Questões de Concurso Sobre temas educacionais pedagógicos em pedagogia

Foram encontradas 31.605 questões

Q3069747 Pedagogia
Treinamento e desenvolvimento de pessoas são assuntos distintos, porém com algumas semelhanças e possuem técnicas em comum com objetivos diferentes. Treinamento é o processo de desenvolver qualidade nos recursos humanos para habilitá-los a serem mais produtivos e contribuir melhor para o alcance dos objetivos organizacionais. É o processo de ensinar aos novos empregados as habilidades básicas que eles necessitam para desempenhar seus cargos.

(Chiavenato 1999, p. 20.)

José é supervisor pedagógico de determinada escola pública e deseja desenvolver um treinamento com o propósito de aumentar a produtividade de sua equipe de professores influenciando suas condutas. Tem, ainda, a intenção de solucionar alguns problemas de relacionamentos no ambiente de trabalho, desejando capacitar seus docentes a observarem os aspectos como experiências, sentimentos e motivação pessoal. José não deseja padronizar o modo de agir de seus professores, mas disseminar os valores da organização e suas normas de conduta. O principal objetivo do treinamento é exercitar habilidades interpessoais, comunicativas e de empatia, facilitando o trabalho em equipe e melhorando o clima organizacional. Sobre as informações apresentadas na situação hipotética, é possível inferir que o Supervisor Pedagógico irá realizar um treinamento: 
Alternativas
Q3069746 Pedagogia
Catarina é professora de uma turma do quinto ano do ensino fundamental em uma escola pública que adotou uma política de educação inclusiva. Sua turma é composta por 25 crianças, entre elas estão matriculados: Fábio, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), que tem dificuldades de comunicação e interação social e se sente facilmente sobrecarregado por estímulos sensoriais; Maria, com dislexia, que enfrenta desafios significativos na leitura e na escrita; e João com baixa visão, que precisa de abordagens próprias para que o aprendizado possa transcorrer da melhor maneira possível. Catarina está determinada a criar um ambiente de aprendizagem; no entanto, ela enfrenta vários desafios em relação à adaptação do currículo, desenvolvimento de atividades acessíveis e gestão do tempo para atender às necessidades de cada aluno. Sobre a situação hipotética apresentada e, ainda, considerando a promoção de um ambiente inclusivo e colaborativo de aprendizagem na sala de aula, analise as ações apresentadas a seguir.

I. A professora separa os alunos Fábio, Maria e João do restante da turma durante as atividades principais, fornecendo-lhes atividades alternativas em uma sala separada, pois assim eles realizarão atividades mais adequadas às suas dificuldades de aprendizagem. Portanto, Maria é enviada para uma sala de recursos para trabalhar individualmente, enquanto Fábio e João receberão tarefas simplificadas longe de seus colegas.

II. A professora adapta o ambiente da sala de aula para ser sensorialmente amigável e acessível para todos os alunos, quando cria uma área tranquila na sala de aula onde Fábio pode se retirar quando se sentir sobrecarregado. Também organiza a disposição dos móveis e materiais para garantir que João possa se mover facilmente pela sala. Para Maria, a professora fornece um ambiente de leitura com iluminação adequada e sem distrações.

III. A professora assegura a acessibilidade dos conteúdos pedagógicos e das tecnologias assistivas necessárias ao aprendizado dos alunos com deficiência. Portanto, a Fábio devem ser garantidos cronogramas estruturados para ajudar na comunicação e na organização do dia e ferramentas visuais; para Maria, textos em formatos acessíveis, utilização de tecnologias assistivas que facilitem a leitura; e para João, materiais disponíveis em formatos acessíveis, como textos com fontes grandes e em Braile, além de utilizar recursos de áudio.


Está correto o que se afirma em
Alternativas
Q3069745 Pedagogia
A aula é constituída de um sistema complexo de significados, de relações e intercâmbios que ocorrem num cenário social que define demandas da aprendizagem.

(Veiga, 2008, p. 269.)

A aula é um projeto que busca aproximar a escola da realidade social por meio de um processo de colaboração entre os docentes e os discentes. Para tanto, a realidade é o ponto de partida e de chegada que se desenvolve com base nos seguintes questionamentos: para quê? O quê? Como? Com quê? Como avaliar? Para quem? Quem? Quando? Onde? Essas indagações incluem saberes, culturas, experiências e conhecimentos organizados em uma estruturação didática composta por objetivos, conteúdos, metodologias, recursos e avaliações. Considerando os elementos estruturantes na construção do plano de aula, Analise as afirmativas a seguir.

I. “______________ são os meios utilizados pelo docente para criar condições que favoreçam as aprendizagens dos discentes, contribuindo para o alcance dos fins da educação.”

II. “______________ compreende dispositivos que visam favorecer a construção de aprendizagens mais significativas, com abertura da cultura curricular às culturas locais.”

III. “_______________ representam o conjunto rico e variado de conhecimentos, que possibilitam ao aluno desenvolver suas capacidades, ao mesmo tempo que esclarece suas relações com os outros e com o meio onde vive.”

IV. “______________ são formulações que advêm das intencionalidades; guia que orienta o processo didático e devem incluir a capacidade humana cognitiva, afetiva, psicomotora de relações interpessoais e de inserção social.”

V. “________________, como orientadora de toda prática que acompanha o trabalho pedagógico, deve estar presente em todos os momentos da sala de aula; ela inicia, acompanha e finaliza o trabalho pedagógico.”


Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente as afirmativas anteriores.
Alternativas
Q3069744 Pedagogia
Para Behar (2009, p. 2), as concepções e os modelos pedagógicos implicam em “um sistema de premissas teóricas que representam, explicam e orientam a forma como se aborda o currículo e que se concretizam nas práticas pedagógicas e nas interações professor aluno-objeto de conhecimento”. Considere uma sala de aula, onde o professor é o principal agente do processo de ensino-aprendizagem, sendo esse um desdobramento de suas capacidades técnicas e conceituais. O aluno é compreendido como um destinatário passivo dos conteúdos e saberes. Nessa perspectiva, ele é considerado “sem luz”, isto é, aquele que será iluminado pela ação docente. O professor estabelece uma tarefa fundamental: operacionalizar o currículo de forma organizada e sistêmica, a fim de ensinar os conteúdos e valores que serão legados às gerações mais novas. O relacionamento, as tendências e as abordagens pedagógicas entre o professor e o aluno ocorre de forma autoritária, haja vista que somente o docente é o detentor do conhecimento, hierarquizando não apenas as relações sociais, mas a própria lógica de construção do conhecimento. O saber prévio do aluno é desconsiderado nesse processo, pois a condução da aprendizagem está centrada na autoridade do professor. Logo, a avaliação é um mecanismo externo ao aluno, que deve ser capaz de reproduzir os ensinamentos do professor de forma fidedigna, o que implica em uma perspectiva de avaliação classificatória, seletiva e excludente, pois ela também é um instrumento do exercício da autoridade do professor em relação ao aluno. Considerando o exposto, é possível afirmar que se trata da abordagem de ensino na concepção: 
Alternativas
Q3069743 Pedagogia
[...] ai daqueles e daquelas, entre nós, que pararem com sua capacidade de sonhar, de inventar a sua coragem de denunciar e de anunciar. Ai daqueles e daquelas que em lugar de visitar de vez em quando o amanhã, o futuro, pelo profundo engajamento com o hoje, com o aqui e com o agora. Ai daqueles que em lugar desta viagem constante ao amanhã, se atrelam a um passado de exploração e de rotina.

(Paulo Freire.)

Sobre a história, o perfil e a atuação do supervisor pedagógico no Brasil, sabe-se que foi cercada de diferentes nuances e, muitas vezes, de polêmicas, acerca dos marcos evolutivos da história desse profissional. Considerando um desses marcos evolutivos quando a ação dos supervisores coincide com o final da década de 1970 e início dos anos 1980, tendo a escola sofrido a influência dos trabalhos de autores nacionais e estrangeiros, que representaram um novo movimento a respeito da escola e de sua função na sociedade. Surgiram indagações a respeito do papel da escola como um todo e da ação de seu especialista, principalmente do supervisor – profissional criticado por alguns professores, que delegavam a ele as ações de “impedimento” e de “fiscalização” do seu trabalho. Dessa forma, o supervisor não consegue enfrentar o conflito, pelo fato de estar acostumado ao pensamento linear e doutrinário, e tentava justificar sua permanência na escola refugiando-se em atividades burocráticas. Sobre a informação dada, trata-se da ação supervisora:
Alternativas
Q3069742 Pedagogia
A presença do supervisor escolar é importante no ambiente escolar devido seu olhar criterioso sobre a realidade de seu ambiente de ensino, com objetivo de realizar mudanças, transformando-se numa via de acesso para o sucesso da educação escolar. Assim, o supervisor escolar é o profissional responsável pela coordenação do trabalho pedagógico, assumindo um papel de liderança envolvido no processo de ensino-aprendizagem, rumo à educação de qualidade para todos.

(Medina, 1995.)

Sobre o exposto e, ainda, considerando o supervisor na contemporaneidade como instrumento de execução das políticas pedagógicas da escola, assinale a afirmativa INCORRETA.
Alternativas
Q3069740 Pedagogia
A ideia de planejamento está associada ao que se deseja realizar, transformar ou manter, pois as “concepções sobre planejamento tanto podem estar ligadas às ideias de transformação como às de manutenção de realidades ou situações existentes”
(Turra et al, 1995, p. 273.)

O planejamento de ensino é um processo contínuo de reflexão, previsão e decisão acerca da organização do trabalho pedagógico, com a finalidade de orientar a prática docente e aproximar o discente, dialeticamente, do que é concreto, ou seja, da realidade, buscando transformá-lo. Sobre o planejamento de ensino em uma perspectiva crítica e transformadora, analise as afirmativas a seguir.

I. Trata-se de uma forma do professor ter seu trabalho valorizado e compartilhado, contribuindo para a sua profissionalização docente.

II. É um meio para o professor visualizar o percurso do trabalho desenvolvido, identificar as fragilidades e replanejar as ações, bem como os avanços e a continuidade do concebido.

III. Refere-se à organização no âmbito escolar com base na realidade e especificidades de cada escola, devendo-se considerar as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Estadual de Educação (CEE).

IV. Apresenta transparência ao trabalho docente e discente, favorecendo o acompanhamento e a avaliação desse trabalho pelos profissionais da escola, pelos estudantes e pela comunidade.


Está correto o que se afirma apenas em
Alternativas
Q3069739 Pedagogia
Para Candau (2012, p. 14), “o objeto de estudo da didática é o processo de ensino aprendizagem. Toda proposta didática está impregnada, implícita ou explicitamente, de uma concepção de ensino-aprendizagem”. A multidimensionalidade da didática, ocorre porque para pensarmos em um processo efetivo é necessária a articulação dos três elementos: o humano, o técnico, e o político-social. Imagine o Supervisor Pedagógico de determinada escola. Em seu cotidiano, observa que um professor mais antigo tem tido problemas de relacionamento com os alunos, pois sua única estratégia de ensino são aulas expositivas dentro de um modelo tradicional. Esse problema de relacionamento está prejudicando a construção do conhecimento e os alunos, em sua maioria, estão apresentando baixo rendimento. Os pais procuraram a escola e reclamaram que os filhos se sentem desmotivados e que as atividades propostas são cansativas e repetitivas, bem como não estimulam a reflexão e a criatividade, dificultando a aprendizagem. Em conversa com o professor para exposição do ocorrido, também são apresentadas discussões sobre aprendizagem, estratégias de ensino e novas metodologias; entretanto, observa-se que ele se mostra resistente e permanece alheio às reflexões e atividades propostas. O professor sinaliza que os alunos estão com baixo rendimento e que sabe os motivos: são dispersos, apáticos, não gostam de estudar e não realizam as atividades propostas de fixação do conteúdo. E, ainda, afirma que realiza um trabalho comprometido, pois segue o planejamento, não atrasa o conteúdo planejado, entrega todas as avaliações e atividades solicitadas com pontualidade, é assíduo e, por fim, indica que já está na escola há muitos anos, é um profissional sério e disciplinado e entende que os alunos devem se esforçar mais, pois isso significa que ele exige o melhor de cada um deles. Sobre a situação hipotética descrita, pode-se afirmar que o professor, no processo efetivo do ensino-aprendizagem, considera necessária(s) a(s) dimensão(ões): 
Alternativas
Q3069712 Pedagogia
O conceito de transposição didática é uma tendência na prática do ensino da matemática cujo objeto de estudo é a compatibilização de conceitos e teorias muitas vezes complexas com a especificidade dos saberes escolares. Sendo assim, pode-se definir a transposição didática como:
Alternativas
Q3069711 Pedagogia
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), a área da matemática está pautada por princípios decorrentes de estudos, pesquisas, práticas e debates desenvolvidos nos últimos anos. Dentre esses princípios, assinale a afirmativa INCORRETA.
Alternativas
Q3069696 Pedagogia
    Posso pensar que os PCNs não inauguram um novo objeto para o ensino de português, eles mesmos se veem como uma espécie de síntese do que foi possível aprender e avançar nessas três últimas décadas a partir de questões do tipo: para que ensino o que ensino? Para quem se ensina? Em que ordem social isto acontece? A quais exigências da sociedade a escola pretende responder?

   A discussão sobre o ensino de língua portuguesa, nos PCNs, como também nas propostas curriculares estaduais produzidas nos anos 80, é orientada por fatores de caráter social, “externo” à própria disciplina como, por exemplo, a presença na escola de uma clientela diferente daquela que veio frequentando os bancos escolares até a década de 60; a questão da ordem social assumida a partir da década de 80 após anos de ditadura; e, pela constatação mais uma vez do fracasso da escola no enfrentamento de problemas relacionados à evasão, repetência e analfabetismo. No bojo das discussões um discurso voltado para uma “pedagogia sociológica”, cuja vertente dialético-marxista enfoca as contradições da escola democrática, seu desejo de transformação e de superação em busca da emancipação das camadas populares da sociedade.

     Por outro lado, o ensino de língua portuguesa passa a ser repensado por razões internas (inerentes ao desenvolvimento de novos paradigmas no campo das ciências e da linguagem) que orientam a discussão a partir de conhecimentos sobre quem ensina e quem aprende; sobre como se ensina e como se aprende; sobre linguagem e língua. Pesquisas na área interdisciplinar, como psicologia, sociologia, linguística, psicolinguística e sociolinguística, desencadeiam um esforço de revisão das práticas de ensino da língua, na direção de orientá-las para a ressignificação das noções de erro construtivo, de conflito cognitivo, de conhecimento prévio que o aluno traz para a escola, de construção do conhecimento de natureza conceitual através da interação com o objeto etc. Por outro lado, o campo das ciências da linguagem (em substituição ao estruturalismo e teoria da comunicação) aponta para a concepção da linguagem como forma de interação mediadora e constitutiva das relações sociais, para a percepção das diferenças dialetais, para a necessidade de se ensinar a partir da diversidade textual, para adoção das práticas de leitura e produção e de análise linguística em suas condições de uso e de reflexão como conteúdo da disciplina.

    Nesse discurso assumido pelos PCNs pode-se ler uma crítica velada e explícita ao ensino tradicional, entendido como aquele que desconsidera a realidade e os interesses dos alunos, a excessiva escolarização das atividades de leitura e de escrita, artificialidade e fragmentação dos trabalhos, a visão de língua como sistema fixo e imutável de regras, o uso do texto como pretexto para o ensino da gramática e para a inculcação de valores morais, a excessiva valorização da gramática normativa e das regras de exceção, o preconceito contra as formas de oralidade e contra as variedades não padrão, o ensino descontextualizado da metalinguagem apoiado em fragmentos linguísticos e frases soltas. Nessa perspectiva a finalidade do ensino de língua portuguesa, segundo o documento, deixa de ser exclusivamente o desenvolvimento de habilidades de leitura e de produção ou o domínio da língua escrita padrão, para passar a ser o domínio da competência textual além dos limites escolares, na solução dos problemas da vida como no acesso aos bens culturais e à participação plena no mundo letrado.


(FERREIRA, Norma Sandra de Almeida. Ainda uma Leitura dos Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa. Disponível em: https://www.fe.unicamp.br/alle/textos/ Acesso em: agosto de 2024. Fragmento.)
Na escola Viva Educação, os professores de língua portuguesa estão reavaliando os seus métodos de avaliação para alinhar-se melhor aos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Eles observam que os alunos têm dificuldades em aplicar habilidades de leitura e produção textual em contextos diversos. Para melhorar a eficácia das avaliações, os professores decidem implementar novos métodos que considerem não apenas a gramática normativa, mas também a capacidade dos alunos de utilizar a linguagem de forma funcional e crítica em situações reais de comunicação. Com base no caso hipotético apresentado, trata-se de ação que os professores podem adotar para alinhar suas avaliações às diretrizes dos PCNs:
Alternativas
Q3069695 Pedagogia
    Posso pensar que os PCNs não inauguram um novo objeto para o ensino de português, eles mesmos se veem como uma espécie de síntese do que foi possível aprender e avançar nessas três últimas décadas a partir de questões do tipo: para que ensino o que ensino? Para quem se ensina? Em que ordem social isto acontece? A quais exigências da sociedade a escola pretende responder?

   A discussão sobre o ensino de língua portuguesa, nos PCNs, como também nas propostas curriculares estaduais produzidas nos anos 80, é orientada por fatores de caráter social, “externo” à própria disciplina como, por exemplo, a presença na escola de uma clientela diferente daquela que veio frequentando os bancos escolares até a década de 60; a questão da ordem social assumida a partir da década de 80 após anos de ditadura; e, pela constatação mais uma vez do fracasso da escola no enfrentamento de problemas relacionados à evasão, repetência e analfabetismo. No bojo das discussões um discurso voltado para uma “pedagogia sociológica”, cuja vertente dialético-marxista enfoca as contradições da escola democrática, seu desejo de transformação e de superação em busca da emancipação das camadas populares da sociedade.

     Por outro lado, o ensino de língua portuguesa passa a ser repensado por razões internas (inerentes ao desenvolvimento de novos paradigmas no campo das ciências e da linguagem) que orientam a discussão a partir de conhecimentos sobre quem ensina e quem aprende; sobre como se ensina e como se aprende; sobre linguagem e língua. Pesquisas na área interdisciplinar, como psicologia, sociologia, linguística, psicolinguística e sociolinguística, desencadeiam um esforço de revisão das práticas de ensino da língua, na direção de orientá-las para a ressignificação das noções de erro construtivo, de conflito cognitivo, de conhecimento prévio que o aluno traz para a escola, de construção do conhecimento de natureza conceitual através da interação com o objeto etc. Por outro lado, o campo das ciências da linguagem (em substituição ao estruturalismo e teoria da comunicação) aponta para a concepção da linguagem como forma de interação mediadora e constitutiva das relações sociais, para a percepção das diferenças dialetais, para a necessidade de se ensinar a partir da diversidade textual, para adoção das práticas de leitura e produção e de análise linguística em suas condições de uso e de reflexão como conteúdo da disciplina.

    Nesse discurso assumido pelos PCNs pode-se ler uma crítica velada e explícita ao ensino tradicional, entendido como aquele que desconsidera a realidade e os interesses dos alunos, a excessiva escolarização das atividades de leitura e de escrita, artificialidade e fragmentação dos trabalhos, a visão de língua como sistema fixo e imutável de regras, o uso do texto como pretexto para o ensino da gramática e para a inculcação de valores morais, a excessiva valorização da gramática normativa e das regras de exceção, o preconceito contra as formas de oralidade e contra as variedades não padrão, o ensino descontextualizado da metalinguagem apoiado em fragmentos linguísticos e frases soltas. Nessa perspectiva a finalidade do ensino de língua portuguesa, segundo o documento, deixa de ser exclusivamente o desenvolvimento de habilidades de leitura e de produção ou o domínio da língua escrita padrão, para passar a ser o domínio da competência textual além dos limites escolares, na solução dos problemas da vida como no acesso aos bens culturais e à participação plena no mundo letrado.


(FERREIRA, Norma Sandra de Almeida. Ainda uma Leitura dos Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa. Disponível em: https://www.fe.unicamp.br/alle/textos/ Acesso em: agosto de 2024. Fragmento.)
Em uma turma do 9º ano, os alunos estão com dificuldades em aplicar corretamente as regras de concordância verbal e nominal. O professor de língua portuguesa decide implementar atividades que envolvem análise de textos, exercícios de reescrita e criação de frases que exigem atenção à concordância. De acordo com essa situação hipotética e com base nos PCNs, trata-se de competência que o professor está priorizando ao planejar as atividades: 
Alternativas
Q3069693 Pedagogia
    Posso pensar que os PCNs não inauguram um novo objeto para o ensino de português, eles mesmos se veem como uma espécie de síntese do que foi possível aprender e avançar nessas três últimas décadas a partir de questões do tipo: para que ensino o que ensino? Para quem se ensina? Em que ordem social isto acontece? A quais exigências da sociedade a escola pretende responder?

   A discussão sobre o ensino de língua portuguesa, nos PCNs, como também nas propostas curriculares estaduais produzidas nos anos 80, é orientada por fatores de caráter social, “externo” à própria disciplina como, por exemplo, a presença na escola de uma clientela diferente daquela que veio frequentando os bancos escolares até a década de 60; a questão da ordem social assumida a partir da década de 80 após anos de ditadura; e, pela constatação mais uma vez do fracasso da escola no enfrentamento de problemas relacionados à evasão, repetência e analfabetismo. No bojo das discussões um discurso voltado para uma “pedagogia sociológica”, cuja vertente dialético-marxista enfoca as contradições da escola democrática, seu desejo de transformação e de superação em busca da emancipação das camadas populares da sociedade.

     Por outro lado, o ensino de língua portuguesa passa a ser repensado por razões internas (inerentes ao desenvolvimento de novos paradigmas no campo das ciências e da linguagem) que orientam a discussão a partir de conhecimentos sobre quem ensina e quem aprende; sobre como se ensina e como se aprende; sobre linguagem e língua. Pesquisas na área interdisciplinar, como psicologia, sociologia, linguística, psicolinguística e sociolinguística, desencadeiam um esforço de revisão das práticas de ensino da língua, na direção de orientá-las para a ressignificação das noções de erro construtivo, de conflito cognitivo, de conhecimento prévio que o aluno traz para a escola, de construção do conhecimento de natureza conceitual através da interação com o objeto etc. Por outro lado, o campo das ciências da linguagem (em substituição ao estruturalismo e teoria da comunicação) aponta para a concepção da linguagem como forma de interação mediadora e constitutiva das relações sociais, para a percepção das diferenças dialetais, para a necessidade de se ensinar a partir da diversidade textual, para adoção das práticas de leitura e produção e de análise linguística em suas condições de uso e de reflexão como conteúdo da disciplina.

    Nesse discurso assumido pelos PCNs pode-se ler uma crítica velada e explícita ao ensino tradicional, entendido como aquele que desconsidera a realidade e os interesses dos alunos, a excessiva escolarização das atividades de leitura e de escrita, artificialidade e fragmentação dos trabalhos, a visão de língua como sistema fixo e imutável de regras, o uso do texto como pretexto para o ensino da gramática e para a inculcação de valores morais, a excessiva valorização da gramática normativa e das regras de exceção, o preconceito contra as formas de oralidade e contra as variedades não padrão, o ensino descontextualizado da metalinguagem apoiado em fragmentos linguísticos e frases soltas. Nessa perspectiva a finalidade do ensino de língua portuguesa, segundo o documento, deixa de ser exclusivamente o desenvolvimento de habilidades de leitura e de produção ou o domínio da língua escrita padrão, para passar a ser o domínio da competência textual além dos limites escolares, na solução dos problemas da vida como no acesso aos bens culturais e à participação plena no mundo letrado.


(FERREIRA, Norma Sandra de Almeida. Ainda uma Leitura dos Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa. Disponível em: https://www.fe.unicamp.br/alle/textos/ Acesso em: agosto de 2024. Fragmento.)
Na escola estadual Nova Geração, os professores de língua portuguesa estão revisando o currículo à luz dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). O objetivo é tornar o ensino mais relevante e adaptado às necessidades sociais contemporâneas. Os professores se deparam com questões sobre como ensinar a disciplina de forma que responda às demandas da sociedade atual, levando em consideração tanto fatores sociais quanto avanços nas ciências da linguagem. Considerando o caso hipotético apresentado, refere-se a uma ação que os professores podem implementar para alinhar seu ensino às diretrizes dos PCNs:
Alternativas
Q3069589 Pedagogia
Como a nossa sociedade sofre um ritmo intenso de modificações, a escola e o ensino de história em especial têm de acompanhar esse processo sob pena de transmitir conhecimentos já ultrapassados. Para isso, deve incorporar os temas e as inovações tecnológicas com que os alunos já lidam no seu cotidiano. Constitui-se, hoje, para os educadores do ensino fundamental e médio, um desafio muito grande ensinar alunos que têm contato cada vez maior com os meios de comunicação e sofrem a influência da televisão, rádio, jornal, videogames[...], computador, redes de informações etc. Discutir a respeito da utilização das Novas Tecnologias da Informação e da Comunicação(TICs) no ensino de história não chega a ser uma novidade. Como nas demais áreas constituintes do currículo escolar, o campo da história tem sido objeto de estudos, que procura defender a utilização dos recursos tecnológicos como importante meio na busca de uma melhor realização do processo de ensino-aprendizagem, desde que: 
Alternativas
Q3069585 Pedagogia
Trabalhar com teoria e metodologia em sala de aula pode se tornar um fardo tanto para o professor quanto para o aluno, se o docente não pensar as definições operacionais que visem à escola e ao entendimento do aluno, conforme a sua vivência e seu meio. Os conceitos devem ser trabalhados a partir de um acontecimento histórico que convide o aluno a reflexão: [...] ao fazer leituras a respeito dos presidentes chilenos do século XX, o aluno deverá ser capaz de efetuar nomeações a partir de dois conceitos: regimes democráticos e regimes autoritários. Ao fazer esse exercício teórico, ele vai entrar em contato com as diferentes possibilidades de interpretação, ou de construção, do fato histórico.

(SEFFNER, 2000:261.)

O tratamento de fontes históricas é válido para ajudar nessa reflexão teórica. Pensando numa hipótese de prática especificamente nesse quesito (fontes históricas), para trabalhar as diferentes possibilidades de interpretação, ou de construção do fato histórico, podemos apontar como correta a seguinte atitude:
Alternativas
Q3069583 Pedagogia
O cinema não deve ser visto apenas como mais um recurso didático-pedagógico, mas também como forma de socialização, assim como a educação. Nesse sentido e, ainda, seguindo o que afirmam os PCNs: “a história não é ensinada apenas no espaço escolar, os alunos têm acesso a inúmeras informações e imagens transmitidas por diversos meios – rádio, livros, enciclopédias, jornais, revistas, televisão, cinema, vídeo e computadores –, que também difundem personagens, fatos, datas, cenários e costumes que os instigam a pensar sobre diferentes contextos e vivências”.

(MOCELLIN, 2003, p. 11.)

Uma série de obras e teorias embasam teoricamente o uso de filmes em sala de aula e destacam sua importância. Essa mídia, entre outras, pode e deve ser usada pelo professor de história, pois:
Alternativas
Q3069582 Pedagogia
De acordo com Mosquera (2012), “Qualquer pessoa pode ser o orientador inicial do aluno cego, desde que esteja disposta a passar cerca de três horas semanais motivando e ensinando os procedimentos básicos para o aprendizado de algumas técnicas [...]”. Sobre os aspectos importantes a serem considerados na orientação de um estudante cego ou com deficiências visuais, analise as assertivas abaixo, assinalando V, se verdadeiras, ou F, se falsas.

( ) Ter conhecimento do diagnóstico médico e das atuais condições psicomotoras do aluno, se a deficiência é congênita ou adquirida, causa e qual a experiência motora anterior do aluno.
( ) Saber inicialmente quais são as maiores dificuldades de deslocamento do aluno: andar com desequilíbrio, perder-se com facilidade, medo e não ter motivação para arriscar alguns passos sozinho.
( ) Apresentar a escola mostrando seus pontos principais e fazendo referências a objetos fixos de cada local, sendo que todos os percursos da escola devem ser seguidos de uma referência fixa.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
Alternativas
Q3069581 Pedagogia
A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva tem como objetivo assegurar a inclusão escolar de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, __________ os sistemas de ensino para garantir: acesso ao ensino regular, com participação, aprendizagem e continuidade ______________________.
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima.
Alternativas
Q3069580 Pedagogia
De acordo com as Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado (AEE) na Educação Básica, na modalidade Educação Especial, o projeto pedagógico da escola de ensino regular deve institucionalizar a oferta do AEE, prevendo na sua organização:

I. Sala de recursos multifuncionais: espaço físico, mobiliário, materiais didáticos, recursos pedagógicos e de acessibilidade e equipamentos específicos.
II. Matrícula no AEE apenas para alunos matriculados no ensino regular da própria escola.
III. Cronograma de atendimento aos alunos.

Quais estão corretas?
Alternativas
Q3069578 Pedagogia
Segundo Kleina (2012), “Ao trabalharmos com alunos com necessidades educacionais especiais, temos de considerar que esses alunos poderão ter dificuldade em usar alguns dos recursos didáticos, e, por esse motivo, teremos de adaptá-los de acordo com as necessidades dos educandos”. São adaptações para estudantes com deficiência físico-motora, EXCETO:
Alternativas
Respostas
1761: C
1762: D
1763: D
1764: B
1765: B
1766: D
1767: D
1768: A
1769: D
1770: D
1771: D
1772: A
1773: D
1774: C
1775: C
1776: D
1777: D
1778: B
1779: C
1780: C