Questões de Concurso Público AL-MA 2022 para Técnico de Gestão Administrativa - Pedagogo
Foram encontradas 50 questões
Ano: 2022
Banca:
CEPERJ
Órgão:
AL-MA
Prova:
CEPERJ - 2022 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Pedagogo |
Q1913015
Português
Texto associado
O texto seguinte servirá de base para responder a questão.
Os fora-fila
Todos os dias, milhões de brasileiros perdem horas
preciosas em filas de ônibus, e reclamam
corretamente dos oportunistas fura-fila. Poucos
percebem os fora-fila: os que usam carros privados
e os que não têm dinheiro nem vale-transporte. Há
séculos, muitos brasileiros fazem fila para obter o
que precisam, enquanto outros não têm direito nem
mesmo de esperar em fila, por falta absoluta de
dinheiro; enquanto outros não precisam se
submeter a filas porque têm muito dinheiro.
Por causa das ineficiências econômicas, a palavra
"fila" caracteriza o dia a dia dos brasileiros, mas por
causa da injustiça social não se percebe os que
estão fora das filas, de um lado e outro da escala
de rendas. Alguns porque não precisam se
submeter a elas, graças a privilégios e dinheiro,
outros porque não têm o direito de entrar nelas. No
meio, imprensados, os da fila, ignorando os
extremos. Nós nos acostumamos a ver com
naturalidade os que não precisam e ainda mais os
que não conseguem entrar nas filas, por tratá-los
como invisíveis.
No setor da saúde, nos indignamos com os que
tentam furar a fila para tomar vacina, mas não
percebemos a injustiça quando furam a fila ao usar
dinheiro para o atendimento médico de um pediatra
para o filho, de um dentista e de profissionais de
todas as outras especialidades que não estão
disponíveis no SUS, com a urgência necessária.
Apesar do nome, o sistema nacional de saúde não
é único: de um lado, tem o SUS com suas filas; e,
do outro, o SEP - Sistema Exclusivo de Saúde -
sem fila para os que podem pagar.
Todos condenamos os fura-fila do SUS para tomar
vacina, mas todos aceitamos que se fure a fila nas
demais especialidades médicas, inclusive cirurgias,
por meio do uso do dinheiro. Em alguns casos, há
reclamação quando a fila se organiza por um
pequeno papel numerado, mas não se protesta
quando, perto dali, o atendimento é imediato,
porque no lugar do papel com o número da fila
usa-se papel moeda. Aceita-se furar fila graças ao
dinheiro. Nem se considera como fura fila. São os
fora-fila, aceitos por convenção de que o dinheiro
pode comprar saúde.
Na moradia, alguns entram na fila do programa
Minha Casa Minha Vida; outros não precisam,
compram diretamente a casa que desejam e
podem; outros também não entram na fila, porque
não têm as mínimas condições de financiamento.
O mesmo vale para a educação. Em função do
Coronavírus, o Brasil descobriu que algumas boas
escolas, em geral pagas e caras, com ensino
remoto, computadores e internet em casa,
permitem que alguns cheguem ao ENEM com mais
possibilidade de aprovação do que outros. Apesar
de que a aprovação é conquistada pelo mérito do
concorrente, os aprovados se beneficiaram da
exclusão de muitos concorrentes ao longo da
educação de base.
A desigualdade na qualidade da escola desiguala o
preparo entre os candidatos, como uma forma de
empurrar alguns para fora e outros para a frente da
fila. De certa forma, alguns furaram a fila para
ingresso na universidade, por pagarem uma boa
escola ainda na educação de base. E não há
reclamação porque os fora da fila são invisíveis,
porque não concluíram o Ensino Médio, ou
concluíram um Ensino Médio sem qualidade que
não lhes deu condição sequer de sonhar fazer o
ENEM.
Tanto quanto os que não podem pagar o transporte
público não entram na fila do ônibus, os analfabetos
(12 milhões de brasileiros) não entram na fila do
ENEM para ingresso na universidade. Foram
excluídos da formação, por falta de oportunidade
para desenvolver o talento no momento oportuno
da educação de base, e, por isso, ficam impedidos
de disputar, por mérito, uma vaga na universidade.
Ninguém fura fila para chegar à seleção brasileira
de futebol, porque todos tiveram a mesma chance.
A seleção é pelo mérito, graças ao fato de que a
bola é redonda para todos, independentemente da
renda.
Temos a preocupação de assegurar os mesmos
direitos para obter vacina, não o mesmo direito para
a qualidade e a urgência no atendimento de saúde
e de educação, independentemente da renda e do
endereço da pessoa. Nem ao menos consideramos
que há injustiça em furar fila usando dinheiro para
ter acesso à educação e à saúde de qualidade. É
como se fosse normal furar fila por se ter muito
dinheiro e normal ficar fora da fila por falta total de
dinheiro. No meio, ficam os que, por pouco dinheiro,
ficam na fila e se indignam com os que tentam
desrespeitar a ordem, sem atentar para os fora da
fila nos carros, ou os fora da fila caminhando. Os
primeiros aceitamos pelas leis do mercado, os
outros tornamos invisíveis.
"Todos os dias, milhões de brasileiros perdem
horas preciosas em filas de ônibus, ..."
A reescritura da passagem em destaque, que mantém também a norma culta da Língua Portuguesa, é:
A reescritura da passagem em destaque, que mantém também a norma culta da Língua Portuguesa, é:
Ano: 2022
Banca:
CEPERJ
Órgão:
AL-MA
Prova:
CEPERJ - 2022 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Pedagogo |
Q1913016
Português
Texto associado
O texto seguinte servirá de base para responder a questão.
Os fora-fila
Todos os dias, milhões de brasileiros perdem horas
preciosas em filas de ônibus, e reclamam
corretamente dos oportunistas fura-fila. Poucos
percebem os fora-fila: os que usam carros privados
e os que não têm dinheiro nem vale-transporte. Há
séculos, muitos brasileiros fazem fila para obter o
que precisam, enquanto outros não têm direito nem
mesmo de esperar em fila, por falta absoluta de
dinheiro; enquanto outros não precisam se
submeter a filas porque têm muito dinheiro.
Por causa das ineficiências econômicas, a palavra
"fila" caracteriza o dia a dia dos brasileiros, mas por
causa da injustiça social não se percebe os que
estão fora das filas, de um lado e outro da escala
de rendas. Alguns porque não precisam se
submeter a elas, graças a privilégios e dinheiro,
outros porque não têm o direito de entrar nelas. No
meio, imprensados, os da fila, ignorando os
extremos. Nós nos acostumamos a ver com
naturalidade os que não precisam e ainda mais os
que não conseguem entrar nas filas, por tratá-los
como invisíveis.
No setor da saúde, nos indignamos com os que
tentam furar a fila para tomar vacina, mas não
percebemos a injustiça quando furam a fila ao usar
dinheiro para o atendimento médico de um pediatra
para o filho, de um dentista e de profissionais de
todas as outras especialidades que não estão
disponíveis no SUS, com a urgência necessária.
Apesar do nome, o sistema nacional de saúde não
é único: de um lado, tem o SUS com suas filas; e,
do outro, o SEP - Sistema Exclusivo de Saúde -
sem fila para os que podem pagar.
Todos condenamos os fura-fila do SUS para tomar
vacina, mas todos aceitamos que se fure a fila nas
demais especialidades médicas, inclusive cirurgias,
por meio do uso do dinheiro. Em alguns casos, há
reclamação quando a fila se organiza por um
pequeno papel numerado, mas não se protesta
quando, perto dali, o atendimento é imediato,
porque no lugar do papel com o número da fila
usa-se papel moeda. Aceita-se furar fila graças ao
dinheiro. Nem se considera como fura fila. São os
fora-fila, aceitos por convenção de que o dinheiro
pode comprar saúde.
Na moradia, alguns entram na fila do programa
Minha Casa Minha Vida; outros não precisam,
compram diretamente a casa que desejam e
podem; outros também não entram na fila, porque
não têm as mínimas condições de financiamento.
O mesmo vale para a educação. Em função do
Coronavírus, o Brasil descobriu que algumas boas
escolas, em geral pagas e caras, com ensino
remoto, computadores e internet em casa,
permitem que alguns cheguem ao ENEM com mais
possibilidade de aprovação do que outros. Apesar
de que a aprovação é conquistada pelo mérito do
concorrente, os aprovados se beneficiaram da
exclusão de muitos concorrentes ao longo da
educação de base.
A desigualdade na qualidade da escola desiguala o
preparo entre os candidatos, como uma forma de
empurrar alguns para fora e outros para a frente da
fila. De certa forma, alguns furaram a fila para
ingresso na universidade, por pagarem uma boa
escola ainda na educação de base. E não há
reclamação porque os fora da fila são invisíveis,
porque não concluíram o Ensino Médio, ou
concluíram um Ensino Médio sem qualidade que
não lhes deu condição sequer de sonhar fazer o
ENEM.
Tanto quanto os que não podem pagar o transporte
público não entram na fila do ônibus, os analfabetos
(12 milhões de brasileiros) não entram na fila do
ENEM para ingresso na universidade. Foram
excluídos da formação, por falta de oportunidade
para desenvolver o talento no momento oportuno
da educação de base, e, por isso, ficam impedidos
de disputar, por mérito, uma vaga na universidade.
Ninguém fura fila para chegar à seleção brasileira
de futebol, porque todos tiveram a mesma chance.
A seleção é pelo mérito, graças ao fato de que a
bola é redonda para todos, independentemente da
renda.
Temos a preocupação de assegurar os mesmos
direitos para obter vacina, não o mesmo direito para
a qualidade e a urgência no atendimento de saúde
e de educação, independentemente da renda e do
endereço da pessoa. Nem ao menos consideramos
que há injustiça em furar fila usando dinheiro para
ter acesso à educação e à saúde de qualidade. É
como se fosse normal furar fila por se ter muito
dinheiro e normal ficar fora da fila por falta total de
dinheiro. No meio, ficam os que, por pouco dinheiro,
ficam na fila e se indignam com os que tentam
desrespeitar a ordem, sem atentar para os fora da
fila nos carros, ou os fora da fila caminhando. Os
primeiros aceitamos pelas leis do mercado, os
outros tornamos invisíveis.
"Nós nos acostumamos a ver com naturalidade os
que não precisam e ainda mais os que não
conseguem entrar nas filas, por tratá-los como
invisíveis." O termo sublinhado refere-se a algo
anteriormente mencionado no texto. Nesse caso, o
pronome em destaque estabelece uma relação de
referência a:
Ano: 2022
Banca:
CEPERJ
Órgão:
AL-MA
Prova:
CEPERJ - 2022 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Pedagogo |
Q1913017
Português
Texto associado
O texto seguinte servirá de base para responder a questão.
Os fora-fila
Todos os dias, milhões de brasileiros perdem horas
preciosas em filas de ônibus, e reclamam
corretamente dos oportunistas fura-fila. Poucos
percebem os fora-fila: os que usam carros privados
e os que não têm dinheiro nem vale-transporte. Há
séculos, muitos brasileiros fazem fila para obter o
que precisam, enquanto outros não têm direito nem
mesmo de esperar em fila, por falta absoluta de
dinheiro; enquanto outros não precisam se
submeter a filas porque têm muito dinheiro.
Por causa das ineficiências econômicas, a palavra
"fila" caracteriza o dia a dia dos brasileiros, mas por
causa da injustiça social não se percebe os que
estão fora das filas, de um lado e outro da escala
de rendas. Alguns porque não precisam se
submeter a elas, graças a privilégios e dinheiro,
outros porque não têm o direito de entrar nelas. No
meio, imprensados, os da fila, ignorando os
extremos. Nós nos acostumamos a ver com
naturalidade os que não precisam e ainda mais os
que não conseguem entrar nas filas, por tratá-los
como invisíveis.
No setor da saúde, nos indignamos com os que
tentam furar a fila para tomar vacina, mas não
percebemos a injustiça quando furam a fila ao usar
dinheiro para o atendimento médico de um pediatra
para o filho, de um dentista e de profissionais de
todas as outras especialidades que não estão
disponíveis no SUS, com a urgência necessária.
Apesar do nome, o sistema nacional de saúde não
é único: de um lado, tem o SUS com suas filas; e,
do outro, o SEP - Sistema Exclusivo de Saúde -
sem fila para os que podem pagar.
Todos condenamos os fura-fila do SUS para tomar
vacina, mas todos aceitamos que se fure a fila nas
demais especialidades médicas, inclusive cirurgias,
por meio do uso do dinheiro. Em alguns casos, há
reclamação quando a fila se organiza por um
pequeno papel numerado, mas não se protesta
quando, perto dali, o atendimento é imediato,
porque no lugar do papel com o número da fila
usa-se papel moeda. Aceita-se furar fila graças ao
dinheiro. Nem se considera como fura fila. São os
fora-fila, aceitos por convenção de que o dinheiro
pode comprar saúde.
Na moradia, alguns entram na fila do programa
Minha Casa Minha Vida; outros não precisam,
compram diretamente a casa que desejam e
podem; outros também não entram na fila, porque
não têm as mínimas condições de financiamento.
O mesmo vale para a educação. Em função do
Coronavírus, o Brasil descobriu que algumas boas
escolas, em geral pagas e caras, com ensino
remoto, computadores e internet em casa,
permitem que alguns cheguem ao ENEM com mais
possibilidade de aprovação do que outros. Apesar
de que a aprovação é conquistada pelo mérito do
concorrente, os aprovados se beneficiaram da
exclusão de muitos concorrentes ao longo da
educação de base.
A desigualdade na qualidade da escola desiguala o
preparo entre os candidatos, como uma forma de
empurrar alguns para fora e outros para a frente da
fila. De certa forma, alguns furaram a fila para
ingresso na universidade, por pagarem uma boa
escola ainda na educação de base. E não há
reclamação porque os fora da fila são invisíveis,
porque não concluíram o Ensino Médio, ou
concluíram um Ensino Médio sem qualidade que
não lhes deu condição sequer de sonhar fazer o
ENEM.
Tanto quanto os que não podem pagar o transporte
público não entram na fila do ônibus, os analfabetos
(12 milhões de brasileiros) não entram na fila do
ENEM para ingresso na universidade. Foram
excluídos da formação, por falta de oportunidade
para desenvolver o talento no momento oportuno
da educação de base, e, por isso, ficam impedidos
de disputar, por mérito, uma vaga na universidade.
Ninguém fura fila para chegar à seleção brasileira
de futebol, porque todos tiveram a mesma chance.
A seleção é pelo mérito, graças ao fato de que a
bola é redonda para todos, independentemente da
renda.
Temos a preocupação de assegurar os mesmos
direitos para obter vacina, não o mesmo direito para
a qualidade e a urgência no atendimento de saúde
e de educação, independentemente da renda e do
endereço da pessoa. Nem ao menos consideramos
que há injustiça em furar fila usando dinheiro para
ter acesso à educação e à saúde de qualidade. É
como se fosse normal furar fila por se ter muito
dinheiro e normal ficar fora da fila por falta total de
dinheiro. No meio, ficam os que, por pouco dinheiro,
ficam na fila e se indignam com os que tentam
desrespeitar a ordem, sem atentar para os fora da
fila nos carros, ou os fora da fila caminhando. Os
primeiros aceitamos pelas leis do mercado, os
outros tornamos invisíveis.
O autor do texto apresenta, ao longo da discussão,
o sentido do termo "Os fora-fila". Nesse contexto, é
possível afirmar que o conceito de "Fora-fila" está
associado à(s):
Ano: 2022
Banca:
CEPERJ
Órgão:
AL-MA
Prova:
CEPERJ - 2022 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Pedagogo |
Q1913018
Português
Texto associado
O texto seguinte servirá de base para responder a questão.
Os fora-fila
Todos os dias, milhões de brasileiros perdem horas
preciosas em filas de ônibus, e reclamam
corretamente dos oportunistas fura-fila. Poucos
percebem os fora-fila: os que usam carros privados
e os que não têm dinheiro nem vale-transporte. Há
séculos, muitos brasileiros fazem fila para obter o
que precisam, enquanto outros não têm direito nem
mesmo de esperar em fila, por falta absoluta de
dinheiro; enquanto outros não precisam se
submeter a filas porque têm muito dinheiro.
Por causa das ineficiências econômicas, a palavra
"fila" caracteriza o dia a dia dos brasileiros, mas por
causa da injustiça social não se percebe os que
estão fora das filas, de um lado e outro da escala
de rendas. Alguns porque não precisam se
submeter a elas, graças a privilégios e dinheiro,
outros porque não têm o direito de entrar nelas. No
meio, imprensados, os da fila, ignorando os
extremos. Nós nos acostumamos a ver com
naturalidade os que não precisam e ainda mais os
que não conseguem entrar nas filas, por tratá-los
como invisíveis.
No setor da saúde, nos indignamos com os que
tentam furar a fila para tomar vacina, mas não
percebemos a injustiça quando furam a fila ao usar
dinheiro para o atendimento médico de um pediatra
para o filho, de um dentista e de profissionais de
todas as outras especialidades que não estão
disponíveis no SUS, com a urgência necessária.
Apesar do nome, o sistema nacional de saúde não
é único: de um lado, tem o SUS com suas filas; e,
do outro, o SEP - Sistema Exclusivo de Saúde -
sem fila para os que podem pagar.
Todos condenamos os fura-fila do SUS para tomar
vacina, mas todos aceitamos que se fure a fila nas
demais especialidades médicas, inclusive cirurgias,
por meio do uso do dinheiro. Em alguns casos, há
reclamação quando a fila se organiza por um
pequeno papel numerado, mas não se protesta
quando, perto dali, o atendimento é imediato,
porque no lugar do papel com o número da fila
usa-se papel moeda. Aceita-se furar fila graças ao
dinheiro. Nem se considera como fura fila. São os
fora-fila, aceitos por convenção de que o dinheiro
pode comprar saúde.
Na moradia, alguns entram na fila do programa
Minha Casa Minha Vida; outros não precisam,
compram diretamente a casa que desejam e
podem; outros também não entram na fila, porque
não têm as mínimas condições de financiamento.
O mesmo vale para a educação. Em função do
Coronavírus, o Brasil descobriu que algumas boas
escolas, em geral pagas e caras, com ensino
remoto, computadores e internet em casa,
permitem que alguns cheguem ao ENEM com mais
possibilidade de aprovação do que outros. Apesar
de que a aprovação é conquistada pelo mérito do
concorrente, os aprovados se beneficiaram da
exclusão de muitos concorrentes ao longo da
educação de base.
A desigualdade na qualidade da escola desiguala o
preparo entre os candidatos, como uma forma de
empurrar alguns para fora e outros para a frente da
fila. De certa forma, alguns furaram a fila para
ingresso na universidade, por pagarem uma boa
escola ainda na educação de base. E não há
reclamação porque os fora da fila são invisíveis,
porque não concluíram o Ensino Médio, ou
concluíram um Ensino Médio sem qualidade que
não lhes deu condição sequer de sonhar fazer o
ENEM.
Tanto quanto os que não podem pagar o transporte
público não entram na fila do ônibus, os analfabetos
(12 milhões de brasileiros) não entram na fila do
ENEM para ingresso na universidade. Foram
excluídos da formação, por falta de oportunidade
para desenvolver o talento no momento oportuno
da educação de base, e, por isso, ficam impedidos
de disputar, por mérito, uma vaga na universidade.
Ninguém fura fila para chegar à seleção brasileira
de futebol, porque todos tiveram a mesma chance.
A seleção é pelo mérito, graças ao fato de que a
bola é redonda para todos, independentemente da
renda.
Temos a preocupação de assegurar os mesmos
direitos para obter vacina, não o mesmo direito para
a qualidade e a urgência no atendimento de saúde
e de educação, independentemente da renda e do
endereço da pessoa. Nem ao menos consideramos
que há injustiça em furar fila usando dinheiro para
ter acesso à educação e à saúde de qualidade. É
como se fosse normal furar fila por se ter muito
dinheiro e normal ficar fora da fila por falta total de
dinheiro. No meio, ficam os que, por pouco dinheiro,
ficam na fila e se indignam com os que tentam
desrespeitar a ordem, sem atentar para os fora da
fila nos carros, ou os fora da fila caminhando. Os
primeiros aceitamos pelas leis do mercado, os
outros tornamos invisíveis.
"Ninguém fura fila para chegar à seleção brasileira
de futebol..." Na passagem em destaque, o termo
sublinhado exerce função sintática de sujeito:
Ano: 2022
Banca:
CEPERJ
Órgão:
AL-MA
Prova:
CEPERJ - 2022 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Pedagogo |
Q1913019
Português
Texto associado
O texto seguinte servirá de base para responder a questão.
Os fora-fila
Todos os dias, milhões de brasileiros perdem horas
preciosas em filas de ônibus, e reclamam
corretamente dos oportunistas fura-fila. Poucos
percebem os fora-fila: os que usam carros privados
e os que não têm dinheiro nem vale-transporte. Há
séculos, muitos brasileiros fazem fila para obter o
que precisam, enquanto outros não têm direito nem
mesmo de esperar em fila, por falta absoluta de
dinheiro; enquanto outros não precisam se
submeter a filas porque têm muito dinheiro.
Por causa das ineficiências econômicas, a palavra
"fila" caracteriza o dia a dia dos brasileiros, mas por
causa da injustiça social não se percebe os que
estão fora das filas, de um lado e outro da escala
de rendas. Alguns porque não precisam se
submeter a elas, graças a privilégios e dinheiro,
outros porque não têm o direito de entrar nelas. No
meio, imprensados, os da fila, ignorando os
extremos. Nós nos acostumamos a ver com
naturalidade os que não precisam e ainda mais os
que não conseguem entrar nas filas, por tratá-los
como invisíveis.
No setor da saúde, nos indignamos com os que
tentam furar a fila para tomar vacina, mas não
percebemos a injustiça quando furam a fila ao usar
dinheiro para o atendimento médico de um pediatra
para o filho, de um dentista e de profissionais de
todas as outras especialidades que não estão
disponíveis no SUS, com a urgência necessária.
Apesar do nome, o sistema nacional de saúde não
é único: de um lado, tem o SUS com suas filas; e,
do outro, o SEP - Sistema Exclusivo de Saúde -
sem fila para os que podem pagar.
Todos condenamos os fura-fila do SUS para tomar
vacina, mas todos aceitamos que se fure a fila nas
demais especialidades médicas, inclusive cirurgias,
por meio do uso do dinheiro. Em alguns casos, há
reclamação quando a fila se organiza por um
pequeno papel numerado, mas não se protesta
quando, perto dali, o atendimento é imediato,
porque no lugar do papel com o número da fila
usa-se papel moeda. Aceita-se furar fila graças ao
dinheiro. Nem se considera como fura fila. São os
fora-fila, aceitos por convenção de que o dinheiro
pode comprar saúde.
Na moradia, alguns entram na fila do programa
Minha Casa Minha Vida; outros não precisam,
compram diretamente a casa que desejam e
podem; outros também não entram na fila, porque
não têm as mínimas condições de financiamento.
O mesmo vale para a educação. Em função do
Coronavírus, o Brasil descobriu que algumas boas
escolas, em geral pagas e caras, com ensino
remoto, computadores e internet em casa,
permitem que alguns cheguem ao ENEM com mais
possibilidade de aprovação do que outros. Apesar
de que a aprovação é conquistada pelo mérito do
concorrente, os aprovados se beneficiaram da
exclusão de muitos concorrentes ao longo da
educação de base.
A desigualdade na qualidade da escola desiguala o
preparo entre os candidatos, como uma forma de
empurrar alguns para fora e outros para a frente da
fila. De certa forma, alguns furaram a fila para
ingresso na universidade, por pagarem uma boa
escola ainda na educação de base. E não há
reclamação porque os fora da fila são invisíveis,
porque não concluíram o Ensino Médio, ou
concluíram um Ensino Médio sem qualidade que
não lhes deu condição sequer de sonhar fazer o
ENEM.
Tanto quanto os que não podem pagar o transporte
público não entram na fila do ônibus, os analfabetos
(12 milhões de brasileiros) não entram na fila do
ENEM para ingresso na universidade. Foram
excluídos da formação, por falta de oportunidade
para desenvolver o talento no momento oportuno
da educação de base, e, por isso, ficam impedidos
de disputar, por mérito, uma vaga na universidade.
Ninguém fura fila para chegar à seleção brasileira
de futebol, porque todos tiveram a mesma chance.
A seleção é pelo mérito, graças ao fato de que a
bola é redonda para todos, independentemente da
renda.
Temos a preocupação de assegurar os mesmos
direitos para obter vacina, não o mesmo direito para
a qualidade e a urgência no atendimento de saúde
e de educação, independentemente da renda e do
endereço da pessoa. Nem ao menos consideramos
que há injustiça em furar fila usando dinheiro para
ter acesso à educação e à saúde de qualidade. É
como se fosse normal furar fila por se ter muito
dinheiro e normal ficar fora da fila por falta total de
dinheiro. No meio, ficam os que, por pouco dinheiro,
ficam na fila e se indignam com os que tentam
desrespeitar a ordem, sem atentar para os fora da
fila nos carros, ou os fora da fila caminhando. Os
primeiros aceitamos pelas leis do mercado, os
outros tornamos invisíveis.
O uso da primeira pessoa do discurso na
construção textual provoca um impacto junto ao
leitor. Tal situação pode ser evidenciada, pois:
Ano: 2022
Banca:
CEPERJ
Órgão:
AL-MA
Prova:
CEPERJ - 2022 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Pedagogo |
Q1913020
Português
Texto associado
O texto seguinte servirá de base para responder a questão.
Os fora-fila
Todos os dias, milhões de brasileiros perdem horas
preciosas em filas de ônibus, e reclamam
corretamente dos oportunistas fura-fila. Poucos
percebem os fora-fila: os que usam carros privados
e os que não têm dinheiro nem vale-transporte. Há
séculos, muitos brasileiros fazem fila para obter o
que precisam, enquanto outros não têm direito nem
mesmo de esperar em fila, por falta absoluta de
dinheiro; enquanto outros não precisam se
submeter a filas porque têm muito dinheiro.
Por causa das ineficiências econômicas, a palavra
"fila" caracteriza o dia a dia dos brasileiros, mas por
causa da injustiça social não se percebe os que
estão fora das filas, de um lado e outro da escala
de rendas. Alguns porque não precisam se
submeter a elas, graças a privilégios e dinheiro,
outros porque não têm o direito de entrar nelas. No
meio, imprensados, os da fila, ignorando os
extremos. Nós nos acostumamos a ver com
naturalidade os que não precisam e ainda mais os
que não conseguem entrar nas filas, por tratá-los
como invisíveis.
No setor da saúde, nos indignamos com os que
tentam furar a fila para tomar vacina, mas não
percebemos a injustiça quando furam a fila ao usar
dinheiro para o atendimento médico de um pediatra
para o filho, de um dentista e de profissionais de
todas as outras especialidades que não estão
disponíveis no SUS, com a urgência necessária.
Apesar do nome, o sistema nacional de saúde não
é único: de um lado, tem o SUS com suas filas; e,
do outro, o SEP - Sistema Exclusivo de Saúde -
sem fila para os que podem pagar.
Todos condenamos os fura-fila do SUS para tomar
vacina, mas todos aceitamos que se fure a fila nas
demais especialidades médicas, inclusive cirurgias,
por meio do uso do dinheiro. Em alguns casos, há
reclamação quando a fila se organiza por um
pequeno papel numerado, mas não se protesta
quando, perto dali, o atendimento é imediato,
porque no lugar do papel com o número da fila
usa-se papel moeda. Aceita-se furar fila graças ao
dinheiro. Nem se considera como fura fila. São os
fora-fila, aceitos por convenção de que o dinheiro
pode comprar saúde.
Na moradia, alguns entram na fila do programa
Minha Casa Minha Vida; outros não precisam,
compram diretamente a casa que desejam e
podem; outros também não entram na fila, porque
não têm as mínimas condições de financiamento.
O mesmo vale para a educação. Em função do
Coronavírus, o Brasil descobriu que algumas boas
escolas, em geral pagas e caras, com ensino
remoto, computadores e internet em casa,
permitem que alguns cheguem ao ENEM com mais
possibilidade de aprovação do que outros. Apesar
de que a aprovação é conquistada pelo mérito do
concorrente, os aprovados se beneficiaram da
exclusão de muitos concorrentes ao longo da
educação de base.
A desigualdade na qualidade da escola desiguala o
preparo entre os candidatos, como uma forma de
empurrar alguns para fora e outros para a frente da
fila. De certa forma, alguns furaram a fila para
ingresso na universidade, por pagarem uma boa
escola ainda na educação de base. E não há
reclamação porque os fora da fila são invisíveis,
porque não concluíram o Ensino Médio, ou
concluíram um Ensino Médio sem qualidade que
não lhes deu condição sequer de sonhar fazer o
ENEM.
Tanto quanto os que não podem pagar o transporte
público não entram na fila do ônibus, os analfabetos
(12 milhões de brasileiros) não entram na fila do
ENEM para ingresso na universidade. Foram
excluídos da formação, por falta de oportunidade
para desenvolver o talento no momento oportuno
da educação de base, e, por isso, ficam impedidos
de disputar, por mérito, uma vaga na universidade.
Ninguém fura fila para chegar à seleção brasileira
de futebol, porque todos tiveram a mesma chance.
A seleção é pelo mérito, graças ao fato de que a
bola é redonda para todos, independentemente da
renda.
Temos a preocupação de assegurar os mesmos
direitos para obter vacina, não o mesmo direito para
a qualidade e a urgência no atendimento de saúde
e de educação, independentemente da renda e do
endereço da pessoa. Nem ao menos consideramos
que há injustiça em furar fila usando dinheiro para
ter acesso à educação e à saúde de qualidade. É
como se fosse normal furar fila por se ter muito
dinheiro e normal ficar fora da fila por falta total de
dinheiro. No meio, ficam os que, por pouco dinheiro,
ficam na fila e se indignam com os que tentam
desrespeitar a ordem, sem atentar para os fora da
fila nos carros, ou os fora da fila caminhando. Os
primeiros aceitamos pelas leis do mercado, os
outros tornamos invisíveis.
"Temos a preocupação de assegurar os mesmos
direitos para obter vacina..." O termo sublinhado
pertence à classe das preposições. Nesse contexto,
a preposição sublinhada apresenta valor semântico
de:
Ano: 2022
Banca:
CEPERJ
Órgão:
AL-MA
Prova:
CEPERJ - 2022 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Pedagogo |
Q1913021
Português
Texto associado
O texto seguinte servirá de base para responder a questão.
Os fora-fila
Todos os dias, milhões de brasileiros perdem horas
preciosas em filas de ônibus, e reclamam
corretamente dos oportunistas fura-fila. Poucos
percebem os fora-fila: os que usam carros privados
e os que não têm dinheiro nem vale-transporte. Há
séculos, muitos brasileiros fazem fila para obter o
que precisam, enquanto outros não têm direito nem
mesmo de esperar em fila, por falta absoluta de
dinheiro; enquanto outros não precisam se
submeter a filas porque têm muito dinheiro.
Por causa das ineficiências econômicas, a palavra
"fila" caracteriza o dia a dia dos brasileiros, mas por
causa da injustiça social não se percebe os que
estão fora das filas, de um lado e outro da escala
de rendas. Alguns porque não precisam se
submeter a elas, graças a privilégios e dinheiro,
outros porque não têm o direito de entrar nelas. No
meio, imprensados, os da fila, ignorando os
extremos. Nós nos acostumamos a ver com
naturalidade os que não precisam e ainda mais os
que não conseguem entrar nas filas, por tratá-los
como invisíveis.
No setor da saúde, nos indignamos com os que
tentam furar a fila para tomar vacina, mas não
percebemos a injustiça quando furam a fila ao usar
dinheiro para o atendimento médico de um pediatra
para o filho, de um dentista e de profissionais de
todas as outras especialidades que não estão
disponíveis no SUS, com a urgência necessária.
Apesar do nome, o sistema nacional de saúde não
é único: de um lado, tem o SUS com suas filas; e,
do outro, o SEP - Sistema Exclusivo de Saúde -
sem fila para os que podem pagar.
Todos condenamos os fura-fila do SUS para tomar
vacina, mas todos aceitamos que se fure a fila nas
demais especialidades médicas, inclusive cirurgias,
por meio do uso do dinheiro. Em alguns casos, há
reclamação quando a fila se organiza por um
pequeno papel numerado, mas não se protesta
quando, perto dali, o atendimento é imediato,
porque no lugar do papel com o número da fila
usa-se papel moeda. Aceita-se furar fila graças ao
dinheiro. Nem se considera como fura fila. São os
fora-fila, aceitos por convenção de que o dinheiro
pode comprar saúde.
Na moradia, alguns entram na fila do programa
Minha Casa Minha Vida; outros não precisam,
compram diretamente a casa que desejam e
podem; outros também não entram na fila, porque
não têm as mínimas condições de financiamento.
O mesmo vale para a educação. Em função do
Coronavírus, o Brasil descobriu que algumas boas
escolas, em geral pagas e caras, com ensino
remoto, computadores e internet em casa,
permitem que alguns cheguem ao ENEM com mais
possibilidade de aprovação do que outros. Apesar
de que a aprovação é conquistada pelo mérito do
concorrente, os aprovados se beneficiaram da
exclusão de muitos concorrentes ao longo da
educação de base.
A desigualdade na qualidade da escola desiguala o
preparo entre os candidatos, como uma forma de
empurrar alguns para fora e outros para a frente da
fila. De certa forma, alguns furaram a fila para
ingresso na universidade, por pagarem uma boa
escola ainda na educação de base. E não há
reclamação porque os fora da fila são invisíveis,
porque não concluíram o Ensino Médio, ou
concluíram um Ensino Médio sem qualidade que
não lhes deu condição sequer de sonhar fazer o
ENEM.
Tanto quanto os que não podem pagar o transporte
público não entram na fila do ônibus, os analfabetos
(12 milhões de brasileiros) não entram na fila do
ENEM para ingresso na universidade. Foram
excluídos da formação, por falta de oportunidade
para desenvolver o talento no momento oportuno
da educação de base, e, por isso, ficam impedidos
de disputar, por mérito, uma vaga na universidade.
Ninguém fura fila para chegar à seleção brasileira
de futebol, porque todos tiveram a mesma chance.
A seleção é pelo mérito, graças ao fato de que a
bola é redonda para todos, independentemente da
renda.
Temos a preocupação de assegurar os mesmos
direitos para obter vacina, não o mesmo direito para
a qualidade e a urgência no atendimento de saúde
e de educação, independentemente da renda e do
endereço da pessoa. Nem ao menos consideramos
que há injustiça em furar fila usando dinheiro para
ter acesso à educação e à saúde de qualidade. É
como se fosse normal furar fila por se ter muito
dinheiro e normal ficar fora da fila por falta total de
dinheiro. No meio, ficam os que, por pouco dinheiro,
ficam na fila e se indignam com os que tentam
desrespeitar a ordem, sem atentar para os fora da
fila nos carros, ou os fora da fila caminhando. Os
primeiros aceitamos pelas leis do mercado, os
outros tornamos invisíveis.
O texto de Cristóvam Buarque é um artigo de
opinião. Com base no gênero apresentado, o texto
"Os fora-fila", em termos de tipologia, é
predominantemente:
Ano: 2022
Banca:
CEPERJ
Órgão:
AL-MA
Prova:
CEPERJ - 2022 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Pedagogo |
Q1913022
Português
Texto associado
O texto seguinte servirá de base para responder a questão.
Os fora-fila
Todos os dias, milhões de brasileiros perdem horas
preciosas em filas de ônibus, e reclamam
corretamente dos oportunistas fura-fila. Poucos
percebem os fora-fila: os que usam carros privados
e os que não têm dinheiro nem vale-transporte. Há
séculos, muitos brasileiros fazem fila para obter o
que precisam, enquanto outros não têm direito nem
mesmo de esperar em fila, por falta absoluta de
dinheiro; enquanto outros não precisam se
submeter a filas porque têm muito dinheiro.
Por causa das ineficiências econômicas, a palavra
"fila" caracteriza o dia a dia dos brasileiros, mas por
causa da injustiça social não se percebe os que
estão fora das filas, de um lado e outro da escala
de rendas. Alguns porque não precisam se
submeter a elas, graças a privilégios e dinheiro,
outros porque não têm o direito de entrar nelas. No
meio, imprensados, os da fila, ignorando os
extremos. Nós nos acostumamos a ver com
naturalidade os que não precisam e ainda mais os
que não conseguem entrar nas filas, por tratá-los
como invisíveis.
No setor da saúde, nos indignamos com os que
tentam furar a fila para tomar vacina, mas não
percebemos a injustiça quando furam a fila ao usar
dinheiro para o atendimento médico de um pediatra
para o filho, de um dentista e de profissionais de
todas as outras especialidades que não estão
disponíveis no SUS, com a urgência necessária.
Apesar do nome, o sistema nacional de saúde não
é único: de um lado, tem o SUS com suas filas; e,
do outro, o SEP - Sistema Exclusivo de Saúde -
sem fila para os que podem pagar.
Todos condenamos os fura-fila do SUS para tomar
vacina, mas todos aceitamos que se fure a fila nas
demais especialidades médicas, inclusive cirurgias,
por meio do uso do dinheiro. Em alguns casos, há
reclamação quando a fila se organiza por um
pequeno papel numerado, mas não se protesta
quando, perto dali, o atendimento é imediato,
porque no lugar do papel com o número da fila
usa-se papel moeda. Aceita-se furar fila graças ao
dinheiro. Nem se considera como fura fila. São os
fora-fila, aceitos por convenção de que o dinheiro
pode comprar saúde.
Na moradia, alguns entram na fila do programa
Minha Casa Minha Vida; outros não precisam,
compram diretamente a casa que desejam e
podem; outros também não entram na fila, porque
não têm as mínimas condições de financiamento.
O mesmo vale para a educação. Em função do
Coronavírus, o Brasil descobriu que algumas boas
escolas, em geral pagas e caras, com ensino
remoto, computadores e internet em casa,
permitem que alguns cheguem ao ENEM com mais
possibilidade de aprovação do que outros. Apesar
de que a aprovação é conquistada pelo mérito do
concorrente, os aprovados se beneficiaram da
exclusão de muitos concorrentes ao longo da
educação de base.
A desigualdade na qualidade da escola desiguala o
preparo entre os candidatos, como uma forma de
empurrar alguns para fora e outros para a frente da
fila. De certa forma, alguns furaram a fila para
ingresso na universidade, por pagarem uma boa
escola ainda na educação de base. E não há
reclamação porque os fora da fila são invisíveis,
porque não concluíram o Ensino Médio, ou
concluíram um Ensino Médio sem qualidade que
não lhes deu condição sequer de sonhar fazer o
ENEM.
Tanto quanto os que não podem pagar o transporte
público não entram na fila do ônibus, os analfabetos
(12 milhões de brasileiros) não entram na fila do
ENEM para ingresso na universidade. Foram
excluídos da formação, por falta de oportunidade
para desenvolver o talento no momento oportuno
da educação de base, e, por isso, ficam impedidos
de disputar, por mérito, uma vaga na universidade.
Ninguém fura fila para chegar à seleção brasileira
de futebol, porque todos tiveram a mesma chance.
A seleção é pelo mérito, graças ao fato de que a
bola é redonda para todos, independentemente da
renda.
Temos a preocupação de assegurar os mesmos
direitos para obter vacina, não o mesmo direito para
a qualidade e a urgência no atendimento de saúde
e de educação, independentemente da renda e do
endereço da pessoa. Nem ao menos consideramos
que há injustiça em furar fila usando dinheiro para
ter acesso à educação e à saúde de qualidade. É
como se fosse normal furar fila por se ter muito
dinheiro e normal ficar fora da fila por falta total de
dinheiro. No meio, ficam os que, por pouco dinheiro,
ficam na fila e se indignam com os que tentam
desrespeitar a ordem, sem atentar para os fora da
fila nos carros, ou os fora da fila caminhando. Os
primeiros aceitamos pelas leis do mercado, os
outros tornamos invisíveis.
"... compram diretamente a casa que desejam..." O
termo sublinhado exerce igual função sintática, na
oração em que está inserido, daquela destacada
em:
Ano: 2022
Banca:
CEPERJ
Órgão:
AL-MA
Prova:
CEPERJ - 2022 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Pedagogo |
Q1913023
Português
"Em alguns casos, há reclamação quando a fila se
organiza por um pequeno papel numerado, mas
não se protesta quando, perto dali..." Nesse
contexto, as conjunções sublinhadas apresentam,
respectivamente, valor semântico de:
Ano: 2022
Banca:
CEPERJ
Órgão:
AL-MA
Prova:
CEPERJ - 2022 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Pedagogo |
Q1913024
Português
"... porque no lugar do papel com o número da fila
usa-se papel moeda." O "se" pode ser classificado,
sintaticamente, de igual maneira em:
Ano: 2022
Banca:
CEPERJ
Órgão:
AL-MA
Prova:
CEPERJ - 2022 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Pedagogo |
Q1913025
Direito Administrativo
Sobre o direito de petição do servidor, quanto aos
atos de demissão e de cassação de aposentadoria
ou disponibilidade, ou que afetem interesse
patrimonial e créditos resultantes das relações de
trabalho, pode-se afirmar que prescreve em:
Ano: 2022
Banca:
CEPERJ
Órgão:
AL-MA
Prova:
CEPERJ - 2022 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Pedagogo |
Q1913026
Legislação Estadual
Dentre as opções apresentadas a seguir, indique a
que NÃO é uma das finalidades dos projetos de
decreto legislativo:
Ano: 2022
Banca:
CEPERJ
Órgão:
AL-MA
Prova:
CEPERJ - 2022 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Pedagogo |
Q1913027
Direito Administrativo
João, servidor estável, foi demitido após os trâmites
de processo administrativo por abandono de cargo.
Tempos depois move ação judicial com a finalidade
de comprovar que sua demissão foi injusta, ao final
do processo sentença declara que a demissão foi
injusta e determina a reinvestidura de João no
cargo que ocupava anteriormente.
Nesta situação hipotética, o provimento do cargo público se dará através de:
Nesta situação hipotética, o provimento do cargo público se dará através de:
Ano: 2022
Banca:
CEPERJ
Órgão:
AL-MA
Prova:
CEPERJ - 2022 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Pedagogo |
Q1913028
Legislação Estadual
Em caso de incapacidade civil absoluta julgada por
sentença de interdição ou comprovada através de
perícia médica passada por junta nomeada pela
Mesa da Assembleia Legislativa do Estado do
Maranhão (ALEMA), o Deputado:
Ano: 2022
Banca:
CEPERJ
Órgão:
AL-MA
Prova:
CEPERJ - 2022 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Pedagogo |
Q1913029
Legislação Estadual
Durante o estágio probatório, o servidor será
avaliado para o desempenho do cargo. Nesta
avaliação serão considerados os fatores de
assiduidade, disciplina, capacidade de iniciativa,
produtividade e responsabilidade. Informe a
duração do período de estágio probatório, conforme
disposto no Estatuto do Servidor Público do Estado
do Maranhão:
Ano: 2022
Banca:
CEPERJ
Órgão:
AL-MA
Prova:
CEPERJ - 2022 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Pedagogo |
Q1913030
Legislação Estadual
Conforme o Estatuto do Servidor Público do Estado
do Maranhão, há situações onde o servidor público
poderá se afastar do exercício de suas funções sem
prejuízo de sua remuneração. Avalie as hipóteses
abaixo:
I - para doação de sangue, por 1(um) dia;
II - por até 7 (sete) dias, por motivo de casamento;
III - quando convocado para participar de júri e outros serviços obrigatórios por lei;
IV - por motivo de alistamento eleitoral, até 1 (um) dia;
V - para exercer atividade político-partidária;
Aponte dentre as opções de resposta, a que cita os casos em que não haverá desconto no salário do servidor:
I - para doação de sangue, por 1(um) dia;
II - por até 7 (sete) dias, por motivo de casamento;
III - quando convocado para participar de júri e outros serviços obrigatórios por lei;
IV - por motivo de alistamento eleitoral, até 1 (um) dia;
V - para exercer atividade político-partidária;
Aponte dentre as opções de resposta, a que cita os casos em que não haverá desconto no salário do servidor:
Ano: 2022
Banca:
CEPERJ
Órgão:
AL-MA
Prova:
CEPERJ - 2022 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Pedagogo |
Q1913031
Regimento Interno
Conforme o Regimento Interno da Assembléia
Legislativa, a declaração de renúncia ao mandato
de Deputado se tornará efetiva e irretratável:
Ano: 2022
Banca:
CEPERJ
Órgão:
AL-MA
Prova:
CEPERJ - 2022 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Pedagogo |
Q1913032
Direito Constitucional
Dentre as várias condições para o trâmite regular
de uma iniciativa popular de lei, indique a opção
INCORRETA entre as opções a seguir:
Ano: 2022
Banca:
CEPERJ
Órgão:
AL-MA
Prova:
CEPERJ - 2022 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Pedagogo |
Q1913033
Direito Administrativo
Ocorrerá aposentadoria compulsória de servidor
público na seguinte hipótese:
Ano: 2022
Banca:
CEPERJ
Órgão:
AL-MA
Prova:
CEPERJ - 2022 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Pedagogo |
Q1913034
Legislação Estadual
Célio, servidor estável da ALEMA, foi eleito como
Prefeito e deverá cumprir mandato eletivo pelo
período de quatro anos. Assim, deverá ser afastado
de seu cargo na ALEMA.
Analise as afirmativas a seguir:
I - Célio, por ter sido afastado de suas funções na ALEMA, ficará obrigatoriamente com a remuneração do cargo de Prefeito
II - Célio continuará contribuindo para a previdência social como se em exercício estivesse
III - Célio, em caso de necessidade da administração pública, não poderá ser removido ou redistribuído de ofício para localidade diversa de onde está exercendo seu mandato
Considerando as disposições contidas no Estatuto do Servidor Público do Maranhão, marque a opção que cita a(s) afirmativa(s) correta(s):
Analise as afirmativas a seguir:
I - Célio, por ter sido afastado de suas funções na ALEMA, ficará obrigatoriamente com a remuneração do cargo de Prefeito
II - Célio continuará contribuindo para a previdência social como se em exercício estivesse
III - Célio, em caso de necessidade da administração pública, não poderá ser removido ou redistribuído de ofício para localidade diversa de onde está exercendo seu mandato
Considerando as disposições contidas no Estatuto do Servidor Público do Maranhão, marque a opção que cita a(s) afirmativa(s) correta(s):