Questões de Concurso Público TJ-DFT 2015 para Analista Judiciário - Psicologia
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Conforme a Lei n.º 12.318/2010, a alienação parental pode ser definida como a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida diretamente por um dos genitores para que repudie verbalmente e fisicamente o outro genitor e, assim, cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este.
Alguns comportamentos clássicos de um alienador parental são os seguintes: apresentar o novo cônjuge aos filhos como sua nova mãe ou seu novo pai; esquecer-se de avisar ao outro genitor de compromissos importantes da criança, como a ida ao dentista ou reuniões da escola; ir às festividades da vida da criança acompanhado de seu novo cônjuge e enteados.
O método PEACE, desenvolvido pela Associação dos Chefes de Polícia da Inglaterra e País de Gales e pelo Home Office, é utilizado para entrevistar suspeitos e testemunhas, com base nos conhecimentos da área de psicologia e em evidências obtidas por meio das pesquisas psicológicas, que possibilita treinar os profissionais para que identifiquem sinais comportamentais de mentiras.
Os pressupostos da abordagem PEACE para entrevistas investigativas são os seguintes: P, de planejamento e preparação; E, de engajamento do suspeito; A, de aquisição ou obtenção de relato livre do suspeito, sem interrupções; C, de cerrar, ou seja, de fechamento, incluindo o resumo; e E, de expansão dos dados coletados ao se avaliá-los após a entrevista.
O método PEACE revela um significativo avanço nos procedimentos de entrevista forense, pois seus pressupostos baseiam-se em valores humanitários e respeito incondicional à vítima entrevistada. Por consequência, o desempenho do psicólogo nessa prática está diretamente relacionado ao quanto esse profissional consegue sustentar o vínculo com o entrevistado nesse momento crucial.
No contexto do divórcio e da dinâmica conjugal e familiar, psicólogos devem estar atentos à estratégia de descrédito, também denominada ziskinização, que diz respeito à tentativa dos envolvidos em desvalorizar as intervenções psicológicas, mesmo diante de evidência científica, por meio de jogos conceituais que misturam hipóteses e recursos de retórica ou, ainda, partem de premissas não generalizáveis e nem sempre verdadeiras.
Ao intervir em famílias, os psicólogos forenses devem ter a capacidade de reconhecer as fases do ciclo de vida familiar, uma vez que as interseções e tramas de cada família estão presentes no modo como elas enfrentam e superam cada fase, o que tornam visíveis as dificuldades vivenciadas por elas
Na guarda compartilhada, os genitores precisam cumprir alguns requisitos, tais como possuírem certo grau de flexibilidade psicológica e maturidade, a fim de se submeterem a compromissos comuns; e estabelecerem um modo de vida que respeite eventuais problemas e não os transformem em impedimentos, reais ou presumidos, para o cumprimento do acordo previamente estabelecido sobre a guarda.
Do ponto de vista psicológico, o processo de adoção pode ser um evento traumático para a criança adotada, visto que aumenta a probabilidade de a criança desenvolver problemas afetivos por ter sido privada de seus pais biológicos em momento inicial da vida, quando a capacidade de vinculação duradoura é assimilada.
As intervenções psicológicas em situação de divórcio e separação, que passam pelo crivo das partes que poderão vir a contestar, criticar e por à prova o trabalho psicológico, em decorrência do princípio do contraditório e da livre convicção do juiz, têm por objetivo resgatar o embasamento teórico e o risco patológico desse momento, principalmente para os filhos.
Ao atuar como mediador em situações de violência doméstica, o psicólogo deve adotar uma ação adversarial diante da exposição de argumentos conflitantes, e deve atentar, ainda, para o processo de vitimização, assim como para as fantasias e as assimetrias produzidas pelos cônjuges.
Na atuação junto a jovens infratores, com vistas a reintegrá-los no meio social, é necessário que os psicólogos tenham conhecimento de que programas com base em intervenções cognitivo-comportamentais reduzem a incidência da infração, ao passo que tratamentos fundamentados em punição e medo não têm tido sucesso.
A confiabilidade do depoimento de crianças vítimas de abuso ou em situação de vulnerabilidade exige do psicólogo o conhecimento dos procedimentos de inquirição, bem como das categorias para análise da credibilidade do depoimento infantil, que são o processamento da memória, a codificação, o armazenamento, a recuperação e o estado emocional.
Conforme o Estatuto do Idoso, as medidas protetivas são aplicáveis nas situações em que exista a constatação de violência física, sendo papel do psicólogo diagnosticar e exigir medidas protetivas ao Ministério Público no que concerne às situações de violência direcionada a essa população, como o abuso psicológico ou material.
Ao atuar em contextos de drogadição e dependência, faz-se necessário que o psicólogo observe no paciente o aumento da agressividade, a redução da tolerância à frustração, a autoestima, a maturidade para gerenciar situações, labilidade de sentimentos e o uso de situações verdadeiras ou mentirosas, uma vez que a droga torna-se o instrumento de apoio para suportar situações negativas.
Pacientes com amnésia dissociativa apresentam incapacidade de recordar informações pessoais importantes, geralmente traumáticas ou estressantes, demasiadamente extensa para ser explicada como um esquecimento normal. Essa incapacidade pode ou não ocorrer durante o curso de um transtorno dissociativo, sem a ocorrência de transtornos orgânicos associados.
O presidente e o vice-presidente do tribunal e o corregedor da justiça integram o Conselho Especial do TJDFT; os demais desembargadores integrantes desse conselho são eleitos pelo Tribunal Pleno.
Com relação às disposições do Regimento Interno (RI) do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), julgue o item a seguir.
Se um servidor da justiça do Distrito Federal (DF) cometer
infração disciplinar cuja penalidade, após processo disciplinar,
seja a demissão, a autoridade responsável para aplicá-la será o
corregedor da justiça.
Ainda com base no RI do TJDFT, julgue o item que se segue.
O corregedor da justiça do TJDFT integra o Conselho da
Magistratura, logo pode exercer, nesse conselho, as funções de
relator e de revisor.