A ideia expressa pelos articuladores sintáticos está correta...

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Q699390 Português

Viver para postar

                                        Gregório Duduvier

    Amo fazer aniversário. Quando era pequeno (continuo pequeno, eu sei, mas nessa época era bem pequeno), lembro da frase mágica: "Hoje você pode fazer o que você quiser" – e o que eu queria era muita coisa. Queria o Tívoli Park, o chico cheese, o Parque da Mônica, tudo ao mesmo tempo. Sempre acabava optando pelo Tívoli Park – Pasárgada da minha infância, onde era feliz – e sabia.

    Hoje já não tem Tívoli Park – minha Pasárgada fechou depois de diversos casos de assalto dentro do trem-fantasma – mas a memória dessa liberdade plena e irrestrita volta sempre que faço aniversário. Por isso, não reclamem se esta coluna flertar com a autoajuda. Hoje esse é o meu Tívoli Park.

    Ser feliz é a melhor maneira de parecer um idiota completo. Para muita gente, a felicidade dos outros é um acinte. E não estou falando dos invejosos. Não consigo acreditar que existam invejosos de mim, para mim essa paranoia com a inveja alheia é delírio narcísico.

    Estou falando dos cronicamente insatisfeitos – esses sim existem, e são muitos. Experimenta dizer que está feliz. O olhar vai ser fulminante, assim como a resposta mental: "Como é que esse imbecil pode ser feliz num país desses, num calor desses, com um dólar desses?".

    Aprendi que reclamar do calor ou do dólar não reduz a temperatura nem o dólar. Aprendi que a lei de Murphy só existe pra quem acredita nela. E aprendi que reparar na felicidade te ajuda a reconhecê-la quando esbarrar com ela de novo – e acho que isso foi o mais importante.

    "A gente só reconhece a felicidade pelo barulhinho que ela faz quando vai embora", dizia o Jacques Prévert. Dificílimo reconhecer a felicidade quando ela ainda está no recinto. Caso reconheça, é fundamental fotografar, escrever, desenhar, filmar. Para isso servem nossos smartphones: para estocar os mais diversos tipos de felicidade em pixels, áudios e blocos de nota. Às vezes a necessidade de registro pode parecer uma fuga do presente, mas, pelo contrário, é a documentação da felicidade que estica o presente para a vida toda.

    Sempre que se depara com os melhores momentos da vida – e no caso dele isso acontece quase todo dia – meu padrasto exclama, com voz de barítono: "Felicidade é isso aqui". Aproveito para dizer: hoje faço 29 anos e estou irremediavelmente feliz. Desculpem todos. Vai passar. Mas enquanto isso, aproveito para exclamar, antes que passe: "Felicidade é isso aqui”.

Disponível em:http://www1.folha.uol.com.br/colunas/gregorioduvivier/2015/04/1615741-viver-parapostar.shtml Acesso em:7 set. 2016.

Vocabulário:

Tivoli Park foi um parque de diversões localizado no bairro da Lagoa, na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil. Funcionou de 1973 a 1995.

A ideia expressa pelos articuladores sintáticos está corretamente determinada entre parênteses, EXCETO em:
Alternativas

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Gabarito CObs.: O pois deslocado (após o verbo) e entre vírgulas é conclusivo: “Esse assunto não tem importância; devemos, pois, retirá-lo da pauta.”.
8) Separa as orações subordinadas substantivas deslocadas*.
– Que vocês estudam a Língua Portuguesa, todos já sabemos.
Obs.: * Quem apresenta esta regra de vírgula é o gramático Sacconi e os gramáticos Faraco & Moura; até onde sei, os demais não se manifestam. As orações subordinadas substantivas apositivas podem ser separadas por vírgula: “Dos alunos eu só quero isto, que eles estudem mais.”. Não pode haver vírgula logo após a conjunção integrante, a não ser que haja uma intercalação: “Eu quero que, vocês estudem mais.” (errado) / “Eu quero que, mesmo com dificuldades, vocês estudem mais!”. (certo)
9) Separa as orações subordinadas adjetivas explicativas.
– O homem, que é razoável, saberá evitar uma “Terceira Guerra”

c)  MAS ( conjunção de adversidade) ..... PORTANTO ( conjunção conclusiva)

Tanto para quem decorou as conjunções quanto para quem olhou o sentido das frases dá para perceber que a C está errada. Questão de boa.

a)Temporal
b)Conclusiva
c)Mas é Adversativa e Portanto é conclusiva
d)Condicional

GABARITO C

 

 

CONJUNÇÕES COORDENATIVAS:

 

Conclusivas: logo, pois, então, portanto, assim, enfim, por fim, por conseguinte, conseguintemente, consequentemente, donde, por onde, por isso. 

Adversativas: mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto, senão, não obstante, aliás, ainda assim. 

Aditivas:  e, nem, também, que, não só...mas também, não só...como, tanto...como, assim...como. 

Explicativa:  isto é, por exemplo, a saber, ou seja, verbi gratia, pois, pois bem, ora, na verdade, depois, além disso, com efeito que, porque, ademais, outrossim, porquanto.

Alternativa: ou...ou, já...já, seja...seja, quer...quer, ora...ora, agora...agora.

 

 

CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS:

 

Temporais: Quando, enquanto, apenas, mal, desde que, logo que, até que, antes que, depois que, assim que, sempre que, senão quando, ao tempo que.

Proporcionais: quanto mais...tanto mais, ao passo que, à medida que, quanto menos...tanto menos, à proporção que.

Causais: já que, porque, que, visto que, uma vez que, sendo que, como, pois que, visto como.

Condicionais: se, salvo se, caso, sem que, a menos que, contanto que, exceto se, a não ser que, com tal que.
Conformativa: consoante, segundo, conforme, da mesma maneira que, assim como, com que.

Finais: Para que, a fim de que, que, porque.
Comparativa: como, tal como, tão como, tanto quanto, mais...(do) que, menos...(do) que, assim como.

Consecutiva: tanto que, de modo que, de sorte que, tão...que, sem que.
Concessiva: embora, ainda que, conquanto, dado que, posto que, em que, quando mesmo, mesmo que, por menos que, por pouco que, apesar de que.

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