Vieira e Lino (in: Formosinho) discorrem a respeito do desen...
Vieira e Lino (in: Formosinho) discorrem a respeito do desenvolvimento moral, da heteronomia e da autonomia, tendo como referência a teoria de Piaget. As autoras ressaltam a importância das interações com o outro para o desenvolvimento da moralidade, afirmam que, na fase da autonomia moral, a criança
Gabarito comentado
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A alternativa correta é a E.
O tema da questão aborda o desenvolvimento moral segundo a teoria de Jean Piaget, com foco na transição da heteronomia para a autonomia moral. Piaget estudou como as crianças desenvolvem a moralidade ao longo de seu crescimento, destacando a importância das interações sociais nesse processo.
Justificativa da alternativa correta:
Alternativa E: "torna-se progressivamente mais capaz de tomar decisões morais independentes de visões de autoridade, pressões sociais e expectativas normativas."
Esta está correta porque, segundo Piaget, na fase de autonomia moral a criança começa a entender que as regras podem ser construídas e modificadas através do consenso e da cooperação social. Ela se torna capaz de fazer julgamentos e tomar decisões morais com base em princípios internos, em vez de obedecer cegamente às autoridades ou seguir as normas sociais sem questionamento.
Justificativa das alternativas incorretas:
Alternativa A: "ignora completamente as regras sociais, e considera apenas o seu ponto de vista e os seus desejos."
Essa alternativa está incorreta porque descreve um comportamento mais associado ao egocentrismo infantil, característico de uma fase anterior ao desenvolvimento da autonomia moral. Na fase de autonomia, a criança já é capaz de considerar o ponto de vista dos outros e não ignora as regras sociais.
Alternativa B: "é dominada pelo 'realismo moral', no qual ela ignora fenômenos psicológicos e emocionais ou os considera como entidades físicas."
Essa alternativa está incorreta porque o "realismo moral" é mais característico da fase de heteronomia moral, onde as crianças veem as regras como fixas e externas, sem levar em conta os aspectos subjetivos das ações humanas.
Alternativa C: "mostra-se extremamente egocêntrica e egoísta e acredita que as pessoas boas são aquelas que obedecem as regras."
Essa alternativa está incorreta porque descreve uma visão heterônoma das regras e da moralidade. Na fase de autonomia moral, a criança já tem a capacidade de ver além do egocentrismo e entende que a bondade não se resume apenas em obedecer cegamente às regras.
Alternativa D: "concebe as regras como entidades externas às pessoas e aos contextos, com caráter imutável e absoluto."
Essa alternativa está incorreta porque esta concepção é típica da fase de heteronomia moral, onde as crianças veem as regras como absolutas e imutáveis. Na fase de autonomia, elas começam a entender que as regras podem ser questionadas e modificadas por meio da interação social.
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