Questões de Concurso Público FIOCRUZ 2010 para Tecnologista em Saúde - Micobactérias
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I. A toxina diftérica catalisa a transferência de ADP-ribose do NAD para o fator de elongação 2 (EF-2), inibindo a síntese protéica.
II. A toxina Pertussis possui cinco subunidades B, das quais a subunidade S2 está envolvida na ligação a um receptor glicolipídico em células respiratórias ciliadas e a subunidade S3 se liga a glicolipídios em fagócitos.
III. A toxina colérica se liga ao receptor gangliosídeo GM1 na superfície dos enterócitos por meio das subunidades B e o fragmento A1, ativado pela redução da ponte dissulfeto da subunidade A, promove a ADP-ribosilação da proteína GS.
Assinale:
I. Amostras de líquido cefalorraquidiano, utilizadas como espécime clínico de escolha para identificação de agentes causadores de infecções de sistema nervoso central, devem ser coletadas em tubos secos estéreis e encaminhadas diretamente ao laboratório. Em alguns casos, pode-se manter a amostra sob refrigeração por, no máximo 30 minutos, antes do processamento de isolamento laboratorial.
II. Para diagnóstico laboratorial das infecções intestinais, as fezes podem ser mantidas em temperatura ambiente por até 24 horas, desde que tenham sido coletadas em meios de transporte, tais como o meio de Cary-Blair.
III. Amostras de hemocultura devem ser coletadas diretamente em garrafas específicas para cultura de sangue e podem ser mantidas por até 2 horas, sob refrigeração, antes do processamento inicial de isolamento do agente etiológico.
Assinale:
I. Dentre os métodos de microscopia após coloração com reagentes específicos, destaca-se o método de coloração de Gram, utilizado para a maioria das bactérias, e o método de coloração de Ziehl-Neelsen, utilizado especialmente no diagnóstico das infecções por Mycobacterium spp., Nocardia spp., Rhodococcus spp. e Mycoplasma spp..
II. Nos laboratórios de microbiologia, a cultura de microrganismos continua sendo o principal método diagnóstico. No entanto, muitos microrganismos não crescem nos meios de cultura in vitro e, dessa forma, os métodos sorológicos se tornaram uma boa alternativa diagnóstica. Um importante exemplo de diagnóstico sorológico para infecções bacterianas é a técnica de imunofluorescência utilizada para diagnóstico de infecções por Chlamydia trachomatis, conhecida como FTA-Abs.
III. Com os avanços da biologia molecular, muitas técnicas genotípicas são hoje utilizadas como ferramentas diagnósticas em bacteriologia. Enquanto a técnica de reação em cadeia da polimerase é amplamente empregada para detecção de microrganismos não cultiváveis, as técnicas de eletroforese em gel de campo pulsado e a análise do polimorfismo do comprimento do fragmento de restrição são mais utilizadas para a tipagem de cepas bacterianas.
Assinale:
Assinale:
I. O complexo M. avium–intracellulare inclui M. avium subsp. avium, M. avium subsp. paratuberculosis (Map), M. avium subsp. silvaticum, e M. intracellulare, que constituem o grupo III de Timpe & Runyon (1954) e são distribuídas em “serovares". Tais espécies (ou subespécies) são consideradas patógenos potenciais em seres humanos, algumas patógenos obrigatórios como M. avium subsp. silvaticum.
II. A espécie M. kansasii consiste em um dos três principais patógenos micobacterianos de crescimento lento frequentemente isolados de pacientes imunocompetentes ou imunocomprometidos com doença pulmonar no mundo. A espécie pode ser subdividida em cinco genótipos baseados em técnicas moleculares de análise de fragmentos após restrição enzimática e hibridização com sondas IS1652. Estudos filogenéticos indicam maior homologia (similaridade) com dessa espécie com M. gastri.
III. Dentre bacilos micobacterianos não pertencentes ao complexo M. tuberculosis e não patogênicos, estão M. genavense, M. haemophilum, M. malmoense, M. marinum e M. simiae.
Assinale:
I. Determinação da concentração mínima inibitória de antimicrobianos para cepas clínicas de Mycobacterium tuberculosis em até 24h.
II. Detecção da susceptibilidade ou da resistência a antimicrobianos de cepas clínicas Mycobacterium tuberculosis sem a multiplicação do microrganismo.
III. Determinação da concentração mínima inibitória de antimicrobianos para patógenos localizadas no interior de células fagocíticas.
Assinale:
I. Os estudos taxonômicos envolvendo a filogenia entre membros de MCR têm sido baseados na análise de sequências dos genes 16S rRNA, 23S rRNA, hsp65 e aquele codificante para RNA polimerase.
II. A técnica de hibridização DNA-DNA consiste na metodologia de maior acurácia na determinação de espécies de MCRs, apesar de ser laboriosa e atualmente realizada em centros de referência internacionais, justificando a busca de alternativas por diferentes laboratórios de pesquisa.
III. Os complexos taxonômicos descritos para MCRs consistem em (i) Grupo M. fortuitum, composto por M. fortuitum, M. peregrinum, M. mucogenicum e M. senegalense; (ii) Grupo M. chelonae-M. abscessus, composto pelas espécies M. chelonae, M. abscessus, M. bolletii, M. massiliense e M. immunogenum; e (iii) Grupo M. smegmatis, constituído por M. smegmatis, M. goodii e M. wolinskyi.
Assinale:
I. O teste semi-quantitativo da catalase classifica as micobactérias em dois grupos: produtores de catalase em baixos níveis e produtores de catalase em altos níveis, baseados na altura da coluna de bolhas de gás oxigênio formada após cinco minutos da adição do reagente em temperatura ambiente.
II. A maioria das micobactérias produz catalase em quantidade detectável, exceto cepas de M. tuberculosis, resistente a isoniazida, e M. bovis.
III. O complexo M. tuberculosis pode ser separado das demais micobactérias por apresentar catalase inativada pela temperatura acima de 68°C.
Assinale:
I. As técnicas baseadas apenas em reação de polimerização em cadeia com iniciadores específicos para as deleções genômicas RD de M. tuberculosis como RD1, RD4, RD9, RD12, discriminam as espécies M. tuberculosis e M. bovis (incluindo a espécie M. bovis BCG) bem como outras espécies do complexo.
II. Espécies do complexo M. tuberculosis podem ser diferenciadas pelo teste AccuProbe (GenProbe Inc., San Diego, California, EUA), que consiste em sondas marcadas com éster de acridina. Esse mesmo sistema pode também ser aplicado na identificação de cepas do complexo M. avium e M. kansasii.
III. Os sistemas INNO-LiPA Mycobacteria version 2 (Innogenetics, Ghent, Bélgica) GenoType Mycobacteria (Hain Lifescience, Nehren, Alemanha) consistem em hibridização reversa de produtos de reação de polimerização em cadeia biotinilados aos seus fragmentos complementares presentes em “tiras" de membrana. Ambos permitem a identificação molecular de acima de 10 espécies de micobactérias. Uma desvantagem do sistema é a impossibilidade de uso em cepas cultivadas em meios líquidos.
Assinale:
Crescimento ótimo a 25 e 35°C, teste de niacina negativo,produção de arilsulfatase após 3 e 15 dias e de urease,redução positiva de nitrato, produção de pigmentação, após exposição à luz, ausência de crescimento em ágar nutriente,em meio de Sauton contendo ácido pícrico, ou em meiocontendo NaCl a 5%, ausência de produção de β-galactosidase, e redução negativa do telurito.
Sobre a espécie correspondente à descrição fenotípicaacima, assine a alternativa correta.
I. Os pares M. kansasii e M. gastri, M. ulcerans e M. marinum, M. shimoidei e M. triviale, e M. abscessus e M. chelonae não podem ser diferenciados por sequências do gene rrs.
II. Em cepas cultivadas em meio sólido, a extração de DNA e a reação de polimerização em cadeia, para posterior sequenciamento gênico, apresentam resultados reprodutíveis e de precisão superior àqueles realizados a partir de cepas cultivadas em meio líquido.
III. Para a identificação de espécies de micobactérias não tuberculosas de crescimento rápido, os alvos incluem os genes dnaJ, hsp65, gyrB, 16S rDNA, secA1, sod ou a sequência ITS 16S-23S.
Assinale: