Questões de Concurso Público UFTM 2018 para Odontólogo
Foram encontradas 40 questões
Q2002823
Português
Texto associado
É hora de recuperarmos a utopia da sociedade fraterna e menos desigual
Admitir que o pensamento marxista continha acertos e erros não significa ter aderido ao capitalismo e se
tornado de direita. Adotar semelhante atitude é persistir no que havia de pior no marxismo, ou seja, na
incapacidade de exercer a autocrítica.
Depois de quase um século da revolução comunista de 1917, da qual resultou o Estado soviético, a
humanidade avançou econômica e tecnicamente, ao mesmo tempo que sofreu guerras sangrentas e massacres,
como os campos de concentração nazistas e os bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki. Depois de tantos
erros, é hora de refletirmos sobre o que aconteceu e recuperarmos a utopia da sociedade fraterna e menos desigual.
O sonho de Karl Marx era criar uma sociedade sem exploração, regida por normas que visavam impedir
a divisão desigual da riqueza produzida. A concepção dele sobre essa nova sociedade apoiava-se, no entanto,
num entendimento equivocado de como se cria a riqueza social. Esse entendimento partia de uma constatação
inequívoca do grau de exploração a que o capitalismo do século 19 submetia o trabalhador, que não gozava dos
mínimos direitos, como a jornada de trabalho estabelecida e a aposentadoria, entre muitos outros. Esse
capitalismo selvagem levou Marx a concluir que só havia um modo de criar uma sociedade justa: excluindo dela
o capitalista. Assim, constituiria-se um Estado proletário, dirigido pelo partido comunista, justo porque dele
estava excluído o capitalista explorador.
Essa teoria pressupunha que é a classe operária quem produz a riqueza, enquanto o capitalista nada mais
faz que explorar o trabalho alheio e enriquecer. O equívoco de Marx estava em ignorar que, sem o capitalista, ou
seja, sem o empreendedor, a produção da riqueza é quase inviável. É que ela depende tanto do trabalhador quanto
do empreendedor, o empresário.
Por estar exclusivamente nas mãos do Estado, isto é, do partido comunista, a tarefa de produzir a riqueza
foi o erro que levou ao fracasso do regime comunista. Na verdade, em qualquer sociedade, há milhões de pessoas
que sonham criar sua própria empresa. Substituí-las por meia dúzia de burocratas do partido é condenar o país ao
fracasso econômico. Não é à toa que, hoje, da Rússia à China, como nos demais países outrora comunistas, todos
abandonaram a concepção marxista e voltaram a estimular a expansão da iniciativa privada. Ou seja, voltaram ao
regime capitalista. Isso não significa, porém, que o capitalismo de repente tornou-se bom e justo e que devemos
nos contentar com a desigualdade que o caracteriza. Essa desigualdade é inerente ao próprio sistema, regido pelo
princípio do lucro máximo.
Pois bem, esse longo caminho, que a humanidade percorreu no último século, mostrou que o Estado
comunista nivela a igualdade por baixo, enquanto no regime capitalista, mesmo com as conquistas alcançadas
pela classe operária e os trabalhadores em geral, a exploração se agrava e a desigualdade se amplia, de que é
exemplo o capitalismo norte-americano. Isso, porém, não é inevitável. Em países capitalistas como a Suécia, a
Noruega e mesmo a Suíça - para ficar apenas nesses exemplos - a desigualdade foi consideravelmente reduzida.
Não há porque, logicamente, o mesmo não possa ocorrer nos demais países capitalistas. É evidente que isso
depende de uma série de fatores e condições, que não se encontram em todos os países. Tampouco acredito numa
sociedade em que a igualdade seja plena - em que todas as pessoas tenham a mesma possibilidade de ganho e
acumulação de bens -, uma vez que os seres humanos não são iguais, não têm todos a mesma capacidade de
criação, inventividade e realização.
Por isso mesmo, não se pode imaginar que todas elas contribuam na mesma proporção para o
enriquecimento da sociedade. Tampouco tais diferenças entre os indivíduos justifica o nível de desigualdade que,
com raras exceções, caracteriza o mundo em que vivemos.
Essas são as razões que me fazem acreditar que, sem faca nos dentes e dentro do regime democrático,
podemos alcançar uma sociedade menos desigual e menos injusta.
(GULLAR, Ferreira. Disponível em www.academia.org.br/artigos/e-hora-de-recuperarmos-utopia-da-sociedadefraterna-e-menos-desigual. Acesso em 17/11/2017)
Releia o fragmento “assim, constituiria-se um Estado proletário, dirigido pelo partido comunista...”. A
palavra que recebe acento gráfico pela mesma razão que o justifica em “proletário”, nesse trecho, é
Q2002824
Português
Texto associado
É hora de recuperarmos a utopia da sociedade fraterna e menos desigual
Admitir que o pensamento marxista continha acertos e erros não significa ter aderido ao capitalismo e se
tornado de direita. Adotar semelhante atitude é persistir no que havia de pior no marxismo, ou seja, na
incapacidade de exercer a autocrítica.
Depois de quase um século da revolução comunista de 1917, da qual resultou o Estado soviético, a
humanidade avançou econômica e tecnicamente, ao mesmo tempo que sofreu guerras sangrentas e massacres,
como os campos de concentração nazistas e os bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki. Depois de tantos
erros, é hora de refletirmos sobre o que aconteceu e recuperarmos a utopia da sociedade fraterna e menos desigual.
O sonho de Karl Marx era criar uma sociedade sem exploração, regida por normas que visavam impedir
a divisão desigual da riqueza produzida. A concepção dele sobre essa nova sociedade apoiava-se, no entanto,
num entendimento equivocado de como se cria a riqueza social. Esse entendimento partia de uma constatação
inequívoca do grau de exploração a que o capitalismo do século 19 submetia o trabalhador, que não gozava dos
mínimos direitos, como a jornada de trabalho estabelecida e a aposentadoria, entre muitos outros. Esse
capitalismo selvagem levou Marx a concluir que só havia um modo de criar uma sociedade justa: excluindo dela
o capitalista. Assim, constituiria-se um Estado proletário, dirigido pelo partido comunista, justo porque dele
estava excluído o capitalista explorador.
Essa teoria pressupunha que é a classe operária quem produz a riqueza, enquanto o capitalista nada mais
faz que explorar o trabalho alheio e enriquecer. O equívoco de Marx estava em ignorar que, sem o capitalista, ou
seja, sem o empreendedor, a produção da riqueza é quase inviável. É que ela depende tanto do trabalhador quanto
do empreendedor, o empresário.
Por estar exclusivamente nas mãos do Estado, isto é, do partido comunista, a tarefa de produzir a riqueza
foi o erro que levou ao fracasso do regime comunista. Na verdade, em qualquer sociedade, há milhões de pessoas
que sonham criar sua própria empresa. Substituí-las por meia dúzia de burocratas do partido é condenar o país ao
fracasso econômico. Não é à toa que, hoje, da Rússia à China, como nos demais países outrora comunistas, todos
abandonaram a concepção marxista e voltaram a estimular a expansão da iniciativa privada. Ou seja, voltaram ao
regime capitalista. Isso não significa, porém, que o capitalismo de repente tornou-se bom e justo e que devemos
nos contentar com a desigualdade que o caracteriza. Essa desigualdade é inerente ao próprio sistema, regido pelo
princípio do lucro máximo.
Pois bem, esse longo caminho, que a humanidade percorreu no último século, mostrou que o Estado
comunista nivela a igualdade por baixo, enquanto no regime capitalista, mesmo com as conquistas alcançadas
pela classe operária e os trabalhadores em geral, a exploração se agrava e a desigualdade se amplia, de que é
exemplo o capitalismo norte-americano. Isso, porém, não é inevitável. Em países capitalistas como a Suécia, a
Noruega e mesmo a Suíça - para ficar apenas nesses exemplos - a desigualdade foi consideravelmente reduzida.
Não há porque, logicamente, o mesmo não possa ocorrer nos demais países capitalistas. É evidente que isso
depende de uma série de fatores e condições, que não se encontram em todos os países. Tampouco acredito numa
sociedade em que a igualdade seja plena - em que todas as pessoas tenham a mesma possibilidade de ganho e
acumulação de bens -, uma vez que os seres humanos não são iguais, não têm todos a mesma capacidade de
criação, inventividade e realização.
Por isso mesmo, não se pode imaginar que todas elas contribuam na mesma proporção para o
enriquecimento da sociedade. Tampouco tais diferenças entre os indivíduos justifica o nível de desigualdade que,
com raras exceções, caracteriza o mundo em que vivemos.
Essas são as razões que me fazem acreditar que, sem faca nos dentes e dentro do regime democrático,
podemos alcançar uma sociedade menos desigual e menos injusta.
(GULLAR, Ferreira. Disponível em www.academia.org.br/artigos/e-hora-de-recuperarmos-utopia-da-sociedadefraterna-e-menos-desigual. Acesso em 17/11/2017)
Observe o verbo assinalado no trecho “Esse capitalismo selvagem levou Marx a concluir que só havia um
modo de criar uma sociedade justa: excluindo dela o capitalista” e marque a alternativa em que o verbo
transitivo foi empregado com o mesmo tipo de complemento desse verbo:
Q2002825
Português
Texto associado
É hora de recuperarmos a utopia da sociedade fraterna e menos desigual
Admitir que o pensamento marxista continha acertos e erros não significa ter aderido ao capitalismo e se
tornado de direita. Adotar semelhante atitude é persistir no que havia de pior no marxismo, ou seja, na
incapacidade de exercer a autocrítica.
Depois de quase um século da revolução comunista de 1917, da qual resultou o Estado soviético, a
humanidade avançou econômica e tecnicamente, ao mesmo tempo que sofreu guerras sangrentas e massacres,
como os campos de concentração nazistas e os bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki. Depois de tantos
erros, é hora de refletirmos sobre o que aconteceu e recuperarmos a utopia da sociedade fraterna e menos desigual.
O sonho de Karl Marx era criar uma sociedade sem exploração, regida por normas que visavam impedir
a divisão desigual da riqueza produzida. A concepção dele sobre essa nova sociedade apoiava-se, no entanto,
num entendimento equivocado de como se cria a riqueza social. Esse entendimento partia de uma constatação
inequívoca do grau de exploração a que o capitalismo do século 19 submetia o trabalhador, que não gozava dos
mínimos direitos, como a jornada de trabalho estabelecida e a aposentadoria, entre muitos outros. Esse
capitalismo selvagem levou Marx a concluir que só havia um modo de criar uma sociedade justa: excluindo dela
o capitalista. Assim, constituiria-se um Estado proletário, dirigido pelo partido comunista, justo porque dele
estava excluído o capitalista explorador.
Essa teoria pressupunha que é a classe operária quem produz a riqueza, enquanto o capitalista nada mais
faz que explorar o trabalho alheio e enriquecer. O equívoco de Marx estava em ignorar que, sem o capitalista, ou
seja, sem o empreendedor, a produção da riqueza é quase inviável. É que ela depende tanto do trabalhador quanto
do empreendedor, o empresário.
Por estar exclusivamente nas mãos do Estado, isto é, do partido comunista, a tarefa de produzir a riqueza
foi o erro que levou ao fracasso do regime comunista. Na verdade, em qualquer sociedade, há milhões de pessoas
que sonham criar sua própria empresa. Substituí-las por meia dúzia de burocratas do partido é condenar o país ao
fracasso econômico. Não é à toa que, hoje, da Rússia à China, como nos demais países outrora comunistas, todos
abandonaram a concepção marxista e voltaram a estimular a expansão da iniciativa privada. Ou seja, voltaram ao
regime capitalista. Isso não significa, porém, que o capitalismo de repente tornou-se bom e justo e que devemos
nos contentar com a desigualdade que o caracteriza. Essa desigualdade é inerente ao próprio sistema, regido pelo
princípio do lucro máximo.
Pois bem, esse longo caminho, que a humanidade percorreu no último século, mostrou que o Estado
comunista nivela a igualdade por baixo, enquanto no regime capitalista, mesmo com as conquistas alcançadas
pela classe operária e os trabalhadores em geral, a exploração se agrava e a desigualdade se amplia, de que é
exemplo o capitalismo norte-americano. Isso, porém, não é inevitável. Em países capitalistas como a Suécia, a
Noruega e mesmo a Suíça - para ficar apenas nesses exemplos - a desigualdade foi consideravelmente reduzida.
Não há porque, logicamente, o mesmo não possa ocorrer nos demais países capitalistas. É evidente que isso
depende de uma série de fatores e condições, que não se encontram em todos os países. Tampouco acredito numa
sociedade em que a igualdade seja plena - em que todas as pessoas tenham a mesma possibilidade de ganho e
acumulação de bens -, uma vez que os seres humanos não são iguais, não têm todos a mesma capacidade de
criação, inventividade e realização.
Por isso mesmo, não se pode imaginar que todas elas contribuam na mesma proporção para o
enriquecimento da sociedade. Tampouco tais diferenças entre os indivíduos justifica o nível de desigualdade que,
com raras exceções, caracteriza o mundo em que vivemos.
Essas são as razões que me fazem acreditar que, sem faca nos dentes e dentro do regime democrático,
podemos alcançar uma sociedade menos desigual e menos injusta.
(GULLAR, Ferreira. Disponível em www.academia.org.br/artigos/e-hora-de-recuperarmos-utopia-da-sociedadefraterna-e-menos-desigual. Acesso em 17/11/2017)
Assinale a alternativa em que o verbo está empregado nos mesmos tempo e modo que o verbo em destaque
no trecho “Essa teoria pressupunha que é a classe operária quem produz a riqueza...”:
Q2002826
Português
Texto associado
É hora de recuperarmos a utopia da sociedade fraterna e menos desigual
Admitir que o pensamento marxista continha acertos e erros não significa ter aderido ao capitalismo e se
tornado de direita. Adotar semelhante atitude é persistir no que havia de pior no marxismo, ou seja, na
incapacidade de exercer a autocrítica.
Depois de quase um século da revolução comunista de 1917, da qual resultou o Estado soviético, a
humanidade avançou econômica e tecnicamente, ao mesmo tempo que sofreu guerras sangrentas e massacres,
como os campos de concentração nazistas e os bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki. Depois de tantos
erros, é hora de refletirmos sobre o que aconteceu e recuperarmos a utopia da sociedade fraterna e menos desigual.
O sonho de Karl Marx era criar uma sociedade sem exploração, regida por normas que visavam impedir
a divisão desigual da riqueza produzida. A concepção dele sobre essa nova sociedade apoiava-se, no entanto,
num entendimento equivocado de como se cria a riqueza social. Esse entendimento partia de uma constatação
inequívoca do grau de exploração a que o capitalismo do século 19 submetia o trabalhador, que não gozava dos
mínimos direitos, como a jornada de trabalho estabelecida e a aposentadoria, entre muitos outros. Esse
capitalismo selvagem levou Marx a concluir que só havia um modo de criar uma sociedade justa: excluindo dela
o capitalista. Assim, constituiria-se um Estado proletário, dirigido pelo partido comunista, justo porque dele
estava excluído o capitalista explorador.
Essa teoria pressupunha que é a classe operária quem produz a riqueza, enquanto o capitalista nada mais
faz que explorar o trabalho alheio e enriquecer. O equívoco de Marx estava em ignorar que, sem o capitalista, ou
seja, sem o empreendedor, a produção da riqueza é quase inviável. É que ela depende tanto do trabalhador quanto
do empreendedor, o empresário.
Por estar exclusivamente nas mãos do Estado, isto é, do partido comunista, a tarefa de produzir a riqueza
foi o erro que levou ao fracasso do regime comunista. Na verdade, em qualquer sociedade, há milhões de pessoas
que sonham criar sua própria empresa. Substituí-las por meia dúzia de burocratas do partido é condenar o país ao
fracasso econômico. Não é à toa que, hoje, da Rússia à China, como nos demais países outrora comunistas, todos
abandonaram a concepção marxista e voltaram a estimular a expansão da iniciativa privada. Ou seja, voltaram ao
regime capitalista. Isso não significa, porém, que o capitalismo de repente tornou-se bom e justo e que devemos
nos contentar com a desigualdade que o caracteriza. Essa desigualdade é inerente ao próprio sistema, regido pelo
princípio do lucro máximo.
Pois bem, esse longo caminho, que a humanidade percorreu no último século, mostrou que o Estado
comunista nivela a igualdade por baixo, enquanto no regime capitalista, mesmo com as conquistas alcançadas
pela classe operária e os trabalhadores em geral, a exploração se agrava e a desigualdade se amplia, de que é
exemplo o capitalismo norte-americano. Isso, porém, não é inevitável. Em países capitalistas como a Suécia, a
Noruega e mesmo a Suíça - para ficar apenas nesses exemplos - a desigualdade foi consideravelmente reduzida.
Não há porque, logicamente, o mesmo não possa ocorrer nos demais países capitalistas. É evidente que isso
depende de uma série de fatores e condições, que não se encontram em todos os países. Tampouco acredito numa
sociedade em que a igualdade seja plena - em que todas as pessoas tenham a mesma possibilidade de ganho e
acumulação de bens -, uma vez que os seres humanos não são iguais, não têm todos a mesma capacidade de
criação, inventividade e realização.
Por isso mesmo, não se pode imaginar que todas elas contribuam na mesma proporção para o
enriquecimento da sociedade. Tampouco tais diferenças entre os indivíduos justifica o nível de desigualdade que,
com raras exceções, caracteriza o mundo em que vivemos.
Essas são as razões que me fazem acreditar que, sem faca nos dentes e dentro do regime democrático,
podemos alcançar uma sociedade menos desigual e menos injusta.
(GULLAR, Ferreira. Disponível em www.academia.org.br/artigos/e-hora-de-recuperarmos-utopia-da-sociedadefraterna-e-menos-desigual. Acesso em 17/11/2017)
Identifica-se noção de explicação no segmento grifado em:
Q2002827
Português
Texto associado
É hora de recuperarmos a utopia da sociedade fraterna e menos desigual
Admitir que o pensamento marxista continha acertos e erros não significa ter aderido ao capitalismo e se
tornado de direita. Adotar semelhante atitude é persistir no que havia de pior no marxismo, ou seja, na
incapacidade de exercer a autocrítica.
Depois de quase um século da revolução comunista de 1917, da qual resultou o Estado soviético, a
humanidade avançou econômica e tecnicamente, ao mesmo tempo que sofreu guerras sangrentas e massacres,
como os campos de concentração nazistas e os bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki. Depois de tantos
erros, é hora de refletirmos sobre o que aconteceu e recuperarmos a utopia da sociedade fraterna e menos desigual.
O sonho de Karl Marx era criar uma sociedade sem exploração, regida por normas que visavam impedir
a divisão desigual da riqueza produzida. A concepção dele sobre essa nova sociedade apoiava-se, no entanto,
num entendimento equivocado de como se cria a riqueza social. Esse entendimento partia de uma constatação
inequívoca do grau de exploração a que o capitalismo do século 19 submetia o trabalhador, que não gozava dos
mínimos direitos, como a jornada de trabalho estabelecida e a aposentadoria, entre muitos outros. Esse
capitalismo selvagem levou Marx a concluir que só havia um modo de criar uma sociedade justa: excluindo dela
o capitalista. Assim, constituiria-se um Estado proletário, dirigido pelo partido comunista, justo porque dele
estava excluído o capitalista explorador.
Essa teoria pressupunha que é a classe operária quem produz a riqueza, enquanto o capitalista nada mais
faz que explorar o trabalho alheio e enriquecer. O equívoco de Marx estava em ignorar que, sem o capitalista, ou
seja, sem o empreendedor, a produção da riqueza é quase inviável. É que ela depende tanto do trabalhador quanto
do empreendedor, o empresário.
Por estar exclusivamente nas mãos do Estado, isto é, do partido comunista, a tarefa de produzir a riqueza
foi o erro que levou ao fracasso do regime comunista. Na verdade, em qualquer sociedade, há milhões de pessoas
que sonham criar sua própria empresa. Substituí-las por meia dúzia de burocratas do partido é condenar o país ao
fracasso econômico. Não é à toa que, hoje, da Rússia à China, como nos demais países outrora comunistas, todos
abandonaram a concepção marxista e voltaram a estimular a expansão da iniciativa privada. Ou seja, voltaram ao
regime capitalista. Isso não significa, porém, que o capitalismo de repente tornou-se bom e justo e que devemos
nos contentar com a desigualdade que o caracteriza. Essa desigualdade é inerente ao próprio sistema, regido pelo
princípio do lucro máximo.
Pois bem, esse longo caminho, que a humanidade percorreu no último século, mostrou que o Estado
comunista nivela a igualdade por baixo, enquanto no regime capitalista, mesmo com as conquistas alcançadas
pela classe operária e os trabalhadores em geral, a exploração se agrava e a desigualdade se amplia, de que é
exemplo o capitalismo norte-americano. Isso, porém, não é inevitável. Em países capitalistas como a Suécia, a
Noruega e mesmo a Suíça - para ficar apenas nesses exemplos - a desigualdade foi consideravelmente reduzida.
Não há porque, logicamente, o mesmo não possa ocorrer nos demais países capitalistas. É evidente que isso
depende de uma série de fatores e condições, que não se encontram em todos os países. Tampouco acredito numa
sociedade em que a igualdade seja plena - em que todas as pessoas tenham a mesma possibilidade de ganho e
acumulação de bens -, uma vez que os seres humanos não são iguais, não têm todos a mesma capacidade de
criação, inventividade e realização.
Por isso mesmo, não se pode imaginar que todas elas contribuam na mesma proporção para o
enriquecimento da sociedade. Tampouco tais diferenças entre os indivíduos justifica o nível de desigualdade que,
com raras exceções, caracteriza o mundo em que vivemos.
Essas são as razões que me fazem acreditar que, sem faca nos dentes e dentro do regime democrático,
podemos alcançar uma sociedade menos desigual e menos injusta.
(GULLAR, Ferreira. Disponível em www.academia.org.br/artigos/e-hora-de-recuperarmos-utopia-da-sociedadefraterna-e-menos-desigual. Acesso em 17/11/2017)
Leia atentamente o trecho “Tampouco acredito numa sociedade em que a igualdade seja plena...” e
assinale a alternativa em que os elementos sublinhados preenchem adequadamente a lacuna do enunciado:
Q2002828
Português
Texto associado
É hora de recuperarmos a utopia da sociedade fraterna e menos desigual
Admitir que o pensamento marxista continha acertos e erros não significa ter aderido ao capitalismo e se
tornado de direita. Adotar semelhante atitude é persistir no que havia de pior no marxismo, ou seja, na
incapacidade de exercer a autocrítica.
Depois de quase um século da revolução comunista de 1917, da qual resultou o Estado soviético, a
humanidade avançou econômica e tecnicamente, ao mesmo tempo que sofreu guerras sangrentas e massacres,
como os campos de concentração nazistas e os bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki. Depois de tantos
erros, é hora de refletirmos sobre o que aconteceu e recuperarmos a utopia da sociedade fraterna e menos desigual.
O sonho de Karl Marx era criar uma sociedade sem exploração, regida por normas que visavam impedir
a divisão desigual da riqueza produzida. A concepção dele sobre essa nova sociedade apoiava-se, no entanto,
num entendimento equivocado de como se cria a riqueza social. Esse entendimento partia de uma constatação
inequívoca do grau de exploração a que o capitalismo do século 19 submetia o trabalhador, que não gozava dos
mínimos direitos, como a jornada de trabalho estabelecida e a aposentadoria, entre muitos outros. Esse
capitalismo selvagem levou Marx a concluir que só havia um modo de criar uma sociedade justa: excluindo dela
o capitalista. Assim, constituiria-se um Estado proletário, dirigido pelo partido comunista, justo porque dele
estava excluído o capitalista explorador.
Essa teoria pressupunha que é a classe operária quem produz a riqueza, enquanto o capitalista nada mais
faz que explorar o trabalho alheio e enriquecer. O equívoco de Marx estava em ignorar que, sem o capitalista, ou
seja, sem o empreendedor, a produção da riqueza é quase inviável. É que ela depende tanto do trabalhador quanto
do empreendedor, o empresário.
Por estar exclusivamente nas mãos do Estado, isto é, do partido comunista, a tarefa de produzir a riqueza
foi o erro que levou ao fracasso do regime comunista. Na verdade, em qualquer sociedade, há milhões de pessoas
que sonham criar sua própria empresa. Substituí-las por meia dúzia de burocratas do partido é condenar o país ao
fracasso econômico. Não é à toa que, hoje, da Rússia à China, como nos demais países outrora comunistas, todos
abandonaram a concepção marxista e voltaram a estimular a expansão da iniciativa privada. Ou seja, voltaram ao
regime capitalista. Isso não significa, porém, que o capitalismo de repente tornou-se bom e justo e que devemos
nos contentar com a desigualdade que o caracteriza. Essa desigualdade é inerente ao próprio sistema, regido pelo
princípio do lucro máximo.
Pois bem, esse longo caminho, que a humanidade percorreu no último século, mostrou que o Estado
comunista nivela a igualdade por baixo, enquanto no regime capitalista, mesmo com as conquistas alcançadas
pela classe operária e os trabalhadores em geral, a exploração se agrava e a desigualdade se amplia, de que é
exemplo o capitalismo norte-americano. Isso, porém, não é inevitável. Em países capitalistas como a Suécia, a
Noruega e mesmo a Suíça - para ficar apenas nesses exemplos - a desigualdade foi consideravelmente reduzida.
Não há porque, logicamente, o mesmo não possa ocorrer nos demais países capitalistas. É evidente que isso
depende de uma série de fatores e condições, que não se encontram em todos os países. Tampouco acredito numa
sociedade em que a igualdade seja plena - em que todas as pessoas tenham a mesma possibilidade de ganho e
acumulação de bens -, uma vez que os seres humanos não são iguais, não têm todos a mesma capacidade de
criação, inventividade e realização.
Por isso mesmo, não se pode imaginar que todas elas contribuam na mesma proporção para o
enriquecimento da sociedade. Tampouco tais diferenças entre os indivíduos justifica o nível de desigualdade que,
com raras exceções, caracteriza o mundo em que vivemos.
Essas são as razões que me fazem acreditar que, sem faca nos dentes e dentro do regime democrático,
podemos alcançar uma sociedade menos desigual e menos injusta.
(GULLAR, Ferreira. Disponível em www.academia.org.br/artigos/e-hora-de-recuperarmos-utopia-da-sociedadefraterna-e-menos-desigual. Acesso em 17/11/2017)
Observe as afirmações a respeito dos elementos linguísticos empregados no texto e assinale a alternativa
em que o que se afirma está correto, de acordo com a norma culta:
Q2002829
Português
Texto associado
É hora de recuperarmos a utopia da sociedade fraterna e menos desigual
Admitir que o pensamento marxista continha acertos e erros não significa ter aderido ao capitalismo e se
tornado de direita. Adotar semelhante atitude é persistir no que havia de pior no marxismo, ou seja, na
incapacidade de exercer a autocrítica.
Depois de quase um século da revolução comunista de 1917, da qual resultou o Estado soviético, a
humanidade avançou econômica e tecnicamente, ao mesmo tempo que sofreu guerras sangrentas e massacres,
como os campos de concentração nazistas e os bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki. Depois de tantos
erros, é hora de refletirmos sobre o que aconteceu e recuperarmos a utopia da sociedade fraterna e menos desigual.
O sonho de Karl Marx era criar uma sociedade sem exploração, regida por normas que visavam impedir
a divisão desigual da riqueza produzida. A concepção dele sobre essa nova sociedade apoiava-se, no entanto,
num entendimento equivocado de como se cria a riqueza social. Esse entendimento partia de uma constatação
inequívoca do grau de exploração a que o capitalismo do século 19 submetia o trabalhador, que não gozava dos
mínimos direitos, como a jornada de trabalho estabelecida e a aposentadoria, entre muitos outros. Esse
capitalismo selvagem levou Marx a concluir que só havia um modo de criar uma sociedade justa: excluindo dela
o capitalista. Assim, constituiria-se um Estado proletário, dirigido pelo partido comunista, justo porque dele
estava excluído o capitalista explorador.
Essa teoria pressupunha que é a classe operária quem produz a riqueza, enquanto o capitalista nada mais
faz que explorar o trabalho alheio e enriquecer. O equívoco de Marx estava em ignorar que, sem o capitalista, ou
seja, sem o empreendedor, a produção da riqueza é quase inviável. É que ela depende tanto do trabalhador quanto
do empreendedor, o empresário.
Por estar exclusivamente nas mãos do Estado, isto é, do partido comunista, a tarefa de produzir a riqueza
foi o erro que levou ao fracasso do regime comunista. Na verdade, em qualquer sociedade, há milhões de pessoas
que sonham criar sua própria empresa. Substituí-las por meia dúzia de burocratas do partido é condenar o país ao
fracasso econômico. Não é à toa que, hoje, da Rússia à China, como nos demais países outrora comunistas, todos
abandonaram a concepção marxista e voltaram a estimular a expansão da iniciativa privada. Ou seja, voltaram ao
regime capitalista. Isso não significa, porém, que o capitalismo de repente tornou-se bom e justo e que devemos
nos contentar com a desigualdade que o caracteriza. Essa desigualdade é inerente ao próprio sistema, regido pelo
princípio do lucro máximo.
Pois bem, esse longo caminho, que a humanidade percorreu no último século, mostrou que o Estado
comunista nivela a igualdade por baixo, enquanto no regime capitalista, mesmo com as conquistas alcançadas
pela classe operária e os trabalhadores em geral, a exploração se agrava e a desigualdade se amplia, de que é
exemplo o capitalismo norte-americano. Isso, porém, não é inevitável. Em países capitalistas como a Suécia, a
Noruega e mesmo a Suíça - para ficar apenas nesses exemplos - a desigualdade foi consideravelmente reduzida.
Não há porque, logicamente, o mesmo não possa ocorrer nos demais países capitalistas. É evidente que isso
depende de uma série de fatores e condições, que não se encontram em todos os países. Tampouco acredito numa
sociedade em que a igualdade seja plena - em que todas as pessoas tenham a mesma possibilidade de ganho e
acumulação de bens -, uma vez que os seres humanos não são iguais, não têm todos a mesma capacidade de
criação, inventividade e realização.
Por isso mesmo, não se pode imaginar que todas elas contribuam na mesma proporção para o
enriquecimento da sociedade. Tampouco tais diferenças entre os indivíduos justifica o nível de desigualdade que,
com raras exceções, caracteriza o mundo em que vivemos.
Essas são as razões que me fazem acreditar que, sem faca nos dentes e dentro do regime democrático,
podemos alcançar uma sociedade menos desigual e menos injusta.
(GULLAR, Ferreira. Disponível em www.academia.org.br/artigos/e-hora-de-recuperarmos-utopia-da-sociedadefraterna-e-menos-desigual. Acesso em 17/11/2017)
Volte ao texto e releia o trecho “O sonho de Karl Marx era criar uma sociedade sem exploração, regida
por normas que visavam impedir a divisão desigual da riqueza produzida. A concepção dele sobre essa
nova sociedade apoiava-se, no entanto, num entendimento equivocado de como se cria a riqueza social”.
Para que se mantenha a mesma relação semântica estabelecida pelo conectivo “no entanto”, ao ser
reescrito, o enunciado deve ser introduzido pelo conectivo:
“_________ a concepção de Karl Marx estivesse apoiada num entendimento equivocado de como se cria a riqueza social, o sonho dele era criar uma sociedade sem exploração, regida por normas que visavam impedir a divisão desigual da riqueza produzida.”
“_________ a concepção de Karl Marx estivesse apoiada num entendimento equivocado de como se cria a riqueza social, o sonho dele era criar uma sociedade sem exploração, regida por normas que visavam impedir a divisão desigual da riqueza produzida.”
Q2002830
Português
Texto associado
É hora de recuperarmos a utopia da sociedade fraterna e menos desigual
Admitir que o pensamento marxista continha acertos e erros não significa ter aderido ao capitalismo e se
tornado de direita. Adotar semelhante atitude é persistir no que havia de pior no marxismo, ou seja, na
incapacidade de exercer a autocrítica.
Depois de quase um século da revolução comunista de 1917, da qual resultou o Estado soviético, a
humanidade avançou econômica e tecnicamente, ao mesmo tempo que sofreu guerras sangrentas e massacres,
como os campos de concentração nazistas e os bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki. Depois de tantos
erros, é hora de refletirmos sobre o que aconteceu e recuperarmos a utopia da sociedade fraterna e menos desigual.
O sonho de Karl Marx era criar uma sociedade sem exploração, regida por normas que visavam impedir
a divisão desigual da riqueza produzida. A concepção dele sobre essa nova sociedade apoiava-se, no entanto,
num entendimento equivocado de como se cria a riqueza social. Esse entendimento partia de uma constatação
inequívoca do grau de exploração a que o capitalismo do século 19 submetia o trabalhador, que não gozava dos
mínimos direitos, como a jornada de trabalho estabelecida e a aposentadoria, entre muitos outros. Esse
capitalismo selvagem levou Marx a concluir que só havia um modo de criar uma sociedade justa: excluindo dela
o capitalista. Assim, constituiria-se um Estado proletário, dirigido pelo partido comunista, justo porque dele
estava excluído o capitalista explorador.
Essa teoria pressupunha que é a classe operária quem produz a riqueza, enquanto o capitalista nada mais
faz que explorar o trabalho alheio e enriquecer. O equívoco de Marx estava em ignorar que, sem o capitalista, ou
seja, sem o empreendedor, a produção da riqueza é quase inviável. É que ela depende tanto do trabalhador quanto
do empreendedor, o empresário.
Por estar exclusivamente nas mãos do Estado, isto é, do partido comunista, a tarefa de produzir a riqueza
foi o erro que levou ao fracasso do regime comunista. Na verdade, em qualquer sociedade, há milhões de pessoas
que sonham criar sua própria empresa. Substituí-las por meia dúzia de burocratas do partido é condenar o país ao
fracasso econômico. Não é à toa que, hoje, da Rússia à China, como nos demais países outrora comunistas, todos
abandonaram a concepção marxista e voltaram a estimular a expansão da iniciativa privada. Ou seja, voltaram ao
regime capitalista. Isso não significa, porém, que o capitalismo de repente tornou-se bom e justo e que devemos
nos contentar com a desigualdade que o caracteriza. Essa desigualdade é inerente ao próprio sistema, regido pelo
princípio do lucro máximo.
Pois bem, esse longo caminho, que a humanidade percorreu no último século, mostrou que o Estado
comunista nivela a igualdade por baixo, enquanto no regime capitalista, mesmo com as conquistas alcançadas
pela classe operária e os trabalhadores em geral, a exploração se agrava e a desigualdade se amplia, de que é
exemplo o capitalismo norte-americano. Isso, porém, não é inevitável. Em países capitalistas como a Suécia, a
Noruega e mesmo a Suíça - para ficar apenas nesses exemplos - a desigualdade foi consideravelmente reduzida.
Não há porque, logicamente, o mesmo não possa ocorrer nos demais países capitalistas. É evidente que isso
depende de uma série de fatores e condições, que não se encontram em todos os países. Tampouco acredito numa
sociedade em que a igualdade seja plena - em que todas as pessoas tenham a mesma possibilidade de ganho e
acumulação de bens -, uma vez que os seres humanos não são iguais, não têm todos a mesma capacidade de
criação, inventividade e realização.
Por isso mesmo, não se pode imaginar que todas elas contribuam na mesma proporção para o
enriquecimento da sociedade. Tampouco tais diferenças entre os indivíduos justifica o nível de desigualdade que,
com raras exceções, caracteriza o mundo em que vivemos.
Essas são as razões que me fazem acreditar que, sem faca nos dentes e dentro do regime democrático,
podemos alcançar uma sociedade menos desigual e menos injusta.
(GULLAR, Ferreira. Disponível em www.academia.org.br/artigos/e-hora-de-recuperarmos-utopia-da-sociedadefraterna-e-menos-desigual. Acesso em 17/11/2017)
O pronome relativo é assim chamado porque se refere, de regra geral, a um termo anterior - o antecedente,
ou seja, o substitui, evitando repetições desnecessárias. Assinale a alternativa em que a palavra sublinhada
tem função de pronome relativo:
Q2002831
Português
Texto associado
É hora de recuperarmos a utopia da sociedade fraterna e menos desigual
Admitir que o pensamento marxista continha acertos e erros não significa ter aderido ao capitalismo e se
tornado de direita. Adotar semelhante atitude é persistir no que havia de pior no marxismo, ou seja, na
incapacidade de exercer a autocrítica.
Depois de quase um século da revolução comunista de 1917, da qual resultou o Estado soviético, a
humanidade avançou econômica e tecnicamente, ao mesmo tempo que sofreu guerras sangrentas e massacres,
como os campos de concentração nazistas e os bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki. Depois de tantos
erros, é hora de refletirmos sobre o que aconteceu e recuperarmos a utopia da sociedade fraterna e menos desigual.
O sonho de Karl Marx era criar uma sociedade sem exploração, regida por normas que visavam impedir
a divisão desigual da riqueza produzida. A concepção dele sobre essa nova sociedade apoiava-se, no entanto,
num entendimento equivocado de como se cria a riqueza social. Esse entendimento partia de uma constatação
inequívoca do grau de exploração a que o capitalismo do século 19 submetia o trabalhador, que não gozava dos
mínimos direitos, como a jornada de trabalho estabelecida e a aposentadoria, entre muitos outros. Esse
capitalismo selvagem levou Marx a concluir que só havia um modo de criar uma sociedade justa: excluindo dela
o capitalista. Assim, constituiria-se um Estado proletário, dirigido pelo partido comunista, justo porque dele
estava excluído o capitalista explorador.
Essa teoria pressupunha que é a classe operária quem produz a riqueza, enquanto o capitalista nada mais
faz que explorar o trabalho alheio e enriquecer. O equívoco de Marx estava em ignorar que, sem o capitalista, ou
seja, sem o empreendedor, a produção da riqueza é quase inviável. É que ela depende tanto do trabalhador quanto
do empreendedor, o empresário.
Por estar exclusivamente nas mãos do Estado, isto é, do partido comunista, a tarefa de produzir a riqueza
foi o erro que levou ao fracasso do regime comunista. Na verdade, em qualquer sociedade, há milhões de pessoas
que sonham criar sua própria empresa. Substituí-las por meia dúzia de burocratas do partido é condenar o país ao
fracasso econômico. Não é à toa que, hoje, da Rússia à China, como nos demais países outrora comunistas, todos
abandonaram a concepção marxista e voltaram a estimular a expansão da iniciativa privada. Ou seja, voltaram ao
regime capitalista. Isso não significa, porém, que o capitalismo de repente tornou-se bom e justo e que devemos
nos contentar com a desigualdade que o caracteriza. Essa desigualdade é inerente ao próprio sistema, regido pelo
princípio do lucro máximo.
Pois bem, esse longo caminho, que a humanidade percorreu no último século, mostrou que o Estado
comunista nivela a igualdade por baixo, enquanto no regime capitalista, mesmo com as conquistas alcançadas
pela classe operária e os trabalhadores em geral, a exploração se agrava e a desigualdade se amplia, de que é
exemplo o capitalismo norte-americano. Isso, porém, não é inevitável. Em países capitalistas como a Suécia, a
Noruega e mesmo a Suíça - para ficar apenas nesses exemplos - a desigualdade foi consideravelmente reduzida.
Não há porque, logicamente, o mesmo não possa ocorrer nos demais países capitalistas. É evidente que isso
depende de uma série de fatores e condições, que não se encontram em todos os países. Tampouco acredito numa
sociedade em que a igualdade seja plena - em que todas as pessoas tenham a mesma possibilidade de ganho e
acumulação de bens -, uma vez que os seres humanos não são iguais, não têm todos a mesma capacidade de
criação, inventividade e realização.
Por isso mesmo, não se pode imaginar que todas elas contribuam na mesma proporção para o
enriquecimento da sociedade. Tampouco tais diferenças entre os indivíduos justifica o nível de desigualdade que,
com raras exceções, caracteriza o mundo em que vivemos.
Essas são as razões que me fazem acreditar que, sem faca nos dentes e dentro do regime democrático,
podemos alcançar uma sociedade menos desigual e menos injusta.
(GULLAR, Ferreira. Disponível em www.academia.org.br/artigos/e-hora-de-recuperarmos-utopia-da-sociedadefraterna-e-menos-desigual. Acesso em 17/11/2017)
Assinale a alternativa correta, de acordo com a norma culta:
Q2002832
Português
Texto associado
É hora de recuperarmos a utopia da sociedade fraterna e menos desigual
Admitir que o pensamento marxista continha acertos e erros não significa ter aderido ao capitalismo e se
tornado de direita. Adotar semelhante atitude é persistir no que havia de pior no marxismo, ou seja, na
incapacidade de exercer a autocrítica.
Depois de quase um século da revolução comunista de 1917, da qual resultou o Estado soviético, a
humanidade avançou econômica e tecnicamente, ao mesmo tempo que sofreu guerras sangrentas e massacres,
como os campos de concentração nazistas e os bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki. Depois de tantos
erros, é hora de refletirmos sobre o que aconteceu e recuperarmos a utopia da sociedade fraterna e menos desigual.
O sonho de Karl Marx era criar uma sociedade sem exploração, regida por normas que visavam impedir
a divisão desigual da riqueza produzida. A concepção dele sobre essa nova sociedade apoiava-se, no entanto,
num entendimento equivocado de como se cria a riqueza social. Esse entendimento partia de uma constatação
inequívoca do grau de exploração a que o capitalismo do século 19 submetia o trabalhador, que não gozava dos
mínimos direitos, como a jornada de trabalho estabelecida e a aposentadoria, entre muitos outros. Esse
capitalismo selvagem levou Marx a concluir que só havia um modo de criar uma sociedade justa: excluindo dela
o capitalista. Assim, constituiria-se um Estado proletário, dirigido pelo partido comunista, justo porque dele
estava excluído o capitalista explorador.
Essa teoria pressupunha que é a classe operária quem produz a riqueza, enquanto o capitalista nada mais
faz que explorar o trabalho alheio e enriquecer. O equívoco de Marx estava em ignorar que, sem o capitalista, ou
seja, sem o empreendedor, a produção da riqueza é quase inviável. É que ela depende tanto do trabalhador quanto
do empreendedor, o empresário.
Por estar exclusivamente nas mãos do Estado, isto é, do partido comunista, a tarefa de produzir a riqueza
foi o erro que levou ao fracasso do regime comunista. Na verdade, em qualquer sociedade, há milhões de pessoas
que sonham criar sua própria empresa. Substituí-las por meia dúzia de burocratas do partido é condenar o país ao
fracasso econômico. Não é à toa que, hoje, da Rússia à China, como nos demais países outrora comunistas, todos
abandonaram a concepção marxista e voltaram a estimular a expansão da iniciativa privada. Ou seja, voltaram ao
regime capitalista. Isso não significa, porém, que o capitalismo de repente tornou-se bom e justo e que devemos
nos contentar com a desigualdade que o caracteriza. Essa desigualdade é inerente ao próprio sistema, regido pelo
princípio do lucro máximo.
Pois bem, esse longo caminho, que a humanidade percorreu no último século, mostrou que o Estado
comunista nivela a igualdade por baixo, enquanto no regime capitalista, mesmo com as conquistas alcançadas
pela classe operária e os trabalhadores em geral, a exploração se agrava e a desigualdade se amplia, de que é
exemplo o capitalismo norte-americano. Isso, porém, não é inevitável. Em países capitalistas como a Suécia, a
Noruega e mesmo a Suíça - para ficar apenas nesses exemplos - a desigualdade foi consideravelmente reduzida.
Não há porque, logicamente, o mesmo não possa ocorrer nos demais países capitalistas. É evidente que isso
depende de uma série de fatores e condições, que não se encontram em todos os países. Tampouco acredito numa
sociedade em que a igualdade seja plena - em que todas as pessoas tenham a mesma possibilidade de ganho e
acumulação de bens -, uma vez que os seres humanos não são iguais, não têm todos a mesma capacidade de
criação, inventividade e realização.
Por isso mesmo, não se pode imaginar que todas elas contribuam na mesma proporção para o
enriquecimento da sociedade. Tampouco tais diferenças entre os indivíduos justifica o nível de desigualdade que,
com raras exceções, caracteriza o mundo em que vivemos.
Essas são as razões que me fazem acreditar que, sem faca nos dentes e dentro do regime democrático,
podemos alcançar uma sociedade menos desigual e menos injusta.
(GULLAR, Ferreira. Disponível em www.academia.org.br/artigos/e-hora-de-recuperarmos-utopia-da-sociedadefraterna-e-menos-desigual. Acesso em 17/11/2017)
No fragmento “O sonho de Karl Marx era criar uma sociedade sem exploração, regida por normas que
visavam impedir a divisão desigual da riqueza produzida”, a forma adequada da transformação da
oração reduzida sublinhada em oração desenvolvida é:
Q2002833
Direito Administrativo
Lei n. 8.112/90 – “O estágio probatório ficará suspenso durante as licenças e os afastamentos previstos
nos arts. 83, 84, § 1o
, 86 e 96, bem assim na hipótese de participação em curso de formação, e será
retomado a partir do término do impedimento”. Suspendem o estágio probatório, EXCETO:
Q2002834
Direito Administrativo
Lei n. 8.666/93 – “Projeto Básico - conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão
adequado, para caracterizar a obra ou serviço, ou complexo de obras ou serviços objeto da licitação,
elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica
e o adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento, e que possibilite a avaliação do custo
da obra e a definição dos métodos e do prazo de execução, devendo conter os seguintes elementos:”
Assinale a opção INCORRETA:
Assinale a opção INCORRETA:
Q2002835
Legislação Federal
Considerando o disposto na Lei n. 12.527/11 – Acesso às informações, julgue os itens a seguir em V
(verdadeiro) e F (falso):
I - ( ) Quando não for autorizado acesso integral à informação por ser ela parcialmente sigilosa, é assegurado o acesso à parte não sigilosa por meio de certidão, extrato ou cópia com ocultação da parte sob sigilo. II - ( ) No caso de indeferimento de acesso a informações ou às razões da negativa do acesso, poderá o interessado interpor recurso contra a decisão no prazo de 15 (quinze) dias a contar da sua ciência. III - ( ) Poderá ser negado acesso à informação necessária à tutela judicial ou administrativa de direitos fundamentais. IV - ( ) O Poder Executivo Federal designará órgão da administração pública federal responsável pelo treinamento de agentes públicos no que se refere ao desenvolvimento de práticas relacionadas à transparência na administração pública.
A sequência CORRETA é:
I - ( ) Quando não for autorizado acesso integral à informação por ser ela parcialmente sigilosa, é assegurado o acesso à parte não sigilosa por meio de certidão, extrato ou cópia com ocultação da parte sob sigilo. II - ( ) No caso de indeferimento de acesso a informações ou às razões da negativa do acesso, poderá o interessado interpor recurso contra a decisão no prazo de 15 (quinze) dias a contar da sua ciência. III - ( ) Poderá ser negado acesso à informação necessária à tutela judicial ou administrativa de direitos fundamentais. IV - ( ) O Poder Executivo Federal designará órgão da administração pública federal responsável pelo treinamento de agentes públicos no que se refere ao desenvolvimento de práticas relacionadas à transparência na administração pública.
A sequência CORRETA é:
Q2002836
Legislação Federal
A Lei n. 12.527/11 dispõe sobre os procedimentos a serem observados pela União, Estados, Distrito
Federal e Municípios, com o fim de garantir o acesso a informações. Tal lei foi regulamentada pelo
Decreto n. 7.724/12 que instituiu os procedimentos para a garantia do acesso à informação e para a
classificação de informações no âmbito do Poder Executivo Federal. Em atendimento à legislação citada,
os órgãos e entidades deveriam criar um Serviço de Informações ao Cidadão – SIC. Sobre os objetivos e
competência do SIC, julgue os itens a seguir:
I – Objetivo: receber e registrar pedidos de acesso à informação; II – Competência: o encaminhamento do pedido recebido e registrado à unidade responsável pelo fornecimento da informação, quando couber; III – Competência: o registro do pedido de acesso em sistema eletrônico específico e a entrega de número do protocolo, que conterá a data de apresentação do pedido; IV – Objetivo: atender e orientar o público quanto ao acesso à informação; V – Competência: o recebimento do pedido de acesso e, sempre que possível, o fornecimento imediato da informação.
Estão CORRETOS os itens:
I – Objetivo: receber e registrar pedidos de acesso à informação; II – Competência: o encaminhamento do pedido recebido e registrado à unidade responsável pelo fornecimento da informação, quando couber; III – Competência: o registro do pedido de acesso em sistema eletrônico específico e a entrega de número do protocolo, que conterá a data de apresentação do pedido; IV – Objetivo: atender e orientar o público quanto ao acesso à informação; V – Competência: o recebimento do pedido de acesso e, sempre que possível, o fornecimento imediato da informação.
Estão CORRETOS os itens:
Q2002837
Direito Administrativo
De acordo com a Lei n. 8.112/90, assinale a alternativa INCORRETA:
Q2002838
Direito Constitucional
De acordo com a Constituição Federal, assinale a alternativa CORRETA.
Q2002839
Legislação Federal
A estruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação no âmbito das
Instituições Federais de Ensino, vinculadas ao Ministério da Educação, é regulamentada pela Lei n.
11.091/05 e dispõe o seguinte:
I - O Plano de Carreira está estruturado em 4 (quatro) níveis de classificação, com 5 (cinco) níveis de capacitação cada. II - O ingresso nos cargos do Plano de Carreira far-se-á no padrão inicial do 1º (primeiro) nível de capacitação do respectivo nível de classificação, mediante concurso público de provas ou de provas e títulos, observada somente a escolaridade estabelecida na Lei. III - O Incentivo à Qualificação somente integrará os proventos de aposentadorias e as pensões quando os certificados considerados para a sua concessão tiverem sido obtidos até a data em que se deu a aposentadoria ou a instituição da pensão. IV - É atribuição geral dos cargos que integram o Plano de Carreira, sem prejuízo das atribuições específicas e observados os requisitos de qualificação e competências definidos nas respectivas especificações, planejar, organizar, executar ou avaliar as atividades inerentes ao apoio técnicoadministrativo ao ensino.
Estão INCORRETOS os itens:
I - O Plano de Carreira está estruturado em 4 (quatro) níveis de classificação, com 5 (cinco) níveis de capacitação cada. II - O ingresso nos cargos do Plano de Carreira far-se-á no padrão inicial do 1º (primeiro) nível de capacitação do respectivo nível de classificação, mediante concurso público de provas ou de provas e títulos, observada somente a escolaridade estabelecida na Lei. III - O Incentivo à Qualificação somente integrará os proventos de aposentadorias e as pensões quando os certificados considerados para a sua concessão tiverem sido obtidos até a data em que se deu a aposentadoria ou a instituição da pensão. IV - É atribuição geral dos cargos que integram o Plano de Carreira, sem prejuízo das atribuições específicas e observados os requisitos de qualificação e competências definidos nas respectivas especificações, planejar, organizar, executar ou avaliar as atividades inerentes ao apoio técnicoadministrativo ao ensino.
Estão INCORRETOS os itens:
Q2002840
Ética na Administração Pública
Acerca do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, assinale a
alternativa INCORRETA:
Q2002841
Direito Administrativo
Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, são classificados em:
1 – Atos de Improbidade Administrativa que Importam Enriquecimento Ilícito. 2 – Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os Princípios da Administração Pública. 3 – Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo ao Erário.
De acordo com a classificação acima, relacione os itens a seguir:
I – ( ) adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou função pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio ou à renda do agente público. II – ( ) permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço superior ao de mercado. III – ( ) revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectiva divulgação oficial, teor de medida política ou econômica capaz de afetar o preço de mercadoria, bem ou serviço. IV – ( ) celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia dotação orçamentária, ou sem observar as formalidades previstas na lei. V – ( ) receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem.
A sequência CORRETA é
1 – Atos de Improbidade Administrativa que Importam Enriquecimento Ilícito. 2 – Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os Princípios da Administração Pública. 3 – Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo ao Erário.
De acordo com a classificação acima, relacione os itens a seguir:
I – ( ) adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou função pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio ou à renda do agente público. II – ( ) permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço superior ao de mercado. III – ( ) revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectiva divulgação oficial, teor de medida política ou econômica capaz de afetar o preço de mercadoria, bem ou serviço. IV – ( ) celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia dotação orçamentária, ou sem observar as formalidades previstas na lei. V – ( ) receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem.
A sequência CORRETA é
Q2002842
Direito Administrativo
O processo administrativo no âmbito da Administração Federal direta e indireta, visa, em especial, à
proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da Administração. Com
fundamento na Lei n. 9.784/99, assinale a alternativa INCORRETA: