Questões de Concurso Público CEMIG - MG 2017 para Médico do Trabalho

Foram encontradas 70 questões

Q2003558 Medicina
Professor universitário de 40 anos, da área de Ciências Biológicas, sofre um assalto marcado por intensa violência nos arredores da Universidade onde trabalha. Dois meses após o ato de agressão, o profissional passa a apresentar um estado de hipervigilância, marcado, principalmente, por irritabilidade intensa, isolamento, pesadelos e evitação do câmpus universitário.
O quadro acima descrito sugere:
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Q2003559 Medicina
De acordo com a Resolução CFM 1488/1998, para o estabelecimento do nexo causal entre os transtornos de saúde e as atividades do trabalhador, além do exame clínico (físico e mental) e dos exames complementares, quando necessários, deve o médico considerar, EXCETO:
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Q2003560 Medicina
Os índices constituintes do FAP - Fator Acidentário de Prevenção (FAP) serão calculados segundo metodologia aprovada pelo Conselho Nacional de
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Q2003561 Segurança e Saúde no Trabalho
José Antônio, que trabalha permanentemente em altura, ficou afastado do trabalho por 120 dias. Ao seu retorno ao trabalho, o empregador disse-lhe ser obrigatória a realização do treinamento para o trabalho em altura.
Considerando as disposições da NR 35 – Segurança e saúde no trabalho em altura, esse treinamento
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Q2003562 Medicina
Sobre a Síndrome do Esgotamento Profissional (Burnout), é INCORRETO afirmar: 
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Q2003563 Segurança e Saúde no Trabalho
Considerando as especificações sobre os mobiliários dos postos de trabalho, de acordo com a NR17 – Ergonomia, analise as sentenças a seguir, classificando-as como V (verdadeiras) ou F (falsas).
( ) Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem possuir borda frontal arredondada.
( ) Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados de pé, devem ser colocados assentos para descanso em locais em possam ser usados por todos os trabalhadores durante as pausas.
( ) Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados sentados, a partir da análise ergonômica do trabalho, poderá ser exigido suporte para os pés que se adapte ao comprimento da perna do trabalhador
A sequência CORRETA, de cima para baixo, é: 
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Q2003564 Medicina
São considerados tipos de solução ergonômica, EXCETO:
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Q2003565 Medicina
“Os estudos de Psicologia e de Estresse Organizacional identificam fatores individuais e de personalidade com maior predisposição para o adoecimento mental e, por outro lado, também identificam características que conferem tendência à saúde mental.”
(Extraído de: COUTO, H. A. Ergonomia do corpo e do cérebro no trabalho: os princípios e a aplicação prática. Guia do profissional de ergonomia. Belo Horizonte: Ergo, 2014).
De acordo com a assertiva acima, pode-se dizer que indivíduos
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Q2003566 Medicina
Nos termos da Norma Regulamentadora 15, que trata das atividades e operações insalubres, é CORRETO afirmar:
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Q2003567 Segurança e Saúde no Trabalho
Para a exposição ocupacional às radiações ionizantes, deve-se realizar _________________ como exame complementar, com uma periodicidade _________________, conforme estabelece o Quadro II, da NR7, Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO.
As lacunas na frase são MELHOR preenchidas, respectivamente por:
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Q2003568 Português

Texto I 


“AS PRACA”

Sírio Possenti

   O título "agressivo" é proposital. As intenções são duas: provocar os que dizem que só se pode compreender um texto - ou mesmo uma palavra - escrito "corretamente"; se algum desses sábios consegue ler "as placas" em "as praca" - os melhores sintomas são o riso de superioridade ou a correção que fará - sua tese será desmentida no ato. Também quero verificar se, de fato, alguém não consegue ler este título (eventualmente, tentará descobrir alguma ironia ou, ao menos, uma alusão ou sugestão, que o texto esclarecerá). Assim, eu poderia gritar "ignorante!", se alguém não consegue mesmo entender o sentido do título.

   Deveria ser claro que "as praca" é outra maneira de dizer (ou de transcrever) "as placas". Uma maneira marcada socialmente, claro. As diferenças são duas variantes regulares (importante!), cujos percentuais de ocorrência podem ser medidos em uma pesquisa, se o cidadão tiver interesse e fundos e tempo e competência: uma é o apagamento do "s" no final do sintagma, como em as casa, as vaca, os cara, os penetra, as carne; insisto: o "s" só cai no final do sintagma; outra é o famoso rotacismo, r no lugar do l, na posição interna da sílaba (como em framengo, frecha e frauta) - também ocorre no final, como em carça, varsa etc.

   Claro que o leitor pode achar que o texto queria se chamar as praças, e que faltaram um s e uma cedilha. Ainda assim, são duas diferenças. Quem descobre duas pode descobrir outras tantas. Mas quero mesmo falar de placas. Ultimamente, elas se tornaram objeto de coleção e de diversão. Pessoas fotografam placas Brasil afora, montam Power Points e os remetem a seus amigos, que os reenviam a seus outros amigos etc. Assim, fica-se sabendo que, em algum lugar do Brasil, alguém tem uma churrascaria e anuncia, com alguma pretensão à modernidade, barbie kill. Um pequeno comerciante de beira de estrada anuncia que vende inelgético, alguém avisa que adiante há um desvil etc. Vê-se de quase tudo em sítios como placas do meu Brasil e similares.

  Trata-se de escrita popular. São escritas de pessoas pouco letradas. No caso, pequenos anúncios ou avisos. Em muitos casos, há erros, dos quais muitos riem. Um riso de deboche, em geral, um riso meio grosso, meio besta, o mais reles que a humanidade consegue produzir. Prazer que deriva de achar que "não sou como eles". Não estou pedindo que se pare de rir (não sei se alguém precisa de proteção). Estou sugerindo que o riso pode ser mais sofisticado. Basta entender de que tipo de erro se trata. Quem quer escrever "desvio" e escreve desvil está diante de uma palavra de cinco letras, das quais erra uma, só uma. Poderia ter escrito disvil, errando duas, ou desviu ou disviu, errando de maneiras diferentes. Crianças poderiam escrever tisviu ou tisfiu e variantes (ver, de novo, o famoso texto de Mattoso Câmara sobre erros de escolares, e a sofisticada explicação para a troca entre surdas e sonoras, que ele reclassifica).

    Seria bom, se queremos conhecer o português pelos indícios que os erros de escrita oferecem, dar-nos conta de que a pronúncia de vil e de viu é exatamente a mesma para a maioria dos brasileiros, e que a mesma pronúncia se repete em vio, se esta for a sílaba final de uma palavra. O riso deixaria de ser uma gargalhada, talvez até se transformasse em sorriso de admiração. É que, se, obviamente, há um erro, já que a grafia obedece a decretos ou portarias, há uma sutil análise, revelando um talento de observador, embora equivocado no detalhe.

    Para escrever barbecue, palavra estrangeira que deveria conferir algum charme extra à lanchonete ou churrascaria, o autor da placa busca conhecimentos da cultura americana que circulam por aí: quem não conhece a Barbie? A escrita da primeira parte da palavra (que, para ele, é uma) deve ser a mesma (ele é um bom observador!). Para o restante da sequência, cue, que soa como kil ou kiu, uma boa solução de escrita lhe pareceu ser kill, palavra que talvez conheça de algum filme americano. Errado, mas engenhoso!

   Em inelgético, ocorre erro na grafia da primeira vogal, uma hipercorreção: muitos EEs são pronunciados como IIs, e, por isso, são grafados com i; o l da segunda silaba é uma óbvia hipercorreção, como em solvete. Sendo os RRs estigmatizados, tende-se a eliminá-los, substituindo-os pela letra que parece correta (como no caso Gleisi, comentado há duas semanas).

   Essas "praca" são verdadeira mina para pesquisadores. Quem só vê nelas o fim do mundo (e da língua) é muito besta.


Ditado

   O JN (27/06) informou que candidatos a emprego se ferram em provas de português. Mostrou um exemplo de prova: um ditado com 30 palavras - relativamente incomuns ou "bem" escolhidas, coisas como "obsessiva, exequível" etc., boas para errar. Não havia nenhuma do tipo "comida, nada, batata, cheiro, rancho" ou mesmo "almoxarifado, caixa, faturamento, faxina". Tarados!

   Escolhendo bem, pode-se reprovar qualquer profissional da escrita em ditados de 30 palavras. A prova confunde grafia com escrita e escrita de palavras soltas com domínio de língua escrita. Sem querer defender os candidatos reprovados, preciso dizer que a prova é estúpida.

   O mais interessante foi ouvir a declaração da responsável (chefe de pessoal?) de uma empresa: "Tem uma vaga que a gente tá com ela aberta há mais de quatro meses". Com base em qualquer critério análogo ao do ditado, ela seria demitida. Ou nunca teria sido contratada. O que, provavelmente, teria sido um erro da empresa.

(QUINTA, 30 DE JUNHO DE 2011. Disponível em: terramagazine.terra.com.br/ultimas/0,,EI8425-SUM,00.html. Acesso em: 15/11/11) 

São afirmações que encontram respaldo na argumentação de Possenti, EXCETO:
Alternativas
Q2003569 Português
Coloque V (verdadeiro) ou F (falso) diante das assertivas abaixo, com base na argumentação trazida pelo artigo de opinião lido:
( ) Nota-se, no Brasil, uma crônica desigualdade socioeconômica que implica a certos estratos da população a falta de acesso a bens culturais e a uma educação de qualidade.
( ) Para tratar de tema polêmico, que envolve uma série de (pre)conceitos, Possenti adota uma postura formal, distante, a fim de imprimir maior objetividade a sua argumentação.
( ) A sensibilidade em relação às diferenças multiétnicas e multiculturais do país se revela na postura com que os cidadãos e profissionais lidam com os próprios erros e os alheios.
( ) A estigmatização de determinadas formas de fala (“peleumonia”, “rao X”, “adevogado” etc.) ou de escrita (como nas placas aludidas) desviantes do padrão pode revelar uma extensão da avaliação negativa que faz um enunciador em relação à própria pessoa que as produz.
A ordem CORRETA, de cima para baixo, encontra-se na opção:
Alternativas
Q2003570 Português

Atente para o fragmento a seguir para responder a questão.


“Escolhendo bem, pode-se reprovar qualquer profissional da escrita em ditados de 30 palavras. A prova confunde grafia com escrita e escrita de palavras soltas com domínio de língua escrita.[...]

O mais interessante foi ouvir a declaração da responsável (chefe de pessoal?) de uma empresa: "Tem uma vaga que a gente tá com ela aberta há mais de quatro meses". Com base em qualquer critério análogo ao do ditado, ela seria demitida. Ou nunca teria sido contratada. O que, provavelmente, teria sido um erro da empresa.”

O ditado popular que MELHOR se aplica à situação de seleção mencionada pelo autor em sua argumentação seria: 
Alternativas
Q2003571 Português

Atente para o fragmento a seguir para responder a questão.


“Escolhendo bem, pode-se reprovar qualquer profissional da escrita em ditados de 30 palavras. A prova confunde grafia com escrita e escrita de palavras soltas com domínio de língua escrita.[...]

O mais interessante foi ouvir a declaração da responsável (chefe de pessoal?) de uma empresa: "Tem uma vaga que a gente tá com ela aberta há mais de quatro meses". Com base em qualquer critério análogo ao do ditado, ela seria demitida. Ou nunca teria sido contratada. O que, provavelmente, teria sido um erro da empresa.”

Considerando-se que uma entrevista (ou fala pública em nome da empresa) é momento que exige maior rigor e monitoração da fala, e atentando às prescrições da norma padrão, em cada opção indicou-se um problema da fala da profissional mencionada e possível forma de adequação:
I – Escolha lexical: informal, seria preferível “existe uma vaga” ou “ uma vaga”.
II – Estruturação da oração adjetiva: coloquial, a forma adequada seria: “... uma vaga aberta com a qual...” ou “uma vaga aberta com que...”
III – Emprego de pronome pessoal (com conjugação da forma verbal): em vez de “a gente”, o preferencial é a forma “nós” (1ª pessoa do plural) - "... vaga com que nós estamos..."
IV - Concordância verbal na indicação de tempo passado: não houve, deveria ser "... fazem mais de quatro meses..." ou “têm mais de quatro meses”.
Estão CORRETAS as afirmativas:
Alternativas
Q2003572 Português
Na seção de Morfologia, especificamente no que se refere a processos de formação de palavras, as gramáticas normativas trazem uma relação de prefixos, sufixos, radicais de origem grega ou latina que entram na formação das palavras da Língua Portuguesa.
Sobre esse tópico, atente para as afirmações a seguir:
I. “Hemorragia” e “verborragia” trazem um radical grego que significa fluxo, corrimento.
II. “Dispepsia” e “dislexia” têm um prefixo que significa dificuldade ou privação de algo.
III. Nos itens “cistóide”, “fungoide”, “queloide”, o sufixo introduz semântica de inchaço, edema.
IV. Em “estética” e “anestesia”, o radical comum traz a semântica de sensibilidade.
V. O radical grego “fren-“ / “frenós”, presente em “esquizofrenia” e “frenologia” traz ideia de paralisia.
Verifica-se que estão CORRETAS apenas as afirmativas:
Alternativas
Q2003573 Português
Considere o excerto a seguir, do artigo do linguista Sírio Possenti, para responder a questão.

“É que, se, obviamente, há um erro, já que a grafia obedece a decretos ou portarias, há uma sutil análise, revelando um talento de observador, embora equivocado no detalhe."
Com relação ao fragmento, é correto afirmar, EXCETO:
Alternativas
Q2003574 Português
Considere o excerto a seguir, do artigo do linguista Sírio Possenti, para responder a questão.

“É que, se, obviamente, há um erro, já que a grafia obedece a decretos ou portarias, há uma sutil análise, revelando um talento de observador, embora equivocado no detalhe."
Ortografia é assunto legislado, lembra-nos o linguista Possenti. Assim, de acordo com o novo Acordo Ortográfico, em vigor desde 2009, a afirmativa INCORRETA é:
Alternativas
Q2003575 Português

Atente para o fragmento (1º parágrafo): 

O título "agressivo" é proposital. As intenções são duas: provocar os que dizem que só se pode compreender um texto - ou mesmo uma palavra - escrito "corretamente"; se algum desses sábios consegue ler "as placas" em "as praca" - os melhores sintomas são o riso de superioridade ou a correção que fará - sua tese será desmentida no ato. Também quero verificar se, de fato, alguém não consegue ler este título (eventualmente, tentará descobrir alguma ironia ou, ao menos, uma alusão ou sugestão, que o texto esclarecerá). Assim, eu poderia gritar "ignorante!", se alguém não consegue mesmo entender o sentido do título.


Sobre ele, são afirmativas corretas, EXCETO

Alternativas
Q2003576 Português

Leia o fragmento destacado: 


“Deveria ser claro que "as praca" é outra maneira de dizer (ou de transcrever) "as placas". Uma maneira marcada socialmente, claro. As diferenças são duas variantes regulares (importante!), cujos percentuais de ocorrência podem ser medidos em uma pesquisa, se o cidadão tiver interesse e fundos e tempo e competência [...]”


Sobre esse fragmento, analise as afirmativas a seguir:


I. A repetição da conjunção “e”, aditiva, em vez de vírgulas, constitui um erro a ser evitado em texto escrito formal.


II. A repetição da conjunção “e”, numa figura denominada polissíndeto, constrói um efeito de reiteração.


III. O pronome relativo “cujos” concorda com “percentuais” e equivale à preposição “de”.


IV. O pronome relativo “cujos” indica posse e pode ser substituído pelo pronome “que”.


Estão CORRETAS as afirmações:

Alternativas
Q2003577 Português
Atente para os fragmentos e os itens lexicais neles sublinhados, para os quais foram indicados sinônimos. Assinale a opção em que a correlação feita esteja INCORRETA:
Alternativas
Respostas
21: A
22: B
23: B
24: A
25: B
26: D
27: B
28: C
29: A
30: D
31: A
32: D
33: A
34: B
35: B
36: D
37: C
38: A
39: C
40: B