Questões de Concurso Comentadas sobre português

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Q1963784 Português

Texto CB1A1-II 


  A palavra “corrupção” tem origem nas palavras latinas corruptio e corrumpere, que indicam algo que foi corrompido, deturpado. Por ela ser um termo polissêmico, entendemos que a sua história conceitual é incerta. É usual o tratamento da corrupção sob uma perspectiva moralista, como algo resultante da falta de caráter dos indivíduos. Contudo, tal abordagem não apresenta validade científica, já que moral é um atributo individual, dotado de subjetividade e culturalmente circunscrito.

  A manifestação de práticas corruptas pode-se dar em ambientes públicos ou privados, a partir de numerosos tipos de ação e em variada magnitude. Em todos os casos, a corrupção sempre se materializa a partir de trocas entre os agentes. Em relação a quem participa da troca corrupta, em situações nas quais há participação de agentes públicos, distinguem-se três tipos de corrupção: a grande corrupção, a corrupção burocrática (a pequena corrupção) e a corrupção legislativa. A primeira normalmente se refere a atos da elite política que cria políticas econômicas que a beneficiem. A segunda tem a ver com atos da burocracia em relação aos superiores hierárquicos ou ao público. A terceira se relaciona à compra de votos dos legisladores.  

  Nas três formas, encontramos algum tipo de pagamento. Isso nos leva a concluir que a corrupção tem uma natureza essencialmente econômica: ela é uma troca socialmente indesejada. Com isso, queremos dizer que, apesar de não se configurar necessariamente como ilegal em todos os seus tipos, ela se configura como um jogo de soma zero entre a sociedade e os participantes do ato corrupto.

Luiz Fernando Vasconcellos de Miranda. Corrupção: debate conceitual. In: Cláudio André de Souza (org). Dicionário das eleições. Curitiba: Juruá, 2020, p. 209-210 (com adaptações).

Em relação a aspectos linguísticos do texto CB1A1-II, julgue o item subsequente.


No último período do texto, o predomínio de verbos flexionados no presente do modo indicativo evidencia a intenção do autor de exprimir hipóteses, conjecturas, estimativas. 

Alternativas
Q1963783 Português

Texto CB1A1-II 


  A palavra “corrupção” tem origem nas palavras latinas corruptio e corrumpere, que indicam algo que foi corrompido, deturpado. Por ela ser um termo polissêmico, entendemos que a sua história conceitual é incerta. É usual o tratamento da corrupção sob uma perspectiva moralista, como algo resultante da falta de caráter dos indivíduos. Contudo, tal abordagem não apresenta validade científica, já que moral é um atributo individual, dotado de subjetividade e culturalmente circunscrito.

  A manifestação de práticas corruptas pode-se dar em ambientes públicos ou privados, a partir de numerosos tipos de ação e em variada magnitude. Em todos os casos, a corrupção sempre se materializa a partir de trocas entre os agentes. Em relação a quem participa da troca corrupta, em situações nas quais há participação de agentes públicos, distinguem-se três tipos de corrupção: a grande corrupção, a corrupção burocrática (a pequena corrupção) e a corrupção legislativa. A primeira normalmente se refere a atos da elite política que cria políticas econômicas que a beneficiem. A segunda tem a ver com atos da burocracia em relação aos superiores hierárquicos ou ao público. A terceira se relaciona à compra de votos dos legisladores.  

  Nas três formas, encontramos algum tipo de pagamento. Isso nos leva a concluir que a corrupção tem uma natureza essencialmente econômica: ela é uma troca socialmente indesejada. Com isso, queremos dizer que, apesar de não se configurar necessariamente como ilegal em todos os seus tipos, ela se configura como um jogo de soma zero entre a sociedade e os participantes do ato corrupto.

Luiz Fernando Vasconcellos de Miranda. Corrupção: debate conceitual. In: Cláudio André de Souza (org). Dicionário das eleições. Curitiba: Juruá, 2020, p. 209-210 (com adaptações).

Em relação a aspectos linguísticos do texto CB1A1-II, julgue o item subsequente.


No trecho “A primeira normalmente se refere a atos da elite política que cria políticas econômicas que a beneficiem” (segundo parágrafo), a substituição da forma verbal “beneficiem” por beneficie manteria a correção gramatical do texto, mas alteraria seu sentido original, pois, nesse caso, o pronome relativo “que”, nas duas orações em que ele aparece no trecho, retomaria o termo “elite política”. 

Alternativas
Q1963782 Português

Texto CB1A1-II 


  A palavra “corrupção” tem origem nas palavras latinas corruptio e corrumpere, que indicam algo que foi corrompido, deturpado. Por ela ser um termo polissêmico, entendemos que a sua história conceitual é incerta. É usual o tratamento da corrupção sob uma perspectiva moralista, como algo resultante da falta de caráter dos indivíduos. Contudo, tal abordagem não apresenta validade científica, já que moral é um atributo individual, dotado de subjetividade e culturalmente circunscrito.

  A manifestação de práticas corruptas pode-se dar em ambientes públicos ou privados, a partir de numerosos tipos de ação e em variada magnitude. Em todos os casos, a corrupção sempre se materializa a partir de trocas entre os agentes. Em relação a quem participa da troca corrupta, em situações nas quais há participação de agentes públicos, distinguem-se três tipos de corrupção: a grande corrupção, a corrupção burocrática (a pequena corrupção) e a corrupção legislativa. A primeira normalmente se refere a atos da elite política que cria políticas econômicas que a beneficiem. A segunda tem a ver com atos da burocracia em relação aos superiores hierárquicos ou ao público. A terceira se relaciona à compra de votos dos legisladores.  

  Nas três formas, encontramos algum tipo de pagamento. Isso nos leva a concluir que a corrupção tem uma natureza essencialmente econômica: ela é uma troca socialmente indesejada. Com isso, queremos dizer que, apesar de não se configurar necessariamente como ilegal em todos os seus tipos, ela se configura como um jogo de soma zero entre a sociedade e os participantes do ato corrupto.

Luiz Fernando Vasconcellos de Miranda. Corrupção: debate conceitual. In: Cláudio André de Souza (org). Dicionário das eleições. Curitiba: Juruá, 2020, p. 209-210 (com adaptações).

Em relação a aspectos linguísticos do texto CB1A1-II, julgue o item subsequente.


A oração “apesar de não se configurar necessariamente como ilegal em todos os seus tipos” (último parágrafo) está isolada entre vírgulas porque expressa sentido explicativo.

Alternativas
Q1963781 Português

Texto CB1A1-II 


  A palavra “corrupção” tem origem nas palavras latinas corruptio e corrumpere, que indicam algo que foi corrompido, deturpado. Por ela ser um termo polissêmico, entendemos que a sua história conceitual é incerta. É usual o tratamento da corrupção sob uma perspectiva moralista, como algo resultante da falta de caráter dos indivíduos. Contudo, tal abordagem não apresenta validade científica, já que moral é um atributo individual, dotado de subjetividade e culturalmente circunscrito.

  A manifestação de práticas corruptas pode-se dar em ambientes públicos ou privados, a partir de numerosos tipos de ação e em variada magnitude. Em todos os casos, a corrupção sempre se materializa a partir de trocas entre os agentes. Em relação a quem participa da troca corrupta, em situações nas quais há participação de agentes públicos, distinguem-se três tipos de corrupção: a grande corrupção, a corrupção burocrática (a pequena corrupção) e a corrupção legislativa. A primeira normalmente se refere a atos da elite política que cria políticas econômicas que a beneficiem. A segunda tem a ver com atos da burocracia em relação aos superiores hierárquicos ou ao público. A terceira se relaciona à compra de votos dos legisladores.  

  Nas três formas, encontramos algum tipo de pagamento. Isso nos leva a concluir que a corrupção tem uma natureza essencialmente econômica: ela é uma troca socialmente indesejada. Com isso, queremos dizer que, apesar de não se configurar necessariamente como ilegal em todos os seus tipos, ela se configura como um jogo de soma zero entre a sociedade e os participantes do ato corrupto.

Luiz Fernando Vasconcellos de Miranda. Corrupção: debate conceitual. In: Cláudio André de Souza (org). Dicionário das eleições. Curitiba: Juruá, 2020, p. 209-210 (com adaptações).

Em relação a aspectos linguísticos do texto CB1A1-II, julgue o item subsequente.


Sem prejuízo da correção gramatical do texto, o pronome “se”, em “pode-se dar” (primeiro período do segundo parágrafo), poderia ser colocado em seguida ao verbo “dar”, reescrevendo-se o trecho da seguinte forma: pode dar-se.

Alternativas
Q1963779 Português

Texto CB1A1-II 


  A palavra “corrupção” tem origem nas palavras latinas corruptio e corrumpere, que indicam algo que foi corrompido, deturpado. Por ela ser um termo polissêmico, entendemos que a sua história conceitual é incerta. É usual o tratamento da corrupção sob uma perspectiva moralista, como algo resultante da falta de caráter dos indivíduos. Contudo, tal abordagem não apresenta validade científica, já que moral é um atributo individual, dotado de subjetividade e culturalmente circunscrito.

  A manifestação de práticas corruptas pode-se dar em ambientes públicos ou privados, a partir de numerosos tipos de ação e em variada magnitude. Em todos os casos, a corrupção sempre se materializa a partir de trocas entre os agentes. Em relação a quem participa da troca corrupta, em situações nas quais há participação de agentes públicos, distinguem-se três tipos de corrupção: a grande corrupção, a corrupção burocrática (a pequena corrupção) e a corrupção legislativa. A primeira normalmente se refere a atos da elite política que cria políticas econômicas que a beneficiem. A segunda tem a ver com atos da burocracia em relação aos superiores hierárquicos ou ao público. A terceira se relaciona à compra de votos dos legisladores.  

  Nas três formas, encontramos algum tipo de pagamento. Isso nos leva a concluir que a corrupção tem uma natureza essencialmente econômica: ela é uma troca socialmente indesejada. Com isso, queremos dizer que, apesar de não se configurar necessariamente como ilegal em todos os seus tipos, ela se configura como um jogo de soma zero entre a sociedade e os participantes do ato corrupto.

Luiz Fernando Vasconcellos de Miranda. Corrupção: debate conceitual. In: Cláudio André de Souza (org). Dicionário das eleições. Curitiba: Juruá, 2020, p. 209-210 (com adaptações).

Com base nas ideias do texto CB1A1-II, julgue o item a seguir.


No texto, a corrupção é tratada como um tema eminentemente político e, portanto, circunscrito aos atos do poder público.

Alternativas
Q1963456 Português
Texto CB2A1-I

   A astrônoma Jocelyn Bell Burnell disse sobre Ron Drever: “Ele realmente curtia ser tão engenhoso”. Ela tinha ido da Irlanda do Norte para Glasgow para estudar física e Drever foi arbitrariamente designado para ser seu supervisor. Ele contava ao grupo de seus poucos orientandos as ideias mais interessantes que surgiam em sua mente, inclusive as que levaram ao experimento de Hughes-Drever (embora ela não tivesse se dado conta de que ele o realizara no quintal da propriedade rural de sua família), mas nenhuma que os ajudasse a passar nos exames. Após a frustração inicial, ao ver que ele não ia ajudá-la em seu dever de casa de física de estado sólido, ela acabou admirando seu profundo entendimento de física fundamental e seu notável talento como pesquisador.
   Drever, por sua vez, seria influenciado pelas iminentes e vitais descobertas de sua ex-aluna de graduação. A respeito de Bell Burnell, disse: “Ela também era obviamente melhor do que a maioria deles… então cheguei a conhecê-la muito bem”. Drever escreveu uma carta de recomendação para apoiar o pedido de emprego dela à principal instalação de radioastronomia na Inglaterra, em meados da década de 60, Jodrell Bank. Mas, ele continua, “não a admitiram, e a história conta que foi porque era mulher. Mas isso não é oficial, você sabe. Ela ficou muito desapontada”. Drever acrescenta, esperando que se reconheça a obviedade daquele absurdo: “Sua segunda opção era ir para Cambridge. Vê como são as coisas?”. Ele considerou isso uma reviravolta muito feliz. “Então ela foi para Cambridge e descobriu pulsares. Vê como são as coisas?”, ele diz, rindo.


Janna Levin. A música do universo: ondas gravitacionais e a maior descoberta científica dos últimos cem anos. São Paulo, Cia. das Letras, 2016, p. 103-104 (com adaptações).  
Acerca de aspectos linguísticos do texto CB2A1-I, julgue o item que se segue.

No terceiro período do segundo parágrafo, a substituição da expressão “para apoiar” por em apoio não causaria prejuízo à correção gramatical do texto.
Alternativas
Q1963455 Português
Texto CB2A1-I

   A astrônoma Jocelyn Bell Burnell disse sobre Ron Drever: “Ele realmente curtia ser tão engenhoso”. Ela tinha ido da Irlanda do Norte para Glasgow para estudar física e Drever foi arbitrariamente designado para ser seu supervisor. Ele contava ao grupo de seus poucos orientandos as ideias mais interessantes que surgiam em sua mente, inclusive as que levaram ao experimento de Hughes-Drever (embora ela não tivesse se dado conta de que ele o realizara no quintal da propriedade rural de sua família), mas nenhuma que os ajudasse a passar nos exames. Após a frustração inicial, ao ver que ele não ia ajudá-la em seu dever de casa de física de estado sólido, ela acabou admirando seu profundo entendimento de física fundamental e seu notável talento como pesquisador.
   Drever, por sua vez, seria influenciado pelas iminentes e vitais descobertas de sua ex-aluna de graduação. A respeito de Bell Burnell, disse: “Ela também era obviamente melhor do que a maioria deles… então cheguei a conhecê-la muito bem”. Drever escreveu uma carta de recomendação para apoiar o pedido de emprego dela à principal instalação de radioastronomia na Inglaterra, em meados da década de 60, Jodrell Bank. Mas, ele continua, “não a admitiram, e a história conta que foi porque era mulher. Mas isso não é oficial, você sabe. Ela ficou muito desapontada”. Drever acrescenta, esperando que se reconheça a obviedade daquele absurdo: “Sua segunda opção era ir para Cambridge. Vê como são as coisas?”. Ele considerou isso uma reviravolta muito feliz. “Então ela foi para Cambridge e descobriu pulsares. Vê como são as coisas?”, ele diz, rindo.


Janna Levin. A música do universo: ondas gravitacionais e a maior descoberta científica dos últimos cem anos. São Paulo, Cia. das Letras, 2016, p. 103-104 (com adaptações).  
Acerca de aspectos linguísticos do texto CB2A1-I, julgue o item que se segue.

A correção gramatical do texto seria preservada caso se retirasse a vírgula que aparece no trecho ‘não a admitiram, e a história conta que foi porque era mulher’ (segundo parágrafo). 
Alternativas
Q1963454 Português
Texto CB2A1-I

   A astrônoma Jocelyn Bell Burnell disse sobre Ron Drever: “Ele realmente curtia ser tão engenhoso”. Ela tinha ido da Irlanda do Norte para Glasgow para estudar física e Drever foi arbitrariamente designado para ser seu supervisor. Ele contava ao grupo de seus poucos orientandos as ideias mais interessantes que surgiam em sua mente, inclusive as que levaram ao experimento de Hughes-Drever (embora ela não tivesse se dado conta de que ele o realizara no quintal da propriedade rural de sua família), mas nenhuma que os ajudasse a passar nos exames. Após a frustração inicial, ao ver que ele não ia ajudá-la em seu dever de casa de física de estado sólido, ela acabou admirando seu profundo entendimento de física fundamental e seu notável talento como pesquisador.
   Drever, por sua vez, seria influenciado pelas iminentes e vitais descobertas de sua ex-aluna de graduação. A respeito de Bell Burnell, disse: “Ela também era obviamente melhor do que a maioria deles… então cheguei a conhecê-la muito bem”. Drever escreveu uma carta de recomendação para apoiar o pedido de emprego dela à principal instalação de radioastronomia na Inglaterra, em meados da década de 60, Jodrell Bank. Mas, ele continua, “não a admitiram, e a história conta que foi porque era mulher. Mas isso não é oficial, você sabe. Ela ficou muito desapontada”. Drever acrescenta, esperando que se reconheça a obviedade daquele absurdo: “Sua segunda opção era ir para Cambridge. Vê como são as coisas?”. Ele considerou isso uma reviravolta muito feliz. “Então ela foi para Cambridge e descobriu pulsares. Vê como são as coisas?”, ele diz, rindo.


Janna Levin. A música do universo: ondas gravitacionais e a maior descoberta científica dos últimos cem anos. São Paulo, Cia. das Letras, 2016, p. 103-104 (com adaptações).  
Acerca de aspectos linguísticos do texto CB2A1-I, julgue o item que se segue.

Estaria mantida a correção gramatical do texto caso a forma pronominal “os”, em “mas nenhuma que os ajudasse a passar nos exames” (terceiro período do primeiro parágrafo), fosse deslocada para a posição enclítica — ajudasse-os
Alternativas
Q1963453 Português
Texto CB2A1-I

   A astrônoma Jocelyn Bell Burnell disse sobre Ron Drever: “Ele realmente curtia ser tão engenhoso”. Ela tinha ido da Irlanda do Norte para Glasgow para estudar física e Drever foi arbitrariamente designado para ser seu supervisor. Ele contava ao grupo de seus poucos orientandos as ideias mais interessantes que surgiam em sua mente, inclusive as que levaram ao experimento de Hughes-Drever (embora ela não tivesse se dado conta de que ele o realizara no quintal da propriedade rural de sua família), mas nenhuma que os ajudasse a passar nos exames. Após a frustração inicial, ao ver que ele não ia ajudá-la em seu dever de casa de física de estado sólido, ela acabou admirando seu profundo entendimento de física fundamental e seu notável talento como pesquisador.
   Drever, por sua vez, seria influenciado pelas iminentes e vitais descobertas de sua ex-aluna de graduação. A respeito de Bell Burnell, disse: “Ela também era obviamente melhor do que a maioria deles… então cheguei a conhecê-la muito bem”. Drever escreveu uma carta de recomendação para apoiar o pedido de emprego dela à principal instalação de radioastronomia na Inglaterra, em meados da década de 60, Jodrell Bank. Mas, ele continua, “não a admitiram, e a história conta que foi porque era mulher. Mas isso não é oficial, você sabe. Ela ficou muito desapontada”. Drever acrescenta, esperando que se reconheça a obviedade daquele absurdo: “Sua segunda opção era ir para Cambridge. Vê como são as coisas?”. Ele considerou isso uma reviravolta muito feliz. “Então ela foi para Cambridge e descobriu pulsares. Vê como são as coisas?”, ele diz, rindo.


Janna Levin. A música do universo: ondas gravitacionais e a maior descoberta científica dos últimos cem anos. São Paulo, Cia. das Letras, 2016, p. 103-104 (com adaptações).  
Acerca de aspectos linguísticos do texto CB2A1-I, julgue o item que se segue.

Seria preservada a correção gramatical do texto caso o segmento “(embora ela não tivesse se dado conta de que ele o realizara no quintal da propriedade rural de sua família)” (primeiro parágrafo) fosse assim reescrito: (conquanto ela não tivesse notado que ele o havia realizado no quintal da propriedade rural de sua família).
Alternativas
Q1963452 Português
Texto CB2A1-I

   A astrônoma Jocelyn Bell Burnell disse sobre Ron Drever: “Ele realmente curtia ser tão engenhoso”. Ela tinha ido da Irlanda do Norte para Glasgow para estudar física e Drever foi arbitrariamente designado para ser seu supervisor. Ele contava ao grupo de seus poucos orientandos as ideias mais interessantes que surgiam em sua mente, inclusive as que levaram ao experimento de Hughes-Drever (embora ela não tivesse se dado conta de que ele o realizara no quintal da propriedade rural de sua família), mas nenhuma que os ajudasse a passar nos exames. Após a frustração inicial, ao ver que ele não ia ajudá-la em seu dever de casa de física de estado sólido, ela acabou admirando seu profundo entendimento de física fundamental e seu notável talento como pesquisador.
   Drever, por sua vez, seria influenciado pelas iminentes e vitais descobertas de sua ex-aluna de graduação. A respeito de Bell Burnell, disse: “Ela também era obviamente melhor do que a maioria deles… então cheguei a conhecê-la muito bem”. Drever escreveu uma carta de recomendação para apoiar o pedido de emprego dela à principal instalação de radioastronomia na Inglaterra, em meados da década de 60, Jodrell Bank. Mas, ele continua, “não a admitiram, e a história conta que foi porque era mulher. Mas isso não é oficial, você sabe. Ela ficou muito desapontada”. Drever acrescenta, esperando que se reconheça a obviedade daquele absurdo: “Sua segunda opção era ir para Cambridge. Vê como são as coisas?”. Ele considerou isso uma reviravolta muito feliz. “Então ela foi para Cambridge e descobriu pulsares. Vê como são as coisas?”, ele diz, rindo.


Janna Levin. A música do universo: ondas gravitacionais e a maior descoberta científica dos últimos cem anos. São Paulo, Cia. das Letras, 2016, p. 103-104 (com adaptações).  
Acerca de aspectos linguísticos do texto CB2A1-I, julgue o item que se segue.

No trecho “Drever acrescenta, esperando que se reconheça a obviedade daquele absurdo” (segundo parágrafo), o segmento “esperando que se reconheça a obviedade daquele absurdo” é o complemento verbal de “acrescenta”. 
Alternativas
Q1963451 Português
Texto CB2A1-I

   A astrônoma Jocelyn Bell Burnell disse sobre Ron Drever: “Ele realmente curtia ser tão engenhoso”. Ela tinha ido da Irlanda do Norte para Glasgow para estudar física e Drever foi arbitrariamente designado para ser seu supervisor. Ele contava ao grupo de seus poucos orientandos as ideias mais interessantes que surgiam em sua mente, inclusive as que levaram ao experimento de Hughes-Drever (embora ela não tivesse se dado conta de que ele o realizara no quintal da propriedade rural de sua família), mas nenhuma que os ajudasse a passar nos exames. Após a frustração inicial, ao ver que ele não ia ajudá-la em seu dever de casa de física de estado sólido, ela acabou admirando seu profundo entendimento de física fundamental e seu notável talento como pesquisador.
   Drever, por sua vez, seria influenciado pelas iminentes e vitais descobertas de sua ex-aluna de graduação. A respeito de Bell Burnell, disse: “Ela também era obviamente melhor do que a maioria deles… então cheguei a conhecê-la muito bem”. Drever escreveu uma carta de recomendação para apoiar o pedido de emprego dela à principal instalação de radioastronomia na Inglaterra, em meados da década de 60, Jodrell Bank. Mas, ele continua, “não a admitiram, e a história conta que foi porque era mulher. Mas isso não é oficial, você sabe. Ela ficou muito desapontada”. Drever acrescenta, esperando que se reconheça a obviedade daquele absurdo: “Sua segunda opção era ir para Cambridge. Vê como são as coisas?”. Ele considerou isso uma reviravolta muito feliz. “Então ela foi para Cambridge e descobriu pulsares. Vê como são as coisas?”, ele diz, rindo.


Janna Levin. A música do universo: ondas gravitacionais e a maior descoberta científica dos últimos cem anos. São Paulo, Cia. das Letras, 2016, p. 103-104 (com adaptações).  
Acerca de aspectos linguísticos do texto CB2A1-I, julgue o item que se segue. 

No primeiro parágrafo, nos segmentos “que surgiam” (terceiro período) e “que ele não ia” (quarto período), o vocábulo “que” desempenha a mesma função.
Alternativas
Q1963449 Português
Texto CB2A1-I

   A astrônoma Jocelyn Bell Burnell disse sobre Ron Drever: “Ele realmente curtia ser tão engenhoso”. Ela tinha ido da Irlanda do Norte para Glasgow para estudar física e Drever foi arbitrariamente designado para ser seu supervisor. Ele contava ao grupo de seus poucos orientandos as ideias mais interessantes que surgiam em sua mente, inclusive as que levaram ao experimento de Hughes-Drever (embora ela não tivesse se dado conta de que ele o realizara no quintal da propriedade rural de sua família), mas nenhuma que os ajudasse a passar nos exames. Após a frustração inicial, ao ver que ele não ia ajudá-la em seu dever de casa de física de estado sólido, ela acabou admirando seu profundo entendimento de física fundamental e seu notável talento como pesquisador.
   Drever, por sua vez, seria influenciado pelas iminentes e vitais descobertas de sua ex-aluna de graduação. A respeito de Bell Burnell, disse: “Ela também era obviamente melhor do que a maioria deles… então cheguei a conhecê-la muito bem”. Drever escreveu uma carta de recomendação para apoiar o pedido de emprego dela à principal instalação de radioastronomia na Inglaterra, em meados da década de 60, Jodrell Bank. Mas, ele continua, “não a admitiram, e a história conta que foi porque era mulher. Mas isso não é oficial, você sabe. Ela ficou muito desapontada”. Drever acrescenta, esperando que se reconheça a obviedade daquele absurdo: “Sua segunda opção era ir para Cambridge. Vê como são as coisas?”. Ele considerou isso uma reviravolta muito feliz. “Então ela foi para Cambridge e descobriu pulsares. Vê como são as coisas?”, ele diz, rindo.


Janna Levin. A música do universo: ondas gravitacionais e a maior descoberta científica dos últimos cem anos. São Paulo, Cia. das Letras, 2016, p. 103-104 (com adaptações).  
Acerca de aspectos linguísticos do texto CB2A1-I, julgue o item que se segue. 

O emprego da forma verbal “seria”, no início do primeiro período do segundo parágrafo, indica um distanciamento entre a opinião da autora e o conteúdo da frase. 
Alternativas
Q1963446 Português
Texto CB2A1-I

   A astrônoma Jocelyn Bell Burnell disse sobre Ron Drever: “Ele realmente curtia ser tão engenhoso”. Ela tinha ido da Irlanda do Norte para Glasgow para estudar física e Drever foi arbitrariamente designado para ser seu supervisor. Ele contava ao grupo de seus poucos orientandos as ideias mais interessantes que surgiam em sua mente, inclusive as que levaram ao experimento de Hughes-Drever (embora ela não tivesse se dado conta de que ele o realizara no quintal da propriedade rural de sua família), mas nenhuma que os ajudasse a passar nos exames. Após a frustração inicial, ao ver que ele não ia ajudá-la em seu dever de casa de física de estado sólido, ela acabou admirando seu profundo entendimento de física fundamental e seu notável talento como pesquisador.
   Drever, por sua vez, seria influenciado pelas iminentes e vitais descobertas de sua ex-aluna de graduação. A respeito de Bell Burnell, disse: “Ela também era obviamente melhor do que a maioria deles… então cheguei a conhecê-la muito bem”. Drever escreveu uma carta de recomendação para apoiar o pedido de emprego dela à principal instalação de radioastronomia na Inglaterra, em meados da década de 60, Jodrell Bank. Mas, ele continua, “não a admitiram, e a história conta que foi porque era mulher. Mas isso não é oficial, você sabe. Ela ficou muito desapontada”. Drever acrescenta, esperando que se reconheça a obviedade daquele absurdo: “Sua segunda opção era ir para Cambridge. Vê como são as coisas?”. Ele considerou isso uma reviravolta muito feliz. “Então ela foi para Cambridge e descobriu pulsares. Vê como são as coisas?”, ele diz, rindo.


Janna Levin. A música do universo: ondas gravitacionais e a maior descoberta científica dos últimos cem anos. São Paulo, Cia. das Letras, 2016, p. 103-104 (com adaptações).  
Acerca dos mecanismos de coesão do texto CB2A1-I, julgue o próximo item.

No início do primeiro período do segundo parágrafo, a expressão “por sua vez” marca a mudança de foco que se percebe no texto por meio da divisão dos parágrafos: no primeiro, a perspectiva de Bell Burnell a respeito de Drever; no segundo, a perspectiva de Drever a respeito de Bell Burnell. 
Alternativas
Q1963445 Português
Texto CB2A1-I

   A astrônoma Jocelyn Bell Burnell disse sobre Ron Drever: “Ele realmente curtia ser tão engenhoso”. Ela tinha ido da Irlanda do Norte para Glasgow para estudar física e Drever foi arbitrariamente designado para ser seu supervisor. Ele contava ao grupo de seus poucos orientandos as ideias mais interessantes que surgiam em sua mente, inclusive as que levaram ao experimento de Hughes-Drever (embora ela não tivesse se dado conta de que ele o realizara no quintal da propriedade rural de sua família), mas nenhuma que os ajudasse a passar nos exames. Após a frustração inicial, ao ver que ele não ia ajudá-la em seu dever de casa de física de estado sólido, ela acabou admirando seu profundo entendimento de física fundamental e seu notável talento como pesquisador.
   Drever, por sua vez, seria influenciado pelas iminentes e vitais descobertas de sua ex-aluna de graduação. A respeito de Bell Burnell, disse: “Ela também era obviamente melhor do que a maioria deles… então cheguei a conhecê-la muito bem”. Drever escreveu uma carta de recomendação para apoiar o pedido de emprego dela à principal instalação de radioastronomia na Inglaterra, em meados da década de 60, Jodrell Bank. Mas, ele continua, “não a admitiram, e a história conta que foi porque era mulher. Mas isso não é oficial, você sabe. Ela ficou muito desapontada”. Drever acrescenta, esperando que se reconheça a obviedade daquele absurdo: “Sua segunda opção era ir para Cambridge. Vê como são as coisas?”. Ele considerou isso uma reviravolta muito feliz. “Então ela foi para Cambridge e descobriu pulsares. Vê como são as coisas?”, ele diz, rindo.


Janna Levin. A música do universo: ondas gravitacionais e a maior descoberta científica dos últimos cem anos. São Paulo, Cia. das Letras, 2016, p. 103-104 (com adaptações).  
Acerca dos mecanismos de coesão do texto CB2A1-I, julgue o próximo item. 

No terceiro período do primeiro parágrafo, o termo “mas” introduz um trecho que expressa oposição entre o experimento de Hughes-Drever e os exames do curso de física.  
Alternativas
Q1963444 Português
Texto CB2A1-I

   A astrônoma Jocelyn Bell Burnell disse sobre Ron Drever: “Ele realmente curtia ser tão engenhoso”. Ela tinha ido da Irlanda do Norte para Glasgow para estudar física e Drever foi arbitrariamente designado para ser seu supervisor. Ele contava ao grupo de seus poucos orientandos as ideias mais interessantes que surgiam em sua mente, inclusive as que levaram ao experimento de Hughes-Drever (embora ela não tivesse se dado conta de que ele o realizara no quintal da propriedade rural de sua família), mas nenhuma que os ajudasse a passar nos exames. Após a frustração inicial, ao ver que ele não ia ajudá-la em seu dever de casa de física de estado sólido, ela acabou admirando seu profundo entendimento de física fundamental e seu notável talento como pesquisador.
   Drever, por sua vez, seria influenciado pelas iminentes e vitais descobertas de sua ex-aluna de graduação. A respeito de Bell Burnell, disse: “Ela também era obviamente melhor do que a maioria deles… então cheguei a conhecê-la muito bem”. Drever escreveu uma carta de recomendação para apoiar o pedido de emprego dela à principal instalação de radioastronomia na Inglaterra, em meados da década de 60, Jodrell Bank. Mas, ele continua, “não a admitiram, e a história conta que foi porque era mulher. Mas isso não é oficial, você sabe. Ela ficou muito desapontada”. Drever acrescenta, esperando que se reconheça a obviedade daquele absurdo: “Sua segunda opção era ir para Cambridge. Vê como são as coisas?”. Ele considerou isso uma reviravolta muito feliz. “Então ela foi para Cambridge e descobriu pulsares. Vê como são as coisas?”, ele diz, rindo.


Janna Levin. A música do universo: ondas gravitacionais e a maior descoberta científica dos últimos cem anos. São Paulo, Cia. das Letras, 2016, p. 103-104 (com adaptações).  
Acerca dos mecanismos de coesão do texto CB2A1-I, julgue o próximo item. 

No último período do primeiro parágrafo, o termo “seu”, em suas duas ocorrências no trecho “ela acabou admirando seu profundo entendimento de física fundamental e seu notável talento”, está empregado em referência a “ele”, cujo referente é “Drever” (segundo período do primeiro parágrafo).
Alternativas
Q1963443 Português
Texto CB2A1-I

   A astrônoma Jocelyn Bell Burnell disse sobre Ron Drever: “Ele realmente curtia ser tão engenhoso”. Ela tinha ido da Irlanda do Norte para Glasgow para estudar física e Drever foi arbitrariamente designado para ser seu supervisor. Ele contava ao grupo de seus poucos orientandos as ideias mais interessantes que surgiam em sua mente, inclusive as que levaram ao experimento de Hughes-Drever (embora ela não tivesse se dado conta de que ele o realizara no quintal da propriedade rural de sua família), mas nenhuma que os ajudasse a passar nos exames. Após a frustração inicial, ao ver que ele não ia ajudá-la em seu dever de casa de física de estado sólido, ela acabou admirando seu profundo entendimento de física fundamental e seu notável talento como pesquisador.
   Drever, por sua vez, seria influenciado pelas iminentes e vitais descobertas de sua ex-aluna de graduação. A respeito de Bell Burnell, disse: “Ela também era obviamente melhor do que a maioria deles… então cheguei a conhecê-la muito bem”. Drever escreveu uma carta de recomendação para apoiar o pedido de emprego dela à principal instalação de radioastronomia na Inglaterra, em meados da década de 60, Jodrell Bank. Mas, ele continua, “não a admitiram, e a história conta que foi porque era mulher. Mas isso não é oficial, você sabe. Ela ficou muito desapontada”. Drever acrescenta, esperando que se reconheça a obviedade daquele absurdo: “Sua segunda opção era ir para Cambridge. Vê como são as coisas?”. Ele considerou isso uma reviravolta muito feliz. “Então ela foi para Cambridge e descobriu pulsares. Vê como são as coisas?”, ele diz, rindo.


Janna Levin. A música do universo: ondas gravitacionais e a maior descoberta científica dos últimos cem anos. São Paulo, Cia. das Letras, 2016, p. 103-104 (com adaptações).  
De acordo com os sentidos veiculados no texto CB2A1-I, julgue o item a seguir. 

Infere-se do texto que o desapontamento de Bell Burnell mencionado por Drever (segundo parágrafo) deveu-se ao fato de ela ter nascido mulher.
Alternativas
Q1963442 Português
Texto CB2A1-I

   A astrônoma Jocelyn Bell Burnell disse sobre Ron Drever: “Ele realmente curtia ser tão engenhoso”. Ela tinha ido da Irlanda do Norte para Glasgow para estudar física e Drever foi arbitrariamente designado para ser seu supervisor. Ele contava ao grupo de seus poucos orientandos as ideias mais interessantes que surgiam em sua mente, inclusive as que levaram ao experimento de Hughes-Drever (embora ela não tivesse se dado conta de que ele o realizara no quintal da propriedade rural de sua família), mas nenhuma que os ajudasse a passar nos exames. Após a frustração inicial, ao ver que ele não ia ajudá-la em seu dever de casa de física de estado sólido, ela acabou admirando seu profundo entendimento de física fundamental e seu notável talento como pesquisador.
   Drever, por sua vez, seria influenciado pelas iminentes e vitais descobertas de sua ex-aluna de graduação. A respeito de Bell Burnell, disse: “Ela também era obviamente melhor do que a maioria deles… então cheguei a conhecê-la muito bem”. Drever escreveu uma carta de recomendação para apoiar o pedido de emprego dela à principal instalação de radioastronomia na Inglaterra, em meados da década de 60, Jodrell Bank. Mas, ele continua, “não a admitiram, e a história conta que foi porque era mulher. Mas isso não é oficial, você sabe. Ela ficou muito desapontada”. Drever acrescenta, esperando que se reconheça a obviedade daquele absurdo: “Sua segunda opção era ir para Cambridge. Vê como são as coisas?”. Ele considerou isso uma reviravolta muito feliz. “Então ela foi para Cambridge e descobriu pulsares. Vê como são as coisas?”, ele diz, rindo.


Janna Levin. A música do universo: ondas gravitacionais e a maior descoberta científica dos últimos cem anos. São Paulo, Cia. das Letras, 2016, p. 103-104 (com adaptações).  
De acordo com os sentidos veiculados no texto CB2A1-I, julgue o item a seguir. 

Segundo o exposto no texto, inicialmente Bell Burnell se decepcionou com a atuação de Ron Drever como seu supervisor.
Alternativas
Q1963317 Português
Assinale a alternativa cuja pontuação está correta.
Alternativas
Q1963212 Português

Leia o texto.


O problema da sonegação fiscal é tão antigo quanto os impostos em si. Embora seja comum afirmar que as únicas coisas certas na vida sejam a morte e os impostos, não há dúvida que quase sempre há uma forma de evitar estes últimos, ou pelo menos parte deles. Como os indivíduos, em geral, não gostam de pagar impostos, farão tudo o que puderem para reduzi-los.


(…)


O uso moderno de ferramentas econômicas para a análise da obediência tributária pode ser creditado a Allingham e Sandmo (1972) que estenderam o trabalho de Becker (1968) sobre imposição legal à análise da sonegação fiscal, usando a moderna teoria do risco desenvolvida por Von Neumann e Morgenstern. Desde então, a literatura sobre a análise econômica da sonegação cresceu de forma vertiginosa e, muito provavelmente, nenhum aspecto da obediência à lei tributária escapou ao menos a um exame preliminar.


Sem questionar a relevância de motivações éticas e sociológicas, a análise econômica da obediência tributária focou-se principalmente em como a sonegação pode ser dissuadida pela detecção e pela aplicação de sanções. Trata-se da chamada análise das políticas tributárias de imposição. A tese adotada é a de que o comportamento do contribuinte pode ser visto como o resultado de um cálculo racional, de uma avaliação cuidadosa dos custos e dos benefícios da sonegação. Como mesmo nos sistemas mais simples de imposição tributária os incentivos para cumprimento fiel das obrigações tributárias não são óbvios, esta perspectiva econômica oferece preciosas conclusões que podem ser usadas para derivar medidas apropriadas de políticas públicas.


Por outro lado, dada a complexidade do ambiente econômico em que o contribuinte geralmente toma as decisões acerca da sonegação, constata-se que nenhuma receita simples de política tributária pode ser implementada; não obstante o panorama geral da obediência tributária seja muito mais claro agora do que algumas poucas décadas atrás. Ao menos a literatura mostrou que a sonegação é um problema sério, demasiadamente complexo para ser resolvido, tão somente, por meio de ajustes simples na política tributária, e que o conjunto de instrumentos de controle é bastante vasto.


(Marcelo Lettieri Siqueira e Francisco S. Ramos. Fragmento adaptado de artigo acessado em: www.scielo.br)

Analise as afirmativas abaixo feitas com base no texto.


1. No primeiro parágrafo há três palavras obrigatoriamente acentuadas graficamente pela mesma regra de acentuação gráfica.

2. No segundo parágrafo, a expressão “muito provavelmente” está separada por vírgulas por se tratar de um adjunto adverbial deslocado que quis ser enfatizado pelo autor.

3. A expressão “para derivar medidas”, usada no terceiro parágrafo, pode ter como antônimo a expressão “para emanar medidas”.

4. A expressão “não obstante” no contexto do último parágrafo pode ser trocada pelo seu sinônimo “embora”.

5. O verbo “reduzir”, na última frase do primeiro parágrafo, faz uso do pronome oblíquo “los” que, em posição proclítica, retoma a palavra “impostos”.


Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

Alternativas
Respostas
16401: E
16402: E
16403: E
16404: C
16405: E
16406: E
16407: C
16408: E
16409: C
16410: E
16411: E
16412: E
16413: C
16414: E
16415: C
16416: E
16417: C
16418: B
16419: D
16420: E