aqui. Eu acho que o melhor é orientar ele a procurar outra coisa que ele gosta de fazer. Encaminhar pra psicóloga, fazer uma orientação vocacional, mandar pra assistência social, qualquer coisa nesse sentido. Curso superior não é pra todo mundo, é pra quem tem condições de fazer. Sugestão de encaminhamento: o setor pedagógico chamar ele pra uma conversa e provocar nele esse senso crítico que Paulo Freire tanto fala, né, pra ele poder enxergar onde ele cabe e onde ele não cabe, onde é pra ele estar e onde não é. Não vou ficar aqui dando murro em ponta de faca”.
De acordo com Patto (1999), a interpretação equivocada que esse professor faz da reprovação do aluno se alinha com mais afinco:
Fragmento 01:
De quando em quando, ao menos uma vez por mês, assista às aulas dos professores; leia também, por vezes, os apontamentos dos alunos. Se observar ou ouvir de outrem alguma cousa que mereça advertência, uma vez averiguada, chame a atenção do professor com delicadeza e afabilidade, e, se for mister, leve tudo ao conhecimento do P. Reitor.
Fragmento 02:
Fundada no espírito de liberdade e no respeito da pessoa humana, procurará por tôdas as formas criar na escola as condições de uma disciplina consciente, despertar e fortalecer o amor à pátria, o sentimento democrático, a consciência de responsabilidade profissional e cívica, a amizade e, a união entre os povos. A formação de homens harmoniosamente desenvolvidos, que sejam de seu país e de seu tempo, capazes e empreendedores, aptos a servir no campo que escolherem, das atividades humanas, será, num vasto plano de educação democrática, o cuidado comum, metódico e pertinaz, da família, da escola e da sociedade, todo o conjunto de suas instituições.
Assinale a alternativa que corresponde à sequência CORRETA dos fragmentos.