Questões de Concurso Comentadas para analista judiciário

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Q1984571 Administração Geral
No contexto da liderança nas organizações, é comum a análise da Teoria Caminho − Meta ou Caminho − Objetivo, que elenca, entre os possíveis comportamentos do líder, o comportamento 
Alternativas
Q1984555 Medicina
   Doença desencadeada pela perda irreparável de neurônios presentes numa área cerebral chamada substância negra, essa doença é caracterizada pela queda na produção de dopamina, tremores e rigidez nas articulações.
Assinale a opção que corresponde à doença descrita no trecho precedente. 
Alternativas
Q1984551 Medicina
A síndrome nefrótica é um distúrbio dos glomérulos em que quantidades excessivas de proteína são excretadas na urina. Em relação a esta síndrome, assinale a opção correta. 
Alternativas
Q1984550 Medicina
A epilepsia é definida pela hiperatividade neuronal e circuitos cerebrais levando a descargas elétricas excessivas e sincrônicas. Acerca da epilepsia, assinale a opção correta. 
Alternativas
Q1984549 Medicina
Assinale a opção que identifica a doença congênita em que há uma conexão elétrica adicional entre os átrios e os ventrículos, gerando, entre seus portadores, episódios de batimentos cardíacos extremamente acelerados. 
Alternativas
Q1984548 Medicina
Assinale a opção que contém uma doença articular inflamatória de origem metabólica, causada por cristalização dos cristais de urato monossódico mono-hidratado nas articulações. 
Alternativas
Q1984545 Medicina
Texto 10A1-III

   Uma paciente de 44 anos de idade, com hipertensão controlada por indapamida havia quatro anos, foi ao ambulatório para reavaliação. Ao exame físico, observou-se índice de massa corporal de 36, pressão arterial de 132 mmHg × 84 mmHg e edema tibial bilateral, sem outras anormalidades significativas. Os exames laboratoriais revelaram: colesterol total de 290 mg/dL, albumina sérica de 2,5 g/dL, taxa de filtração glomerular de 84 mL/min/1,73 m2, proteinúria de 3+ na análise de urina e proteinúria de 24 h de 4 g/1,73 m2/d, sem outras alterações significativas. A biópsia renal demonstrou comprometimento de 60% dos glomérulos, com segmentos de alças capilares com sinequias, principalmente na junção corticomedular. 
Ainda com relação ao caso clínico descrito no texto 10A1-III, assinale a opção que apresenta a(s) característica(s) mais associada(s) à pior evolução do caso.
Alternativas
Q1984544 Medicina
Texto 10A1-III

   Uma paciente de 44 anos de idade, com hipertensão controlada por indapamida havia quatro anos, foi ao ambulatório para reavaliação. Ao exame físico, observou-se índice de massa corporal de 36, pressão arterial de 132 mmHg × 84 mmHg e edema tibial bilateral, sem outras anormalidades significativas. Os exames laboratoriais revelaram: colesterol total de 290 mg/dL, albumina sérica de 2,5 g/dL, taxa de filtração glomerular de 84 mL/min/1,73 m2, proteinúria de 3+ na análise de urina e proteinúria de 24 h de 4 g/1,73 m2/d, sem outras alterações significativas. A biópsia renal demonstrou comprometimento de 60% dos glomérulos, com segmentos de alças capilares com sinequias, principalmente na junção corticomedular. 
Com relação ao caso clínico hipotético descrito no texto 10A1- III, o diagnóstico mais provável é
Alternativas
Q1984542 Medicina
Texto 10A1-II

  Um paciente de 19 anos de idade, portador de asma brônquica havia 11 anos, compareceu ao ambulatório com queixas de dispneia e tosse improdutiva, três a quatro vezes na semana, no último mês. Tais episódios melhoravam com o salbutamol inalatório. O paciente também relatou cansaço durante caminhadas em aclives. Ao exame físico, apresentava-se afebril, normocorado, com pressão arterial de 114 mmHg × 70 mmHg, ausculta pulmonar com murmúrios vesiculares presentes e sibilos expiratórios, sem outras anormalidades significativas. Uma recente espirometria revelou VEF1/CVF = 0,71 e VEF1 = 72% do predito após o uso do broncodilatador (BD), com variação de 310 mL (15%) com o BD.
Ainda em relação ao caso clínico descrito no texto 10A1-II, assinale a opção que apresenta a terapêutica de manutenção recomendada pela GINA 2022. 
Alternativas
Q1984460 Raciocínio Lógico
Dois jogadores resolveram participar do seguinte jogo: lançam uma moeda e cada um aposta R$ 10,00 em uma das faces da moeda. Quem acertar a face que aparece em um determinado lançamento recebe 85% do valor total apostado e o restante será doado para um hospital de caridade. Os apostadores doaram R$ 21,00 para o hospital. O número de vezes que os jogadores lançaram a moeda foi
Alternativas
Q1984453 Português
          Se é verdade que a capacidade de ficar perplexo é o começo da sabedoria, então esta verdade é um triste comentário à sabedoria do homem moderno. Quaisquer que sejam os méritos de nosso elevado grau de educação literária e universal, perdemos o dom de ficar perplexos. Imagina-se que tudo seja conhecido − senão por nós, por algum especialista cujo mister seja saber aquilo que não sabemos. De fato, ficar perplexo é constrangedor, um indício de inferioridade intelectual. À medida que vamos envelhecendo, aos poucos perdemos a capacidade de ficar surpresos. Até as crianças raramente se surpreendem, ou pelo menos procuram não demonstrar isso. Saber as respostas certas parece ser o principal; em comparação, considera-se insignificante o saber fazer as perguntas certas.
        Quiçá seja esta atitude uma razão por que um dos mais enigmáticos fenômenos de nossa vida, os nossos sonhos, dê margem a pouco espanto e suscite tão poucas perguntas. Todos sonhamos: não entendemos nossos sonhos, e no entanto agimos como se de nada estranho corresse em nossas mentes adormecidas, estranho ao menos em comparação com as atividades lógicas, deliberadas, de nossas mentes quando estamos acordados.
       Quando acordados, somos seres ativos, racionais, ávidos por tentar obter o que desejamos e prontos a defender-nos contra qualquer ataque. Agimos e observamos; vemos o mundo exterior, talvez não como seja, mas no mínimo de maneira tal que o possamos usar e manipular. Todavia, também somos bastante desprovidos de imaginação, e raramente − exceto quando crianças ou se somos poetas − logramos conceber mais do que meras duplicações dos acontecimentos e tramas de nossa experiência concreta. Somos eficientes, mas um tanto desenxabidos. Denominamos ao campo de nossa observação diurna “realidade” e orgulhamo-nos de nosso “realismo” e de nossa habilidade de manipulá-la.

(Adaptado de: FROMM, Erich. A linguagem esquecida. Trad.: VELHO, Octavio Alves. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 1966) 

No trecho Somos eficientes, mas um tanto desenxabidos, o termo “desenxabidos” pode ser substituído por: 

Alternativas
Q1984452 Português
          Se é verdade que a capacidade de ficar perplexo é o começo da sabedoria, então esta verdade é um triste comentário à sabedoria do homem moderno. Quaisquer que sejam os méritos de nosso elevado grau de educação literária e universal, perdemos o dom de ficar perplexos. Imagina-se que tudo seja conhecido − senão por nós, por algum especialista cujo mister seja saber aquilo que não sabemos. De fato, ficar perplexo é constrangedor, um indício de inferioridade intelectual. À medida que vamos envelhecendo, aos poucos perdemos a capacidade de ficar surpresos. Até as crianças raramente se surpreendem, ou pelo menos procuram não demonstrar isso. Saber as respostas certas parece ser o principal; em comparação, considera-se insignificante o saber fazer as perguntas certas.
        Quiçá seja esta atitude uma razão por que um dos mais enigmáticos fenômenos de nossa vida, os nossos sonhos, dê margem a pouco espanto e suscite tão poucas perguntas. Todos sonhamos: não entendemos nossos sonhos, e no entanto agimos como se de nada estranho corresse em nossas mentes adormecidas, estranho ao menos em comparação com as atividades lógicas, deliberadas, de nossas mentes quando estamos acordados.
       Quando acordados, somos seres ativos, racionais, ávidos por tentar obter o que desejamos e prontos a defender-nos contra qualquer ataque. Agimos e observamos; vemos o mundo exterior, talvez não como seja, mas no mínimo de maneira tal que o possamos usar e manipular. Todavia, também somos bastante desprovidos de imaginação, e raramente − exceto quando crianças ou se somos poetas − logramos conceber mais do que meras duplicações dos acontecimentos e tramas de nossa experiência concreta. Somos eficientes, mas um tanto desenxabidos. Denominamos ao campo de nossa observação diurna “realidade” e orgulhamo-nos de nosso “realismo” e de nossa habilidade de manipulá-la.

(Adaptado de: FROMM, Erich. A linguagem esquecida. Trad.: VELHO, Octavio Alves. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 1966) 
“Quiçá seja esta atitude uma razão por que um dos mais enigmáticos fenômenos de nossa vida, os nossos sonhos, dê margem a pouco espanto e suscite tão poucas perguntas”.
A frase que apresenta a mesma justificativa para o emprego de “por que” no trecho acima é: 
Alternativas
Q1984451 Português
          Se é verdade que a capacidade de ficar perplexo é o começo da sabedoria, então esta verdade é um triste comentário à sabedoria do homem moderno. Quaisquer que sejam os méritos de nosso elevado grau de educação literária e universal, perdemos o dom de ficar perplexos. Imagina-se que tudo seja conhecido − senão por nós, por algum especialista cujo mister seja saber aquilo que não sabemos. De fato, ficar perplexo é constrangedor, um indício de inferioridade intelectual. À medida que vamos envelhecendo, aos poucos perdemos a capacidade de ficar surpresos. Até as crianças raramente se surpreendem, ou pelo menos procuram não demonstrar isso. Saber as respostas certas parece ser o principal; em comparação, considera-se insignificante o saber fazer as perguntas certas.
        Quiçá seja esta atitude uma razão por que um dos mais enigmáticos fenômenos de nossa vida, os nossos sonhos, dê margem a pouco espanto e suscite tão poucas perguntas. Todos sonhamos: não entendemos nossos sonhos, e no entanto agimos como se de nada estranho corresse em nossas mentes adormecidas, estranho ao menos em comparação com as atividades lógicas, deliberadas, de nossas mentes quando estamos acordados.
       Quando acordados, somos seres ativos, racionais, ávidos por tentar obter o que desejamos e prontos a defender-nos contra qualquer ataque. Agimos e observamos; vemos o mundo exterior, talvez não como seja, mas no mínimo de maneira tal que o possamos usar e manipular. Todavia, também somos bastante desprovidos de imaginação, e raramente − exceto quando crianças ou se somos poetas − logramos conceber mais do que meras duplicações dos acontecimentos e tramas de nossa experiência concreta. Somos eficientes, mas um tanto desenxabidos. Denominamos ao campo de nossa observação diurna “realidade” e orgulhamo-nos de nosso “realismo” e de nossa habilidade de manipulá-la.

(Adaptado de: FROMM, Erich. A linguagem esquecida. Trad.: VELHO, Octavio Alves. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 1966) 
A redação alternativa para um segmento do texto em que a pontuação se mantém correta encontra-se em: 
Alternativas
Q1984450 Português
          Se é verdade que a capacidade de ficar perplexo é o começo da sabedoria, então esta verdade é um triste comentário à sabedoria do homem moderno. Quaisquer que sejam os méritos de nosso elevado grau de educação literária e universal, perdemos o dom de ficar perplexos. Imagina-se que tudo seja conhecido − senão por nós, por algum especialista cujo mister seja saber aquilo que não sabemos. De fato, ficar perplexo é constrangedor, um indício de inferioridade intelectual. À medida que vamos envelhecendo, aos poucos perdemos a capacidade de ficar surpresos. Até as crianças raramente se surpreendem, ou pelo menos procuram não demonstrar isso. Saber as respostas certas parece ser o principal; em comparação, considera-se insignificante o saber fazer as perguntas certas.
        Quiçá seja esta atitude uma razão por que um dos mais enigmáticos fenômenos de nossa vida, os nossos sonhos, dê margem a pouco espanto e suscite tão poucas perguntas. Todos sonhamos: não entendemos nossos sonhos, e no entanto agimos como se de nada estranho corresse em nossas mentes adormecidas, estranho ao menos em comparação com as atividades lógicas, deliberadas, de nossas mentes quando estamos acordados.
       Quando acordados, somos seres ativos, racionais, ávidos por tentar obter o que desejamos e prontos a defender-nos contra qualquer ataque. Agimos e observamos; vemos o mundo exterior, talvez não como seja, mas no mínimo de maneira tal que o possamos usar e manipular. Todavia, também somos bastante desprovidos de imaginação, e raramente − exceto quando crianças ou se somos poetas − logramos conceber mais do que meras duplicações dos acontecimentos e tramas de nossa experiência concreta. Somos eficientes, mas um tanto desenxabidos. Denominamos ao campo de nossa observação diurna “realidade” e orgulhamo-nos de nosso “realismo” e de nossa habilidade de manipulá-la.

(Adaptado de: FROMM, Erich. A linguagem esquecida. Trad.: VELHO, Octavio Alves. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 1966) 

Sobre aspectos do texto, considere:


I. A sabedoria caracteriza-se pelo caráter questionador das pessoas.

II. Para o autor, apenas as crianças mantêm viva a salutar capacidade de abstração.

III. Os termos “realidade” e “realismo” expressam sentimentos pessimistas do autor.


Está correto o que se afirma APENAS em

Alternativas
Q1984449 Português
O rio de minha terra é um deus estranho.
Ele tem braços, dentes, corpo, coração,
muitas vezes homicida,
foi ele quem levou o meu irmão.

É muito calmo o rio de minha terra.

Suas águas são feitas de argila e de mistérios.
Nas solidões das noites enluaradas
a maldição de Crispim desce
sobre as águas encrespadas.

O rio de minha terra é um deus estranho.

Um dia ele deixou o monótono caminhar de corpo mole
para subir as poucas rampas do seu cais.
Foi conhecendo o movimento da cidade,
a pobreza residente nas taperas marginais.

Pois tão irado e tão potente fez-se o rio
que todo um povo se juntou para enfrentá-lo.
Mas ele prosseguiu indiferente,
carregando no seu dorso bois e gente,
até roçados de arroz e de feijão.

Na sua obstinada e galopante caminhada,
destruiu paredes, casas, barricadas,
deixando no percurso mágoa e dor.

Depois subiu os degraus da igreja santa
e postou-se horas sob os pés do Criador.

E desceu devagarinho, até deitar-se
novamente no seu leito.

Mas toda noite o seu olhar de rio
fica boiando sob as luzes da cidade.

(Adaptado de: MORAES, Herculano. O rio da minha
terra. Disponível em: https://www.escritas.org)
Pois tão irado e tão potente fez-se o rio  que todo um povo se juntou para enfrentá-lo
 Os termos em destaque nos versos acima exercem, respectivamente, a função sintática de
Alternativas
Q1984448 Português
O rio de minha terra é um deus estranho.
Ele tem braços, dentes, corpo, coração,
muitas vezes homicida,
foi ele quem levou o meu irmão.

É muito calmo o rio de minha terra.

Suas águas são feitas de argila e de mistérios.
Nas solidões das noites enluaradas
a maldição de Crispim desce
sobre as águas encrespadas.

O rio de minha terra é um deus estranho.

Um dia ele deixou o monótono caminhar de corpo mole
para subir as poucas rampas do seu cais.
Foi conhecendo o movimento da cidade,
a pobreza residente nas taperas marginais.

Pois tão irado e tão potente fez-se o rio
que todo um povo se juntou para enfrentá-lo.
Mas ele prosseguiu indiferente,
carregando no seu dorso bois e gente,
até roçados de arroz e de feijão.

Na sua obstinada e galopante caminhada,
destruiu paredes, casas, barricadas,
deixando no percurso mágoa e dor.

Depois subiu os degraus da igreja santa
e postou-se horas sob os pés do Criador.

E desceu devagarinho, até deitar-se
novamente no seu leito.

Mas toda noite o seu olhar de rio
fica boiando sob as luzes da cidade.

(Adaptado de: MORAES, Herculano. O rio da minha
terra. Disponível em: https://www.escritas.org)
No trecho até roçados de arroz e de feijão, o termo “até” classifica-se como
Alternativas
Q1984445 Português
O rio de minha terra é um deus estranho.
Ele tem braços, dentes, corpo, coração,
muitas vezes homicida,
foi ele quem levou o meu irmão.

É muito calmo o rio de minha terra.

Suas águas são feitas de argila e de mistérios.
Nas solidões das noites enluaradas
a maldição de Crispim desce
sobre as águas encrespadas.

O rio de minha terra é um deus estranho.

Um dia ele deixou o monótono caminhar de corpo mole
para subir as poucas rampas do seu cais.
Foi conhecendo o movimento da cidade,
a pobreza residente nas taperas marginais.

Pois tão irado e tão potente fez-se o rio
que todo um povo se juntou para enfrentá-lo.
Mas ele prosseguiu indiferente,
carregando no seu dorso bois e gente,
até roçados de arroz e de feijão.

Na sua obstinada e galopante caminhada,
destruiu paredes, casas, barricadas,
deixando no percurso mágoa e dor.

Depois subiu os degraus da igreja santa
e postou-se horas sob os pés do Criador.

E desceu devagarinho, até deitar-se
novamente no seu leito.

Mas toda noite o seu olhar de rio
fica boiando sob as luzes da cidade.

(Adaptado de: MORAES, Herculano. O rio da minha
terra. Disponível em: https://www.escritas.org)
Considerado no contexto do poema, o prefixo “en-“, constituinte de "enluaradas" e “encrespadas”, apresenta, respectivamente, efeito semântico semelhante nas palavras:
Alternativas
Q1984444 Português
O rio de minha terra é um deus estranho.
Ele tem braços, dentes, corpo, coração,
muitas vezes homicida,
foi ele quem levou o meu irmão.

É muito calmo o rio de minha terra.

Suas águas são feitas de argila e de mistérios.
Nas solidões das noites enluaradas
a maldição de Crispim desce
sobre as águas encrespadas.

O rio de minha terra é um deus estranho.

Um dia ele deixou o monótono caminhar de corpo mole
para subir as poucas rampas do seu cais.
Foi conhecendo o movimento da cidade,
a pobreza residente nas taperas marginais.

Pois tão irado e tão potente fez-se o rio
que todo um povo se juntou para enfrentá-lo.
Mas ele prosseguiu indiferente,
carregando no seu dorso bois e gente,
até roçados de arroz e de feijão.

Na sua obstinada e galopante caminhada,
destruiu paredes, casas, barricadas,
deixando no percurso mágoa e dor.

Depois subiu os degraus da igreja santa
e postou-se horas sob os pés do Criador.

E desceu devagarinho, até deitar-se
novamente no seu leito.

Mas toda noite o seu olhar de rio
fica boiando sob as luzes da cidade.

(Adaptado de: MORAES, Herculano. O rio da minha
terra. Disponível em: https://www.escritas.org)
A figura de linguagem predominante no verso "O rio de minha terra é um deus estranho” é a 
Alternativas
Q1984443 Português
O rio de minha terra é um deus estranho.
Ele tem braços, dentes, corpo, coração,
muitas vezes homicida,
foi ele quem levou o meu irmão.

É muito calmo o rio de minha terra.

Suas águas são feitas de argila e de mistérios.
Nas solidões das noites enluaradas
a maldição de Crispim desce
sobre as águas encrespadas.

O rio de minha terra é um deus estranho.

Um dia ele deixou o monótono caminhar de corpo mole
para subir as poucas rampas do seu cais.
Foi conhecendo o movimento da cidade,
a pobreza residente nas taperas marginais.

Pois tão irado e tão potente fez-se o rio
que todo um povo se juntou para enfrentá-lo.
Mas ele prosseguiu indiferente,
carregando no seu dorso bois e gente,
até roçados de arroz e de feijão.

Na sua obstinada e galopante caminhada,
destruiu paredes, casas, barricadas,
deixando no percurso mágoa e dor.

Depois subiu os degraus da igreja santa
e postou-se horas sob os pés do Criador.

E desceu devagarinho, até deitar-se
novamente no seu leito.

Mas toda noite o seu olhar de rio
fica boiando sob as luzes da cidade.

(Adaptado de: MORAES, Herculano. O rio da minha
terra. Disponível em: https://www.escritas.org)
No poema, o eu lírico
Alternativas
Respostas
941: C
942: C
943: A
944: D
945: D
946: D
947: A
948: A
949: C
950: C
951: A
952: B
953: C
954: A
955: D
956: B
957: D
958: C
959: A
960: B