Questões de Concurso Público FUB 2015 para Tradutor e Interprete de Linguagem de Sinais
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A formação de tradutor e intérprete da LIBRAS cabe a qualquer organização social, desde que o certificado por ela expedido seja convalidado por instituição de ensino superior pública ou particular.
Tradutor e intérprete da LIBRAS têm como atribuições efetuar comunicação entre surdos e ouvintes, surdos e surdos, surdos e surdo-cegos, surdo-cegos e ouvintes, por meio da LIBRAS para a língua oral e vice-versa.
Com o fim de estabelecer sua identidade, por meio da obtenção de informações e conhecimentos, é essencial que os sujeitos surdos criem uma ligação com a comunidade surda por meio da língua de sinais.
Sob a perspectiva histórica, o Congresso Internacional de Educadores de Surdos, ocorrido, em 1880, na cidade de Milão, na Itália, resultou no favorecimento do uso da língua de sinais em detrimento da metodologia oralista nas escolas de surdos.
A existência de associações de surdos, onde os sujeitos surdos podem se encontrar e trocar ideias e informações diversas, constitui elemento importante na cultura surda.
A comunidade surda é composta exclusivamente de sujeitos surdos que participam, compartilham e lutam pelos mesmos interesses.
Os sujeitos surdos que moram no campo têm contato com as comunidades surdas e frequentam as associações de surdos.
Na identidade surda embaçada, o surdo é visto como sujeito capacitado e com plenas condições de usar a língua de sinais.
Na identidade surda de transição, o sujeito surdo tem contato tardio com a comunidade surda. Embora o sujeito surdo use a língua de sinais, ele passa por um conflito cultural.
Na identidade surda, os sujeitos surdos são aceitos como surdos, têm conhecimento de que o são, assumem comportamentos de pessoas surdas, usam sempre a língua de sinais e entram facilmente na política com identidade surda.
Na identidade surda flutuante, os sujeitos surdos não têm contato com a comunidade surda e nem dela participam, não compõem associações e nem se envolvem com as lutas políticas, e seguem a representação da identidade ouvinte.
As identidades surdas híbridas, mais presentes em indivíduos surdos que pertencem à comunidade surda, são fortemente marcadas pela política surda.
O modelo socioantropológico é reconhecer e garantir o direito dos sujeitos surdos de ter acesso à língua de sinais.
O modelo clínico-patológico exerce poder sobre o corpo dos sujeitos surdos na medida em que lhes prende o corpo a regras que devem ser obedecidas: gesticular, usar as mãos para se comunicar por meio da língua de sinais, voltar os olhos atentamente aos lábios das pessoas que estiverem ao seu redor e controlar minuciosamente a voz.
No modelo socioantropológico, o sujeito surdo é visto como componente de qualquer comunidade linguística que faz uso da língua oral.
O modelo socioantropológico percebe o surdo como um sujeito não integrado a uma cultura surda.
Para permitir e melhorar a comunicação no ambiente do sujeito surdo-cego, podem ser utilizados vários recursos, como sinais, leitura tátil das vibrações produzidas durante a emissão verbal (Tadoma), sistema braile e alfabeto datilológico manual.
O sujeito surdo-cego que usa a língua de sinais, além de utilizar a modalidade viso-espacial, lança mão da modalidade sinestésica-espacial, visualizando mentalmente características de cada sinal por meio do movimento.
O guia-intérprete do sujeito surdo-cego tem a mesma formação do tradutor e intérprete da LIBRAS, pois eles devem dominar a língua de sinais e as diferentes formas de comunicação que possibilitem o acesso à informação de que seus assistidos necessitam.
De modo geral, a pessoa com alguma deficiência convive socialmente com sua família, embora possa apresentar dificuldade de relacionamento, em decorrência de sua deficiência, em ambientes externos ao ambiente familiar.