Questões de Concurso Comentadas para telefonista

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Q2371987 Conhecimentos Gerais
Instalação da CNODS cria o ambiente para uma mobilização nacional sobre a implementação da Agenda 2030
Comissão Nacional para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (CNODS) realiza cerimônia de posse e define a agenda de mobilização nacional para a implementação da Agenda 2030.

Nos dias 19 e 20 de dezembro de 2023, a Secretaria-Geral da Presidência da República realiza a instalação da Comissão Nacional para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (CNODS). A CNODS foi recriada pelo Decreto nº 11.704, de 14 de setembro de 2023, e representa o compromisso do governo com a busca por um novo modelo de desenvolvimento, garantindo a inclusão e a justiça social com democracia e preservação ambiental.

(Disponível em: https://www.gov.br/secretariageral/pt-br/noticias/.) 

Sobre os desafios do desenvolvimento sustentável, analise as afirmativas a seguir.


I.   Buscar acabar com a fome, garantir a segurança alimentar à população e promover uma agricultura sustentável.
II.  Combater a desertificação e reverter a degradação da terra e a perda da biodiversidade.
III. Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável.
IV. Buscar o uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos. 

Está correto o que se afirma em
Alternativas
Q2371986 Conhecimentos Gerais
Esgoto de Pitangueiras já está 100% na rede de tratamento

A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Pitangueiras, obra histórica do município, encerrou a fase de testes para ajustes e iniciou a operação que já está tratando 100% do esgoto coletado. A inauguração oficial da obra será realizada no início de 2024 e os detalhes serão divulgados em breve para a participação de toda a população. A preservação da água é ponto central da ETE. A obra histórica irá possibilitar a recuperação do córrego Pitangueiras e de trecho do Rio Mogi-Guaçú, que sempre receberam esgoto sem nenhum tratamento.

(Disponível em: Esgoto de Pitangueiras já está 100% na rede de tratamento. Prefeitura Municipal de Pitangueiras. Adaptado.)


Sobre a importância do tratamento do esgoto para o meio ambiente, marque V para as afirmativas verdadeiras e F paras as falsas.

( ) O esgoto pode contaminar mananciais e locais que servem como fonte de água potável para a população, além de prejudicar a vida no local, como a dos peixes, das vegetações aquáticas e ribeirinhas.
( ) Os resíduos do esgoto doméstico sem tratamento possuem excesso de sedimentos e micro-organismos que podem causar doenças como esquistossomose, leptospirose e cólera.
( ) O esgoto industrial, por exemplo, gerado pelas empresas na realização de suas atividades produtivas, é composto por uma grande variedade de substâncias químicas, orgânicas e inorgânicas, sendo altamente tóxicas e prejudiciais ao meio ambiente e à saúde humana se não tratado adequadamente.

A sequência está correta em 
Alternativas
Q2371985 Conhecimentos Gerais
No ano de 2023, a Prefeitura de Pitangueiras, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, realizou cadastramento para distribuir crachás com o “cordão do girassol”, contribuindo, assim, com a garantia da inclusão, respeito, prevenção e, ainda, combate à discriminação e mais agilidade no atendimento às pessoas com deficiências ocultas. O uso não tem o objetivo de estereotipar esse grupo, mas sim de facilitar o suporte. Na sociedade, tais ações são de extrema importância para toda a população. Sobre as doenças que podem ser identificadas pela utilização do “cordão de girassol”, analise as alternativas a seguir. 

I. Transtorno do Espectro Autista (TEA).
II. Surdez.
III. Transtorno de Deficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH. 


Está correto o que se afirma em 

Alternativas
Q2371984 Conhecimentos Gerais
Aconteceu em 2023 a sétima edição do evento que reúne milhares de mulheres do campo, da floresta, das águas e cidades na capital federal, na Esplanada dos Ministérios, com o tema “Pela Reconstrução do Brasil e Pelo Bem Viver”. A ação busca a garantia de direitos, demarcação territorial, reconhecimento, valorização e fortalecimento da agricultura familiar e dos territórios como espaço de vida, autonomia dos povos indígenas e das comunidades tradicionais e pelo fim às desigualdades de gênero, classe e étnico-raciais. O evento é chamado de:
Alternativas
Q2371983 Conhecimentos Gerais
Seis insetos do tipo barbeiro são encontrados na USP

Seis insetos do tipo barbeiro foram encontrados na Cidade Universitária, no Butantã, na Zona Oeste de São Paulo. Eles estavam perto dos institutos de química e de biologia e um deles estava contaminado com o protozoário que provoca a doença de Chagas.
(Disponível em: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/. Acesso em: 19/12/2023.)

Sobre a doença de Chagas, uma patologia que preocupa a sociedade, assinale a afirmativa INCORRETA.
Alternativas
Q2371982 Conhecimentos Gerais
O Brasil apresenta vários biomas, dentre eles a Mata Atlântica. Ela está presente na vegetação de diversos estados como São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. Sabe-se que a maioria das áreas de floresta se encontram de forma fragmentada e desconectada – trata-se de um reflexo da ação humana. Sobre a importância da Mata Atlântica, analise as afirmativas a seguir.

I. As florestas são responsáveis pela produção, regulação e abastecimento de água.
II. Auxilia na regulação e equilíbrio climáticos.
III. Auxilia na proteção de encostas e atenuação de desastres. 


Está correto o que se afirma em

Alternativas
Q2371981 Conhecimentos Gerais
A tecnologia auxilia nas tarefas há anos e tende a ser cada vez mais presente na vida das pessoas. A Inteligência Artificial (IA) vem se mostrando como a evolução da tecnologia, já que ela possui a capacidade que reproduzir competências semelhantes às humanas como o caso do raciocínio e aprendizagem, dentre outros. Considerando que a IA utilizada de forma irresponsável ou de má- -fé pode gerar problemas para a sociedade, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. 

( ) A utilização de deepfake (técnica que utiliza recursos de inteligência artificial para substituir rostos em vídeos e imagens com o propósito de chegar o mais próximo possível da realidade) para criar vídeos falsos de famosos e autônomos está mais recorrente.
( ) Com os recursos disponíveis da IA torna-se possível que usuários criem nudes de pessoas comuns ou famosas, sem seu consentimento ou conhecimento.
( ) Denúncias de utilização de IA para a produção de pornografia infantil preocupam vários países e já se discutem leis para coibir tais atos. 



A sequência está correta em

Alternativas
Q2371980 Matemática
Dentro da construção civil, o arco de parábola é utilizado em pontes e túneis com o intuito de aumentar a resistência das edificações. Para a construção de uma nova ponte, o engenheiro responsável fez o seguinte esboço da parábola que será utilizada:


Imagem associada para resolução da questão



Qual das equações relacionadas pode ser usada para descrever a parábola que será utilizada para a construção da nova ponte?

Alternativas
Q2371979 Matemática
Foi realizada uma pesquisa com os alunos de determinada academia de musculação com as seguintes perguntas: 
1ª) Você faz algum tipo de dieta?
2ª) Você está acima do seu peso ideal?
Do total de alunos que responderam à pesquisa, 40 disseram que fazem algum tipo de dieta; 100 disseram que estão acima do peso ideal; 25 disseram que estão acima do peso ideal e fazem algum tipo de dieta; 10 responderam que não estão acima do peso ideal e que não fazem algum tipo de dieta. Se todos os alunos responderam às duas perguntas da pesquisa dizendo apenas sim ou não, o número total de alunos que responderam à pesquisa é:

Alternativas
Q2371974 Matemática
Durante o processo de estudos para um concurso público, Lucas separou uma lista com 150 exercícios de matemática para serem realizados em 6 dias. Para determinar a quantidade de exercícios que ele deveria fazer em cada dia, Lucas usou a seguinte fórmula Imagem associada para resolução da questão nº de exercícios restantes, onde Qd é a quantidade de exercícios e d o dia correspondente de estudo. Lucas determinou a quantidade de exercícios para cada dia utilizando valores para d em ordem decrescente, ou seja, determinou inicialmente a quantidade de exercícios do 6º dia de estudo (d = 6), depois a quantidade de exercícios do 5º dia de estudo (d = 5) e, assim, sucessivamente. Sobre a quantidade de exercícios feitos por Lucas em cada dia de estudo para o concurso, podemos afirmar que:
Alternativas
Q2371971 Matemática
Determinada empresa de telecomunicações criou uma autenticação de segurança para os novos smartphones, na qual seus usuários devem digitar um número toda vez que os aparelhos sofrem um suposto ataque de hackers. Para o caso de um eventual esquecimento, um dos usuários do novo smartphone anotou as seguintes operações para auxiliá-lo na recuperação de dois algarismos x e y que, quando multiplicados, geram o seu número de autenticação: 


   Imagem associada para resolução da questão



Qual o número de autenticação gerado pela multiplicação de x e y ?

Alternativas
Q2371970 Português
A última crônica 


   A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: “assim eu quereria o meu último poema”. Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica. 
     Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.
    Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho – um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular.
    A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.
    São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca- Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: “Parabéns pra você, parabéns pra você...” Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura – ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido – vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.
   Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.


(SABINO, Fernando. A companheira de viagem, Editora do Autor. Rio de Janeiro, 1965, pág. 174.)
O uso das reticências empregadas no 5º§ do texto visa 
Alternativas
Q2371968 Português
A última crônica 


   A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: “assim eu quereria o meu último poema”. Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica. 
     Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.
    Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho – um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular.
    A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.
    São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca- Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: “Parabéns pra você, parabéns pra você...” Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura – ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido – vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.
   Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.


(SABINO, Fernando. A companheira de viagem, Editora do Autor. Rio de Janeiro, 1965, pág. 174.)
No excerto “[...] vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.” (5º§), o termo sublinhado expressa ideia de:
Alternativas
Q2371967 Português
A última crônica 


   A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: “assim eu quereria o meu último poema”. Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica. 
     Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.
    Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho – um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular.
    A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.
    São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca- Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: “Parabéns pra você, parabéns pra você...” Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura – ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido – vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.
   Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.


(SABINO, Fernando. A companheira de viagem, Editora do Autor. Rio de Janeiro, 1965, pág. 174.)
As palavras a seguir foram retiradas do texto; assinale a alternativa que está correta quanto à divisão silábica.
Alternativas
Q2371963 Português
A última crônica 


   A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: “assim eu quereria o meu último poema”. Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica. 
     Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.
    Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho – um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular.
    A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.
    São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca- Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: “Parabéns pra você, parabéns pra você...” Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura – ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido – vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.
   Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.


(SABINO, Fernando. A companheira de viagem, Editora do Autor. Rio de Janeiro, 1965, pág. 174.)
No trecho “Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, [...]” (5º§), o termo em destaque refere-se:
Alternativas
Ano: 2023 Banca: CONSULPAM Órgão: CISCOPAR Prova: CONSULPAM - 2023 - CISCOPAR - Telefonista |
Q2300361 Administração Geral
As funções administrativas têm uma importância fundamental na gestão de qualquer empresa ou ente governamental. Uma dessas funções administrativas faz referência ao processo de condução das tarefas planejadas. Seus meios mais comuns são: ordens e instruções, motivação, comunicação, liderança e processo decisório. Seus princípios mais comuns são: a unidade de comando, a delegação, a amplitude de controle e a organização.

O enunciado acima refere-se à(ao): 
Alternativas
Ano: 2023 Banca: CONSULPAM Órgão: CISCOPAR Prova: CONSULPAM - 2023 - CISCOPAR - Telefonista |
Q2300360 Arquivologia
Ainda em relação a arquivos, leia o enunciado abaixo e responda:

São os tipos de documentos que, não sendo de uso corrente nos órgãos produtores, por razões de interesse administrativo, aguardam a sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente:
O enunciado trata do tipo de documento:
Alternativas
Ano: 2023 Banca: CONSULPAM Órgão: CISCOPAR Prova: CONSULPAM - 2023 - CISCOPAR - Telefonista |
Q2300359 Arquivologia

Leia o enunciado e responda CORRETAMENTE:


Essa teoria caracteriza os arquivos como correntes, intermediários ou permanentes, levando em consideração a identificação dos valores primário e secundário dos documentos, considerando sua gênese, tratamento e utilização.


O enunciado define:

Alternativas
Ano: 2023 Banca: CONSULPAM Órgão: CISCOPAR Prova: CONSULPAM - 2023 - CISCOPAR - Telefonista |
Q2300358 Administração Geral
Referente ao planejamento estratégico, leia os enunciados abaixo e responda:

__________é o propósito de a empresa existir. É a sua razão de ser. Já a ____________é a situação em que a empresa deseja estar no futuro.

As lacunas dos dois enunciados são preenchidas, respectivamente, por:
Alternativas
Ano: 2023 Banca: CONSULPAM Órgão: CISCOPAR Prova: CONSULPAM - 2023 - CISCOPAR - Telefonista |
Q2300355 Redação Oficial
Leia o enunciado e responda CORRETAMENTE:

A Redação Oficial é a maneira pela qual o Poder Público redige atos normativos e comunicações. Além disso, é inaceitável que um texto legal não seja entendido pelos cidadãos. Logo, a sua natureza é normativa e deve nortear a elaboração de comunicações oficiais. Oficialmente, um dos princípios norteadores que regem a redação oficial é:
Alternativas
Respostas
81: A
82: C
83: A
84: B
85: A
86: A
87: B
88: C
89: C
90: C
91: B
92: C
93: C
94: B
95: D
96: D
97: B
98: C
99: A
100: D