Questões de Concurso Público Prefeitura de Piracanjuba - GO 2023 para Médico Veterinário
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I. Após a colheita de material do sistema nervoso central, as amostras devem ser refrigeradas (de 2ºC a 8°C), desde que posam chegar ao laboratório em até 24 horas após a colheita. Na impossibilidade de remessa nesse período, as amostras devem ser congeladas a -24°C;
II. As partes anatômicas a serem colhidas para posterior avaliação laboratorial incluem fragmentos do cérebro com hipocampo, cerebelo, córtex, medula e tronco encefálico íntegro, incluindo o óbex. Para o diagnóstico das encefalopatias espongiformes transmissíveis, preconiza-se a colheita do hipotálamo e da medula cervical;
III. Não é recomendado o envio da cabeça inteira, devido ao risco de difusão do material infectante e à dificuldade de preservação do tecido, pois o tempo de transporte pode inviabilizar o processamento laboratorial;
IV. As amostras colhidas devem ser acondicionadas em duplo ou triplo saco plástico resistente e vedado, ou em frasco plástico resistente, de boca larga e fechamento hermético, revestido por saco plástico vedado. A depender da suspeita clínica, deve-se conservar as amostras de modo a possibilitar a realização de testes com vistas ao diagnóstico molecular, à pesquisa direta de patógenos e/ ou ao diagnóstico histopatológico.
I. A leishmaniose canina é uma doença progressiva, que causa reação inflamatória crônica do tipo granulomatosa, caracterizada pela presença de células epitelioides (macrófagos) com visualização de formas amastigotas no seu citoplasma, além de plasmócitos e linfócitos, associados a variados graus de fibroplasia e desorganização tecidual local.
II. As células epitelioides são as mais características dos granulomas típicos e possuem função primária de fagocitose. Recebem esse nome porque, quando se acumulam em alguma região, assumem aspecto que lembra o epitélio pavimentoso, com células maiores que macrófagos ativados.
III. Devido à persistência do estímulo imunitário, o granuloma descrito nas infecções por Leishmania infantum é patognomônico, e é constituído por uma área central com necrose do tipo caseosa, pela presença de diversas células gigantes multinucleadas do tipo Langhans, circundadas por um cordão de células linfoplasmocíticas. As áreas de necrose caseosa podem sofrer calcificação metastática.
I. As salmonelas paratíficas podem causar doença clínica e comprometer a produção avícola, com perdas econômicas, além de ter importante significado para a saúde pública. As infecções por essas salmonelas podem produzir portadores assintomáticos, o que dificulta a identificação dessas aves e aumenta o risco de comercialização de carcaças e ovos contaminados.
II. O uso de vacinas vivas e inativadas contra salmonelas paratíficas é permitido somente em matrizeiros, ao passo que a administração de vacina contra qualquer tipo de salmonela é proibida em granjas de seleção genética (linhagens puras), bisavozeiros e avozeiros.
III. Estabelecimentos de reprodução de aves como núcleos de seleção genética, bisavozeiros, avozeiros e matrizeiros devem, obrigatoriamente, ser livres para Salmonella gallinarum, Salmonella pullorum, Salmonella enteritidis e Salmonella typhimurium;
IV. Na pulorose, a principal via de transmissão da doença é a vertical, pois acomete principalmente os pintinhos na primeira semana de vida e desencadeia quadros de diarreia esbranquiçada e tamponamento cloacal. Por seu turno, o tifo aviário, considerado uma doença reemergente no Brasil, de mortalidade variável e constante, é uma doença de caráter septicêmico e toxêmico em frangos de corte, poedeiras e reprodutoras adultas.
V. É realizado o sacrifício/abate de todas as aves e o descarte de ovos férteis ou não, oriundos de estabelecimentos de reprodução (núcleos de seleção genética, bisavozeiros, avozeiros e matrizeiros) quando a Salmonella pullorum e a Salmonella gallinarum forem identificadas na criação.
I. Sobre os animais peçonhentos e venenosos de relevância para a saúde pública, a educação em saúde, visando à conscientização da população quanto à prevenção de acidentes, deve realizar-se quando houver a percepção da presença desses animais no local, com orientações aos cidadãos quanto ao manejo do ambiente, a fim de desfavorecer a permanência e a proliferação desses animais.
II. Existem medidas preventivas a serem realizadas pela população nas áreas externas das edificações, tais como: manter limpos quintais, jardins e terrenos, evitando o acúmulo de material orgânico, lixo e outros materiais inservíveis (caixotes, móveis, pneus etc.), que podem servir de abrigo a esses animais; manter fossas sépticas bem vedadas, para evitar a passagem de baratas, escorpiões e outros animais sinantrópicos; preservar predadores naturais, como seriemas, corujas, sapos, lagartixas e galinhas.
III. As principais medidas de prevenção da instalação e do alojamento de pombos e morcegos voltadas para residências, escolas e locais de grande movimentação de pessoas são: utilização de artifícios e mecanismos físicos, químicos ou outros, que propiciem a vedação de espaços e vãos, impedindo o acesso dos animais a forros e a outras áreas em que possam abrigar-se e fazer ninhos, como tela, rede, geleia, tinta, repelente, prego, fio de nylon, e que também impeçam ou dificultem o pouso das aves, como a inclinação de muros e beirais; não alimentação de pombos, bem como o impedimento de seu acesso à água e a restos de alimentos ou a alimentos dos animais domésticos e em cativeiro;
IV. A melhor forma de combater a presença dos animais sinantrópicos é por meio do controle dos chamados “quatro A”: água, alimento, abrigo e acasalamento, necessários para a sobrevivência deles, pois alguns são considerados pragas pela capacidade de transmissão de doenças (mosquitos, ratos, pombos urbanos) como dengue, chikungunya raiva, febre amarela, leptospirose, febre bubônica, criptococose, salmonelose. Outros cumprem um importante papel na natureza, como morcegos e abelhas, e devem ser preservados.
I. O processo de esterilização é a eliminação ou destruição completa de todas as formas de vida microbiana, e é executado no próprio estabelecimento de saúde, através de processos físicos, como o vapor quente sob pressão, e químicos, como o uso de álcool, de compostos quaternários de amônia e peróxido de hidrogênio.
II. A desinfecção é o processo que elimina todos os microorganismos ou objetos inanimados patológicos, com exceção dos endosporos bacterianos. Como exemplo de produtos químicos empregáveis, tem-se o iodo, o álcool e compostos biclorados, como hipocloritos de sódio ou cálcio. Um bom exemplo de processo físico para desinfecção é a pasteurização;
III. Os processos de desinfecção e esterilização devem ser precedidos de limpeza, que consiste na utilização de água e detergente para remoção de materiais estranhos aos objetos, como sangue, fragmentos de tecidos orgânicos, sujeira etc.
IV. Os processos de esterilização devem ser monitorados, e o uso de indicadores pode ser um método seguro de verificação de sua eficácia.
Marque a alternativa correta:
I. Ciência que investiga fatores determinantes no processo de saúde-doença e avalia os impactos das ações para alterar a situação de saúde.
II. Ciência baseada em pesquisa e evidências científicas que visam à determinação das condições de saúde da população e à busca sistemática de conhecimentos sobre agentes etiológicos de doenças e fatores determinantes e possíveis fatores de risco envolvidos.
III. Ciência que permite avaliar características ligadas aos animais, inclusive o homem, ao espaço físico e ao tempo.
IV. Ciência que avalia estratégias a serem adotadas e seus impactos, a fim de diminuir a ocorrência de doenças, mas não de erradicar, pois as intervenções em saúde visam apenas ao controle das doenças.
( ) Os resíduos classificados como Grupo A contêm produtos químicos que representam periculosidade à saúde pública ou ao meio ambiente, conforme suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade, mutagenicidade e quantidade.
( ) Os resíduos classificados como Grupo C são materiais que contêm radionuclídeos em quantidade superior aos níveis de dispensa especificados em norma da Comissão Nacional de Energia Nuclear, para os quais a reutilização é imprópria ou não prevista.
( ) Nos resíduos classificados como Grupo B é possível a presença de agentes biológicos que, por suas características, podem apresentar risco de infecção.
( ) Os resíduos classificados como Grupo D apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde, mas não ao meio ambiente.
( ) Os resíduos classificados como Grupo E são materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, lâminas de bisturi, lancetas, tubos capilares, ponteiras de micropipetas, lâminas e lamínulas, espátulas e todos os utensílios de vidro quebrados em laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de Petri) e similares.
I. São exemplos de riscos biológicos mordidas, lesões com materiais perfurocortantes, radiação e calor.
II. Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, os compostos ou produtos que possam penetrar no organismo do trabalhador pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos gases, neblinas, nevoas ou vapores, ou que sejam, pela natureza da atividade, de exposição e possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão.
III. Os agentes de risco biológico são micro-organismos que, em contato com o homem, podem provocar inúmeras doenças. Os riscos biológicos distribuem-se em quatro classes; a classe 1 inclui os agentes biológicos que provocam infecções no homem ou nos animais, cujo potencial de propagação na comunidade e de disseminação no meio ambiente é limitado e para os quais existem medidas profiláticas e terapêuticas reconhecidamente eficazes.
IV. Consideram-se agentes de risco físico as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, calor, frio, pressão, umidade, vibração e situação de estresses.
I. A Resolução n.º 1.236, de 29 de outubro de 2018, do Conselho Federal de Medicina Veterinária, determina e define que o médico veterinário deve registrar, no prontuário médico, parecer ou relatório, a constatação ou suspeita de crueldade, abuso ou maus-tratos, para se eximir da participação ou omissão em face de ato danoso ao(s) animal(is). No registro, deve indicar o responsável, o local, a data de ocorrência, os fatos e as situações pormenorizados, e finalizar com sua assinatura, carimbo e data do documento.
II. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) também pode ser acionado, especialmente quando as condições de maus-tratos afetarem animais selvagens, silvestres e espécies exóticas. As secretarias de Meio Ambiente dos estados e municípios também devem ser acionadas nas situações em que existem condições de maus-tratos a animais selvagens, silvestres e espécies exóticas, bem como a espécies domésticas.
III. A denúncia de maus tratos é legitimada pelo Art. 32 da Lei Federal n.º 9.605, de 1998 (Lei de Crimes Ambientais), e o Art. 164 do Código Penal prevê o crime de abandono de animais para aqueles que introduzirem ou deixarem animais em propriedade alheia, sem consentimento de quem de direito, mesmo que o fato não resulte prejuízo.
IV. De acordo com Art. 32 da Lei Federal n.º 9.605/1998, aqueles que praticam atos de abusos, maus tratos, que ferem ou mutilam animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos, podem ser penalizados com pena de dois a cinco anos de reclusão, multa e proibição da guarda. A pena será aumentada em até 2/3 se ocorrer a morte do animal.