Com relação ao comportamento criminoso para as diferentes es...
A crise dos valores tradicionais e familiares, a alta mobilidade, a explosão demográfica e o enfraquecimento do controle social são considerados fatores criminógenos pela escola de Chicago.
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Gabarito: CORRETO.
No contexto da Revolução Industrial, com o crescimento desordenado da cidade de Chicago e a expansão do centro para a periferia, a escola de Chicago começa a estudar os problemas sociais que vão surgindo. Nessa lógica, como as cidades estão maiores e cheias de gente, o controle social informal desaparece: como ninguém conhece o indivíduo em uma cidade grande, ele seria mais "livre" para praticar delitos, sem medo do julgamento social. Também se percebeu naquela época uma crise de valores tradicionais, assim como exposto no enunciado.
A Escola de Chicago atenta-se, sobretudo, a força do ambiente que, muito embora não gere um criminoso, o influencia bastante. O ambiente propicia o fenômeno do crime. Os teóricos de Chicago, e aqui temos a mais importante contribuição dessa escola, concluíram que é preferível que se valorize o fator prevenção do que o fator repressão – há a consciência de que, ao interferir no ambiente, interfere-se no fator produtor da criminalidade.
Para a Escola de Chicago, a cidade moderna, em face da grande mobilidade e do anonimato, acaba por romper com os mecanismos tradicionais de controle informal.
1) ESCOLAS DO CONSENSO
- 1.1) Escola de Chicago;
- 1.2) Teoria da Anomia;
- 1.3) Associação diferencial;
- 1.4) Teoria das subculturas.
2) ESCOLAS DO CONFLITO
- 2.1) Etiquetamento (Labbeling approach = teoria da reação social = Teoria da rotulação social = Teoria do etiquetamento social)
- 2.2) Marxista
ESCOLA DE CHICAGO
Méritos
Abriu um novo campo para a criminologia, que até então se preocupava com a pessoa do criminoso, rompendo com o positivismo criminológico. Até a Escola de Chicago, a solução proposta para o combate da criminalidade era centrada na pena. Aqui, por outro lado, já se verificam ideias de planejamento urbano, com políticas públicas de integração dos indivíduos marginalizados à sociedade.
Críticas
Se por um lado rompe com o positivismo, por outro traz um forte determinismo na análise da criminalidade com base em cada uma das zonas da cidade.
A escola de Chicago tem 2 teorias
1) Teoria ecológica (ou Arquitetura Criminal ou Desorganização Social) - Robert Park
2) Teoria das Zonas Concêntricas - Ernest Burgess
Escola de Chicago - Também chamada de Teoria Ecológica ou Teoria da Ecologia Criminal, a Escola de Chicago tem como objeto central a análise das cidades e a sua contribuição para o fenômeno da criminalidade.
Surgido na cidade de Chicago, a cidade teve essa exposição e pesquisa ‘porque viveu na pele’ o movimento migratório, crescendo de maneira expressiva e descontrolada.
Para tal pesquisa, a cidade não é um mero aglomerado de construções e pessoas, mas sim um estado de espírito. As cidades modernas, em razão do crescimento populacional e das necessidades de mobilidade, rompem com vários mecanismos de controle social informal (vizinhança, família, etc), que não conseguem conter o aumento do crime. Como sabemos, quando as instâncias de controle social informal falham, o Estado age com o controle social formal (a exemplo da utilização da polícia e dos demais órgãos de persecução penal).
Expressões que devem constar em nossa prova: DESORGANIZAÇÃO SOCIAL, DESORGANIZAÇÃO CRIADA PELO CRESCIMENTO DA CIDADE e ÁREAS DE DELINQUÊNCIA, TEORIA ECOLÓGICA/TEORIA DA ECOLOGIA CRIMINAL
Segundo os estudos da Escola de Chicago, as cidades apresentam as chamadas áreas de delinquência, zonas com altos índices de crimes, sempre ligadas à degradação física, à segregação econômica, étnica, racial, etc.
Soluções sugeridas pela Escola de Chicago: projetos ecológicos, melhorias no aspecto visual das cidades e criação de programas comunitários. Macrointervenção da comunidade – criar zonas independentes da central nas periferias. Se tivermos zonas com bons hospitais, órgãos públicos, delegacias, escolas, postos de trabalho, associação de moradores, o morador da periferia não terá a necessidade de sair de seu território. Criam-se então zonas independentes e fortes e assim o Estado se mostra presente.
Críticas: para os críticos, a Escola de Chicago não conseguiu explicar a criminalidade que ocorre fora das áreas de delinquência, como nas regiões de alto poder econômico. Também não levou em consideração os diferentes tipos de delito que variam conforme as classes sociais e locais mais ou menos organizados. Alguns crimes são típicos de classes mais pobres, mas outros são típicos de áreas ricas. Outra crítica é que essa escola só trabalhava com dados oficiais (não atingindo as cifras negras).
GAB. CERTO
A crise dos valores tradicionais e familiares, a alta mobilidade, a explosão demográfica e o enfraquecimento do controle social são considerados fatores criminógenos pela escola de Chicago.
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