Questões de Concurso
Sobre história, modelos, métodos e práticas da terapia ocupacional em terapia ocupacional
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I. As mudanças que ocorrem com o envelhecimento podem diminuir a capacidade da pessoa idosa para realizar suas ocupações, porém a capacidade de se engajar nelas e obter a sensação de bem-estar permanece. II. Avaliar o nível de participação em atividades dos idosos para compreender os fatores que impactam a participação ocupacional é secundário. III. Segundo a revisão de literatura, as atividades instrumentais são as mais preservadas entre as pessoas idosas. IV. O desenvolvimento relativamente estável de hábitos e papéis ao longo da vida, em diferentes áreas ocupacionais do idoso, tende a fortalecer a manutenção da habituação, ou seja, o engajamento em novas atividades é mais evidente na pessoa idosa. Quais estão corretas?
I. O trabalho do fisioterapeuta é focado na prevenção e reabilitação de pessoas com distúrbios do movimento, atendendo por exemplo, pacientes com deficiências (sejam de natureza cardíaca, respiratória, neurológica ou qualquer outra) que tenham sua capacidade motora afetada.
II. A terapia ocupacional é focada na ocupação/atividade humana. Seus objetos de trabalho e seus objetivos são completamente diferentes.
III. Se o paciente tiver um comprometimento motor que também interfira na parte ocupacional, o fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional podem contribuir e trabalhar juntos. Mas há casos, como os de pessoas com transtornos mentais, em que a terapia ocupacional não tem nada a ver com a fisioterapia.
IV. Entre os espaços de atuação da Terapia Ocupacional estão hospitais, clínicas, Unidades de Terapia Intensiva e enfermarias, centros de reabilitação, ambulatórios, hospitais psiquiátricos, hospitais-dia, centros de atenção psicossocial (adulto, infantil e dependência química), unidades básicas de saúde, unidades de saúde da família, escolas, creches, asilos, empresas, presídios, oficinas terapêuticas e profissionalizantes.
Estão CORRETOS:
A atividade humana se manifesta como um processo simples, não como um processo que influencia totalmente a existência humana ao longo do tempo, nem mesmo é influenciada por contexto históricos e/ou materiais (econômicos, políticos, culturais) específicos. Sob uma perspectiva crítica da terapia ocupacional, a atividade humana não é material de estudo nem mesmo importante para o terapeuta organizacional.
Considerando a terapia ocupacional social, devemos tratar de trabalhar ainda mais com a atividade sendo uma abstração vazia de sentido concreto para aquele indivíduo, sendo que a nossa ação deve dispor de orientações para necessidades físicas de cada paciente, sem que as atividades absorvam da psicologia a dimensão inconsciente, tornando-se um conceito permeado de historicidade, nutrido pela dimensão sóciopolítica e cultural enquanto instrumento para a emancipação.
De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Terapia Ocupacional, não é exigido que o profissional da área relacione a problemática específica da população com os processos sociais, culturais e políticos, nem que tenha conhecimento dos fatores da mesma ordem.
A avaliação nunca foi tema de interesse na área da terapia ocupacional, pois para o terapeuta ocupacional, o processo avaliativo é restrito e incontínuo, sendo somente necessário para alguns casos em etapas iniciais de observação, sendo que no restante da intervenção a avaliação não é necessária, independente do caso.
É correto afirmar que, na terapia ocupacional, o processo de avaliação possui de alicerce a caracterização do perfil ocupacional do paciente que pode ser identificado a partir da observação dos seus desafios de participação, sua história, rotina, interesse, valores e entre outros. Além disso, também possui a análise do desempenho ocupacional do indivíduo, investigando quais aspectos limitam a participação do indivíduo em atividades relevantes e de seu interesse.
Mesmo que o terapeuta ocupacional esteja incluso em intervenções sobre o tecido social, não é de interesse da terapia ocupacional observar ações que vão além do acompanhamento direto a indivíduos, grupos e famílias. Sendo assim, intervenções que destacam as contradições nas relações raciais, sociais, culturais econômicas e históricas, a partir de casos individuais, não possuem importância para as ações do profissional.
É possível considerar que a anatomia não é um dos conhecimentos mais essenciais para a terapia ocupacional, pois, ao ponderar que o terapeuta ocupacional deve ajudar os indivíduos a (re)adaptarem-se às atividades diárias da vida humana conforme suas necessidades, as competências derivadas dos estudos da anatomia, como compreender as funções de órgãos e sistemas e correlacionar ossos, articulações, músculos, vasos e nervos com as regiões topográficas, podem não ter tanta relevância no cotidiano do terapeuta ocupacional.
O trabalho como uma centralidade na constituição da identidade do indivíduo e sua implicação na interação social é uma questão frequentemente abordada na clínica de um terapeuta ocupacional. Assim, podemos afirmar que uma intervenção eficaz em um terapia ocupacional relacionada ao trabalho do indivíduo estaria relacionada a uma compreensão do indivíduo em sua totalidade, considerando sua história de vida, contexto sociocultural em que está inserido, papéis ocupacionais que exerce, bem como sua estrutura psíquica e maneira de estabelecer relações e vivenciar afetos, dando importância ao conteúdo simbólico do trabalho, as relações subjetivas do trabalhador com sua atividade, o desgaste gerado pelo trabalho e os efeitos sobre a saúde física e mental dos indivíduos.
Na Terapia Ocupacional, as abordagens corporais constituem-se como estratégias expressivas que promovem aos sujeitos reconhecimento dos seus corpos, suas singularidades e potencialidades, dentre as quais se insere a dança. Diante disso, podemos afirmar que atividades corporais como música, teatro e dança podem proporcionar a aproximação com o corpo, favorecendo a interação social e comunicativa, além de possibilitar a percepção de si e do mundo.
Na Terapia Ocupacional, as abordagens corporais constituem-se como estratégias expressivas que promovem aos sujeitos reconhecimento dos seus corpos, suas singularidades e potencialidades, dentre as quais se insere a dança. Diante disso, podemos afirmar que atividades corporais como música, teatro e dança podem proporcionar a aproximação com o corpo, favorecendo a interação social e comunicativa, além de possibilitar a percepção de si e do mundo.
Podemos afirmar que, no tecido social, toda prática em terapia ocupacional é política justamente porque lida com um mundo concreto, uma sociedade em particular e com um mundo que queremos construir. Tem relação com o tipo de questões que são produzidas por nossas ações e uma sociedade e mercado neoliberais, com um desejado tipo de governança. É política porque somos produzidos por nós mesmos a partir de problemas sociais, porque os questionamos a partir de uma realidade a que pertencemos e de que participamos.