Questões de Concurso Público Prefeitura de Cidade Ocidental - GO 2023 para Professor Nivel III - Português

Foram encontradas 50 questões

Q2311902 Português
Leia o texto a seguir.

Prefácio:  Pensando o mundo, propondo práticas.

Esta obra mobilizou o trabalho de professores universitários e seus estudantes. Certamente não quaisquer professores universitários, mas professores formadores de professores. Envolver-se com esta formação implica opções de diferentes ordens que resumiria na expressão “presença responsiva”. Presença implica uma atitude para com o tempo. Atenção com o que ocorre no presente. Olhar atento e crítico – o que significa “escutar” para compreender a complexidade inarredável. E a ocupação com a formação faz transver, ir além e imaginar um tempo futuro. Não há necessidade de formação se o futuro não estiver no horizonte. Não há razões, exceto aquelas de um positivismo estreito, para compreender o mundo e as gentes se nenhum interesse houver em transformá-lo.
GERALDI, J. W. Prefácio. In: BALTAR, Marcos; FRAGA, Camila Farias; ESPÍNDOLA, Michela Ribeiro; ANDRADE, Tayná Miranda de (Orgs.). Práticas educativas com o gênero canção na Educação Básica. São Carlos: Pedro & João Editores, 2022, p. 8 – 9.

Na visão de Geraldi, a formação de professores os 
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Q2311903 Português
Texto 4

Quando o vírus nos trancou em casa, as telas nos deixaram sem casa

Eliane Brum

Encerro 2020, o ano que anuncia que o tempo das pandemias chegou, com estranhos sintomas. A ideia de fazer mais uma live, mais um meeting pelo Jitsi, Zoom ou Google, ou mesmo pelo WhatsApp, me deixa fisicamente enjoada. Escrever, como faço agora, enquanto as notícias e as mensagens pipocam num canto da tela, me deixa tonta e exausta. Amigos me pedem encontros de Natal, happy hours de Ano-Novo. Quero. Mas não consigo. Que o excesso de telas cansa e pode causar transtornos e até doenças, sabemos. A experiência atual, porém, vai muito além disso. O home office, as lives e os meetings mudaram o conceito de casa. Ou talvez tenham provocado algo ainda mais radical, ao nos despejar não apenas da casa, mas também da possibilidade de fazer da casa uma casa.

Disponível em: <https://brasil.elpais.com/opiniao/2020-12-23/quando-o-virus-nostrancou-em-casa-as-telas-nos-deixaram-sem-casa.html>. Acesso em: 31 ago. 2023.
Para a construção dos efeitos de sentido no título do texto, a autora utiliza o recurso expressivo denominado
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Q2311904 Português
Texto 4

Quando o vírus nos trancou em casa, as telas nos deixaram sem casa

Eliane Brum

Encerro 2020, o ano que anuncia que o tempo das pandemias chegou, com estranhos sintomas. A ideia de fazer mais uma live, mais um meeting pelo Jitsi, Zoom ou Google, ou mesmo pelo WhatsApp, me deixa fisicamente enjoada. Escrever, como faço agora, enquanto as notícias e as mensagens pipocam num canto da tela, me deixa tonta e exausta. Amigos me pedem encontros de Natal, happy hours de Ano-Novo. Quero. Mas não consigo. Que o excesso de telas cansa e pode causar transtornos e até doenças, sabemos. A experiência atual, porém, vai muito além disso. O home office, as lives e os meetings mudaram o conceito de casa. Ou talvez tenham provocado algo ainda mais radical, ao nos despejar não apenas da casa, mas também da possibilidade de fazer da casa uma casa.

Disponível em: <https://brasil.elpais.com/opiniao/2020-12-23/quando-o-virus-nostrancou-em-casa-as-telas-nos-deixaram-sem-casa.html>. Acesso em: 31 ago. 2023.
A autora do texto apresenta a opinião de que
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Q2311905 Português
Leia o Texto 5 para responder à questão.

Texto 5

Juliana Salvadori: Numa visada dos estudos pedagógicos sobre a leitura na esfera escolar, várias pesquisas – as quais não vêm de hoje, particularmente aquelas que têm apostado na explosão das discursividades do mundo contemporâneo, na produção e circulação de discursos e suas diferentes formas de textualização e formulação, na irrupção e dispersão de outros e novos sentidos e saberes – concorrem para problematizar que a instituição escolar ainda tende a circunscrever, delimitar, limitar as leituras de discursos e textos, sejam os da esfera da literatura ou de outros campos discursivos, por exemplo, das ciências naturais, exatas ou das humanidades, elegendo como legítimas ou verdadeiras algumas. Frente a isso, perguntamos-lhe como tomar o ensino de literatura e a formação de leitores, sob tais injunções escolares /pedagógicas, para além da instituição, do institucional, do instituído?

Nabil Araújo: Como sempre insistiu Magda Soares, nome maior dos estudos sobre letramento no país, não há escola sem escolarização – de discursos, conhecimentos, saberes, os quais se veem, então, devidamente formalizados em currículos, programas, disciplinas, metodologias: a escolarização é inerente, em suma, à instituição escolar, é o próprio processo, aliás, que a institui e constitui como tal. Desde, pelo menos, A ordem do discurso (1971), de Michel Foucault, tem-se estado cada vez mais consciente e vigilante em relação ao modo como as instituições limitam e regulamentam a circulação social dos discursos, o que também se aplica, evidentemente, à escola e à universidade. Mas não se trata aqui, bem entendido, de se “desinstitucionalizar” a leitura literária ou o ensino de literatura, e sim de combater a equivocada pedagogização/didatização dessas práticas, que acaba por distorcê-las e desvirtuá-las de seus objetivos e metas educacionais. 

SALVADORI, J. C. (2022). Entrevista com o Prof. Dr. Nabil Araújo. Scripta, 26(56), 383-386. Disponível em: <https://doi.org/10.5752/P.2358-3428.2022v26n56p383-386>.  Acesso em: 31 ago. 2023.
No texto, a entrevistadora aponta que a leitura na escola é 
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Q2311906 Português
Leia o Texto 5 para responder à questão.

Texto 5

Juliana Salvadori: Numa visada dos estudos pedagógicos sobre a leitura na esfera escolar, várias pesquisas – as quais não vêm de hoje, particularmente aquelas que têm apostado na explosão das discursividades do mundo contemporâneo, na produção e circulação de discursos e suas diferentes formas de textualização e formulação, na irrupção e dispersão de outros e novos sentidos e saberes – concorrem para problematizar que a instituição escolar ainda tende a circunscrever, delimitar, limitar as leituras de discursos e textos, sejam os da esfera da literatura ou de outros campos discursivos, por exemplo, das ciências naturais, exatas ou das humanidades, elegendo como legítimas ou verdadeiras algumas. Frente a isso, perguntamos-lhe como tomar o ensino de literatura e a formação de leitores, sob tais injunções escolares /pedagógicas, para além da instituição, do institucional, do instituído?

Nabil Araújo: Como sempre insistiu Magda Soares, nome maior dos estudos sobre letramento no país, não há escola sem escolarização – de discursos, conhecimentos, saberes, os quais se veem, então, devidamente formalizados em currículos, programas, disciplinas, metodologias: a escolarização é inerente, em suma, à instituição escolar, é o próprio processo, aliás, que a institui e constitui como tal. Desde, pelo menos, A ordem do discurso (1971), de Michel Foucault, tem-se estado cada vez mais consciente e vigilante em relação ao modo como as instituições limitam e regulamentam a circulação social dos discursos, o que também se aplica, evidentemente, à escola e à universidade. Mas não se trata aqui, bem entendido, de se “desinstitucionalizar” a leitura literária ou o ensino de literatura, e sim de combater a equivocada pedagogização/didatização dessas práticas, que acaba por distorcê-las e desvirtuá-las de seus objetivos e metas educacionais. 

SALVADORI, J. C. (2022). Entrevista com o Prof. Dr. Nabil Araújo. Scripta, 26(56), 383-386. Disponível em: <https://doi.org/10.5752/P.2358-3428.2022v26n56p383-386>.  Acesso em: 31 ago. 2023.
No texto, o entrevistador se vale do discurso de autoridade para argumentar que na instituição escolar a leitura é um
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Respostas
31: C
32: D
33: B
34: A
35: C