Considere o caso hipotético a seguir. Xisto e Praxedes, o pr...

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Q482510 Direito Penal
Considere o caso hipotético a seguir.

Xisto e Praxedes, o primeiro servidor público concursado da Prefeitura Municipal Y e o segundo desocupado e sem atividade formal, apropriam-se igualitariamente de bens públicos e particulares que estavam na posse do primeiro em razão de sua atividade funcional. Como Xisto é servidor público, cometeu o crime previsto no art. 312 do Código Penal. Nesse contexto, assinale a alternativa que indica o crime cometido por Praxedes.
Alternativas

Gabarito comentado

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Comentando a questão:

No caso dos crimes contra a administração pública praticados por funcionários públicos, a qualidade de servidor público faz parte do tipo penal, sendo assim, por disposição do art. 30 do CP, pode haver a comunicação da condição de servidor público em relação aos particulares. Em outras palavras, as circunstâncias pessoais, em regra, não se comunicam, salvo quando estas forem elementares do tipo penal. 
Visto isso, tem-se que tanto Xisto quanto Praxedes cometeram o crime de peculato (art. 312 do CP).

GABARITO DO PROFESSOR: LETRA A

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Comentários

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Gabarito Letra A

tenho meus questionamentos, uma vez que em nenhum momento a quetão menciona que Praxedes tinha conhecimento da qualidade especial de funcionário público de Xisto na hora da prática do crime, tendo em vista que temos que interpretar literalmente o que a questão expressa, defendo que o crime seria o apresentado na letra D

bons estudos

Compartilho dos questionamentos do Renato. Me parece mais um daqueles casos em que o examinador ou não tem preparo para elaborar a questão ou não teve atenção na hora de formulá-la.


Peculato Impróprio

Ocorre quando o agente (serv.público) subtrai bem público ou particular em razão da função.

OBS: Trata-se de crime próprio, dessa forma, ADMITE a autoria SOMENTE de servidor público E a COAUTORIA ou PARTICIPAÇÃO tanto do servidor como do PARTICULAR.

Também tinha marcado D mas lendo este trecho da minha aula de D.Penal entendo que o crime de Praxedes enquadra-se no caso de COAUTORIA DO PECULATO.

Na hipótese (não revelada pelo enunciado da questão) de que Praxedes tenha conhecimento da qualidade de funcionário público de Xisto, respondem ambos por PECULATO; em não tendo conhecimento da qualidade de funcionário público de Xisto, Praxedes deve responder por FURTO, e isso se deve ao fato de que os objetos materiais, mesmo que na posse legítima de Xisto em razão de sua atividade funcional, não chegaram às mãos (posse) de Praxedes legitimamente, o que exclui, dessa forma, a tipificação da conduta deste por apropriação indébita.

Espero ter contribuído para a movimentação das ideias.

Redação ficou fraca mesmo, mas por eliminação podemos chegar ao peculato. Se tivesse FURTO nas alternativas, ficaria mais complicado. Mas apenas ressalto que APROPRIAÇÃO INDÉBITA por parte de Praxedes devemos descartar também, visto que os bens estavam na posse do primeiro!

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